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1. OBJETIVO
TIPO: PROCEDIMENTO NÚMERO: PR14 ACESSO: IRRESTRITO
Este plano tem como objetivo apresentar instruções e normas técnicas que estabelecem
diretrizes e procedimentos gerais para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil para as obras e serviços realizados pela VM Serviços LTDA, elaborado conceitualmente
de acordo com os padrões apropriados de desempenho funcional e de usos, de maneira a incluí-lo de
forma apropriada para o desempenho das referidas funções desempenhadas.
II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou
empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;
III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos
resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;
V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos,
incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e
implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;
VIII - Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo às operações e/ou processos que tenham por
objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;
IX - Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas técnicas de disposição de
resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando à estocagem de materiais segregados de forma a
possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para
confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas,
solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos
de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
3. LEGISLAÇÕES PERTINENTES
ABNT NBR–15112 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem
– diretrizes para projeto, implantação e operação.
ABNT NBR–15113 - Resíduos sólidos da construção e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para
projeto, implantação e operação.
ABNT NBR–15114 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem – Diretrizes para projeto,
implantação e operação.
5.1. Triagem
5.2. Acondicionamento
5.3. Transporte
O transporte interno dos RCC geralmente é feito por carrinhos ou elevadores de carga. O
operador das máquinas transporta os recipientes de acondicionamento dos RCC até o local do depósito
final, conforme sua classificação. A depender da tipologia e do volume dos resíduos, o transporte
interno pode também ser feito de maneira manual, desde que haja o uso dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) apropriados, como luvas, máscaras e bota de segurança, conforme
determinado na Norma Regulamentadora Nº 6 do Ministério do Trabalho e Emprego.
No que se refere ao transporte externo, deve-se controlar a coleta e remoção dos RCC por meio
do Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (SGORS). O SGORS é um instrumento da Política
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), cujo principal produto é o Manifesto de Transporte
de Resíduos (MTR), junto ao Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas. Além do MTR, o SGORS
possibilita ao gerador consultar o relatório de recebimento e Certificado de Destinação Final – CDF,
emitidos através do receptor.
TIPO: PROCEDIMENTO NÚMERO: PR14 ACESSO: IRRESTRITO
Esta seção segue o princípio básico da gestão de resíduos, o conceito dos 3 Rs - Reduzir, Reutilizar
e Reciclar - que respeitam uma ordem hierárquica.
5.4.1. Redução
5.4.2. Reutilização
Classificado como prioridade dois dentro do princípio dos 3R’s, promove-se a reutilização dos
RCC de várias formas. Muitas delas já são praticadas na indústria da construção civil, uma vez que
reutilizar resíduos significa gerar economia com material novo e contratação de caçambas. Algumas das
práticas mais vistas, e indicadas, consistem em:
Ressalta-se que, ao se reutilizar material, a qualidade pretendida para o produto final da tarefa
não deve, em hipótese alguma, ser comprometida.
5.4.3. Reciclagem
Haja vista que o processo de reciclagem demanda recursos como energia e transporte, considera-
se esta como a terceira opção dos 3R’s. Na construção civil, em geral a reciclagem ocorre externamente
ao canteiro de obras, cabendo à empresa construtora, somente, viabilizar a destinação dos resíduos aos
devidos locais. Ainda assim, há possibilidade de reciclagem interna. A Tabela 4 ilustra algumas
possibilidades:
Canteiro do Canteiro
Solos Reaterro Aterro
Blocos cerâmicos Base de piso e enchimentos Fabricação de agregados
Madeiras Formas, escoras, travamentos Lenha
Concreto Base de piso e enchimentos Fabricação de agregados
Sucata de ferro e formas plásticas Reforço para contrapiso Reciclagem
Blocos cerâmicos, blocos de concreto e Base de piso e enchimentos Fabricação de agregados
argamassa
Papel e plástico - Reciclagem
PVC - Reciclagem
Mangueiras e fio de cobre - Reciclagem
Argamassa Argamassa Fabricação de agregados
Piso laminado de madeira, papel, - Reciclagem
papelão e plástico
Placas de gesso acartonado Readequação em áreas -
comuns
Tintas, seladores e vernizes - Reciclagem
5.4.4. Destinação
A destinação final dos RCC deve ser feita de acordo com o tipo de resíduo. A Tabela 5 sugere
alternativas em conformidade com as Resoluções CONAMA nº 307/02 e 431/11.
O controle do PGRCC na obra estará sobre a responsabilidade direta de seu responsável técnico
pela implementação dele no canteiro de obras, ou na ausência do mesmo os encarregados irão
supervisionar as fontes geradoras visando a diminuição, o transporte, a segregação e o
acondicionamento interno no canteiro de obras. Eles devem zelar pelo cumprimento dos objetivos e
metas estabelecidas neste PGRCC, manutenção e atualização permanente dos instrumentos de controle,
orientação dos operários quanto a execução deste projeto e reporta-se diretamente aos auditores e/ou
agentes de fiscalização dos órgãos competentes ao monitoramento e fiscalização.
O controle do transporte de carga do RCC (Resíduo da Construção Civil) será feito através de
Manifesto de Transporte de Resíduos, a ser recepcionado pelo órgão público competente ou seu
autorizado para este fim. Será mantido registro diário de produção, tratamento e destinação final do
RCC em documento próprio que ficará sob guarda e responsabilidade do responsável técnico pela obra
ou pelo mestre de obras que o manterá no canteiro de obra em local seguro e acessível à auditoria e/ou
fiscalização.
TIPO: PROCEDIMENTO NÚMERO: PR14 ACESSO: IRRESTRITO
8. CONCLUSÕES
Para um pleno sucesso da implantação de um PGRCC é necessário que se haja uma conscientização
efetuada através de um amplo programa de educação ambiental, com ações de sensibilização e
mobilização de todos os empregados. Este programa deve ter por objetivo atingir metas de
minimização, reutilização e segregação dos resíduos sólidos na origem, bem como o correto
acondicionamento, armazenamento e transporte.
9. REFERÊNCIAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 – Resíduos da Construção Civil. Diretrizes
para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro 2004.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.112 – Resíduos da Construção Civil e Resíduos
Volumosos. Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de
Janeiro 2004.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.113 – Resíduos da Construção Civil e Resíduos
inertes. aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro 2004.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.114 – Resíduos da Construção Civil. Áreas de
reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro 2004.
BERNADES, Alexandre; THOMÉ, Antônio; PRIETTO, Pedro Domingos Marques; ABREU, Águida Gomes de.
– Quantificação e classificação dos resíduos da construção e demolição coletados no município de Passo
Fundo. Passo Fundo, RS, 2008.
CARNEIRO, F.P. Diagnóstico e ações da atual situação dos resíduos de construção e demolição na cidade
do Recife. Dissertação de mestrado, Engenharia Urbana, UFPB, João Pessoa, 2005;
Resolução CONAMA 307 de 05 de julho de 2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil.