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Relatório

ATIVIDADE IV – PREVENÇÃO E CONTROLE DE SINISTROS E ÁREAS CLASSIFICADAS

EEEP Joaquim Nogueira

DATA: 28/05/2021

Aluno: Adonay Tavares da Silva, curso Técnico de ST, 3º ano

Professor Thiago Jota


O incêndio é um sinistro que está presente na história da humanidade desde seus primeiros

registros, ele já foi o responsável pela morte de milhões de pessoas no mundo e também pela

destruição de diversos bens importantes para a humanidade. Ao longo do relatório como foi proposto,

serão citados incêndios que ocorreram em âmbito nacional e internacional, demonstrando as causas do

acidente e medidas preventivas que poderiam ter sido implementadas para mitigar/evitar o acidente,

bem como, novas tecnologias aplicadas na prevenção e combate a incêndios.


Um dos incêndios mais marcantes dessa década foi na cidade de Santa Maria, Estado

do Rio Grande do Sul, na conhecida Boate Kiss., que aconteceu durante a apresentação de

uma banda, onde vocalista acendeu um sinalizador de uso externo, e as faíscas provocadas

pelo sinalizador atingiram a espuma do teto, que servia como isolamento acústico e não tinha

tratamento contra fogo e nem era aprovada pelo Corpo de Bombeiros. Em cerca de 3 minutos

a boate estava tomada por uma fumaça densa repleta de cianeto, substância letal, que causou

a maioria das mortes.

Esta é a segunda maior tragédia do Brasil em número de vítimas fatais, foram 242

mortos e cerca de 680 feridos, a grande maioria, de estudantes universitários. Passados mais

de 7 anos dessa tragédia, nenhuma pessoa ainda foi julgada. Mauro Hoffmann, um dos

sócios da boate Kiss, foi preso. Em dois meses, a Polícia Civil responsabilizou 35 pessoas por

falhas que levaram ao incêndio – 16 por crimes comuns (incluindo homicídio), 10 por crimes

previstos no Código Militar e os demais por omissões que caracterizam improbidade

administrativa. Apenas quatro foram presos: além de Hoffmann, seu sócio, Elissandro Spohr,

e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano

Bonilha de Leão, que acenderam o sinalizador causador do fogo.


Outro incêndio que marcou muito foi o de grandes proporções que atingiu a sede do

Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, na noite de 2 de setembro de 2018,

destruindo quase a totalidade do acervo histórico e científico construído ao longo de duzentos

anos, e que abrangia cerca de vinte milhões de itens catalogados. Além do seu rico acervo,

também o edifício histórico que abrigava o Museu, antiga residencia oficial dos Imperadores

do Brasil, foi extremamente danificado com rachaduras, desabamento de sua cobertura, além

da queda de lajes internas.

Os bombeiros foram acionados às 19h30, chegando rapidamente ao local. às 21 horas,

o fogo encontrava-se fora de controle, com grandes labaredas e estrondos ocasionais, sendo

combatido inicialmente por bombeiros de quatro quartéis, número depois ampliado para doze

quartéis. Por volta das 21h15, uma equipe especializada dos bombeiros entrou no prédio para

tentar bloquear áreas ainda não atingidas pelas chamas, e avaliar a extensão dos estragos.
Oitenta bombeiros de doze quartéis combateram as chamas, que começaram por volta

das 19h30. O incêndio foi controlado mais de seis horas depois, devido à dificuldade pela

falta de água nos hidrantes próximos, tendo sido necessário captar em um lago próximo e

transportar por caminhões-pipa até o ponto de combate. Duas viaturas auto-escada estavam

sendo usadas, com dois caminhões-pipa se revezando no fornecimento de água para o

trabalho dos bombeiros.

Dezenas de funcionários do museu acompanhavam o combate às chamas. Dois

andares do edifício estavam já bastante destruídos e o teto havia desabado. Segundo Edson

Vargas da Silva, bibliotecário e funcionário há 43 anos no museu que acompanhava o

incêndio no local, “Tem muito papel, o assoalho de madeira, muita coisa que queima muito

rápido”

Após investigação da Polícia Federal, foi concluído que o incêndio se iniciou no

primeiro andar, no auditório. A causa foi um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-

condicionado, por conta das péssimas instalações do sistema elétrico. Uma investigação

instaurada concluiu que os gestores do museu não tiveram culpa. Isso por quê, já havia sido

firmada uma parceria com O BNDES para financiamento das obras de adequação e o contrato

estava assinado. Mas a tragédia ocorreu antes da liberação da verba. Até hoje ninguém foi

responsabilizado.
Já em 2019 ocorreu o grande incêndio da Amazônia, florestas e matas arderam em

chamas nos estados do Norte, se estendendo pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato

Grosso do Sul, incluindo áreas da Amazônia e do Pantanal. Os incêndios atingiram a tríplice

fronteira entre Brasil, Bolívia e Paraguai. A Amazônia foi o bioma mais afetado, com pouco

mais da metade (52,6%) dos focos, seguida do Cerrado, com 30% dos registros de queimada.

Propriedades particulares concentram os focos de queimadas. Desde janeiro, 60% dos

incêndios ocorreram em áreas privadas registradas no Cadastro Ambiental Rural do Brasil,

16% em terras indígenas e 1% em áreas protegidas.

Estudos científicos mostram que as queimadas desta região geralmente decorrem do


modelo de ocupação e uso do solo, com o desmatamento de grandes áreas e consequente
queima da vegetação, tanto de pastagem quanto de floresta primária para preparo da terra ao
plantio. A prática é comum na agropecuária nacional, principalmente na região do Cerrado e
da Amazônia Legal. Do ponto de vista prático, as queimadas quando utilizadas em áreas com
pastagens visam a renovação ou recuperação da vegetação utilizada para a alimentação do gado,
eliminando ervas daninhas e adicionando nutrientes ao solo, oriundos da biomassa queimada.
Entretanto, no longo prazo, essa prática provoca degradação físico-química e biológica do solo,
e traz prejuízos ao meio ambiente.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o governo federal atuou nas
regiões mais críticas com pelo menos mil brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio).
No Mato Grosso, as secretarias de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e de Meio
Ambiente (Sema-MT) deflagraram a operação “Abafa Amazônia”, que mobilizou forças de
segurança da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Politec,
Defesa Civil e o Comitê Estadual de Gestão do Fogo. A operação tem o objetivo de combater
os crimes por desmatamento e degradação florestal, queimadas irregulares e incêndios
florestais.
A região da Floresta Amazônica é monitorada diariamente por satélites e uma força

tarefa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no combate aos focos de incêndio

Região Norte: Dados dos Focos de Incêndio por Ano

Os dados revelam uma intensificação no aumento dos focos de incêndio na Floresta

Amazônica a partir do início do século XXI, com mais de 100 mil focos em 2002 e com o

dobro da quantidade dois anos depois, em 2004. No ano de 2005, houve o pico do número de

incêndios, mais de 160 mil focos na região. Em 2010, os números também assustam, com

mais de 130 mil focos na região.

A partir de 2011, houve um equilibro nos números, os focos de incêndio na Amazônia

Legal encontram-se numa média de 50 mil por ano.

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