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Sumário

Introdução...................................................................................................................................................2
A Revolução Verde no mundo....................................................................................................................3
Características da revolução verde...............................................................................................................3
Modernização dos sistemas de irrigação......................................................................................................4
Origem da Revolução Verde.......................................................................................................................4
Vantagens e desvantagens da Revolução Verde..........................................................................................5
Revolução Verde em Moçambique..............................................................................................................6
Revolução Verde em Moçambique:.............................................................................................................6
Objectivo e Princípios.................................................................................................................................7
Principais Pilares.........................................................................................................................................8
No âmbito dos Recursos Naturais................................................................................................................8
No quadro das tecnologias de produção......................................................................................................9
No quadro dos mercados e informação......................................................................................................10
No quadro dos serviços financeiros...........................................................................................................10
No âmbito das associações de produtores..................................................................................................11
Conclusão..................................................................................................................................................11
Bibliografia................................................................................................................................................12

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Introdução
Revolução Verde é o aumento da produção de alimentos em escala mundial como forma de
garantia de segurança alimentar. E consistiu na modernização da agricultura em escala
global, efectivada por meio da incorporação de inovações tecnológicas na produção. Teve como
base as sementes geneticamente modificadas, as maquinarias agrícolas e os insumos químicos,
como fertilizantes e agro-tóxicos.

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A Revolução Verde no mundo

A Revolução Verde consistiu na modernização da agricultura em escala global, efectivada por


meio da incorporação de inovações tecnológicas na produção. Teve como base as sementes
geneticamente modificadas, as maquinarias agrícolas e os insumos químicos, como fertilizantes e
agro-tóxicos.

O propósito da Revolução Verde era, inicialmente, o aumento da produção de alimentos em


escala mundial como forma de garantia de segurança alimentar. Embora tenha registado ganhos
produtivos em diversos países, a Revolução Verde trouxe consigo consequências para os
pequenos produtores, para o ordenamento do território e para o meio ambiente.

A expressão “Revolução Verde” é empregada para designar o processo de transformação


na agricultura em escala global que se deu por meio do desenvolvimento e incorporação de
novos meios tecnológicos na produção.

Esse fenómeno teve início na segunda metade do século XX, entre as décadas de 1960 e 1970.
Pode ser chamada também de Paradigma da Revolução Verde, por ter representado uma
mudança profunda na forma de produzir-se no campo e no aparato técnico utilizado para o
desenvolvimento da produção agro-pecuária.

As inovações tecnológicas adoptadas inicialmente em países como México e Estados Unidos, e


que tão logo se propagaram para o restante da América Latina e para a Ásia, iam desde as etapas
iniciais de preparo e selecção até a outra extremidade da cadeia produtiva, no processo de
colheita.

Características da revolução verde


A modernização da agricultura que aconteceu em meados do século XX teve como principal
característica a adopção de tecnologias modernas na produção e na criação de animais.

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As novas técnicas que se desenvolveram a partir da década de 1940 foram baseadas em extensas
pesquisas científicas que, com o passar do tempo, ampliaram-se e deram origem a uma série de
inovações que passaram a ser empregadas no campo.

Essas pesquisas foram realizadas pelo financiamento oriundo de indivíduos e entidades


privadas, e também por meio do Estado via agências estatais de pesquisa, como aconteceu no
Brasil.

Melhoramento genético de espécies vegetais (como o trigo e o arroz) e desenvolvimento de


híbridos, proporcionando a sua adaptabilidade a condições climáticas e de solo variadas bem
como um aumento na produtividade;

Maquinarias como tractores, utilizados em várias etapas da produção agrícola, semeadoiras e


colheitadoiras. Adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas ou agro-tóxicos empregados no
preparo do solo, na correcção dos índices de acidez, no controle de doenças e pragas que podem
acometer as lavouram, entre outros.

Modernização dos sistemas de irrigação.


A mecanização foi um dos pilares da Revolução Verde. Levando esses factores em consideração,
tem-se que a Revolução Verde fez surgir uma agricultura intensiva tanto em tecnologias quanto
em capitais.

O capital entrou na forma de investimentos em pesquisas, nos incentivos fiscais para a aquisição
de pacotes tecnológicos e na adopção propriamente dita de insumos; apresentou-se, ainda, por
meio da expansão do agronegócio e da difusão das grandes empresas do sector por diversas
partes do globo.

Por fim, atribui-se à Revolução Verde o crescimento do número de monoculturas nos campos, o


que se deveu a um intenso processo de especialização produtiva.

Origem da Revolução Verde


A Revolução Verde teve início na segunda metade do século XX, entre as décadas de 1960 e
1970, quando houve maior difusão das inovações tecnológicas no meio agrícola. Entretanto, os

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passos iniciais para essa mudança de paradigma e as suas principais motivações já se
encontravam no período precedente.

O contexto da Segunda Guerra Mundial  (1939-1945) colocou em questão a necessidade de


garantia da segurança alimentar em ampla escala. Para que esse objectivo fosse possível, era
imprescindível a maior oferta de alimentos com base em um ganho de produtividade na
agricultura. Esse foi um dos motivadores do processo de inovação tecnológica no campo, embora
não tenha sido o único.

Os maiores financiadores de pesquisas nesse período foram grupos privados, entre eles a
Fundação Rockfeller, que investiu em estudos voltados ao melhoramento genético de cultivos
como o trigo e o milho.

Liderando as pesquisas estava Norman Borlaug, que dirigiu o Programa de Produção


Cooperativa de Trigo no México, na década de 1940, uma parceria entre o governo mexicano e o
grupo mencionado.

Em conjunto com pesquisadores locais, Borlaug desenvolveu uma espécie de trigo resistente a


doenças e de elevada produtividade.

Tais resultados, que ajudaram no aumento da produção de cereais no México, renderam-lhe


o Prémio Nobel da Paz em 1970, sendo considerado actualmente o principal nome da Revolução
Verde.

Vantagens e desvantagens da Revolução Verde


O advento das novas técnicas produtivas na agro-pecuária trouxe aspectos positivos e negativos a
diversas áreas, como económica, social e ambiental.

A principal vantagem trazida pela Revolução Verde foi o ganho de eficácia na produção


agrícola, que suscitou o aumento de produtividade em diversas lavouras, com destaque para os
cereais e para os grãos, como a soja e o milho.

Por intermédio do melhoramento genético e do desenvolvimento de fertilizantes e técnicas de


preparo do solo, foi possível adaptar os cultivos a condições climáticas e solos diversos, como o

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caso da soja nos Cerrados. Somou-se a isso o avanço nas pesquisas e no incremento tecnológico
proporcionado pelos trabalhos derivados da Revolução Verde.

Entre as desvantagens desse processo, houve a expulsão de pequenos proprietários e


trabalhadores rurais do campo. Isso se deu, em primeiro lugar, pelo aumento dos custos relativos
para a produção devido à concorrência com grandes proprietários e grandes empresas.

As novas técnicas incorporadas ao campo exigiram, ademais, maior qualificação profissional, o


que acabou por colocar muitos trabalhadores menos qualificados em situação de desemprego.

O emprego de agro-tóxicos na lavoura é prejudicial tanto à saúde humana quanto ao meio


ambiente.

Os insumos utilizados no preparo do solo e manutenção das culturas, como fertilizantes e agro-
tóxicos, podem ser extremamente prejudiciais à saúde humana. Em se tratando do meio
ambiente, o emprego desses elementos ocasiona a poluição dos solos e de corpos hídricos.

Ademais, a intensificação do uso do solo e o modelo monocultor podem levar ao esgotamento de


nutrientes e danos à sua estrutura.

Revolução Verde em Moçambique


“Revolução Verde” começa a ficar um tema incontornável do debate social e de acção
governativa sobre o desenvolvimento em Moçambique. O Conselho de Ministros de
Moçambique aprovou resoluções e planos de acção sobre a implementação da Revolução Verde
e não há discussão alguma sobre a agricultura que não envolva, de um modo ou outro, questões
relacionadas com a Revolução Verde.

O presente documento pretende delinear o conceito da Revolução Verde já iniciada, e propor


linhas gerais de uma estratégia para a sua implementação em todo o País. Detalhes sobre a forma
da sua implementação e pormenores das acções concretas no terreno, com indicadores e metas,
constarão de um documento complementar.

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Revolução Verde em Moçambique:
 Conceito,
 Objectivo e
 Pilares
Conceito - A Revolução Verde em Moçambique é um processo de busca de soluções para
incrementar os níveis de produção e produtividade agrária, através do uso de sementes
melhoradas, fertilizantes, instrumentos de produção, tecnologias de produção adequada à
realidade local, mecanização agrícola, incluindo atracção animal, construção e exploração de
represas para a irrigação e para o abeberamento de gado, entre outras acções. Trata-se de uma
estratégia multidimensional de combate à fome e à pobreza e tem como meta final o aumento da
produção e produtividade agrária de forma competitiva e sustentável.

O conceito da Revolução Verde em Moçambique assenta nos seguintes pressupostos:


a) O combate à pobreza passa pela eliminação de uma das suas mani festações, nomeadamente, a
carência em alimentos básicos e a insegurança alimentar permanente ou temporária;
b) A geração de emprego e de renda são cruciais para a criação de condições necessárias para
devolver a dignidade humana das comunidades;
c) As experiências de outros países onde programas similares foram implementados com sucesso
devem ser tomadas em consideração.

Objectivo e Princípios
A Revolução Verde em Moçambique tem como objectivo principal induzir o aumento da
produção e produtividade dos pequenos produtores para uma maior oferta de alimentos de uma
forma competitiva e sustentável.

 Para ser sustentável, progressivo e irreversível, este objectivo deve observar os seguintes
princípios:

a) Ser endógeno e assente na base socioeconómica e cultural dos produtores;


b) Contar com a capacidade efectiva de apoio do Governo;

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c) Ter em conta as especificidades locais, nomeadamente o potencial agro-ecológico de cada
região, incluindo as zonas peri-urbanas;
d) Ter forte liderança, criatividade e maximização do uso dos recursos locais para não depender
exclusivamente do Orçamento do Estado (OE);
e) Ter maior descentralização de competências, dos recursos humanos, materiais e financeiros
para os distritos;
f) Apoiar-se em políticas orientadoras e programas de promoção do movimento associativo dos
produtores;
g) Promover a auto-estima dos produtores, desencorajando programas de distribuição gratuita de
recursos materiais ou financeiros e encorajando esquemas de poupança e ajuda mútua;
h) Implementar programas específicos, com metas claras e responsabilização na execução; e
i) Integrar as escolas primárias, secundárias e técnico-profissionais na sua implementação.

Principais Pilares
Tendo em conta os principais constrangimentos existentes no desenvolvimento do sector agrário,
a estratégia de intervenção para a implementação desta Revolução Verde deve assentar nos
seguintes pilares básicos:

a) Recursos Naturais (terra, água, florestas e fauna bravia);


b) Tecnologias melhoradas;
c) Mercados e Informação actualizada;
d) Serviços Financeiros;
e) Formação do Capital Humano e Social.

No âmbito dos Recursos Naturais


Os esforços serão concentrados em: Estratégia da Revolução Verde em Moçambique Estratégia
da Revolução Verde em Moçambique

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a) Assegurar o acesso aos recursos e à sua utilização sustentável;
b) Utilizar técnicas de zoneamento para facilitar o direccionamento dos investimentos e dos
assentamentos humanos;
c) Promover o estabelecimento de plantações para fins energéticos e de conservação e protecção
dos ecossistemas frágeis;
d) Promover a indústria local de processamento de produtos florestais;
e) Fortalecer programas de prevenção, monitoria e controle de queimadas;
f) Reforçar programas de redução do conflito homem/fauna bravia.

No quadro das tecnologias de produção


A Revolução Verde em Moçambique deverá ter como alicerce a massificação de tecnologias
melhoradas de produção agrária, com enfoque nas tecnologias adaptadas ao sector familiar,
visando os seguintes objectivos combinados:

(i) aumento de área cultivada,


(ii) aumento de rendimento agrícola por hectare como elemento chave,
(iii) aumento dos efectivos e da produção pecuários,
(iv) melhor aproveitamento dos recursos hídricos.

Para se atingir esses objectivos combinados, será necessário:


a) Aumentar a cobertura e melhorar a qualidade dos serviços de investigação e extensão agrária,
de acordo com as diferentes zonas agro-ecológicas, incluindo as regiões áridas e semiáridas;
b) Incrementar a utilização de tecnologias de irrigação, em particular as adaptadas ao sector
familiar;
c) Melhorar e alargar a disponibilidade de insumos agrícolas, principalmente sementes
melhoradas e fertilizantes;
d) Melhorar e estender os serviços de assistência sanitária e fitossanitária;
e) Promover iniciativas de produção e processamento de insumos no País para o maior acesso e
disponibilidade;
f) Revitalizar a cadeia de produção e processamento de semente melhorada;

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g) Fortalecer a capacidade institucional das associações de produtores, incluindo o seu papel
como promotores na disponibilização de insumos aos produtores;
h) Capacitar e desenvolver os recursos humanos existentes, principalmente nos distritos, no
quadro da descentralização;
i) Desenvolver e disseminar tecnologias que permitam o uso sustentável dos recursos naturais
(terra, água, florestas e fauna bravia);
j) Facilitar o acesso à mecanização agrícola com recurso à tracção animal e ao uso do tractor,
onde for apropriado;
k) Reforçar os serviços de veterinária, incluindo a realização de campanhas de vacinação e
banhos nos tanques carracicidas;
l) Desenvolver tecnologias de piscicultura e promover a sua utilização num sistema integrado de
produção.

No quadro dos mercados e informação


Associado a vários factores limitantes para o aumento da produção, destacam-se também a fraca
rede comercial para insumos e produtos agrários, deficientes vias de acesso às zonas de produção
e de consumo, limitada rede de infra-estruturas de armazenagem e de agro-processamento.

Para reverter essa situação, dever-se-á:


a) Desenvolver infra-estruturas rurais tais como estradas, infra-estruturas de armazenamento e
tecnologias de informação e comunicação;
b) Normal e controlar a qualidade dos produtos, conforme os padrões de qualidade acordado são
nível nacional, regional e internacional;
c) Fortalecer os sistemas de informação de mercados dos produtos agrários;
d) Desenvolver o agro-processamento, para fortalecer as ligações entre a agricultura e os outros
sectores de economia e acrescentar valor e competitividade aos produtos agrários.

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No quadro dos serviços financeiros
a) Criar um ambiente favorável a investimentos no sector agrário;
b) Promover e alargar os sistemas formais e não formais de crédito rural, que viabilizem
projectos agro-pecuários;
c) Apoiar iniciativas privadas de financiamentos para o sector agrário, incentivando o sector
bancário a marcar maior presença nas zonas rurais.
d) Estabelecer políticas macroeconómicas (monetária, fiscal, tributária, cambial e de crédito)
eficientes, que promovam o sector agrário, contemplando:
e) Iniciativas do tipo Fundos de Garantia, Linhas de Crédito, Fundos de Crédito, de Capital de
Risco e seguro agrícola bem como operacionalizar o seu funcionamento numa base mais
comercial e menos como extensão do Governo e Doadores;

1) O incremento de colaboração de programas com os Fundos de Fomento existentes, buscando


sinergias e objectivos comuns.
2) O alargamento da base global de recursos para o financiamento da actividade agrária, com o
envolvimento dos parceiros de cooperação. O apoio no acesso a factores e meios de produção,
incluindo a tracção animal, como forma de alargar as suas áreas de produção e melhorar os
índices produtividade.

No âmbito das associações de produtores


Para o adequado apoio ao desenvolvimento do capital social, constituem elementos importantes:
a) A consolidação do quadro político-legal para o desenvolvimento do movimento associativo e
de apoio à produção;
b) A alfabetização funcional, tendo em conta que a maioria dos camponeses necessitam de ler e
escrever para melhor desenvolver e mas suas actividades;
c) O apoio técnico às associações na elaboração de planos de negócios e de ligações com o
mercado; e,
d) O apoio no acesso a factores e meios de produção, incluindo atracção animal e mecânica,
como forma de alargar as suas áreas de produção e melhorar os índices de produtividade.

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Conclusão

No decorrer do trabalho da nossa pesquisa é um processo de busca de soluções para incrementar


os níveis de produção e produtividade agrária, através do uso de sementes melhoradas,
fertilizantes, instrumentos de produção, tecnologias de produção adequada à realidade local,
mecanização agrícola, incluindo atracção animal, construção e exploração de represas para a
irrigação e para o abeberamento de gado, entre outras acções. Trata-se de uma estratégia
multidimensional de combate à fome e à pobreza e tem como meta final o aumento da produção
e produtividade agrária de forma competitiva e sustentável.

Bibliografia
http://. revolução verde no mundo. brasil pdf

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http://. revolução verde no mundo. mocambique pdf

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