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TEMA: ANÁLISE DO ENSAIO “ALL THE WORLD WAS AMÉRICA” DE MARIA SYLVIA CARVALHO

FRANCO. No texto será tratado as analises feitas por Maria Sylvia e Macpherson sobre o
Segundo tratado sobre o governo de John Locke. A expansão das práticas tidas como
”neoliberais” e a comparação com as práticas liberais proposta por Locke.

OBJETIVO: Neste estudo, Maria Sylvia baseia-se no trabalho de Macpherson quanto ao


segundo tratado sobre o governo de John Locke e também usará os textos do próprio autor
para captar os vínculos liberalismo e o neoliberalismo. Com o tema ainda estando em
progresso na época da escrita.

MÉTODO: No início, a autora, mostrará alguns estudos que procurar resolver as dificuldades
na exposição de Locke, nela distinguindo níveis, ou combinando representações oriundas de
fontes diversas. Entre essas fontes, destaca-se o trabalho de Macpherson, que é modelar de
um pensamento dualista. Após isso ela propõe a leitura de trechos do próprio segunda tratado
para ressaltar a estrutura interna, suas relações com o patrimônio cultural que na época se
enriquecia, cuidando para não fugir do descrever o contexto imediato onde o pensador
espelha diretamente a tendência dominantes.

HIPÓTESES

O ESTADO DE NATUREZA PARA LOCKE. Locke é um dos representantes do jusnaturalismo ou


teoria dos direitos naturais. Ele descreve seu Estado de Natureza a partir da mais perfeita
igualdade e liberdade entre os homens. Neste momento histórico não há exercício de qualquer
poder sobre os indivíduos, cada um se encontra em estado de plena liberdade para colocar a
disposição tudo que possui da forma que achar conveniente. Já que Deus dotou todos os
homens de razão, não seria possível uma subordinação de um homem a outro homem. A
partir desse pressuposto de Locke surge o conceito de universalização da razão acompanhada
da igualdade. O Estado de natureza era, segundo Locke, um situação real e existente no amago
social. Existindo no passado, estando no presente e que estará no futuro. Nesses termos
intertemporais eterno, o Estado de natureza é essencial para doutrina de Locke para admitir-
se a justificativa do direito natural.

A UTILIZAÇÃO DA RAZÃO PARA ADQUIRIR PROPRIEDADE, SEGUNDO LOCKE. Com o


pressuposto de que todos os homens são dotados de razão, possuindo total liberdade e
igualdade. Locke entende que o bom uso para a razão, remete ao trabalho. O trabalho é o
fundamento originário da propriedade; colocando a natureza inalterada, logo ainda não
possuindo serventia, em movimento, assim transformando-a em sua posse. O homem só é
bem sucedido e faz parte da comunidade, quando coloca em uso sua razão.

DIREITOS NATURAIS E A SEPARAÇÃO DA SOCIEDADE, SEGUNDO LOCKE. Como para Locke a


propriedade já existe no estado de natureza, bastando apenas colocar em uso a razão, que é
um direito cedido a todos; logo a propriedade privada faz parte do direito natural do indivíduo,
junto com a conservação da vida e liberdade. Devido a igualdade do Estado de Natureza, todos
os homens, teoricamente, são capazes de adquirir sua propriedade privada. Porem, nem todos
fazem o bom uso da razão, não se apropriando da natureza e consequentemente não
adquirindo a propriedade privada. Esses diferentes usos da razão, fazem com que Locke separe
os homens em duas classes: a dos proprietários e dos não-proprietários. Sendo que só o
primeiro grupo participa da comunidade dos humanos, perfeitos, pacíficos, membros da
comunidade harmoniosa e legal. Os homens que são tidos como alheios a lei da razão, são
inumanos, degenerados, ferozes. A partir da logica do trabalho, que se origina a desigualdade.
Para Locke, tal separação é tida como natural, pois é uma consequência da própria natureza,
assim a desigualdade é legitimada. Como também essa doutrina legitima a destruição do
outro, dos desiguais ou diferentes por natureza, tendo o aval para exclui-los da espécie
humana.

PUNIÇÃO PARA OS NÃO PROPRIETÁRIOS, SEGUNDO LOCKE. A generalidade da lei da natureza


de Locke, faz presente em cada um dos membros, ela só pode ser atualizada quando posta em
operação por cada indivíduo particular, pelo uso da força do trabalho. A teoria de Locke é
erguida sobre a propriedade privada, planeia sobre o individuo ativo. Sendo os indivíduos não
ativos, não proprietários, são degenerados da sociedade. Assim a igualdade individual,
atribuída aos membros da espécie, determina a desigualdade nos que se afastam da regra. A
lei que em seu discurso aparece como expressão da igualdade do Estado de natureza, na
verdade encobre as oposições e conflitos existentes. Ela protege os que detém o titulo de
humanidade e reprime os que não estão de acordo com a forma.

ATENTADO A PROPRIEDADE PASSÍVEL DE PUNIÇÃO, SEGUNDO LOCKE. Para Locke, a


propriedade e a vida do indivíduo, são interligadas. Sendo que atentando contra a
propriedade, seria o mesmo que atentar contra a vida. “discuta a legalidade de matar o ladrão,
mesmo que esse não tenha ameaçado a vida do proprietário” (47). A defesa sendo o direito de
eliminar quem a ameaça. Nesse ponto entra a defesa da escravidão para John Locke; o
desleixo do trabalho, a quebra da paz por parte do indivíduo irracional, configurando crime;
faz com que seja legalizado o confisco total dos seus bens por parte dos humanos perfeitos,
incluindo a vida.

CONCLUSÃO. O ensaio visa esclarecer os pontos e as contradições expostas por Locke no


segundo tratado sobre o governo. A partir das leituras do próprios textos de Locke e de
Macpherson.

No inicio do texto indagou: “vale a pena perguntar por que “neo”? Haverá nesta versão, algo a
diferencia-lo do “velho” liberalismo?”(32) Com a respostas sendo: “Não há como tornar o
chamado ‘neoliberalismo’ distinto e menos agressivo que a doutrina clássica: Propriedades
seletiva , mercado soberano, liberdade comprometida de alguns diferencias cada vez maiores
atribuídas as comidas processo competitivo” (53)

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