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ÉTICA E RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
Esta aula está dividida em cinco temas e tem por objetivo apresentar
aspectos ligados às relações interpessoais nas empresas.
O primeiro tema mostra os diferentes entendimentos e conceitos sobre
relacionamento interpessoal. Esse assunto está intimamente ligado ao sujeito e
aos seus valores pessoais e princípios de vida. A partir do momento em que o
sujeito tem conhecimento de si mesmo e de seus valores, ele poderá desenvolver
um relacionamento pessoal mais equilibrado e consciente.
No segundo tema será apresentada a relação entre ética e relacionamento
no trabalho. A maioria das pessoas, em dada fase de sua vida, enfrentam entre
seis a dez horas diárias de atividade profissional das mais diversas. Essas
atividades sempre então acompanhadas de uma gama menor ou maior de
pessoas, e essas relações na maioria das vezes são um grande desafio.
O terceiro ponto a ser abordado no texto será sobre as relações
interpessoais e a qualidade de vida no trabalho, o que envolve aspectos éticos.
Para que haja um ambiente de qualidade no trabalho é necessário um
relacionamento interpessoal positivo que oportunize tal ambiente. Em uma
organização de trabalho, seja ela de pequeno porte ou não, o relacionamento
saudável entre os funcionários será possível quando cada um desenvolver a
capacidade de conhecer-se a si e de se colocar no lugar dos colegas.
Um quarto ponto que será articulado no presente texto é a questão da
superação de conflitos interpessoais na empresa. Muitas vezes, nas
organizações, há pessoas de diferentes lugares do mundo e com culturas
diferentes – e isso poderá, de certa forma, contribuir muito para o desenvolvimento
de uma empresa. Todavia, por outro lado, poderá gerar os mais diferentes
conflitos, dos mais simples aos mais complexos.
E por fim será analisada a questão do trabalho em equipe, pois um time
coeso em uma empresa é um objetivo a ser alcançado. Equipe é definida como
um grupo de pesssoas com habilidades complementares, que trabalham juntas
com o fim de atingir um propósito comum. Em uma equipe as pessoas se
consideram coletivamente responsáveis, esforçando-se pelos objetivos do grupo
e estão engajadas em alcançá-los de forma compartilhada.
Agora que você já sabe todos os conteúdos que vamos estudar, mãos à
obra! Vamos começar?
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CONTEXTUALIZANDO
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necessidade: quando mencionamos este fator, revela-se que a maioria dos seres
humanos precisam se relacionar com outras pessoas. O autor não apresenta a
profundidade desses relacionamentos, mas o ser humano em suas relações
interpessoais tem indivíduos com os quais ele tem maior afinidade relacional. Um
terceiro aspecto ressaltado por Carvalho é que nessas interações sociais o ser
humano descobre suas capacidades; será nas relações interpessoais que o
indivíduo se desenvolverá, pois é por meio de tais relações que lhe é dada a
oportunidade de desenvolver suas habilidades e qualidades pessoais.
O relacionamento interpessoal está imbuído de normas de comportamento
e isso irá influenciar a relação social do indivíduo. Esse conjunto de normas irá
estabelecer interações diversas entres os diferentes indivíduos na sociedade.
Nesse contexto social aparece a questão da ética, pois ela é uma iniciativa
do coletivo, e desse modo é produto da relação dos diferentes indivíduos em uma
sociedade.
Outro ponto importante ressaltado por Carvalho (2009, p. 82): “Nossa
cultura enfatiza a observação de qualidades e defeitos das pessoas, e sobre essa
base estruturamos o relacionamento”. Conforme esta colocação, a cultura na qual
estamos inseridos conduz o ser humano a dar ênfase a diferentes aspectos
comportamentais do semelhante para então desenvolver suas relações sociais.
Ou seja, a base da relação social na grande maioria está fundamentada nas ações
dos indivíduos, e não no sujeito em si. Em concordância com essa mesma
reflexão, muitas vezes uma única ação negativa apresentada por alguém pode ter
maior peso em nossas relações sociais do que várias ações positivas por parte
da mesma pessoa.
Isso nos revela que precisamos desenvolver a cada dia nossas relações
sociais, para que possamos a cada dia nos tornar seres mais sociáveis.
A grande maioria das pessoas têm entre seis e dez horas diárias de
atividades laborais as mais diversas, o que corresponderia a uma forte intensidade
no que diz respeito às relações sociais. Essas atividades profissionais podem,
com muita frequência, envolver uma gama menor ou maior de pessoas.
Em qualquer tipo de trabalho o aspecto ético é algo que precisa se
salientado e observado por todos aqueles que envolvidos em atividades
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específicas, e isso decorre do fato de as relações sociais estarem presentes em
qualquer trabalho.
De acordo com Abbagnano (2007), a ética é compreendida como a ciência
da conduta e tem duas concepções básicas: “a que a considera como ciência do
fim para qual a conduta dos homens deve ser orientada e dos meios para atingir
tal fim”. Conforme o autor, a ética está relacionada à conduta do ser humano, e
no trabalho tal conduta irá influenciar de maneira considerável as relações sociais.
A segunda concepção é “[...] a que considera como ciência do móvel da conduta
humana e procura determinar tal móvel com vistas a dirigir ou disciplinar essa
conduta”. Essa ideia está relacionada aos motivos ou àquilo que move a conduta
humana e está ligada aos fatos, ou seja, o sujeito dentro de uma empresa precisa
compreender a importância de suas ações em seu trabalho.
A ética deve ser compreendida como um empreendimento coletivo, ou seja,
buscada por todos que fazem parte de uma organização, pois ela deve ser
constantemente retomada e rediscutida por todos.
Não nos surpreende saber que em qualquer atividade profissional haja as
mais diversas dificuldades relacionais. Conforme afirma Rios (2008, p. 1),
“Trabalhar é meio de prover sustento para o corpo e para a alma. No trabalho
passamos a vida, desenvolvemos nossa identidade, experimentamos situações,
construímos relações, realizamos nosso espírito criativo. E é no trabalho que
também adoecemos”. Conforme a autora, podemos considerar alguns aspectos
com respeito ao trabalho e à relação do sujeito.
Primeiramente temos que entender que é por meio do trabalho que o
indivíduo promove seu sustento financeiro e de sua família. Desse modo esse
trabalho tem um certo grau de relevância, sendo assim há uma carga emocional
envolvida.
Um segundo aspecto ressaltado pela autora é que no trabalho passamos
uma grande parte de nosso tempo de vida. Ou seja, muitos passam em média oito
horas diárias no trabalho, e há quem passe ali até doze horas de seu dia. Outro
aspecto relacionado ao tempo que o indivíduo passa no trabalho é o tanto de anos
no mesmo trabalho. Alguns passam a vida toda: trinta, quarenta anos na mesma
atividade profissional.
Essa extensão diária no trabalho e também de anos na mesma atividade
profissional pode gerar muito desgaste, mas também aprofundamento nas
relações pessoais no ambiente profissional.
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Nesse período em que o sujeito passa no trabalho, ele desenvolve diversas
relações interpessoais, as quais poderão ajudar em seu desenvolvimento pessoal
e profissional; logo, tal indivíduo provavelmente encontrará prazer em suas
atividades profissionais. Em contrapartida, em muitos casos, tais relacionamentos
podem não ser tão favoráveis, o que pode gerar tensões das mais diferentes.
Um terceiro aspecto salientado por Rios é que no trabalho também
podemos adoecer. Ou seja, muitas pessoas somatizam as mais diferentes
doenças em locais de trabalho com ambiente difícil de relacionamentos, seja com
o colega ao lado, seja com o chefe.
A importância que é dada ao trabalho por muitos é muito grande, pois estes
dele dependem, e por isso muitas pessoas investem grande parte de suas vidas
na profissão, o que configura ao trabalho um grande grau de relevância.
Para Mendes (1995, p. 2), “o trabalho, como parte do mundo externo ao
sujeito e do seu próprio corpo e relações sociais, representa uma fonte de prazer
ou de sofrimento, desde que as condições externas oferecidas atendam ou não à
satisfação dos desejos inconscientes”. Para o autor, o trabalho de uma pessoa
pode representar uma fonte de prazer ou de sofrimento, e isso ocorre porque
muitas vezes as relações pessoais que o indivíduo tem em seu trabalho não são
as mais favoráveis. Contudo, o clima relacional de um trabalho não é a única fonte
que pode gerar sofrimento – pode haver outros fatores geradores de angústia. O
ser humano em geral busca uma satisfação em seu trabalho – e essa postura
pode ser considerada normal, pois a busca da felicidade e da satisfação fazem
parte da natureza humana.
Outro aspecto salientado por Mendes é que no trabalho as relações
pessoais são presentes, e como tal precisam ser alimentadas e cuidadas, pois de
tais relações dependem muitos aspectos, como a continuidade ou não no
trabalho, a satisfação de permanecer (ou não) nessa atividade profissional, entre
muitos outros pontos.
Um terceiro autor importante a ser considerado é Maria do Carmo Nacif de
Carvalho. Conforme Carvalho (2009, p. 11), “Em um trabalho, colocamos nosso
raciocínio, nossa emoção, nossa capacidade motora, enfim, nos identificamos
com ele”. De acordo com a autora, alguns aspectos precisam ser ressaltados.
No trabalho, o ser humano utiliza seu raciocínio. Atualmente, a capacidade
intelectual é cada vez mais requerida: as atividades profissionais têm exigido mais
aptidão de raciocínio, em virtude do grande avanço da tecnologia.
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Um segundo aspecto ressaltado pela autora é que no trabalho colocamos
nossas emoções. O ser humano em sua atividade profissional expões suas
diferentes emoções e muitas vezes isso pode dificultar suas relações de trabalho,
pois simplesmente externar aquilo que se pensa sem medir qualquer
consequência positiva ou negativa pode ser uma ação imprudente.
O trabalho é uma parte fundamental da vida de um indivíduo, e isso pode
afetá-lo em muitos aspectos. É na vida profissional em que diariamente são
vivenciadas uma diversidade de relações humanas. Essa organização que é o
trabalho é formada por um agrupamento de indivíduos que nem sempre têm os
mesmos objetivos ou interesses. É composta de uma rede de relações
construídas por diferentes pessoas, sendo que cada qual tem seus princípios
éticos e morais.
A não observação de alguns princípios éticos no trabalho, pode, muitas
vezes, dificultar as relações sociais e também a própria produção. Desse modo, é
importante que tais aspectos éticos sejam apresentados pela empresa para que
todos possam observar e praticar estes princípios. Quando estes são
apresentados com clareza e são cobrados em relação à sua prática, todos os
envolvidos na empresa serão beneficiados de alguma forma.
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Um segundo autor que poderá contribuir para o melhor entendimento do
que seja qualidade de vida no trabalho é França (2004). Este apresenta a ideia de
qualidade de vida com a sensação de bem-estar, sendo que isso ocorre a partir
do momento em que as diferentes necessidades do trabalhador são supridas.
Essas necessidades dizem respeito a um bom ambiente de trabalho e a aspectos
econômicos atingidos a contento em respeito ao indivíduo e suas crenças, entre
outros.
Para que seja possível um ambiente de qualidade no trabalho, é necessário
um relacionamento interpessoal positivo que possa gerar tal ambiente.
Em uma organização, seja uma empresa de pequeno porte ou não, o
relacionamento saudável entre os funcionários será possível quando cada um
desenvolver a capacidade de conhecer-se a si e de se colocar no lugar dos
companheiros.
Quando há, na organização, um relacionamento interpessoal positivo,
naturalmente teremos um bom ambiente de trabalho, e isso poderá contribuir para
que haja um aumento na produtividade. Porém, além desse aumento de
produtividade temos um ambiente de trabalho que gera para os funcionários
qualidade de vida.
Conforme Bom Sucesso (1997 p. 36), a valorização do ser humano, a
preocupação com sentimentos e emoções e com a qualidade de vida são fatores
que fazem diferença. O trabalho é a forma como o homem, por um lado, interage
e transforma o meio ambiente, assegurando sua sobrevivência, e, por outro,
estabelece relações interpessoais, que teoricamente serviriam para reforçar a sua
identidade e o senso de contribuição.
De acordo com a autora, alguns aspectos importantes devem ser
observados para aumentar qualidade de vida dos funcionários. Em primeiro lugar,
a valorização do ser humano. Esse aspecto deve ser observado quase que
diariamente em uma empresa. Quando um encarregado ou um chefe valoriza
seus colaboradores, naturalmente o ambiente de trabalho pode melhorar de forma
considerável, mesmo que as atividades técnicas sejam complexas. Muitas
empresas, para cortar despesas, demitem funcionários com muitos anos de total
dedicação e empenho. Tal ação não só é uma postura que demonstra
desvalorização do indivíduo, bem como, em muitos casos, é uma atitude antiética.
Um segundo aspecto salientado por Bom Sucesso, é que o que poderá gerar
aspectos positivos na empresa é a preocupação pelo fator emocional do
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funcionário por parte do encarregado ou do chefe. Cada ser humano tem
momentos em que suas emoções não estão em pleno equilíbrio; todavia, é
necessário que essa pessoa venha a cumprir suas tarefas. No entanto, sabemos
que o desequilíbrio eventual poderá causar uma certa dificuldade para o
cumprimento das atividades laborais. Desse modo, cabe à liderança o esforço de
compreender tal situação.
É importante que o líder de uma equipe de trabalho tenha o entendimento
de que as pessoas são, na maioria das vezes, fruto do meio em que se encontram.
E isso não é diferente em uma empresa, pois cada indivíduo carrega suas
emoções e sentimentos para o ambiente de trabalho.
Quando falamos em qualidade de vida no trabalho, precisamos refletir
sobre o fato de que haverá resultados positivos na empresa que se esforça para
obter tal qualidade. A partir do momento que uma instituição apresenta um modelo
de gestão cujo objetivo é esta qualidade de vida no trabalho, observa-se que
existe uma maior disposição por parte dos colaboradores dessa empresa na
realização de suas tarefas e também uma melhora na qualidade do aspecto
relacional no interior da empresa. Outros fatores dizem respeito a um maior
comprometimento dos funcionários e, naturalmente, uma maior produtividade,
aspecto este desejado por todos os líderes das empresas.
Muitas empresas desejam um aumento em sua lucratividade, mas não
observam e tampouco se esforçam para que seus colaboradores possam ter
qualidade de vida. Esta está intimamente ligada às decisões tomadas pelo
responsável, seja um chefe direto ou o diretor geral dessa empresa.
A qualidade de vida dos funcionários de uma instituição de trabalho é um
aspecto ético que precisa ser observado por todos que fazem parte desse grupo
de trabalho.
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desenvolvimento da empresa. Por outro lado, isso poderá gerar conflitos de toda
ordem, dos mais simples aos mais complexos.
Diante dessa nova forma globalizada de vida, há a necessidade de
aprender a conviver de maneira mais harmônica, e isso representa que devemos
ter a capacidade de lidar com diferentes aspectos éticos e morais que a nova
realidade apresenta.
Qualquer empresa ou local de trabalho em que houver duas ou mais
pessoas, em algum momento terá algum tipo de conflito. Conflitos fazem parte de
qualquer relação social, e no trabalho não é diferente. O importante é saber lidar
com estes conflitos e saber tirar lições positivas dessas experiências.
A liderança de uma organização de trabalho que toma a atitude de resolver
um conflito existente em sua empresa demonstrará para sua equipe que possui
uma postura ética diante das diferentes situações, pois tem como objetivo prever
o melhor para a empresa e para todos ali envolvidos.
Aproveitar o conflito como oportunidade para o crescimento é algo que
exige das pessoas envolvidas certo esforço e humildade. É importante que os
indivíduos possam ter o conhecimento de seus deveres e direitos. Com base
nesse conhecimento, cada um poderá tirar do conflito algum aprendizado para
seu desenvolvimento.
Em uma empresa, o bom relacionamento entre os funcionários irá contribuir
e muito para o bom desempenho de toda a instituição. Dessa maneira, a liderança
da empresa precisa construir um ambiente de trabalho favorável e harmonioso.
A habilidade de lidar com conflitos e buscar a harmonia entre a equipe é
umas das responsabilidades do líder da empresa. Para que isso seja possível, é
preciso observar alguns aspectos importantes para que não só o conflito existente
seja resolvido, mas também para que esse conflito gere um maior número de
ensinamentos.
Vamos olhar algumas dicas que poderão contribuir para que a liderança da
empresa possa resolver os conflitos com maior eficiência, conforme o artigo “5
maneiras de lidar com conflitos na sua empresa”, publicado pela revista Exame
em 14/12/2012.
Em primeiro lugar seja empático. A empatia é a habilidade de se colocar no
lugar da outra pessoa. Muitas vezes o conflito tem sua origem na não capacidade
de colocar-se no lugar da outra pessoa, e com isso ocorre o embate. A liderança
que quer resolver o conflito precisa desenvolver a habilidade de se colocar no
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lugar do outro. Isso irá ajudar a entender as diferentes razões, que conduziram ao
conflito. Ser empático é saber entender as causas que provocaram o conflito.
Uma segunda atitude importante a ser tomada pela liderança da empresa
é saber ouvir os dois lados. Muitos líderes querem resolver o problema, mas não
estão dispostos a investir tempo em ouvir os dois lados envolvidos no conflito.
Saber ouvir os envolvidos no conflito é uma característica importante a ser tomada
para que seja possível entender os diferentes pontos de vista, e dessa maneira
tomar a melhor decisão. Existe o perigo do líder se colocar ao lado de uma das
partes, por isso é necessário ter cautela para que essa falha não seja cometida.
Uma terceira atitude que o líder precisa é ter uma postura racional. Muitas
vezes, no intuito e na pressa de resolver o conflito, o líder faz mais uso das
emoções do que da razão. Isso pode resultar em um envolvimento emocional com
a situação, o que dificultará uma decisão racional e equilibrada. O objetivo primário
que o líder precisa ter é que ele está ali para buscar uma solução, portanto, ele
precisa ter autocontrole. As pessoas envolvidas irão respeitar o líder e quando ele
demonstrar equilíbrio emocional diante da situação apresentada, isso poderá
contribuir muito para que haja a solução do conflito.
A quarta atitude que o líder que pretende resolver um conflito precisa ter é
saber estimular o diálogo. Um aspecto importante é que o líder incentive as partes
envolvidas a apresentarem de maneira clara e coerente seus argumentos, sem
ataques mútuos. Apresentar os fatos implica em mensurar o tamanho do problema
e dar possibilidade aos envolvidos de serem ouvidos. A prática de permitir que as
pessoas falem irá contribuir muito com a solução de situações problemáticas, pois
ser ouvido é uma necessidade humana. Quanto maior for a quantidade de
informações que o líder tiver, maior será a possibilidade de ele tomar uma decisão
equilibrada e coerente.
Não ser omisso é a quinta atitude que o líder deve ter para buscar a solução
de conflitos. A omissão diante um conflito poderá fazer o problema tornar-se
maior, pois isso pode demonstrar à equipe que o líder é fraco e que não consegue
se posicionar diante de tal adversidade. Um segundo problema que pode surgir
devido à omissão é a possibilidade de que algum dos envolvidos no conflito que
tenha uma personalidade mais forte, vir a controlar a situação, causando alguma
injustiça. Diante disso, a outra parte envolvida poderá achar que não há nada que
possa ser feito, e a omissão será a causa de agravar ainda mais a situação.
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Esses aspectos apresentados poderão contribuir para que haja a resolução
de conflitos, entretanto a capacidade de aprender a viver juntos é um grande
desafio que todos precisam superar.
A promoção de valores éticos e morais é uma atitude a ser promovida pelo
indivíduo que visa a desenvolver uma consciência direcionada a gerenciar
positivamente a diversidade.
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satisfeitas, são gerados sentimentos de autoconfiança, de prestígio e de
facilitação das relações interpessoais.
Quarto nível: refere-se às necessidades de estima, que estão muito
próximas ao modo como o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem
sentimentos de autoapreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação
social, de respeito, de prestígio e de consideração
Quinto nível: correspondem às necessidades de autorrealização, as quais
estão relacionadas com a competência e o sucesso.
Tais necessidades fazem parte de todos nós, por essa razão é importante
que estejamos atentos, pois nas equipes que lideramos as pessoas têm essas
necessidades, e apoiar os indivíduos a suprir tais necessidades é uma atitude
ética por parte do líder.
Após o líder conhecer as necessidades dos membros de sua equipe, é
importante que ele esteja ciente das diferentes qualidades ou atributos de seus
liderados, pois determinadas características poderão ajudar a equipe a se tornar
mais forte e provavelmente obterá maior êxito em suas atividades. Para
verificarmos se uma equipe de trabalho é bem integrada ou não, é importante que
alguns atributos sejam observados.
Deve-se, primeiramente, notar a interdependência do grupo. Importa
observar se cada pessoa na equipe reconhece seu próprio papel e compreende
os alvos que o time e a organização pretendem alcançar. É importante que todos
saibam qual é o objetivo a ser atingido, assim como a organização, pois sua
equipe faz parte de um todo.
Uma segunda qualidade a ser observada é o sentimento de propriedade.
Cada pessoa da equipe deve ter senso de pertencimento, sentir-se parte do grupo,
conhecer os alvos e ter disposição para atingi-los. Importa notar se a pessoa
“veste a camisa”, pois essa atitude contribui não só para o crescimento da
organização, mas também para o crescimento de cada membro da equipe; como
resultado, todos provavelmente sentirão segurança.
A terceira característica a ser percebida em uma equipe é o sentimento de
contribuição. Cada pessoa tem de contribuir com a equipe com seus dons,
talentos, conhecimentos e ideias. Essa contribuição ultrapassa a ideia de retorno,
ou de “só faço aquilo para o que estou sendo pago”. Por exemplo: sou
coordenador em uma empresa e encontro um papel jogado no chão, logo afirmo:
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“isto não diz respeito a mim, mas sim ao zelador”. Tal atitude é limitada e de pouco
envolvimento com a organização.
Normalmente, em espaços sociais nos quais há grupos que já têm certa
integração e familiaridade, muito membros podem ter alguma dificuldade em fazer
a inserção de novos participantes. Desta maneira, centralizam a responsabilidade
de integração dos novos membros para possíveis líderes ou responsáveis por
esses grupos. Por serem tão coesos, inconscientemente muitos grupos acabam
por excluir outras pessoas.
A quarta qualidade de uma equipe bem integrada é a comunicação. Uma
boa equipe tem uma comunicação clara. Existe um esforço de todos os membros
da equipe para compreender o ponto de vista do outro. A fofoca é algo que não
existe em equipes bem integradas. A comunicação efetiva implica em muito mais
do que a somente falada, pois envolve também a comunicação não verbal, por
isso é importante tomar muito cuidado com ela.
A quinta qualidade a ser notada em uma equipe é a confiança. É preciso
perceber se as pessoas confiam na equipe, pois assim podem expressar suas
ideias, opiniões e sentimentos e não se sentirão ameaçadas por isso. Diante
disso, todos sabem que se falharem, os outros membros da equipe estarão
prontos a ajudar.
A sexta qualidade a ser alcançada é o desenvolvimento. Cada participante
da equipe tem de ser encorajado a desenvolver suas habilidades e capacidades
– não somente para o crescimento do grupo, mas para que haja o
desenvolvimento dos indivíduos. Importa notar se o indivíduo é estimulado a
buscar a superação.
Por último, e não menos importante, deve-se observar a coesão. Esse
ponto é parte da equipe que motiva seus membros a permanecerem unidos. As
pessoas do grupo gostam de estar juntas, pois se sentem bem. Cabe ao líder
buscar situações para desenvolver essa característica no time, pois dessa forma
todos tendem a ganhar. Um grupo coeso irá suportar as adversidades com mais
facilidade.
Cabe ao líder tomar sobre si a responsabilidade de buscar alcançar essas
qualidades em sua equipe e procurar sempre atender as necessidades de todos
os envolvidos.
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Vídeo
Para saber mais sobre os pilares para um melhor relacionamento
interpessoal no trabalho, assista ao vídeo “Relacionamento interpessoal no
trabalho – Regina Giannetti D. Pereira”, disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=gfyuPwm8QLM>. Acesso em: 24 ago. 2017.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
LAM, C. 5 maneiras de lidar com conflitos na sua empresa. Exame, 14 dez. 2012.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/5-maneiras-de-lidar-com-
conflitos-na-sua-empresa/>. Acesso em: 24 ago. 2017.
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PERIARD, G. A hierarquia de necessidades de Maslow: o que é e como funciona.
Sobre Administração, 30 maio, 2011. Disponível em:
<http://www.sobreadministracao.com/a-piramide-hierarquia-de-necessidades-de-
maslow>. Acesso em: 24 ago. 2017.
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