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BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO
NA ECONOMIA BRASILEIRA

RELATÓRIO TÉCNICO
DEZEMBRO DE 2019
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS 3

BREVE HISTÓRICO E PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO MUNDO 8

EXPERIÊNCIA E ESTRUTURA DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO BRASIL 15

PANORAMA DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA 27

PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS COOPERADOS 38

PERFIL DA CARTEIRA DE CRÉDITO ATIVA DAS COOPERATIVAS 69

COOPERATIVAS E RESULTADOS ECONÔMICOS NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS 101

IMPACTO DO CRÉDITO COOPERATIVO SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA 122

CONSIDERAÇÕES FINAIS 128

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2


APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS
Conceitos fundamentais do cooperativismo,
o papel do crédito nas economias contemporâneas
e exposição dos objetivos gerais do estudo
Apresentação: conceitos fundamentais
O cooperativismo é um instrumento de organização econômica da sociedade.
Criado na Europa, no século XIX, e posteriormente difundido pelos demais países
do mundo, caracteriza-se como uma forma de ajuda mútua por meio da
cooperação e da parceria entre indivíduos em diferentes âmbitos, como trabalho,
crédito, consumo e cooperativismo rural. Encontra-se baseado em uma ideologia
de progresso social, calcada no auxílio mútuo e na colaboração como soluções
para sobrevivência econômica de indivíduos e o bem-estar de comunidades.

O cooperativismo tem como unidade organizacional básica a cooperativa, definida


como associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para
satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por
meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido.

No Brasil1 e no mundo, existem iniciativas de cooperativismo em diferentes ramos


e com diferentes finalidades e públicos-alvo, como agropecuária, consumo,
crédito, educação, habitação, infraestrutura, mineração, produção, saúde,
trabalho, transporte, turismo e lazer, entre outros segmentos. Entre os diversos
tipos e modalidades, destacam-se as chamadas cooperativas de crédito, criadas
para oferecer soluções financeiras a partir dos princípios do cooperativismo.
1 Segundo Art. 6º, item I, da Lei 5.764, de 16/12/1971 são necessárias 20 (vinte) pessoas físicas para constituir uma cooperativa de qualquer ramo. Já a Lei nº
12.690, de 19 de julho de 2012, publicada no DOU de 20.07.12, que regula as Cooperativas de Trabalho estipula como mínimo 7(sete) pessoas físicas.

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Apresentação: o papel do crédito nas economias
 Nas economias capitalistas, o sistema financeiro e suas instituições constituem peças
fundamentais para o financiamento do crescimento econômico e do progresso social.
 Em particular, as operações de de crédito garantem a oferta de recursos para financiar diversos
objetivos dos tomadores (pessoas físicas e jurídicas), incluindo: investimentos em novos projetos,
aquisição de máquinas e equipamentos, contratação de mão-de-obra, atividades de pesquisa e
desenvolvimento (P&D), rolagem de giro, compra de bens e serviços (consumo), entre outros.
 Para possibilitá-los, as instituições financeiras atuam no mercado de crédito como
intermediadoras entre ofertantes e demandantes de recursos financeiros – isto é, entre
poupadores/credores (agentes superavitários) e investidores/tomadores (agentes deficitários).
 Ao canalizar recursos comumente ociosos e/ou “descasados” entre agentes e suas diferentes
necessidades e objetivos, essas instituições assumem papel alocador importante nas economias,
gerenciando tanto os custos de transação (custos de informação e agenciamento) quanto os
riscos (inadimplência, insolvência e iliquidez) atrelados às operações de crédito no mercado.
 Na prática, a fim de garantir a flexibilidade e a eficiência na transferência e oferta de recursos
entre agentes, as instituições creditícias promovem a compatibilização temporal entre ativos de
diferentes modalidades, linhas e prazos (curto, médio e longo prazos), realizam análise do perfil
de crédito dos potenciais tomadores e estabelecem os parâmetros das operações, como formas
de liquidação, garantias e adequada precificação dos recursos (taxa de juros e indexadores) ■

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Apresentação: o papel do crédito nas economias
 As cooperativas de crédito, evoluindo desde as experiências pioneiras no mundo e no Brasil,
têm expandido e consolidado sua participação nos sistemas financeiros internacionais.
 Esse processo reflete a importância das entidades e instituições de crédito cooperativo
como alternativa ao sistema bancário tradicional, atingindo populações, empresas e regiões
geográficas em que a oferta de serviços financeiros e de crédito é escassa/limitada.
 No Brasil, esse processo histórico, permeado por inúmeras modificações no plano legal e
regulatório, culminou, nas últimas 3 décadas no aumento do número de instituições e de postos
de atendimento (unidades físicas próprias) das cooperativas de crédito, na ampliação do número
de indivíduos e empresas cooperadas, na elevação do número de operações e do volume de
captação de depósitos, na diversificação das operações e da carteira de crédito, bem como no
menu de produtos e serviços oferecidos para os associados1.
 Ao final de 2018, segundo o Banco Central, o estoque do sistema cooperativo representava 7,9%
do total de crédito varejo, sendo que as cooperativas singulares atendiam cerca de 47% dos
municípios brasileiros, com destaque para Região Sul (92%), Sudeste (58%) e Centro-Oeste
(56%). Em termos de penetração, 4,2% da população brasileira estava associada a cooperativas,
sendo essa proporção expressivamente maior na Região Sul (17%) e menor no Nordeste (1%) ■
1Para o histórico, ver PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil – 4. Ed. – Brasília: BCB, 2006. Já
para uma análise mais recente, ver publicação do Banco Central do Brasil “Panorama do sistema nacional de crédito cooperativo” (Data-base: dezembro/2018),
disponível em: <https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/coopcredpanorama/9_panorama_sncc_2018.pdf> Acesso em outubro de 2019.

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Objetivos do estudo
Dada a crescente importância e difusão do cooperativismo (e, em particular, do ramo Cooperativismo de
Crédito) nas economias, bem como seus potenciais benefícios sobre a oferta de crédito e a vida financeira
de famílias e empresas, este estudo envolve, entre seus objetivos fundamentais:
• Apresentar os princípios e um breve histórico do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo, com
destaque para as experiências pioneiras, linha do tempo das leis e normais aplicáveis, estrutura
organizacional das cooperativas de crédito e inserção no Sistema Financeiro Nacional – SFN.
• Oferecer um panorama detalhado da presença do crédito cooperativo na economia brasileira, por meio
da análise de estatísticas e informações públicas, incluindo dados relacionados à presença,
distribuição geográfica e emprego formal das cooperativas de crédito, análise do perfil
sociodemográfico dos cooperados e levantamento das características principais da carteira de crédito
das cooperativas junto a pessoas físicas e jurídicas.
• Mensurar a relação entre a presença de instituições cooperativas de crédito nos municípios brasileiros
e variáveis econômicas selecionadas - como Produto Interno Bruto (PIB) per capita, emprego formal,
salário médio no mercado formal, empreendedorismo (número de estabelecimentos empresariais) e
comércio exterior (exportação, importação e saldo comercial).
• Avaliar o impacto econômico do crédito cooperativo na economia brasileira, por meio de estimativas
dos efeitos diretos, indiretos e induzidos da oferta de crédito sobre valor adicionado (Produto Interno
Bruto) e emprego formal ◼︎
1 Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/cooperativacredito> acesso em outubro de 2019.

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BREVE HISTÓRICO DO
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO
Apresentação das experiências pioneiras e
princípios do cooperativismo de crédito no mundo
Histórico das cooperativas de crédito no mundo
As primeiras experiências com o cooperativismo de crédito foram empreendidas na Alemanha, no século
XIX. Em 1852, Franz Herman Schulze cria a primeira cooperativa de crédito urbana (em Delitzsch, na
região de Leipzig) enquanto Friedrich Wilhelm Raiffeisen constituiria, anos mais tarde, as primeiras
cooperativas de crédito rural em Anhausen (1862) e Heddesdorf (1864) – ambas na região da Renânia
Palatinado, oeste do país. O modelo cooperativo de atendimento das necessidades financeiras das
classes médias urbanas e pequenos agricultores se expandiria posteriormente pela Europa e pelo mundo.
Segundo dados do relatório anual da Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (World Council of
Credit Unions – WOCCU1), organização internacional que reúne as cooperativas de crédito, em 2017, o
modelo estava presente em 117 países espalhados por todos os continentes. Mais especificamente:
• 89.026 mil cooperativas de crédito (Brasil: 32,4% da América Latina e 1,1% do total mundial).
• 260.164.742 associados/cooperados (Brasil: 24,5% da América Latina e 3.7% do total mundial).
• Cerca de US$ 1.737 bilhões em depósitos, participações e ações.
• Cerca de US$ 1.504 bilhões em operações de crédito (empréstimos).
• Cerca de US$ 195,6 bilhões em reservas financeiras e US$ 2.115 bilhões em ativos ◼︎
1PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil – 4. Ed. – Brasília: BCB, 2006.
2O Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito – WOCCU é uma organização sediada em Madison (Wisconsin, Estados Unidos), e congrega mais de 73 mil
cooperativas financeiras em 109 países, com cerca de 238 milhões de membros cooperados/associados.
Fonte: WOCCU. Relatório estatístico anual <http://www.woccu.org/documents/2017_Statistical_Report-Revised_Nov_2018> Acesso em outubro de 2019.

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Os princípios do cooperativismo
Em 1844, com a constituição da primeira cooperativa da história, em Rochdale (Inglaterra), em plena
Revolução Industrial, os 28 tecelões pioneiros estabeleceram as bases do cooperativismo moderno1. Nos
anos de 1937 (Paris), 1966 (Viena) e 1995 (Manchester), reuniões promovidas pela Aliança Cooperativa
Internacional (ACI)2 consolidaram a redação dos Princípios dos Pioneiros de Rochdale3:

1) Adesão livre e voluntária: as cooperativas são organizações voluntárias e abertas a todas as pessoas
interessadas em utilizar seus serviços, estejam dispostas a aceitar as responsabilidades e se alinhem aos
seus objetivos econômicos – sem discriminação social, racial, política, religiosa ou de gênero.

2) Gestão e controle democrático dos associados: as cooperativas são organizações democráticas controladas
por seus associados, que participam ativamente na fixação de suas políticas, metas e demais tomadas de
decisões - incluindo eleições de representantes. Vale lembrar, nas cooperativas de primeiro grau, os sócios
têm direitos iguais de voto (pelo princípio “um sócio, um voto”). Além disso, as cooperativas de outros graus
também seguem princípios democráticos de organização.

3) Participação econômica dos associados: os associados contribuem equitativamente e controlam


democraticamente o capital de sua cooperativa, sendo que, ao menos parte desse montante é, geralmente,
de propriedade comum da cooperativa. Os associados, via de regra, recebem benefícios limitados pelo
capital subscrito. Quando houver, na condição de associação, os excedentes da cooperativa (ou “sobras”)
podem ser destinados às seguintes finalidades: benefícios aos membros, apoio a outras atividades
aprovadas pelos cooperados ou o desenvolvimento da própria cooperativa.
1 Ver, a respeito: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003029.pdf> Acesso em outubro de 2019.
2 A ACI foi criada em 1895, com sede em Genebra (Suíça), com a finalidade de zelar pela doutrina e princípios do cooperativismo em âmbito mundial.
3 Ver, a respeito, <https://www.cooperabaete.com.br/wp-content/uploads/2019/01/principios_cooperativos_e_legislacao_brasileira.pdf> Acesso em outubro de 2019.

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Os princípios do cooperativismo
4) Autonomia e independência: as cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, e controladas
por seus membros associados. Ao firmar relações com outras organizações públicas ou privadas, as
cooperativas devem garantir a manutenção de condições que assegurem o controle democrático pelos seus
associados e a sua própria autonomia.
5) Educação, formação e informação: as cooperativas fornecem educação e treinamento aos seus associados,
representantes eleitos, administradores e empregados, para que eles possam contribuir efetivamente ao
desenvolvimento da entidade. Além disso, as cooperativistas fornecem informações ao público em geral,
sobretudo aos jovens, sobre a natureza e os benefícios do cooperativismo.
6) Intercooperação (parceria entre as cooperativas): as cooperativas servem seus associados mais
efetivamente e fortalecem o movimento cooperativista trabalhando juntas por meio de estruturas locais,
regionais, nacionais e internacionais. O objetivo das parcerias é sempre se juntar em torno do bem-estar da
comunidade.
7) Interesse e preocupação com a comunidade: contribuir para o desenvolvimento sustentável das
comunidades é algo natural ao cooperativismo. As cooperativas trabalham para isso através do
desenvolvimento sustentável de suas comunidades por meio de políticas aprovadas por seus associados.

Ao perpetuarem os princípios de Rochdale, contemplando todas as variantes e modalidades do cooperativismo


(entre os quais as experiências no ramo de crédito), as cooperativas se assumem como organizações
substancialmente diferentes das empresas tradicionais de mercado – em seus objetivos gerais, formas e
estrutura de organização e participação, regras do processo decisório e gestão do capital próprio ■

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A difusão do cooperativismo no mundo contemporâneo
 Segundo dados do "Cooperatives and Employment Second Global Report“ (2017), estudo baseado em
dados coletados de 156 países, o cooperativismo – em todos os seus ramos, incluindo o de crédito –
congrega 2,94 milhões de cooperativas e 1,218 bilhão de associados no mundo todo1.

 Em termos de emprego, o escopo de atendimento das cooperativas envolve o emprego direto e indireto
de 279,4 milhões de indivíduos pelo mundo todo (o equivalente a 9,46% da população ocupada
mundial), dos quais 27,2 milhões correspondem a empregos diretos (16 milhões de empregados
diretos das cooperativas e 11,1 milhões de trabalhadores-membros) e 252,2 milhões, a empregos
indiretos – a maior parte, composta por produtores autônomos associados (com destaque para os
produtores/agricultores cooperados).

 Por razões demográficas e econômicas, a maior parte das cooperativas, dos associados e empregos
ligados ao cooperativismo está localizada na Ásia (principalmente, na China e Índia):

Cooperativas 73,4% 12,8% 7,6% 6,2% 0,1%

Associados e
45,0% 4,4% 13,4% 34,6% 2,5%
empregados

Ásia África Europa América Oceania


1 Fonte:CICOPA, ramo da Aliança Cooperativa Internacional que promove cooperativas de trabalhadores, cooperativas sociais e cooperativas de produtores na indústria e serviços. A CICOPA
é membro de 46 federações cooperativas nacionais e regionais ou organizações de apoio que promovem cooperativas em 30 países. O estudo “Cooperatives and Employment Second
Global Report” (2017) está disponível em: <https://www.ica.coop/en/media/library/cooperatives-and-employment-second-global-report> Acesso em outubro de 2019.

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Distribuição das cooperativas de crédito no mundo
▉ Número e distribuição das cooperativas de crédito e cooperados, por continente (2017)
Dados do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (World Council of Credit Unions – WOCCU1), em quantidade
40.000 160
37.607 37.246
América América
do Norte Latina
35.000 Ásia 7,0%
140 15,1% África Europa
41,8% Ásia
19,5% 11,4% 3,6%
Europa 122,9

Número de associados (em milhões)


4,0% Oceania
30.000 120
Número de cooperativas de crédito

América 1,8%
Latina América Caribe
África 3,4% do Norte
25.000 100 1,3%
42,2% 47,2%
Oceania
1,1%

20.000 Caribe 80
0,4%

15.000 60
50,8
39,3
10.000 40
29,6
6.251
5.000 3.553 20
2.987 9,3
1.005 4,8 3,4
377
- -
África Ásia América Europa América Oceania Caribe América Ásia América África Europa Oceania Caribe
do Norte Latina do Norte Latina

1 Fonte: WOCCU, Relatório Estatístico Anual (2017) <http://www.woccu.org/documents/2017_Statistical_Report-Revised_Nov_2018> Acesso em outubro de 2019.

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Distribuição das cooperativas de crédito no mundo
▉ Valor e distribuição de depósitos e operações de crédito de cooperativas, por continente (2017)
Dados do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (World Council of Credit Unions – WOCCU1), em bilhões de US$
1.600 1.600

1.420,3 Oceania
1.400 4,8%
1.400 Ásia
Oceania
Ásia 4,4% 7,9%
1.234,2 América
8,2%
Latina
América América
1.200 América do
Latina
1.200 do Norte
3,2%
Norte
81,8% 3,0% 82,1% Europa
0,8%
Europa
1.000 1,4% 1.000 Caribe

Operações - bilhões de US$


Depósitos - bilhões de US$

Caribe 0,7%
África 0,7%
África
800 0,5% 800 0,6%

600 600

400 400

200 142,9 200 118,5


76,3 51,8 71,7 48,6
24,7 13,0 7,9 12,1 9,9 9,0
- -
América Ásia Oceania América Europa Caribe África América Ásia Oceania América Europa Caribe África
do Norte Latina do Norte Latina

1 Fonte: WOCCU, Relatório Estatístico Anual (2017) <http://www.woccu.org/documents/2017_Statistical_Report-Revised_Nov_2018> Acesso em outubro de 2019.

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EXPERIÊNCIA E ORGANIZAÇÃO DO
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO BRASIL
A experiência brasileira das cooperativas de crédito:
histórico, organização e regulamentação
O sistema financeiro e a oferta de crédito no Brasil
 No Brasil, a oferta de crédito e outras funções bancárias e financeiras de uso essencial pelo governo,
empresas e famílias, são realizadas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional – conjunto de regras,
instituições privadas e públicas e órgãos reguladores que facilitam as transações financeiras e
transferência de recursos entre os agentes no mercado doméstico.
 Embora seja notável o desenvolvimento do SFN ao longo das últimas décadas, com a ampliação do
número e diversificação das instituições, o acesso ao crédito e aos serviços financeiros no Brasil
permanece como um desafio histórico a ser superado, tanto para as pessoas físicas quanto jurídicas.
 Vale lembrar que o setor ainda é muito concentrado: ao final de 20171, os 4 maiores bancos (Banco do
Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco) controlavam 78,5% das operações de crédito e 76,35%
dos depósitos de correntistas2. A concentração das informações de crédito, o mercado de capitais ainda
pouco desenvolvido e a recuperação de crédito lenta e custosa para os credores são alguns dos desafios.
 Ao público, essas dificuldades se refletem, na prática, em elevadas taxas de juros, tarifas onerosas,
excesso de burocracia, custos das garantias, escassez de alternativas de acesso a crédito etc. Além disso,
persiste uma desigualdade geográfica: em junho de 2019, do total de 5.570 municípios brasileiros, 2.232
não contavam agências bancárias e 378 não possuíam qualquer posto de atendimento3.
 Neste cenário, as cooperativas de crédito têm se solidificado no mercado doméstico como uma alternativa
de acesso ao crédito e demais serviços bancários e financeiros em condições mais vantajosas e menos
onerosas para famílias e empresas – expandido sua rede de atendimento, operações e carteira ◼︎
1 Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/quatro-maiores-bancos-detinham-78-do-mercado-de-credito-do-pais-no-fim-de-2017.ghtml> acesso em outubro de 2019.
2 Fonte: Bacen - Relatório de Estabilidade Financeira (abril de 2018).
3 Fonte: Bacen (ESTBAN) - Estatística Bancária Mensal por município (junho de 2019) e Divulgações Mensais - Evolução do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

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O sistema financeiro e a oferta de crédito no Brasil
▉ Distribuição dos municípios com e sem agências bancárias ou postos de atendimento bancário (junho/2019)
Mapeamento dos municípios de acordo com a presença de agências bancárias (A) e agências bancárias ou postos de atendimento bancário (B)

A B
municípios com agências bancárias municípios com agências bancárias ou
com postos de atendimento bancários*

municípios sem agências bancárias municípios sem agências bancárias e


sem postos de atendimento bancários*

1Fonte: Banco Central do Brasil. Nota: (*) foram considerados no mapeamento apenas municípios com agências bancárias e postos de atendimento (PA) avançado.
Não foram considerados postos de atendimento eletrônico (PAE)

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Histórico das Cooperativas de Crédito no Brasil
No Brasil, a experiência do cooperativismo se inicia ao final do século XIX. Segundo Pinheiro (2006)1:
 A primeira sociedade brasileira a ter em sua denominação a expressão “Cooperativa” foi, provavelmente, a
“Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos” de Ouro Preto (então província de Minas
Gerais), fundada em 27 de outubro de 1889. Há, todavia, experiências menos documentadas na região2.
 Apenas dois anos após a fundação da primeira cooperativa de crédito das Américas, em Quebec (Canadá), é
criada a primeira cooperativa de crédito brasileira, a “Caixa de Economia e Empréstimos Amstad”
(posteriormente batizada de “Caixa Rural de Nova Petrópolis”), na localidade de Linha Imperial, município de
Nova Petrópolis (RS). Construída no tipo Raiffeisen, a cooperativa continua ativa até hoje, sob a denominação
“Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha, a Sicredi Pioneira/RS”.
 Anos mais tarde, em 1906, no município de Lajeado (RS), constituiu-se a “Caixa Econômica de Empréstimo de
Lajeado”, a primeira cooperativa de crédito do tipo “Luzzatti” no Brasil. Ainda hoje, ela permanece ativa, sob
denominação de “Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento de Lajeado – Sicredi Integração RS/MG”.
 Em 19 de setembro de 1912, foi fundada em Porto Alegre (RS) uma cooperativa central mista com seção de
crédito, a “União das Cooperativas Riograndense de Responsabilidade Ltda.” – provavelmente a primeira
cooperativa central a operar com crédito no Brasil, sendo suas filiadas cooperativas agrícolas.
 No início da década de 20, foi constituída, na cidade do Rio de Janeiro, a Federação dos Bancos Populares e
Caixas Rurais do Brasil - a primeira federação de cooperativas de crédito do Brasil.
1PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil – 4. Ed. – Brasília: BCB, 2006.
2 Pinheiro(2006), citando Ocemg (1997), faz referência a uma “Sociedade Beneficente de Juiz de Fora”, fundada em 15 de março de 1885, portanto,
antes da citada cooperativa de Ouro Preto. Essa obra cita que tal sociedade possuía, em 1894, 1.003 sócios, que se denominavam “consórcios”.

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Histórico das Cooperativas de Crédito no Brasil
 Com a expansão do cooperativismo no país, as cooperativas passaram a serem progressivamente regulamentadas
pelo governo brasileiro. A primeira norma a disciplinar o funcionamento das sociedades cooperativas, no entanto, foi o
Decreto do Poder Legislativo nº 1.637, de 5 de janeiro de 1907.
 Segundo o texto do Decreto nº 1.637/1907, as cooperativas poderiam ser organizadas sob a forma de sociedades
anônimas, sociedades em nome coletivo ou em comandita, sendo regidas pelas leis específicas (art. 10). Como
comando específico para cooperativas de crédito, dispunha o artigo 23:

“ As cooperativas de crédito agrícola que se organizarem em pequenas circunscrições rurais, com ou sem
capital social, sob a responsabilidade pessoal, solidária e ilimitada dos associados, para o fim de
emprestar dinheiro aos sócios e receber em depósito suas economias, gozarão de isenção de selo para
as operações e transações de valor não excedente a 1:000$ (um conto de réis) e para os seus depósitos.

 Com a Lei nº 4.984, de 31 de dezembro de 1925, atribuiu-se ao Ministério da Agricultura a incumbência da
fiscalização, sem ônus algum, do cumprimento das prescrições do Decreto nº 1.637. Menos de um ano depois, o
Decreto nº 17.339, de 2 de junho de 1926, aprovou o regulamento destinado a reger a fiscalização gratuita da
organização e do funcionamento das caixas populares e bancos populares, sob tutela do Serviço de Inspeção e
Fomento Agrícolas, órgão do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
 Em 20 de fevereiro de 1929, o Ministro dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio aprovaria as Instruções
Complementares para a boa execução do regulamento que baixou com o Decreto nº 17.339, estabelecendo
procedimentos de fiscalização, as características das caixas Raiffeisen e dos bancos Luzzatti, bem como as regras a
serem observadas pelas federações de cooperativas (posteriormente integrados ao Decreto nº 22.239/1932).
1 Fonte: PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil – 4. Ed. – Brasília: BCB, 2006.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 19


Histórico das Cooperativas de Crédito no Brasil
 O Decreto do Poder Legislativo nº 22.239, de 19 de dezembro de 1932, reformou as disposições do Decreto nº 1.637, na parte
referente às sociedades cooperativas. Pelo diploma, as cooperativas de crédito foram definidas como aquelas que:

“ ... têm por objetivo principal proporcionar a seus associados crédito e moeda, por meio da
mutualidade e da economia, mediante uma taxa módica de juros, auxiliando de modo particular o
pequeno trabalho em qualquer ordem de atividade na qual ele se manifeste, seja agrícola,
industrial, ou comercial ou profissional, e, acessoriamente, podendo fazer, com pessoas estranhas
à sociedade, operações de crédito passivo e outros serviços conexos ou auxiliares do crédito.

 O Decreto nº 22.239/1932 procurou regulamentar também as características das cooperativas de acordo com o tipo:

Raiffeisen; bancos populares do tipo Luzzatti; cooperativas de crédito mútuo (tipo Desjardins); cooperativas populares de
crédito urbano; cooperativas de crédito agrícola; cooperativas de crédito profissionais, de classe ou de empresas; as
cooperativas mistas com seção de crédito; e cooperativas centrais. O Decreto nº 22.239/1932 passou por inúmeras
revogações e revigorações, criando-se e extinguindo-se a necessidade de autorização e responsabilidade de fiscalização.
 O Decreto-Lei nº 5.893 de 1º de agosto de 1938 criou a Caixa de Crédito Cooperativo, destinada ao financiamento e fomento do
cooperativismo. A Lei nº 1.412, de 13 de agosto de 1951, transformou a Caixa de Crédito Cooperativo no Banco Nacional de
Crédito Cooperativo (BNCC), com objetivo de promover assistência e amparo às cooperativas.
 Com a Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, as cooperativas de crédito equipararam-se às demais instituições financeiras,
transferindo ao Banco Central do Brasil as atribuições de autorização de funcionamento e fiscalização de cooperativas de
crédito de qualquer tipo, bem como da seção de crédito das cooperativas que a tenham.
 Finalmente, a atual Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971 instituiu o regime jurídico vigente das sociedades cooperativas.
Definindo as cooperativas como sociedades de pessoas de natureza civil, mantendo a fiscalização e o controle das cooperativas
de crédito e das seções de crédito das agrícolas mistas com o Banco Central do Brasil.
1 Fonte: PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil – 4. Ed. – Brasília: BCB, 2006.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 20


Principais Leis e Normas do Cooperativismo de Crédito
No Brasil, as principais leis e normas que regem o cooperativismo no crédito1 incluem:
 A Lei nº 5.764/1971 (Política Nacional de Cooperativismo), que instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas, suas
características, os princípios do cooperativismo e os tipos de cooperativas: (i) singulares, constituídas pelo número mínimo de 20
pessoas, sendo permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto atividades econômicas correlatas às de pessoa física,
ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. (ii) centrais ou federações de cooperativas, constituídas de, no mínimo, 3 singulares filiadas; (iii)
confederações de cooperativas centrais, constituídas por pelo menos 3 cooperativas centrais ou federações de cooperativas.
 A Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n° 2.788/2000, que autorizou a constituição de bancos cooperativos mediante
controle acionário de cooperativas centrais, com a finalidade de possibilitar o acesso aos produtos e serviços bancários não disponíveis
às cooperativas de crédito, como acesso à câmara de compensação de cheques, aos créditos oficiais, à reserva bancária e ao mercado
interfinanceiro. Os bancos cooperativos subordinam-se à legislação e à regulamentação aplicáveis aos bancos comerciais e múltiplos.
 A Lei Complementar n° 130/2009, que definiu os objetivos principais das Sociedades Cooperativas de Crédito, com destaque a:
conceder crédito e captar depósitos à vista e a prazo dos respectivos associados, realizar recebimentos e pagamentos por conta de
terceiros, realizar operações com outras instituições financeiras e obter recursos de pessoas jurídicas, em caráter eventual, a taxas
favorecidas ou isentas de remuneração, além de outras operações. Em detalhe, as cooperativas centrais de crédito são constituídas para
organizar, em comum acordo e em maior escala, os serviços financeiros e assistenciais das filiadas, integrando e orientando suas
atividades, bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços e pela supervisão auxiliar das singulares. As federações de
cooperativas de crédito, por outro lado, não podem realizar operações restritas às instituições financeiras, como a captação de recursos e
a concessão de empréstimos. Finalmente, as confederações têm por objetivo orientar, coordenar e executar atividades destas, nos casos
em que o porte dos empreendimentos ou a natureza das atividades transcendam capacidade ou a conveniência das associadas.
 A Resolução Conselho Monetário Nacional (CMN) n° 4.434/2015, que classificou as cooperativas singulares nas seguintes categorias de
acordo com as operações praticadas: plena, clássica e de capital e empréstimo.
 Vale lembrar que as cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central. Os depósitos e créditos mantidos em
cooperativas têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) em caso de intervenção ou liquidação
extrajudicial dessas instituições. O valor limite da proteção é o mesmo em vigor para os depositantes dos bancos.
1 Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/cooperativacredito> acesso em outubro de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 21


Organização das Cooperativas de Crédito no SFN
O Sistema Financeiro Nacional é organizado por agentes normativos, supervisores e operadores:
Moeda, crédito, capitais e câmbio Seguros privados
O principal ramo do SFN lida diretamente É o ramo do SFN para quem busca
com quatro tipos de mercado: seguros privados, contratos de
- mercado monetário: é o mercado que capitalização e previdência
fornece à economia papel-moeda e moeda complementar aberta.
escritural, aquela depositada em conta- - mercado de seguros privados: é o
corrente; mercado que oferece serviços de
- mercado de crédito: é o mercado que proteção contra riscos;
fornece recursos para o consumo das - previdência complementar aberta: é
pessoas em geral e para o funcionamento um tipo de plano para aposentadoria,
das empresas; poupança ou pensão. Funciona à parte
- mercado de capitais: é o mercado que do regime geral de previdência e
permite às empresas em geral captar aceita a participação do público em
recursos de terceiros e, portanto, geral.
compartilhar os ganhos e os riscos; - contratos de capitalização: são os
- mercado de câmbio: é o mercado de acordos em que o contratante
compra e venda de moeda estrangeira. deposita valores podendo recebê-los
de volta com juros e concorrer a
Órgãos normativos prêmios.
Os órgãos normativos determinam regras
gerais para o bom funcionamento do SFN
Previdência fechada
Supervisores Voltado para funcionários de
As entidades supervisoras trabalham para empresas e organizações. O ramo dos
que os cidadãos e os integrantes do fundos de pensão trata de planos de
sistema financeiro sigam as regras aposentadoria, poupança ou pensão
definidas pelos órgãos normativos. para funcionários de empresas,
servidores públicos e integrantes de
Operadores associações ou entidades de classe.
Os operadores (entre eles, as cooperativas
de crédito) são as instituições que lidam
diretamente com o público, no papel de
intermediário financeiro.

Fonte/Reprodução: Banco Central do Brasil. * Dependendo de suas atividades corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM.
** As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme diretrizes estabelecidas pelo CMN.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 22


Estrutura do Cooperativismo de Crédito no Brasil
No Brasil, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) está estruturado da seguinte forma1:
o 4 sistemas de cooperativas de crédito de terceiro nível (confederações): possuem personalidade
jurídica própria e reúnem no mínimo 3 centrais, com o objetivo de defender seus interesses, promover a
padronização, supervisão e integração operacional, financeira, normativa e tecnológica:

o 5 sistemas organizados em segundo nível (centrais): constituída por, no mínimo, 3 cooperativas


singulares, têm por objetivo organizar, em maior escala e de forma recíproca, os serviços das filiadas:

o Cooperativas singulares de crédito não filiadas a centrais: têm objetivo de prestar serviços diretos aos
associados, sendo constituídas por um mínimo de 20 cooperados.
o Os "bancos cooperativos", que devem ter controle acionário de cooperativas
centrais de crédito, e fornecem produtos e serviços financeiros especialmente
para os membros do sistema, tais como poupança e fundo de investimento2:

1Fonte: Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP). 2 No Brasil, existem dois bancos cooperativos: o Banco Cooperativo Sicredi S/A, fundado em
16 de outubro de 1995 e o Banco Cooperativo do Brasil S/A fundado em 21 de julho de 1997.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 23


Tipologia das Cooperativos de Crédito
Ao longo da história, as cooperativas de crédito absorveram os ensinamentos e regras de todas as
experiências pioneiras do cooperativismo, dando origem a uma tipologia de “modelos” que serviram de
base para constituição de novas instituições, cada qual com suas características e regras específicas 1:
 Tipo Schulze-Delitzsch: inspirado na experiência pioneira de Herman Schulze e as cooperativas urbanas em Delitzch,
na Alemanha (1849). Dado o foco original no atendimento das necessidades creditícias da classe média urbana
(artesãos, comerciantes, pequenos patrões e proprietários de lojas e indústrias), não apresenta caráter fechado de
organização profissional, permitindo a participação de todas as categorias econômicas.
 Tipo Raiffeisen: inspiradas nas cooperativas pioneiras de crédito rural de Friedrich Raiffeisen na Renânia Palatina
(Alemanha, 1848), apresenta como principais características a responsabilidade ilimitada e solidária dos associados,
a singularidade de votos dos sócios (independentemente do número de quotas-partes), a área de atuação restrita, a
ausência de capital social, a não distribuição de sobras, excedentes ou dividendos e a não remuneração de dirigentes.
 Tipo Luzzatti: inspirado na experiência do italiano Luigi Luzzatti, que constitui o primeiro banco cooperativo em Milão
na Itália (1865). Como característica do modelo, destacavam-se a não existência de vínculo para a associação, exceto
limitação geográfica por bairro ou município; quotas de capital de pequeno valor; concessão de crédito, também de
pequeno valor, sem garantias reais; não remuneração dos dirigentes e responsabilidade limitada ao valor subscrito.
 Tipo Desjardins: inspirada na experiência da caixa popular por Alphonse Desjardins em Lévis, província de Quebec,
Canadá (1900/1901), tinha como principal característica a existência de um ponto comum entre os sócios, reunindo
grupos homogêneos, tais como membros de clubes, trabalhadores de uma mesma fábrica, funcionários públicos, por
exemplo. No Brasil, passou a ser conhecida como cooperativa de crédito mútuo.
1 PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito: história da evolução normativa no Brasil – 4. Ed. – Brasília: BCB, 2006.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 24


Tipologia das Cooperativos de Crédito
No início dos anos 2000, a maior parte das cooperativas de crédito eram classificadas com base nas restrições e regras
impostas ao quadro associativo (incluindo, por exemplo, as cooperativas de crédito rural, de empresários de setores e de
ordem profissional). Nos primeiros anos, graças a novas alterações no ambiente regulatório, popularizaram-se as
cooperativas de Livre Admissão, que contavam com maior flexibilidade nas regras de associação, por exemplo, no que se
refere aos vínculos (laços) geográficos entre a cooperativa e seus membros.
Com a Resolução nº 4.434/2015 da CVM1, alterou-se novamente a forma classificar e categorizar as cooperativas
singulares de crédito no Brasil, desta vez, conforme as operações permitidas e riscos assumidos por elas:
 Cooperativas de capital e empréstimo: na mais simples das categorias, as cooperativas não estão habilitadas a
realizarem captação de depósitos, operações com ouro, moeda estrangeira ou relacionadas à variação cambial,
derivativos e preços de mercadorias e futuros, securitização, empréstimos de ativos, operações compromissas e em
cotas de investimento. Como resultado, o capital dessas cooperativas singulares de capital e empréstimo se origina
unicamente do aporte direto e integralizado dos próprios associados.
 Cooperativas clássicas: habilitadas a captarem recursos de depósito. Todavia, não estão autorizadas a realizar
operações mais complexas e arriscadas, como aquelas que já são vetadas às cooperativas mais simples (operações
em moeda estrangeira, variação cambial, derivativos e instrumentos de mercados futuros).
 Cooperativas plenas: habilitadas a captar depósitos e a realizam todas as operações previstas na resolução.
Foram acertados também novos valores de capital inicial, patrimônio líquido, estrutura de governança e regime de
apuração do capital, conforme a nova classificação da cooperativa financeira instaurada pela Resolução.

1Disponível em https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/48507/Res_4434_v1_O.pdf>
Acesso em outubro de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 25


Principais números do Cooperativismo de Crédito no Brasil
De acordo com o relatório recente do Banco Central do Brasil, o SNCC contava, ao fim de 2018:
 925 sedes, 5.384 postos de atendimento (PA) e 910 postos de atendimento eletrônico (PAE).
 Rede de atendimento presente em cerca de 47% dos municípios brasileiros, que respondem
conjuntamente por cerca de 73% da população brasileira (média de 37,4 mil habitantes por município)
e 86% do PIB (média de R$ 1,1 bilhão por município, a preços correntes de 2016) 2 .
 Forte presença na Região Sul do país, onde 92% dos municípios contavam com postos de atendimento
de cooperativas de crédito singulares (seguida pela Região Sudeste, com 58% de cobertura; e pela
Região Centro-Oeste, com 56% dos municípios atendidos).
 Quase 10 milhões de cooperados ativos – a maior parte formada por indivíduos (pessoa física), o que
corresponde a uma penetração de 4,2% da população, segundo dados do IBGE. Na Região Sul do país,
novamente destacada, esse percentual atingia 16% da população.
 Participação crescente das cooperativas no Sistema Financeiro Nacional (SFN), com:
 Carteira de crédito que correspondia a 3,8% do SFN (ante a 2,5%, em 2014). Esse crescimento da carteira de
crédito das cooperativas foi superior a todos os segmentos de instituições financeiras do SFN nos últimos cinco
anos, considerando as modalidades de crédito varejo (incluindo bancos públicos e desenvolvimento).
 Ativos totais que correspondiam a 2,7% do SFN (ante a 1,7%, em 2014).
 Depósitos totais que correspondiam a 5,6% do SFN (ante a 3,9%, em 2014).
1 Fonte: Banco Central do Brasil “Panorama do sistema nacional de crédito cooperativo” (Data-base: dezembro/2018), disponível em:
<https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/coopcredpanorama/9_panorama_sncc_2018.pdf> Acesso em outubro de 2019.
2 Fonte: Fipe, com base em dados do IBGE.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 26


PANORAMA DAS COOPERATIVAS
DE CRÉDITO NO BRASIL
Evolução, presença e distribuição geográfica das cooperativas
de crédito, postos de atendimento e emprego no país
Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
Nesta seção, o trabalho busca oferecer informações quantitativas a respeito
da evolução da estrutura de cooperativas de crédito, a partir de:
 Informações do Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do
Banco Central (Unicad1), do Banco Central do Brasil, a respeito do número
e distribuição de cooperativas de crédito e postos de atendimento .
 Dados de emprego formal nas cooperativas de crédito, a partir de dados da
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED), mantidas pelo Ministério da
Economia até 20182.
1 A carta circular Bacen nº 3.762 dispõe sobre o registro da vinculação de cooperativas centrais de crédito a confederações constituídas de cooperativas centrais
de crédito (confederações de centrais), no Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do Banco Central (Unicad). A carta circular nº 3.762 foi
publicada pelo Banco Central do Brasil em 31 de março de 2016, e determina que devem ser registrados no Sistema de Informações sobre Entidades de
Interesse do Banco Central (Unicad) os vínculos existentes entre as confederações constituídas por cooperativas centrais de crédito (confederações de centrais) e
as cooperativas centrais de crédito a elas filiadas. Esses registros devem ser realizados pelas confederações de crédito quando autorizadas a funcionar como
instituição financeira pelo Banco Central do Brasil e pelas cooperativas centrais de crédito, quando filiadas a confederações de centrais não autorizadas a
funcionar como instituição financeira pelo Banco Central do Brasil.
2 A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) tem por objetivo o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no país, para identificação

dos trabalhadores com direito ao recebimento do Abono Salarial, o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de
informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado como registro
permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), servindo como base para a elaboração de
estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 28


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução do número de instituições de cooperativas de crédito autorizadas
Quantidade de cooperativas de créditos autorizadas a operar no Brasil e sua participação no total de instituições financeiras autorizadas1

1.465
1.600 100%

1.462
1.453

1.452
1.439
1.438
1.426

1.416
1.377

1.377
1.328
1.294
90%

1.269
1.400

1.234

1.209

Participação no total de instituições financeiras


1.176

1.163
1.113
80%

1.092

1.078
1.200

1.023
992
Número de instituições financeiras

973
70%

952
936
1.000

896
851

60,2%
60,0%
59,9%
59,7%
59,6%
59,0%
58,2%
60%

57,4%
782
781
755

55,4%
55,0%

54,8%
54,5%
54,4%
53,8%
717

800

52,4%
51,5%
51,3%
50,2%
628

50%

47,8%
45,5%
561
553
552

44,0%
521

41,9%
600
491
461

39,1%
40%
432

35,4%
385
364

33,1%
348

32,8%
31,6%

30,7%

400
29,3%
28,7%

30%
27,6%
27,3%
26,4%
26,2%
26,1%
24,9%
23,8%
22,8%
21,7%
19,3%

200
18,3%

20%
17,1%

0 10%

jun/19
dez/78
dez/79
dez/80
dez/81
dez/82
dez/83
dez/84
dez/85
dez/86
dez/87
dez/88
dez/89
dez/90
dez/91
dez/92
dez/93
dez/94
dez/95
dez/96
dez/97
dez/98
dez/99
dez/00
dez/01
dez/02
dez/03
dez/04
dez/05
dez/06
dez/07
dez/08
dez/09
dez/10
dez/11
dez/12
dez/13
dez/14
dez/15
dez/16
dez/17
dez/18
Legenda Número de cooperativas de crédito Participação das cooperativas no total de instituições financeiras

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).
1 Foram consideradas as instituições nas seguintes situações: "Autorizadas sem Atividade"; "Autorizadas em Atividade"; "Em Adm. Especial Temporária"; "Em Intervenção" e "Paralisadas".

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 29


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número de instituições financeiras autorizadas a operar no Brasil, por tipo
Quantidade de cooperativas de créditos autorizadas a operar no Brasil e sua participação no total de instituições financeiras autorizadas1

Cooperativa de Crédito 348 952


Sociedade Administradora de Consórcio 0 149
Banco Múltiplo 0 133
Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários 458 93
Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários 278 69
Sociedade Corretora de Câmbio 12 60
Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento 119 58
Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte 0 35
Banco Comercial 108 21
Sociedade de Arrendamento Mercantil 1978 53 21 2019*
Agência de Fomento (Total: 2.033 0 16 (Total: 1.658
Instituição de Pagamento instituições) 0 13 instituições)
Banco de Investimento 40 12
Sociedade de Crédito Direto 278 6
Companhia Hipotecária 0 6
Banco de Desenvolvimento 14 4
Banco de Câmbio 0 4
Sociedade de Crédito Imobiliário e Associação de Poupança e Empréstimo 41 3
Sociedade de Empréstimo entre Pessoas 278 2
Caixas Econômicas Estaduais/Federal 6 1

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf). Foram consideradas todos os tipos de instituições financeiras.
1 Foram consideradas as instituições nas seguintes situações: "Autorizadas sem Atividade"; "Autorizadas em Atividade"; "Em Adm. Especial Temporária"; "Em Intervenção" e "Paralisadas".

Nota: (*) informações de junho de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 30


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução do número anual de autorizações para cooperativas de crédito no Brasil
Quantidade de autorizações para funcionamento e cancelamentos de autorizações para funcionamento para cooperativas de crédito

616 autorizações entre 2000 e 2019*

140 1.001 cancelamentos entre 2000 e 2019*

111
120
103

98
95

100
89

80

64

64

60
56
54

54
53

53
60
51

51
50

50
48

41

40
38

38
37

40
31

31

22

21
20

20
15
20

5
4

0
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019*

Autorizações para funcionamento Cancelamentos de autorizações para funcionamento

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf). Nota: (*) 2019 = acumulado até junho.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 31


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Distribuição das instituições financeiras autorizadas no Brasil (junho/2019)
Quantidade de cooperativas autorizadas a operar no Brasil e sua participação no total de instituições financeiras autorizadas1

Cooperativa de Crédito 952 instituições | 57,4%


Sociedade Administradora de Consórcio 149 instituições | 9,0%
Banco Múltiplo 133 instituições | 8,0%
Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários 93 instituições | 5,6%
Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários 69 instituições | 4,2%
Sociedade Corretora de Câmbio 60 instituições | 3,6%
Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento 58 instituições | 3,5%
Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte 35 instituições | 2,1%
Banco Comercial 21 instituições | 1,3%
Sociedade de Arrendamento Mercantil 21 instituições | 1,3%
Agência de Fomento 16 instituições | 1,0% 52,6%

Instituição de Pagamento 13 instituições | 0,8%


Banco de Investimento 12 instituições | 0,7%
Sociedade de Crédito Direto 6 instituições | 0,4%
Companhia Hipotecária 6 instituições | 0,4%
Banco de Desenvolvimento 4 instituições | 0,2%
Banco de Câmbio 4 instituições | 0,2%
Sociedade de Crédito Imobiliário e Associação de Poupança e Empréstimo 3 instituições | 0,2%
Sociedade de Empréstimo entre Pessoas 2 instituições | 0,1%
Caixas Econômicas Estaduais/Federal 1 instituição | 0,1%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).
1 Foram consideradas as instituições nas seguintes situações: "Autorizadas sem Atividade"; "Autorizadas em Atividade"; "Em Adm. Especial Temporária"; "Em Intervenção" e "Paralisadas".

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 32


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução do emprego formal em cooperativas de crédito na economia brasileira
Dados referentes ao estoque de empregos formais ao término de cada ano no segmento e população residente
100.000 100
crescimento médio de +11,3% ao ano
90.000 90

Razão entre empregos formais e 100 mil habitantes


74.092
Quantidade de empregos formais em cooperativas de crédito

70.302
80.000 80

63.380
70.000 70

58.764
54.955
51.196
60.000 60

46.325
42.366
50.000 50

38.577
34.967
31.648
40.000 40

28.321

35,3
33,7
21.498

30,5
19.206
30.000 30

19.036

28,5
26,9
17.027

25,2
15.453
13.460

23,0
21,8
11.711

20,1
10.113

20.000 20

18,2
16,5
8.338

14,9
7.015
6.323
6.155
3,7 5.815
3,5 5.355

11,5
10,4
10,3

10.000 10
9,4
8,7
7,7
6,8
6,1
5,1
4,3
4,0
3,9

0 -
1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019*
Empregos formais nas cooperativas Razão entre emprego formal e população (100 mil hab.)
Legenda

Fonte: IBGE, RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo). As
informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 por meio da quantidade de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 33


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Participação do emprego formal em cooperativas de crédito em relação ao segmento
Dados referentes ao estoque de empregos formais ao final de cada ano no segmento e o total do emprego no seu segmento econômico
25,00%
Participação do emprego formal em cooperativas de crédito no
segmento de intermediação monetária – depósitos à vista

crescimento médio de 0,5 ponto percentual ao ano

20,00%

14,27%
13,57%
12,06%
10,91%
15,00%

9,92%
9,14%
8,36%
7,69%
7,26%
6,80%
6,45%
10,00%

5,84%
4,64%
4,38%
4,36%
4,06%
3,74%
3,29%
2,91%
2,46%
2,09%
1,63%

5,00%
1,41%
1,27%
1,04%
0,93%

0,00%
1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019*
Legenda % do emprego formal em cooperativas de crédito

Fonte: RAIS/ME e CAGED/ME. Nota: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo). O segmento econômico foi
definido a partir do Grupo CNAE 95 64.2 (Intermediação monetária – depósitos à vista) e Grupo CNAE 95 64.2 (Intermediação monetária – depósitos à vista), que incluem bancos comerciais, bancos múltiplos,
caixas econômicas e cooperativas de crédito.. As informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 pelo saldo de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 34


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Participação do emprego formal em cooperativas de crédito em relação ao total
Dados referentes ao estoque de empregos formais ao final de cada ano no segmento e o total do emprego formal na economia brasileira
0,25%
Participação do emprego formal em cooperativas de crédito no

crescimento médio de 0,01 ponto percentual ao ano


emprego formal total da economia brasileira*

0,20%

0,16%
0,15%
0,14%
0,13%
0,11%
0,15%

0,10%
0,09%
0,09%
0,08%
0,08%
0,08%
0,07%
0,10%

0,06%

0,06%
0,05%
0,05%
0,05%
0,05%
0,04%
0,04%
0,03%
0,03%
0,03%
0,03%
0,02%
0,02%

0,05%

0,00%
1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019*
Legenda % do emprego formal em cooperativas de crédito

Fonte: RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo). As
informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 por meio da quantidade de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 35


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Comparativo do volume de empregos formais em cooperativas de crédito por UF
Quantidade de emprego formal em cooperativas de crédito em 1994 e 2019*, por unidade federativa

Minas Gerais 1.034 12.559


Santa Catarina 267 11.958
Paraná 377 11.463
Rio Grande do Sul 1.650 10.734
São Paulo 569 8.060
Mato Grosso 279 3.896
Goiás 184 2.890
Rondônia 0 2.224
Espírito Santo 210 1.600
Mato Grosso do Sul 60 1.594
Distrito Federal 60 1.523
Bahia 54 1.238
Rio de Janeiro 427 1.135
Paraíba
Pará
1994 12
18
692
505
2019*
Pernambuco 31 470
Tocantins 5 281
Ceará 21 263
Alagoas 44 209
Rio Grande do Norte 25 199
Maranhão 3 193
Acre 0 137
Amazonas 0 111
Sergipe 2 60
Piauí 20 52
Amapá 0 31
Roraima 0 15

Fonte: IBGE, RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo).
As informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 por meio da quantidade de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 36


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Comparativo da distribuição do emprego formal em cooperativas de crédito por UF
Distribuição dos vínculos de emprego formal em cooperativas de crédito em 1994 e 2019*, por unidade federativa

Minas Gerais 19,3% 17,0%


Santa Catarina 5,0% 16,1%
Paraná 7,0% 15,5%
Rio Grande do Sul 30,8% 14,5%
São Paulo 10,6% 10,9%
Mato Grosso 5,2% 5,3%
Goiás 3,4% 3,9%
Rondônia 0,0% 3,0%
Espírito Santo 3,9% 2,2%
Mato Grosso do Sul 1,1% 2,2%
Distrito Federal 1,1% 2,1%
Bahia 1,0% 1,7%
Rio de Janeiro 8,0% 1,5%
Paraíba
Pará
1994 0,2%
0,3%
0,9%
0,7%
2019*
Pernambuco 0,6% 0,6%
Tocantins 0,1% 0,4%
Ceará 0,4% 0,4%
Alagoas 0,8% 0,3%
Rio Grande do Norte 0,5% 0,3%
Maranhão 0,1% 0,3%
Acre 0,0% 0,2%
Amazonas 0,0% 0,1%
Sergipe 0,0% 0,1%
Piauí 0,4% 0,1%
Amapá 0,0% 0,0%
Roraima 0,0% 0,0%

Fonte: IBGE, RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo).
As informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 por meio da quantidade de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 37


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Comparativo da densidade do emprego formal em cooperativas de crédito/100 mil hab. por UF
Quantidade de emprego formal em cooperativas de crédito por 100 mil habitantes em 1994 e 2019*, por unidade federativa

Santa Catarina 5,6 166,9


Rondônia 0,0 125,1
Mato Grosso 12,4 111,8
Paraná 4,4 100,3
Rio Grande do Sul 17,4 94,3
Minas Gerais 6,3 59,3
Mato Grosso do Sul 3,2 57,4
Distrito Federal 3,5 50,5
Goiás 4,3 41,2
Espírito Santo 7,7 39,8
Brasil (média) 3,5 35,3
Tocantins 0,5 17,9
São Paulo 1,7 17,6
Paraíba
Acre 1994 0,4
0,0
17,2
15,5 2019*
Bahia 0,4 8,3
Rio de Janeiro 3,2 6,6
Alagoas 1,7 6,3
Pará 0,3 5,9
Rio Grande do Norte 1,0 5,7
Pernambuco 0,4 4,9
Amapá 0,0 3,7
Ceará 0,3 2,9
Maranhão 0,1 2,7
Amazonas 0,0 2,7
Sergipe 0,1 2,6
Roraima 0,0 2,5
Piauí 0,7 1,6

Fonte: IBGE, RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo).
As informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 por meio da quantidade de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 38


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Comparativo do emprego formal em cooperativas em relação ao emprego formal no segmento, por UF
Razão entre quantidade de emprego formal em cooperativas de crédito e o segmento econômico em 1994 e 2019*, por unidade federativa

Rondônia 0,0% 52,9%


Santa Catarina 1,4% 48,9%
Mato Grosso 4,3% 47,6%
Paraná 0,9% 31,2%
Mato Grosso do Sul 1,0% 28,7%
Rio Grande do Sul 3,5% 28,3%
Minas Gerais 2,0% 26,6%
Goiás 1,2% 22,9%
Espírito Santo 2,0% 19,1%
Paraíba 0,3% 14,9%
Brasil (média) 0,9% 14,3%
Tocantins 0,4% 14,1%
Acre 0,0% 14,0%
Bahia
Alagoas 1994 0,2%
1,1%
6,9%
6,9% 2019*
Rio Grande do Norte 0,6% 5,5%
Pará 0,2% 4,9%
Distrito Federal 0,4% 4,7%
Amapá 0,0% 4,6%
São Paulo 0,3% 4,4%
Pernambuco 0,2% 4,4%
Maranhão 0,0% 4,0%
Amazonas 0,0% 3,4%
Rio de Janeiro 0,6% 3,1%
Roraima 0,0% 2,7%
Ceará 0,2% 2,3%
Sergipe 0,0% 2,0%
Piauí 0,6% 2,0%
Fonte: RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo). O segmento econômico foi
definido a partir do Grupo CNAE 95 64.2 (Intermediação monetária – depósitos à vista) e Grupo CNAE 95 64.2 (Intermediação monetária – depósitos à vista), que incluem bancos comerciais, bancos múltiplos,
caixas econômicas e cooperativas de crédito.. As informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 pelo saldo de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 39


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Comparativo do emprego formal em cooperativas em relação ao emprego formal total, por UF
Razão entre quantidade de emprego formal em cooperativas de crédito e o total do emprego formal em 1994 e 2019*, por unidade federativa

Rondônia 0,00% 0,64%


Santa Catarina 0,03% 0,52%
Mato Grosso 0,12% 0,46%
Paraná 0,03% 0,37%
Rio Grande do Sul 0,09% 0,37%
Minas Gerais 0,05% 0,26%
Mato Grosso do Sul 0,02% 0,24%
Goiás 0,04% 0,19%
Espírito Santo 0,05% 0,18%
Brasil (média) 0,02% 0,16%
Distrito Federal 0,01% 0,13%
Paraíba 0,00% 0,11%
Acre 0,00% 0,11%
Tocantins
São Paulo 1994 0,02%
0,01%
0,10%
0,06% 2019*
Bahia 0,01% 0,05%
Pará 0,00% 0,05%
Alagoas 0,02% 0,04%
Rio Grande do Norte 0,01% 0,03%
Pernambuco 0,00% 0,03%
Rio de Janeiro 0,02% 0,03%
Maranhão 0,00% 0,03%
Amapá 0,00% 0,02%
Amazonas 0,00% 0,02%
Ceará 0,00% 0,02%
Sergipe 0,00% 0,02%
Roraima 0,00% 0,02%
Piauí 0,01% 0,01%

Fonte: IBGE, RAIS/ME e CAGED/ME. NOTA: (*) 2019 até junho. Informações baseadas na Classe CNAE 95 65.24-2 (crédito cooperativo) e Classe CNAE 2.0 64.24-7 (Crédito cooperativo).
As informações obtidas via microdados da RAIS entre 1994 e 2018 foram atualizadas até junho de 2019 por meio da quantidade de admitidos/desligados do CAGED no período.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 40


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução anual da rede de atendimento das cooperativas de crédito no país
Quantidade de postos de atendimento, postos de atendimento eletrônico e correspondentes de cooperativas de crédito no Brasil
Número de postos de atendimento de cooperativas de

8.000
9.167
7.000

5.387
6.000

4.968
crédito, por tipo

4.524
5.000

4.182
1.735

3.889
3.572

3.398
3.235
4.000

3.174

3.139
3.082
3.008

2.919

2.870
2.776

2.550
2.527

2.288
2.261

3.000

2.112
2.032
1.852
1.677

1.656

2.000
1.001

910

910
864
782
688
619
501
1.000
388
299
235
199
127
109
40
38

34
20

0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Postos de atendimento Postos de atendimento eletrônico Correspondentes

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 41


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução da presença de postos de atendimento de cooperativas nos municípios brasileiros
Mapeamento dos municípios de acordo com a presença de estabelecimentos classificados como cooperativas de crédito em seu território1

1994 2010

Legenda
2000 2019*

Fonte: RAIS/ME (1994, 2000 e 2010) e Banco Central do Brasil (2019). Para os anos de 1994, 2000 e 2010, foi realizada contagem municipal do número de estabelecimentos
classificados na hierarquia Classe da CNAE 95, código 65.24-2 (crédito cooperativo) ou Classe da CNAE 2.0, código 64.24-7 (crédito cooperativo). Nota: (*) dados de junho de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 42


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Distribuição dos municípios de acordo com a presença de cooperativas de crédito (2019*)
Mapeamento dos municípios de acordo com a presença de estabelecimentos classificados como cooperativas de crédito em seu território1

Municípios com Municípios com


atendimento por atendimento exclusivo por
cooperativas de crédito cooperativas de crédito

Fonte: Banco Central do Brasil. Nota: (*) dados de junho de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 43


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número e distribuição das sedes de cooperativas de crédito por UF (junho/2019)
Quantidade de sedes de cooperativas de crédito e sua distribuição por unidade federativa (UF) 1

0% 10% 20% 30%


São Paulo 200 sedes | 21,4%
RR AP
Minas Gerais 185 sedes | 19,8%
Rio Grande do Sul
76,1%

103 sedes | 11,0%


Santa Catarina 100 sedes | 10,7%
Paraná 77 sedes | 8,3%
AM PA
Rio de Janeiro 45 sedes | 4,8%
CE
Goiás 38 sedes | 4,1% MA RN
Bahia 30 sedes | 3,2% PI PB
Espírito Santo 29 sedes | 3,1%
AC
PE
TO
Rondônia 18 sedes | 1,9% AL
RO
Mato Grosso 18 sedes | 1,9% SE

Paraíba 14 sedes | 1,5% MT BA

Distrito Federal 14 sedes | 1,5%


Pará 10 sedes | 1,1% GO DF
Mato Grosso do Sul 10 sedes | 1,1%
23,9%

Alagoas 7 sedes | 0,8% MG


Pernambuco 7 sedes | 0,8% ES
MS
Maranhão 6 sedes | 0,6%
RJ
Ceará 5 sedes | 0,5% SP
Acre 4 sedes | 0,4%
PR
Amazonas 4 sedes | 0,4%
Rio Grande do Norte 3 sedes | 0,3%
SC
Piauí 2 sedes | 0,2%
Sergipe 2 sedes | 0,2%
RS
Roraima 1 sede | 0,1%
Tocantins 1 sede | 0,1%
Amapá 0 sede | 0,0%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 44


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número e distribuição das sedes das demais instituições financeiras por UF (junho/2019)
Quantidade de sedes de instituições financeiras (exclusive as cooperativas de crédito) e sua distribuição por unidade federativa (UF) 1

0% 30% 60% 90%


São Paulo 382 sedes|53,8%
RR
Rio de Janeiro 66 sedes|9,3% AP
78,3%

Rio Grande do Sul 63 sedes|8,9%


Minas Gerais 45 sedes|6,3%
Paraná 44 sedes|6,2%
Santa Catarina 21 sedes|3,0% AM PA

Distrito Federal 17 sedes|2,4% MA CE


RN
Espírito Santo 11 sedes|1,5% PI PB
Bahia 9 sedes|1,3%
PE
Pernambuco 7 sedes|1,0% AC TO
AL
Ceará 7 sedes|1,0% RO SE
Goiás 6 sedes|0,8%
MT BA
Pará 5 sedes|0,7%
Rio Grande do Norte 5 sedes|0,7%
Amazonas 4 sedes|0,6% GO DF
Mato Grosso 3 sedes|0,4%
21,7%

Alagoas 3 sedes|0,4% MG
Paraíba 2 sedes|0,3% ES
MS
Mato Grosso do Sul 2 sedes|0,3%
Piauí 2 sedes|0,3% RJ
SP
Sergipe 2 sedes|0,3%
PR
Roraima 2 sedes|0,3%
Tocantins 1 sedes|0,1%
Amapá 1 sedes|0,1% SC
Rondônia 0 sedes|0,0%
Maranhão 0 sedes|0,0% RS
Acre 0 sedes|0,0%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil. Foram consideradas as seguintes instituições financeiras: banco múltiplo; banco comercial; banco de desenvolvimento; caixas econômicas; estaduais/federal; banco de
investimento; banco de câmbio; sociedade de crédito; financiamento e investimento; sociedade de crédito direto; sociedade de empréstimo entre pessoas; sociedade corretora de títulos e valores mobiliários;
sociedade corretora de câmbio; sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários; sociedade de arrendamento mercantil; sociedade de crédito imobiliário e associação de poupança e empréstimo; sociedade
de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte; agência de fomento; companhia hipotecária; instituição de pagamento

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 45


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número e distribuição das sedes de bancos por UF (junho/2019)
Quantidade de sedes de bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas e sua distribuição por unidade federativa (UF) 1

0% 30% 60% 90%


São Paulo 102 sedes| 66,2% RR AP
Rio de Janeiro 12 sedes| 7,8%
87,5%

Rio Grande do Sul 10 sedes| 6,5%


Paraná 10 sedes| 6,5%
Minas Gerais 7 sedes| 4,5% PA
AM
Distrito Federal 4 sedes| 2,6%
CE
Bahia 2 sedes| 1,3% MA RN
PI
Pará 2 sedes| 1,3% PB

Espírito Santo 1 sede| 0,6% AC


PE
TO
Pernambuco 1 sede| 0,6% AL
RO SE
Ceará 1 sede| 0,6%
BA
Sergipe 1 sede| 0,6% MT

Roraima 1 sede| 0,6%


Santa Catarina 0 sede| 0,0% GO DF
Goiás 0 sede| 0,0%
Rondônia
12,5%

0 sede| 0,0% MG
Mato Grosso 0 sede| 0,0% ES
MS
Paraíba 0 sede| 0,0%
RJ
Mato Grosso do Sul 0 sede| 0,0% SP
Alagoas 0 sede| 0,0%
PR
Maranhão 0 sede| 0,0%
Acre 0 sede| 0,0%
SC
Amazonas 0 sede| 0,0%
Rio Grande do Norte 0 sede| 0,0%
RS
Piauí 0 sede| 0,0%
Tocantins 0 sede| 0,0%
Amapá 0 sede| 0,0%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil. Foram consideradas as seguintes instituições financeiras: banco múltiplo; banco comercial e caixas econômicas; estaduais/federal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 46


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número e distribuição dos postos de atendimento de cooperativas por UF (junho/2019)
Quantidade de dependências de cooperativas de crédito e sua distribuição por unidade federativa (UF) 1

0% 10% 20% 30%


Minas Gerais 1079 PAs | 16,4%
RR AP
Santa Catarina 1020 PAs | 15,5%
75,7%

Paraná 982 PAs | 14,9%


Rio Grande do Sul 981 PAs | 14,9%
São Paulo 919 PAs | 14,0%
AM PA
Mato Grosso 234 PAs | 3,6%
CE
Bahia 207 PAs | 3,1% MA RN
Goiás 203 PAs | 3,1% PI PB
Rio de Janeiro 162 PAs | 2,5% AC
PE
TO
Rondônia 161 PAs | 2,4% AL
RO
Espírito Santo 157 PAs | 2,4% SE

Mato Grosso do Sul 113 PAs | 1,7% MT BA

Pará 57 PAs | 0,9%


Pernambuco 54 PAs | 0,8% GO DF
Paraíba 52 PAs | 0,8%
24,3%

Distrito Federal 49 PAs | 0,7% MG


Maranhão 31 PAs | 0,5% ES
MS
Tocantins 24 PAs | 0,4%
RJ
Ceará 22 PAs | 0,3% SP
Alagoas 16 PAs | 0,2%
PR
Rio Grande do Norte 13 PAs | 0,2%
Acre 13 PAs | 0,2%
SC
Amazonas 13 PAs | 0,2%
Piauí 6 PAs | 0,1%
RS
Sergipe 6 PAs | 0,1%
Amapá 5 PAs | 0,1%
Roraima 1 PAs | 0,0%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 47


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número e distribuição de agências e postos da rede bancária por UF (junho/2019)
Quantidade de agências e postos de atendimento bancário e sua distribuição por unidade federativa (UF) 1

0% 10% 20% 30% 40% 50%


São Paulo 9544 PAs*| 26,3%
RR
Minas Gerais 3073 PAs*| 11,0% AP
53,5%

Rio de Janeiro 2671 PAs*| 8,3%


Rio Grande do Sul 2334 PAs*| 8,0%
Paraná 2104 PAs*| 6,1%
AM PA
Bahia 1613 PAs*| 5,3%
CE
Santa Catarina 1249 PAs*| 3,9% MA RN
Goiás 1042 PAs*| 3,3% PI PB
Pernambuco 950 PAs*| 3,1% AC
PE
TO
Pará 767 PAs*| 3,1% AL
RO
Ceará 763 PAs*| 2,4% SE

Distrito Federal 657 PAs*| 2,4% MT BA

Espírito Santo 575 PAs*| 2,4%


Maranhão 541 PAs*| 1,9% GO DF
Mato Grosso 468 PAs*| 1,5%
46,5%

Paraíba 455 PAs*| 1,5% MG


Amazonas 420 PAs*| 1,5% ES
MS
Mato Grosso do Sul 383 PAs*| 1,4%
RJ
Rio Grande do Norte 359 PAs*| 1,2% SP
Alagoas 321 PAs*| 1,1%
PR
Piauí 304 PAs*| 1,0%
Sergipe 287 PAs*| 1,0%
SC
Tocantins 234 PAs*| 0,8%
Rondônia 189 PAs*| 0,7%
RS
Acre 86 PAs*| 0,3%
Amapá 75 PAs*| 0,3%
Roraima 61 PAs*| 0,3%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil. Foram consideradas agências bancárias e postos de atendimento bancário. Não foram considerados postos de atendimento eletrônico (PAE).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 48


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Proporção de postos de atendimento de cooperativas de crédito por UF (junho/2019)
Razão entre dependências de atendimento de cooperativas de crédito em relação ao total de postos de atendimento em cada UF1

0% 20% 40% 60%


Rondônia 46,0%
RR
Santa Catarina 45,0% AP

Mato Grosso 33,3%


Paraná 31,8%
acima da
média

Rio Grande do Sul 29,6%


PA
Minas Gerais 26,0% AM

Mato Grosso do Sul 22,8% MA CE


RN
Espírito Santo 21,4% PI PB
Brasil (média) 17,3% PE
AC
Goiás 16,3% TO
AL
Acre 13,1% RO SE
Bahia 11,4% MT BA
Paraíba 10,3%
Tocantins 9,3%
DF
São Paulo 8,8% GO

Distrito Federal 6,9%


MG
Pará 6,9%
abaixo da
média

ES
Amapá 6,3% MS
Rio de Janeiro 5,7% RJ
SP
Maranhão 5,4%
Pernambuco 5,4% PR
Alagoas 4,7%
Rio Grande do Norte 3,5% SC
Amazonas 3,0%
Ceará 2,8%
RS
Sergipe 2,0%
Piauí 1,9%
Roraima 1,6%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).
1 Foram consideradas agências bancárias e postos de atendimento ao público. Não foram considerados postos de atendimento eletrônico.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 49


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Proporção de agências de postos de atendimento bancário por UF (junho/2019)
Razão entre dependências de atendimento bancário em relação ao total de postos de atendimento em cada UF1

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Roraima 98,4%
RR
Piauí 98,1% AP

Sergipe 98,0%
Ceará 97,2%
Amazonas 97,0%
PA
Rio Grande do Norte 96,5% AM

Alagoas 95,3% MA CE
RN
Pernambuco 94,6% PI PB
Maranhão 94,6%
acima da

PE
média

Rio de Janeiro 94,3% AC TO


AL
Amapá 93,8% RO SE
Pará 93,1% MT BA
Distrito Federal 93,1%
São Paulo 91,2%
Tocantins 90,7% GO DF

Paraíba 89,7%
Bahia 88,6% MG
ES
Acre 86,9% MS
Goiás 83,7% RJ
Brasil (média) 82,7% SP

Espírito Santo 78,6% PR


Mato Grosso do Sul 77,2%
abaixo da

Minas Gerais 74,0%


média

SC
Rio Grande do Sul 70,4%
Paraná 68,2%
RS
Mato Grosso 66,7%
Santa Catarina 55,0%
Rondônia 54,0%

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).
1 Foram consideradas agências bancárias e postos de atendimento ao público. Não foram considerados postos de atendimento eletrônico.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 50


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número de postos de atendimento de cooperativas de crédito por 100.000 hab. (junho/2019)
Razão entre dependências de atendimento de cooperativas de crédito em relação à população residente em cada UF1

0 5 10 15 20
Santa Catarina 14,24
RR
Rondônia 9,06 AP

Rio Grande do Sul 8,62


Paraná 8,59
acima da
média

Mato Grosso 6,72


PA
Minas Gerais 5,10 AM

Mato Grosso do Sul 4,07 MA CE


RN
Espírito Santo 3,91 PI PB
Brasil (média) 3,13 PE
Goiás 2,89 AC TO
AL
São Paulo 2,00 RO SE
Distrito Federal 1,63 MT BA
Tocantins 1,53
Acre 1,47
DF
Bahia 1,39 GO

Paraíba 1,29
Rio de Janeiro 0,94 MG
abaixo da
média

ES
Pará 0,66 MS
Amapá 0,59 RJ
SP
Pernambuco 0,57
Alagoas 0,48 PR
Maranhão 0,44
Rio Grande do Norte 0,37
SC
Amazonas 0,31
Sergipe 0,26
RS
Ceará 0,24
Piauí 0,18
Roraima 0,17

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).
1 Foram consideradas agências bancárias e postos de atendimento ao público. Não foram considerados postos de atendimento eletrônico.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 51


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Número de bancos e postos de atendimento por 100.000 hab. (junho/2019)
Razão entre quantidade de agências bancárias/postos de atendimento em relação à população residente em cada UF 1

0 5 10 15 20 25 30
Distrito Federal 21,8
RR
São Paulo 20,8 AP

Rio Grande do Sul 20,5


acima da
média

Paraná 18,4
Santa Catarina 17,4
Rio de Janeiro 15,5 AM PA

Brasil (média) 15,0 MA CE


RN
Tocantins 14,9 PI PB
Goiás 14,8 PE
Minas Gerais 14,5 AC TO
AL
Espírito Santo 14,3 RO SE
Mato Grosso do Sul 13,8 BA
MT
Mato Grosso 13,4
Sergipe 12,5
Paraíba 11,3 GO DF

Bahia 10,8
abaixo da

Rondônia 10,6 MG
média

ES
Rio Grande do Norte 10,2 MS
Amazonas 10,1 RJ
Roraima 10,1 SP

Pernambuco 9,9 PR
Acre 9,8
Alagoas 9,6
SC
Piauí 9,3
Pará 8,9
RS
Amapá 8,9
Ceará 8,4
Maranhão 7,6

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf).
1 Foram consideradas agências bancárias e postos de atendimento ao público. Não foram considerados postos de atendimento eletrônico.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 52


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução recente do número de cooperativas de crédito no Brasil por hierarquia e categoria1
Quantidade anual de cooperativas de acordo com nível hierárquico e, entre as cooperativas singulares, por categoria
1200 Cooperativas Singulares: Segmentação por Categoria

1041
100% 100% 100% 100%
986
1000 1041 986 936 916
936 916
77,7%
809 76,7%
800 756 76,1% 76,2%
712 698

600

400

18,6% 19,5% 20,1% 20,0%


194 192 188 183
200
3,7% 3,9% 3,8% 3,8%
35 35 35 34 38 38 36 35
2 2 2 2 2 2 2 2

dezembro/16 dezembro/17 dezembro/18 junho/2019 dezembro/16 dezembro/17 dezembro/18 junho/2019

Confederação Central Singular Banco Cooperativo Clássica Capital e Empréstimo Plena

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf). Obs.: a série foi reiniciada a partir da data-base maio/2016 devido à nova
classificação quanto ao critério de associação, atribuída às cooperativas singulares em virtude da adequação à Resolução 4.434/2015.
1 Desde a entrada em vigor da Resolução nº 4.434/15 da CVM, as cooperativas passaram a ser categorizadas como plenas (que podem praticar todas as operações), clássicas (que não

podem ter moeda estrangeira, operar com variação cambial e nem com derivativos, instrumentos do mercado futuro, entre outros) e as de capital e empréstimo (que não podem captar
recursos ou depósitos, sendo seu "funding" apenas o capital próprio integralizado pelos associados). Além disso, foram definidos novos valores de capital inicial e de patrimônio líquido.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 53


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
▉ Evolução recente do número de cooperativas singulares por critério de associação
Quantidade anual de cooperativas singulares de acordo com critério de associação (independentemente da categoria)

44,3%
450 406

39,9% 33,3%
400 305
36,0% 373 33,8%
Quantidade de cooperativas singulares

32,5% 355 352 33,9%


350 338 334 33,8%
316

300

250

200
14,7%
153
150 8,1%
74 11,1% 6,7%
8,7% 109 9,7% 61
8,4% 8,3%
91 91
100 83 78 2,7% 2,6%
4,2% 5,1% 25 24
50 2,9% 2,5% 2,1%
44 3,1% 2,8% 2,6% 2,7%
50 2,4% 19
29 29 26 25 30 25 0,2%
22 0,4% 0,4% 0,2% 2
4 4 2
0
Livre Admissão Empregados ou Atividade Profissional Produtor Rural Critérios de Critérios de Empresários Natureza Associativa
Servidores Associação Mistos – Associação Mistos – ou Cadeia de
Outros Empresários Negócios

dezembro/16 dezembro/17 dezembro/18 junho/2019

Fonte: Unicad - Banco Central do Brasil (Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf). Obs.: a série foi reiniciada a partir da data-base maio/2016 devido à nova
classificação quanto ao critério de associação, atribuída às cooperativas singulares em virtude da adequação à Resolução 4.434/2015.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 54


Panorama do Cooperativismo de Crédito no Brasil
Com base nos dados apresentados nesta seção, é possível avaliar que as
cooperativas de crédito, ao longo dos últimos 30 anos:
 Têm ampliado de forma consistente sua presença no Brasil, seja através da
constituição de novas cooperativas, da expansão dos postos de atendimento ou do
aumento do emprego formal atrelado diretamente às cooperativas.
 Nos últimos anos, essa trajetória de expansão do número de cooperativas de
crédito deu lugar à um período de consolidação estrutural e operacional, após
inúmeras mudanças no marco institucional-regulatório do segmento.
 Em termos geográficos, a presença e atendimento de cooperativas de crédito têm
se adensado em regiões mais tradicionais do cooperativismo (estados da Região
Sul, além de Minas Gerais na região Sudeste) e se difundido em outras regiões do
país (como Centro-Oeste e Norte), menos atendidas pelo sistema financeiro.
 Em termos de tipo/regra de adesão, é possível notar a prevalência e crescimento
de cooperativas de “livre-admissão”, em detrimento de cooperativas com
restrições associativas (por exemplo, cooperativas de produtores rurais ou
empregados/servidores de ramos específicos).
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 55
PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS COOPERADOS
Análise das informações sociodemográficas, geográficas e
econômicas disponíveis sobre os cooperados
Perfil socioeconômico dos cooperados
Nesta seção, são oferecidos dados e informações relacionados ao perfil
socioeconômico de indivíduos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica)
cooperadas, a partir do cruzamento de dados do Banco Central do Brasil
(Documento 5300) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
• Número e proporção de cooperados : indivíduos/pessoa física ou empresas
e organizações/pessoa jurídica.
• Número e proporção de cooperados por faixa etária (pessoa física).
• Número e proporção de cooperados por sexo (pessoa física).
• Número e proporção de cooperados por tempo de filiação.
• Número e proporção de cooperados por tipo de serviço ou produto (conta-
corrente, depósito a prazo, depósito a vista, operações de crédito, outros).
• Distribuição geográfica dos cooperados e dos postos de atendimento.
Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa. O documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa,
fonte primária das estatísticas aqui apresentadas, foi criado pela Resolução 4.368/2014 e disciplinado pela Circular 3.720/2014 e Carta Circular 3.905/2018, e deve ser elaborado e
remetido mensalmente ao Banco Central do Brasil pelas cooperativas singulares de crédito. Segundo o Bacen, as informações apresentadas no arquivo sobre gênero e idade dos cooperados
pessoa física foram obtidas da base da Receita Federal a partir do CPF constante no documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 57


Perfil socioeconômico dos cooperados
Segundo informações e dados encaminhados por cooperativas de crédito singulares ao Banco
Central do Brasil, em junho de 20191, o quadro de cooperados nacional envolvia:
 11.053.530 cooperados, entre pessoas físicas (86,5%) e pessoas jurídicas (13,5%).
o 9.560.068 pessoas físicas cooperadas, média de 45,5 cooperados/1.000 habitantes*.
o 1.493.462 pessoas jurídicas cooperadas, média de 231,5 cooperados/1.000 empresas**.

Cooperados por tempo


13,5% 36,2% 28,2% 22,1%
de filiação
Até 1 ano De 1 a 5 anos De 5 a 10 anos Acima de 10 anos

Quantidade e proporção de cooperados (em relação ao total) que possuem:


conta-corrente 8.794.119 cooperados | 79,6%
4.582.063 cooperados |
operações de crédito
41,5%
depósito a prazo 2.686.074 cooperados | 24,3%
depósito a vista 13.191 cooperados | 0,1%
outras operações 89.740 cooperados | 0,8%
1 Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa. O documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa,
fonte primária das estatísticas aqui apresentadas, foi criado pela Resolução 4.368/2014 e disciplinado pela Circular 3.720/2014 e Carta Circular 3.905/2018, e deve ser elaborado e
remetido mensalmente ao Banco Central do Brasil pelas cooperativas singulares de crédito. Segundo o Bacen, as informações apresentadas no arquivo sobre gênero e idade dos cooperados
pessoa física foram obtidas da base da Receita Federal a partir do CPF constante no documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa. Notas: (*) calculado com base
na população estimada para 2019 pelo IBGE. (**) calculado com base no número de cooperativas e empresas reportado pelo IBGE (Cadastro Central de Empresas) em 2017.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 58


Perfil socioeconômico dos cooperados
▉ Proporção de cooperados de acordo com pessoa física ou jurídica por UF (junho/2019)
Quantidade de cooperados de acordo com tipo/classificação, por unidade federativa (UF) 1

Pernambuco 92,6% 7,4%


Piauí 91,6% 8,4%
Rio Grande do Sul 91,4% 8,6%
Alagoas 90,7% 9,3%
Bahia 89,0% 11,0%
Rio de Janeiro 88,9% 11,1%
Santa Catarina 87,2% 12,8%
● Brasil (média) 86,5% 13,5%
Ceará 86,4% 13,6%
Mato Grosso 86,2% 13,8%
Paraná 85,9% 14,1%
Pará 85,5% 14,5%
São Paulo 85,3% 14,7%
Amazonas 85,2% 14,8%
Paraíba 83,8% 16,2%
Mato Grosso do Sul 83,7% 16,3%
Distrito Federal 83,3% 16,7%
Minas Gerais 83,2% 16,8%
Sergipe 82,7% 17,3%
Espírito Santo 82,6% 17,4%
Maranhão 82,4% 17,6%
Rondônia 81,5% 18,5%
Rio Grande do Norte 81,3% 18,7%
Roraima 80,8% 19,2%
Goiás 75,5% 24,5%
Acre 74,8% 25,2%
Tocantins 72,3% 27,7%
Amapá 71,6% 28,4%

pessoa física (indivíduos) pessoa jurídica (empresas)

1 Fonte: Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 59


Perfil dos cooperados – pessoa física
Segundo informações e dados encaminhados por cooperativas de crédito singulares ao Banco
Central do Brasil, as 9.560.068 pessoas físicas cooperadas em junho de 20191 apresentam o
seguinte perfil médio:
Cooperados por sexo 42,1% 57,9%

Feminino Masculino

Cooperados por faixa


2,7%

17,6% 43,4% 28,1% 8,2%


etária
Menor do que 18 anos Entre 18 e 30 anos Entre 30 e 50 anos Entre 50 e 70 anos Maior que 70 anos

Quantidade e proporção de cooperados (em relação ao total de pessoas físicas cooperadas) que possuíam:

conta-corrente 7.403.524 cooperados | 77,4%


3.913.483 cooperados |
operações de crédito
40,9%
depósito a prazo 2.331.206 cooperados | 24,4%

depósito a vista 12.638 cooperados | 0,1%

outras operações 89.740 cooperados | 0,9%

1 Fonte: Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa. O documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa, fonte
primária das estatísticas aqui apresentadas, foi criado pela Resolução 4.368/2014 e disciplinado pela Circular 3.720/2014 e Carta Circular 3.905/2018, e deve ser elaborado e remetido
mensalmente ao Banco Central do Brasil pelas cooperativas singulares de crédito. Segundo o Bacen, As informações apresentadas no arquivo sobre gênero e idade dos cooperados pessoa
física foram obtidas da base da Receita Federal a partir do CPF constante no documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 60


Perfil dos cooperados – pessoa física
▉ Proporção de cooperados (pessoa física) por sexo e UF (junho/2019)
Quantidade de indivíduos cooperados por sexo de acordo com unidade federativa (UF)

Rondônia 63,2% 36,8%


Goiás 63,0% 37,0%
Pará 62,5% 37,5%
Amapá 62,3% 37,7%
Tocantins 62,0% 38,0%
Rio Grande do Norte 60,9% 39,1%
São Paulo 60,8% 39,2%
Mato Grosso 60,5% 39,5%
Amazonas 60,5% 39,5%
Maranhão 60,1% 39,9%
Espírito Santo 59,9% 40,1%
Minas Gerais 59,8% 40,2%
Mato Grosso do Sul 59,7% 40,3%
Roraima 59,4% 40,6%
Paraná 58,8% 41,2%
Acre 58,0% 42,0%
Pernambuco 58,0% 42,0%
● Brasil (média) 57,9% 42,1%
Rio de Janeiro 57,6% 42,4%
Sergipe 57,5% 42,5%
Distrito Federal 57,1% 42,9%
Bahia 56,1% 43,9%
Paraíba 55,6% 44,4%
Santa Catarina 55,4% 44,6%
Ceará 55,1% 44,9%
Rio Grande do Sul 55,1% 44,9%
Piauí 55,1% 44,9%
Alagoas 53,1% 46,9%

masculino feminino
Fonte: Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 61


Perfil dos cooperados – pessoa física
▉ Distribuição municipal de postos de atendimento e cooperados por 1.000 hab. (junho/2019)
Quantidade de postos de atendimentos de cooperativas (A) e de indivíduos cooperados por 1.000 hab. por município (B)

A B

Quantidade de estabelecimentos Quantidade de cooperados por mil


(cooperativas) por município habitantes por município

Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil (Unicad e Documento 5300).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 62


Perfil dos cooperados – pessoa física
▉ Número e distribuição dos cooperados (pessoa física) por UF (junho/2019)
Quantidade de indivíduos cooperados e sua distribuição por unidade federativa (UF)

0% 10% 20% 30%


Rio Grande do Sul 1.990.489 coop.| 20,8%
Santa Catarina 1.842.432 coop.| 19,3%
78,6%

Paraná 1.366.013 coop.| 14,3% RR AP


Minas Gerais 1.251.928 coop.| 13,1%
São Paulo 1.065.217 coop.| 11,1%
Mato Grosso 418.237 coop.| 4,4%
PA
Espírito Santo 268.400 coop.| 2,8% AM

Bahia 239.467 coop.| 2,5% MA CE


RN
Mato Grosso do Sul 206.352 coop.| 2,2% PI PB

Rio de Janeiro 169.255 coop.| 1,8% AC


PE
TO
Goiás 164.019 coop.| 1,7% AL
RO SE
Rondônia 134.633 coop.| 1,4%
BA
Pernambuco 92.080 coop.| 1,0% MT

Pará 67.483 coop.| 0,7%


Distrito Federal 63.778 coop.| 0,7% GO DF
21,4%

Paraíba 52.369 coop.| 0,5%


Ceará 28.903 coop.| 0,3% MG
ES
Alagoas 27.803 coop.| 0,3% MS
Tocantins 21.808 coop.| 0,2% RJ
SP
Maranhão 21.590 coop.| 0,2%
Rio Grande do Norte 16.498 coop.| 0,2% PR

Piauí 11.889 coop.| 0,1%


Amazonas 11.473 coop.| 0,1% SC

Acre 10.674 coop.| 0,1%


Sergipe 8.253 coop.| 0,1% RS

Amapá 2.578 coop.| 0,0%


Roraima 1.262 coop.| 0,0%

Fonte: Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 63


Perfil dos cooperados – pessoa física
▉ Densidade de cooperados (pessoa física) por 1.000 habitantes (junho/2019)
Razão entre o número de indivíduos cooperados e a população de cada unidade federativa (UF)

0 50 100 150 200 250 300


Santa Catarina 257,2
Rio Grande do Sul 175,0
Mato Grosso 120,0 RR AP
acima da

Paraná 119,5
média

Rondônia 75,8
Mato Grosso do Sul 74,3
Espírito Santo 66,8 AM PA

Minas Gerais 59,1 MA CE


RN
● Brasil (média) 45,5 PI PB
Goiás 23,4 PE
São Paulo 23,2 AC TO
AL
Distrito Federal 21,2 RO SE

Bahia 16,1 MT BA
Tocantins 13,9
Paraíba 13,0 DF
GO
abaixo da

Acre 12,1
média

Rio de Janeiro 9,8 MG


Pernambuco 9,6 ES
Alagoas 8,3 MS

Pará 7,8 SP
RJ

Rio Grande do Norte 4,7


PR
Piauí 3,6
Sergipe 3,6
SC
Ceará 3,2
Maranhão 3,1
RS
Amapá 3,0
Amazonas 2,8
Roraima 2,1

Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 64


Perfil dos cooperados – pessoa jurídica
Segundo informações e dados encaminhados por cooperativas de crédito singulares ao Banco
Central do Brasil, as 1.493.462 pessoas jurídicas cooperadas em junho de 2019 apresentam
o seguinte perfil médio:

Quantidade e proporção de cooperados (em relação ao total de pessoas jurídicas cooperadas) que possuíam:

conta-corrente 1.390.595 cooperados | 93,1%

operações de crédito 668.580 cooperados | 44,8%

depósito a prazo 354.868 cooperados | 23,8%

depósito a vista 553 cooperados | 0,0%

outras operações 0 cooperados | 0,0%

Fonte: Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa. O documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa, fonte
primária das estatísticas aqui apresentadas, foi criado pela Resolução 4.368/2014 e disciplinado pela Circular 3.720/2014 e Carta Circular 3.905/2018, e deve ser elaborado e remetido
mensalmente ao Banco Central do Brasil pelas cooperativas singulares de crédito. Segundo o Bacen, As informações apresentadas no arquivo sobre gênero e idade dos cooperados pessoa
física foram obtidas da base da Receita Federal a partir do CPF constante no documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 65


Perfil dos cooperados – pessoa jurídica
▉ Número e distribuição de empresas cooperadas (pessoa jurídica) por UF (junho/2019)
Quantidade de empresas cooperadas e sua distribuição por unidade federativa (UF)

0% 10% 20% 30%


Santa Catarina 270.716 coop.| 18,1%
Minas Gerais 252.689 coop.| 16,9%
74,9%

Paraná 225.112 coop.| 15,1% RR AP


Rio Grande do Sul 186.266 coop.| 12,5%
São Paulo 183.842 coop.| 12,3%
Mato Grosso 67.198 coop.| 4,5%
PA
Espírito Santo 56.382 coop.| 3,8% AM

Goiás 53.304 coop.| 3,6% MA CE


RN
Mato Grosso do Sul 40.135 coop.| 2,7% PI PB
Rondônia 30.541 coop.| 2,0% AC
PE
TO
Bahia 29.736 coop.| 2,0% AL
RO SE
Rio de Janeiro 21.188 coop.| 1,4%
BA
Distrito Federal 12.800 coop.| 0,9% MT

Pará 11.470 coop.| 0,8%


Paraíba 10.122 coop.| 0,7% GO DF
25,1%

Tocantins 8.342 coop.| 0,6%


Pernambuco 7.312 coop.| 0,5% MG
ES
Maranhão 4.620 coop.| 0,3% MS
Ceará 4.561 coop.| 0,3% RJ
SP
Rio Grande do Norte 3.796 coop.| 0,3%
Acre 3.597 coop.| 0,2% PR

Alagoas 2.857 coop.| 0,2%


Amazonas 1.996 coop.| 0,1% SC

Sergipe 1.724 coop.| 0,1%


Piauí 1.095 coop.| 0,1% RS

Amapá 1.021 coop.| 0,1%


Roraima 299 coop.| 0,0%

Fonte: Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 66


Perfil dos cooperados – pessoa jurídica
▉ Densidade de cooperados (pessoa jurídica) por 1.000 estabelecimentos (2017*)
Razão entre o número de empresas cooperadas e o total de estabelecimentos de cada unidade federativa (UF)

0 200 400 600 800 1.000


Rondônia 770,5
Santa Catarina 760,3
Mato Grosso 581,0 RR AP
Mato Grosso do Sul 489,5
acima da

Paraná 433,3
média

Espírito Santo 419,4


Rio Grande do Sul 377,0 AM PA

Minas Gerais 369,3 MA CE


RN
Acre 285,0 PI PB
● Brasil (média) 231,5 PE
Goiás 227,6 AC TO
AL
Tocantins 220,0 RO SE

Paraíba 135,4 MT BA
Amapá 122,3
Pará 107,6 DF
GO
Distrito Federal 102,5
abaixo da

Bahia 99,4
média

MG
São Paulo 85,5 ES
Rio Grande do Norte 64,7 MS

Alagoas 54,2 SP
RJ

Maranhão 53,6
PR
Pernambuco 45,5
Amazonas 42,1
Sergipe 40,4 SC

Rio de Janeiro 35,0


Roraima 29,4 RS

Ceará 25,3
Piauí 11,7

Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil - Documento 5300 – Informações sobre Relacionamentos de Cooperativa. (*) Estimativa calculada com base no número de cooperativas em 2017 e
estabelecimentos registrados no Cadastro Central de Empresas do IBGE (2017).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 67


Perfil socioeconômico dos cooperados
Com base nas informações desta seção, é possível evidenciar que as cooperativas
de crédito apresentam uma base de cooperados com as seguintes características:
 Maior proporção/participação de indivíduos (média de 86,5%) em relação a empresas e
organizações cooperadas (média de 13,5%). Essa proporção é variável regionalmente, sendo que
em algumas UFs a participação das empresas cooperadas pode chegar a 28,4% (AP), 27,7% (TO),
25,2% (AC) e 24,5% (GO); enquanto em outras a participação de pessoas cooperadas pode
chegar a 92,6% (PE), 91,6% (PI), 91,4% (RS) e 90,7% (AL).
 Entre indivíduos cooperados (pessoa física), prevalência do sexo masculino (57,9%), faixa etária
entre 30 e 70 anos (71,5%) e uso da cooperativa para as modalidades de conta-corrente (77,4%),
operações de crédito (40,9%) e depósitos a prazo (24,4%). Em termos de distribuição, maior
presença e densidade de cooperados nas regiões Sul (SC, RS e PR), Centro-Oeste (MT e MS) e
alguns estados do Sudeste (com destaque para MG e ES).
 Entre empresas e organizações cooperadas (pessoa jurídica), maior frequência do uso de conta-
corrente (93,1%), operações de crédito (44,8%) e depósitos a prazo (23,8%). Em termos de
distribuição geográfica, mais presença e densidade de empresas cooperadas nas regiões Norte
(RO, AC) Sul (SC, RS e PR) e Centro-Oeste (MT e MS), além de MG e ES.
 Densidade dos cooperados apresenta alta correlação com a presença de postos de atendimento
e sedes de cooperativas de crédito.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 68


PERFIL DA CARTEIRA DE CRÉDITO
ATIVA DAS COOPERATIVAS
Análise da composição da carteira de crédito ativa
das cooperativas em termos de tipo de tomador,
modalidade ou finalidade, porte, setor, nível de risco,
prazo de vencimento e indexador
Perfil da carteira de crédito ativa
Nesta seção, são oferecidos dados e informações relacionados ao perfil da carteira de crédito
ativa das cooperativas de crédito a partir de informações do Banco Central do Brasil, incluindo
dados comparativos a respeito:
 Número de clientes e de operações de crédito.
 Composição da carteira por modalidade/finalidade do crédito, tanto para pessoa física (habitação,
cartão de crédito, financiamento de veículos etc.) quanto para pessoa jurídica (capital de giro,
recebíveis, investimentos etc.).
 Composição da carteira por região geográfica do tomador.
 Composição da carteira por faixa de renda do tomador (pessoa física).
 Composição da carteira por setor econômico (agricultura, indústria, construção, comércio, serviços etc.)
e porte do tomador (pessoa jurídica).
 Composição da carteira por nível de risco da operação (AA, A, B, C, D etc.).
 Evolução e comparativo da taxa de juros aplicáveis para microempresas e pequenas empresas.
 Evolução e comparativo do percentual de ativos problemáticos (pessoas físicas e jurídicas).
 Composição da carteira por indexador da dívida (Taxa Selic, IPCA, IGP-M etc.).
 Composição da carteira por prazo de vencimento da dívida (em dias).
Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17. Observação: por serem coletados em fontes
distintas, valores apresentados podem apresentar pequenas variações em relação a outros apresentados neste documento.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 70


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução anual do balanço patrimonial das cooperativas de crédito autorizadas no Brasil
Valor anual das operações de crédito, depósitos, ativos e patrimônio líquido das instituições classificadas no campo das cooperativas de crédito
R$ 250 R$ 500

R$ 225 R$ 197,6 R$ 450


R$ 404,4

R$ 200 R$ 400

R$ 175 R$ 350
R$ 143,0
Em bilhões de R$*

Em bilhões de R$*
R$ 150 R$ 300

R$ 125 R$ 250

R$ 100 R$ 200
R$ 11,3
R$ 75 R$ 150
R$ 22,6 R$ 54,5
R$ 50 R$ 100
R$ 10,5 R$ 5,2
R$ 25 R$ 50

R$ 0 R$ 0

2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
jun-2019
2003

2008

2013

2018
2000
2001
2002

2004
2005
2006
2007

2009
2010
2011
2012

2014
2015
2016
2017

jun-2019

Valor das operações de crédito Depósitos Ativos totais Patrimônio Líquido

Fonte: COSIF/Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR).


Nota: (*) valores a preços de junho de 2019. Valores deflacionados de acordo com o IPCA/IBGE.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 71


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução anual da participação das cooperativas no total de clientes e operações no SFN
Percentual do total de clientes e do volume de operações de crédito sob responsabilidade de cooperativas de crédito
5,0%
14.065.302 clientes (+17,9% a.a.)
6.746.311 clientes 6.087.657 operações (+12,0% a.a.)
4,0%
2.090.973 operações

2,86%
2,77%
2,68%

2,62%
2,50%
2,50%
3,0%

2,41%
2,35%

2,20%
2,17%
1,99%

1,99%
1,82%
1,67%
1,47%

2,0%
1,30%

1,0%

0,0%
dez-12 dez-13 dez-14 dez-15 dez-16 dez-17 dez-18 jun-19

Clientes Operações

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17. Observação: por serem coletados em fontes
distintas, valores apresentados podem apresentar pequenas variações em relação a outros apresentados neste documento.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 72


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução da participação das cooperativas na carteira de pessoas físicas e jurídicas no SFN
Percentual do total da carteira de crédito ativa de pessoas físicas e jurídicas sob responsabilidade de cooperativas de crédito
8,0%
PF: R$ 95.676.276 (+9,1% a. a.)
7,0%
PF: R$ 54.437.132* PJ: R$ 52.748.644 (+7,3% a.a.)
6,0%
PJ: R$ 33.461.155* 4,8% 4,9%
5,0%
4,3%
4,0%
4,0% 3,6% 3,7% 3,7%
3,4%
3,0%
3,0% 2,6%
2,4%
2,0% 2,1%
1,8% 1,9%
2,0% 1,6%

1,0%

0,0%
dez-12 dez-13 dez-14 dez-15 dez-16 dez-17 dez-18 jun-19

Carteira - Pessoa Física Carteira - Pessoa Jurídica

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17. Nota: (*) a preços de junho de 2019. Valores
deflacionados de acordo com o IPCA/IBGE.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 73


Perfil da carteira de crédito
▉ Saldo das operações de crédito das cooperativas no SFN
Saldo de crédito das cooperativas (ao final de cada período) para clientes pessoa física e pessoa jurídica, a preços de junho de 2019
R$ 200.000 R$ 20.000

Variação média
R$ 180.000 R$ 18.000
do saldo anual

140.313
R$ 160.000
(2012-2018) R$ 16.000

122.643
118.249

118.223
116.562
R$ 140.000 R$ 14.000
104.587
Em milhões*

R$ 120.000 R$ 12.000

91.596

Em milhões*
88.799

8.586
78.464
R$ 100.000 R$ 10.000

70.309
67.896

67.620
62.243

6.247
54.112

52.334
R$ 80.000 R$ 8.000

50.628

48.717
48.666
42.344

39.759
34.687

R$ 60.000 R$ 6.000

2.338
R$ 40.000 R$ 4.000

R$ 20.000 R$ 2.000

R$ 0 R$ 0
dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 dez/18 Saldo médio anual

Saldo de crédito das cooperativas Saldo de crédito das cooperativas para clientes pessoa física Saldo de crédito das cooperativas para clientes pessoa juridica

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR). Nota: (*) dados a preços de junho de 2019, deflacionados pelo IPCA (IBGE).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 74


Perfil da carteira de crédito
▉ Saldo das operações de crédito das demais instituições financeiras no SFN
Saldo de crédito das demais IFs (ao final de cada período) para clientes pessoa física e pessoa jurídica, a preços de junho de 2019

3.563

3.726

3.610
R$ 4.000
3.299

3.269
Variação média R$ 130.000

3.187
3.165
R$ 3.500 do saldo anual
(2012-2018)
R$ 3.000 R$ 80.000

43.200
R$ 2.500

1.994
Em bilhões de R$*

1.940

1.927

Em milhões*
1.820

R$ 30.000

1.739
1.732

1.684

1.673
1.635
1.634
1.622

R$ 2.000

1.491
1.480

1.448
R$ 1.500 -R$ 20.000

-18.769
R$ 1.000

-R$ 70.000

-61.969
R$ 500

R$ 0 -R$ 120.000
dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 dez/18 Saldo médio anual

Saldo de crédito total Saldo de crédito das cooperativas para clientes pessoa física Saldo de crédito das cooperativas para clientes pessoa juridica

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR). Nota: (*) dados a preços de junho de 2019, deflacionados pelo IPCA (IBGE).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 75


Perfil da carteira de crédito
▉ Comparativo da variação real no saldo das operações de crédito no SFN
Variação percentual anual do saldo de crédito (total) entre cooperativas e demais instituições financeiras do SFN
+25%

+20% +18,7%
+17,8%
triênio da crise econômica
(2015-2017)
+15%
+11,4%
+10% +8,0% +7,9%

+4,6%
+5% +3,7%
+1,4% +0,7%
0%
-0,6%
-5% -3,1% -3,6% -3,2%

-10%
-9,5%

-15%
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2013-2018
(média anual)
Cooperativas Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR). Nota: (*) calculada com base em valores a preços de junho de 2019, deflacionados pelo IPCA (IBGE).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 76


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por região geográfica do tomador (junho/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras, por região do tomador

Sudeste 28,3% Sudeste 45,5%


Sul 46,8% Sul 15,5%
Centro-Oeste 16,8% Centro-Oeste 10,0%
Nordeste 4,0% Nordeste 12,2%
DEMAIS
Norte 4,1% Norte 3,6%
COOPERATIVAS INSTITUIÇÕES
Não informada 0,0% Não informada 0,5%
DE CRÉDITO FINANCEIRAS
Exterior 0,0% Exterior 12,7%

Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por região do tomador
100%
96,0% 97,5% 98,7% 99,8% 100,0%
93,5% 95,6%
80% 88,8%

60%

40%

20% 11,2%
4,0% 2,5% 6,5% 4,4%
1,3% 0,2% 0,0%
0%
TOTAL Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte Não informada Exterior

Cooperativas de crédito Demais instituições financeiros

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 77


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por perfil de renda do tomador– pessoa física
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por perfil de renda do tomador– PF

80%
72,6%
70%

60%

50%
41,0%
40%

30%
22,1%
18,7% 18,2%
20%
12,4%
10% 7,8% 7,2%

0%
Até 3 salários mínimos Entre 3 e 5 salários mínimos Entre 5 e 10 salários mínimos Acima de 10 salários mínimos

Cooperativas Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 18, Número 2, Outubro 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 78


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por perfil de renda e ocupação do tomador– pessoa física
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por perfil de renda e ocupação do
tomador– PF
Produtor/Agricultor Aposentado/Pensionista Empregado (privado) Empresário Servidor público Outras ocupações

24,4%
24,7%
Superior a 10 s.m.

32,3%
39,8%

44,7%
46,8%
56,6%

56,6%
61,2%

61,7%
89,2%
91,8%

75,6%
75,3%
Inferior a 10 s.m.

67,7%
60,2%

55,3%
53,3%
43,4%

39,6%
38,8%

38,3%
10,8%
8,2%

Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais
instituições instituições instituições instituições instituições instituições
financeiras financeiras financeiras financeiras financeiras financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 18, Número 2, Outubro 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 79


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por modalidade – pessoa física (junho/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por modalidade– PF

Habitação 0,5% Habitação 33,3%


Empréstimo com Consignação em Folha 11,3% Empréstimo com Consignação em Folha 18,9%
Empréstimo sem Consignação em Folha 24,9% Empréstimo sem Consignação em Folha 5,5%
Cartão de Crédito 5,2% Cartão de Crédito 12,7%
Rural e Agroindustrial 41,2% Rural e Agroindustrial 11,2%
DEMAIS
Veículos 4,8% Veículos 9,8%
COOPERATIVAS INSTITUIÇÕES
Outros Créditos 12,0% Outros Créditos 5,3% FINANCEIRAS
DE CRÉDITO
Exterior Pessoa Física 0,0% Exterior Pessoa Física 3,3%

Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por modalidade (PF)
100%
99,9% 97,0% 97,9% 97,5% 100,0%
95,1%
80% 89,6%
81,1% 84,0%
60%

40%
18,9% 16,0%
20% 10,4%
4,9% 3,0% 2,1% 2,5%
0,1% 0,0%
0%
Total da Carteira Habitação Empréstimo com Empréstimo sem Cartão de Crédito Rural e Veículos Outros Créditos Total Exterior
(Pessoa Física) Consignação em Consignação em Agroindustrial Pessoa Física
Folha Folha

Cooperativas de crédito Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 80


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por perfil de renda e modalidade– pessoa física
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por perfil de renda e modalidade – PF
Cartão de crédito Consignado Não consignado Rural e agroindustrial Veículos Outros créditos

29,1%

29,0%
Superior a 10 s.m.

34,4%

39,3%

45,5%

46,3%

51,1%
52,7%

68,4%

71,3%
86,1%
90,3%
Inferior a 10 s.m.

70,9%

71,0%
65,6%

60,7%

54,5%

53,8%

48,9%
47,3%

31,6%

28,7%
13,9%
9,7%
Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais Cooperativas Demais
instituições instituições instituições instituições instituições instituições
financeiras financeiras financeiras financeiras financeiras financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 18, Número 2, Outubro 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 81


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por setor econômico – pessoa jurídica (junho/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por setor de atividade econômica – PJ

Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 37,6%


Indústrias de Transformação 19,8%
Transporte, Armazenagem e Correio 7,7%
Construção 6,4%
Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura 2,5%
Serviços Industriais de Utilidade Pública 0,5% COOPERATIVAS
Industrias Extrativas 0,4% DE CRÉDITO
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 0,0%
Outros setores 25,0%
Total não Individualizado Pessoa Jurídica 0,0%
Total Exterior Pessoa Jurídica 0,0%
Atividade não Informada ou não se Aplica 0,0%

Indústrias de Transformação 18,8%


Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 14,3%
Serviços Industriais de Utilidade Pública 9,9%
Transporte, Armazenagem e Correio 8,0%
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 7,9%
Construção 3,4% DEMAIS
Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura 1,3% INSTITUIÇÕES
Industrias Extrativas 0,9% FINANCEIRAS
Outros setores 12,0%
Total não Individualizado Pessoa Jurídica 0,0%
Total Exterior Pessoa Jurídica 22,7%
Atividade não Informada ou não se Aplica 0,8%

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 82


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por setor econômico – pessoa jurídica (jun/2019)
Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por setor econômico (PJ)
100%

100,0%
100,0%
99,8%

98,7%

97,1%
97,0%

96,9%

96,1%
94,5%
94,5%

94,0%
92,5%

92,5%
80%

60%

40%

7,5%

7,5%

6,0%
5,5%

5,5%

20%

3,9%
3,1%
3,0%

2,9%
1,3%
0,2%

0,0%
0,0%
0%

Comércio, Reparação de Veículos

Total não Individualizado Pessoa

Atividade não Informada ou não se


Total Exterior Pessoa Jurídica
Total da Carteira de Pessoa Jurídica

Outros
Construção

Transporte, Armazenagem e Correio


Indústrias de Transformação
Agricultura, Pecuária, Produção

Industrias Extrativas

Administração Pública, Defesa e


Serviços Industriais de Utilidade Pública
Florestal, Pesca e Aquicultura

Automotores e Motocicletas
Seguridade Social

Jurídica

Aplica
Cooperativas de crédito Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 83


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por modalidade - pessoa jurídica (jun/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por objetivo do tomador – PJ

Capital de Giro 52,2%


Investimento 12,1%
Capital de Giro Rotativo 8,9%
Operações com Recebíveis 8,6%
Financiamento de Infraestrutura, Desenvolvimento, Projeto e Outros Créditos 2,7%
Rural e Agroindustrial 2,5%
Comércio Exterior 0,3%
Habitacional 0,0%
COOPERATIVAS
Total Exterior Pessoa Jurídica 0,0%
Outros Créditos
DE CRÉDITO
12,6%

Financiamento de Infraestrutura, Desenvolvimento, Projeto e Outros Créditos 29,2%


Total Exterior Pessoa Jurídica 22,7%
Capital de Giro 14,6%
Comércio Exterior 10,3%
Investimento 6,6%
Operações com Recebíveis 6,3%
Rural e Agroindustrial 2,4% DEMAIS
Capital de Giro Rotativo 2,2%
INSTITUIÇÕES
Habitacional 1,3%
Outros Créditos 4,4%
FINANCEIRAS

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 84


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por modalidade - pessoa jurídica (junho/2019)
Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por porte do tomador (PJ)

97,0% 96,0% 99,9% 99,7% 97,0% 100,0% 100,0%


100% 94,7% 92,0%
90,1% 88,8%

80%

60%

40%

20% 9,9% 11,2%


5,3% 8,0%
3,0% 4,0% 0,3% 3,0%
0,1% 0,0% 0,0%
0%

Total Exterior Pessoa Jurídica


Total da Carteira de Pessoa Jurídica

Habitacional

Outros Créditos
Rural e Agroindustrial
Capital de Giro Rotativo

Comércio Exterior
Capital de Giro

Investimento

Operações com Recebíveis

Desenvolvimento, Projeto e Outros


Financiamento de Infraestrutura,

Créditos

Cooperativas de crédito Demais instituições financeiras

1Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no
Brasil, considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 85


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por porte do tomador – pessoa jurídica (jun/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por porte do tomador – PJ

Micro 16,9% Micro 3,4% DEMAIS


Pequena 38,4% Pequena 9,0% INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
Média 39,0% Média 22,5%
Grande 5,2% Grande 58,2%
Não individualizada 0,5% COOPERATIVAS Não individualizada 6,9%
Exterior Pessoa Jurídica 0,0% DE CRÉDITO Exterior Pessoa Jurídica 0,0%

Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por porte do tomador (PJ) 1
97,0% 93,6% 99,6% 99,7% 96,1%
100% 85,5%
83,6%
80%

60%
40%
16,4% 14,5%
20% 6,4%
3,0% 0,4% 0,3% 3,9%
0%
Total da carteira Micro Pequena Média Grande Não individualizada Exterior Pessoa
Jurídica
Cooperativas de crédito Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 86


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução da taxa de juros do crédito (direcionado) para a microempresas, por concedente
Percentual médio à concessão de crédito de recursos direcionados a pessoa jurídica (microempresas), de acordo com segmento concedente
25%

20,6%

20%

15,8%
Taxa de juros (% a.a.)

15%

14,7%

10%

5%

0%
4° Trim.2014

2° Trim.2019
1° Trim.2012

2° Trim.2012

3° Trim.2012

4° Trim.2012

1° Trim.2013

2° Trim.2013

3° Trim.2013

4° Trim.2013

1° Trim.2014

2° Trim.2014

3° Trim.2014

1° Trim.2015

2° Trim.2015

3° Trim.2015

4° Trim.2015

1° Trim.2016

2° Trim.2016

3° Trim.2016

4° Trim.2016

1° Trim.2017

2° Trim.2017

3° Trim.2017

4° Trim.2017

1° Trim.2018

2° Trim.2018

3° Trim.2018

4° Trim.2018

1° Trim.2019
Cooperativas Bancário Outros (não bancário)

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 87


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução da taxa de juros do crédito (recursos livres) para a microempresas, por concedente
Percentual médio aplicado à concessão de crédito de recursos livres a pessoa jurídica (microempresas), de acordo com segmento concedente
80%

70%

60%
57,5%
Taxa de juros (% a.a.)

50%

40%
35,1%
30%

20% 21,1%

10%

0%

3° Trim.2016

2° Trim.2018
1° Trim.2012

2° Trim.2012

3° Trim.2012

4° Trim.2012

1° Trim.2013

2° Trim.2013

3° Trim.2013

4° Trim.2013

1° Trim.2014

2° Trim.2014

3° Trim.2014

4° Trim.2014

1° Trim.2015

2° Trim.2015

3° Trim.2015

4° Trim.2015

1° Trim.2016

2° Trim.2016

4° Trim.2016

1° Trim.2017

2° Trim.2017

3° Trim.2017

4° Trim.2017

1° Trim.2018

3° Trim.2018

4° Trim.2018

1° Trim.2019

2° Trim.2019
Cooperativas Bancário Outros (não bancário)

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 88


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução da taxa de juros do crédito (direcionado) para a empresas de pequeno porte, por concedente
Percentual médio à concessão de crédito de recursos direcionados a pessoa jurídica (pequeno porte), de acordo com segmento concedente
14%

12%
11,7%

10%
Taxa de juros (% a.a.)

9,2%

8%

6%
5,4%

4%

2%

0%

2° Trim.2016
1° Trim.2012

2° Trim.2012

3° Trim.2012

4° Trim.2012

1° Trim.2013

2° Trim.2013

3° Trim.2013

4° Trim.2013

1° Trim.2014

2° Trim.2014

3° Trim.2014

4° Trim.2014

1° Trim.2015

2° Trim.2015

3° Trim.2015

4° Trim.2015

1° Trim.2016

3° Trim.2016

4° Trim.2016

1° Trim.2017

2° Trim.2017

3° Trim.2017

4° Trim.2017

1° Trim.2018

2° Trim.2018

3° Trim.2018

4° Trim.2018

1° Trim.2019

2° Trim.2019
Cooperativas Bancário Outros (não bancário)

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 89


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução da taxa de juros do crédito (recursos livres) para a empresas de pequeno porte, por concedente
Percentual médio aplicado à concessão de crédito de recursos livres a pessoa jurídica (pequeno porte), de acordo com segmento concedente
70%

60%

50%
47,6%
Taxa de juros (% a.a.)

40%

32,4%
30%

20% 20,1%

10%

0%
1° Trim.2015

4° Trim.2016
1° Trim.2012

2° Trim.2012

3° Trim.2012

4° Trim.2012

1° Trim.2013

2° Trim.2013

3° Trim.2013

4° Trim.2013

1° Trim.2014

2° Trim.2014

3° Trim.2014

4° Trim.2014

2° Trim.2015

3° Trim.2015

4° Trim.2015

1° Trim.2016

2° Trim.2016

3° Trim.2016

1° Trim.2017

2° Trim.2017

3° Trim.2017

4° Trim.2017

1° Trim.2018

2° Trim.2018

3° Trim.2018

4° Trim.2018

1° Trim.2019

2° Trim.2019
Cooperativas Bancário Outros (não bancário)

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 90


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por nível de risco da operação (junho de 2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras (por nível de risco da operação)

AA 10,16% AA 31,5%
A 37,91% A 25,5%
B 27,71% B 14,2%
C 14,11% C 8,2%
D 4,44% D 2,3%
E 1,82% E 1,3%
F 1,01% F 1,0% DEMAIS
G 0,69% COOPERATIVAS G 0,6% INSTITUIÇÕES
H 2,15% DE CRÉDITO H 2,7% FINANCEIRAS
Exterior 0,00% Exterior 12,7%

Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por nível de risco da operação 1
100%

100,0%
98,7%

96,8%
96,0%
96,0%

95,6%
94,6%
94,2%

93,3%

92,6%
92,5%

80%

60%

40%
7,5%

7,4%
6,7%
5,8%

5,4%

4,4%
4,0%
4,0%

3,2%
1,3%

0,0%
20%

0%
Total da AA A B C D E F G H Exterior
carteira
Cooperativas de Crédito Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 91


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução mensal do percentual de ativos problemáticos na carteira de crédito
Comparativo do grau de exposição da carteira de crédito das cooperativas e demais instituições financeiras ao longo do tempo
9,0%

8,0%

7,4%
7,0%

6,0% 5,9%

5,0%

4,0%

3,0%

2,0%
jun/16
jan/15

jun/15

out/15

jan/16

jan/17

jun/17

jun/18

ago/18
mai/15

ago/15

ago/16

out/16

ago/17

out/17

jan/18

out/18

jan/19

jun/19
jul/17
abr/15

abr/16

abr/17

abr/19
jul/15

set/15

mai/16

jul/16

set/16

mai/17

set/17

abr/18
mai/18

jul/18

set/18

mai/19
fev/15

fev/16

fev/17

fev/18

fev/19
dez/14

mar/15

nov/15
dez/15

mar/16

nov/16
dez/16

mar/17

nov/17
dez/17

mar/18

nov/18
dez/18

mar/19
Cooperativas Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 18, Número 2, Outubro 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 92


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Evolução mensal do percentual de ativos problemáticos: pessoa física x pessoa jurídica
Comparativo do grau de exposição da carteira de crédito PF e PJ das cooperativas e demais instituições financeiras ao longo do tempo
10,0%

9,0%
8,7%
8,0%
7,4%
7,0%
6,7%
6,0% 5,9%

5,0%

4,0%

3,0%

2,0%

1,0%

0,0%
set/15
out/15

set/16
out/16

set/17
out/17

set/18
out/18
mar/15

jun/15

mar/17

jun/17

jun/18

jun/19
jan/15

jul/15
ago/15

mar/16

jun/16
jan/16

jul/16
ago/16

jan/17

jul/17
ago/17

mar/18
jan/18

jul/18
ago/18

mar/19
jan/19
dez/14

fev/15

dez/15
mai/15

nov/15

fev/16

mai/16

nov/16
dez/16

fev/17

mai/17

nov/17
dez/17

fev/18

mai/18

nov/18
dez/18

fev/19

mai/19
abr/15

abr/16

abr/17

abr/18

abr/19
Cooperativas - Pessoa Física Demais instituições financeiras - Pessoa física
Cooperativas - Pessoa Jurídica Demais instituições financeiras - Pessoa jurídica

Fonte: Banco Central do Brasil: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 18, Número 2, Outubro 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 93


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Percentual de ativos problemáticos, por segmentação: pessoa física x pessoa jurídica
Comparativo do grau de exposição da carteira de crédito PF, por faixa de renda, e PJ, por porte, entre cooperativas e restante do SFN

12,6%
14,0% 14,0%

12,0% PF 12,0%
PJ
10,0%
9,2%

9,1%
10,0% 10,0%

8,7%

8,0%
8,0%
7,3%

7,0%

7,0%
8,0% 8,0%
6,3%

5,9%

4,9%
4,8%

4,8%
6,0% 6,0%

4,0% 4,0%

1,1%
2,0% 2,0%

0,0% 0,0%
Até 3 salários Entre 3 a 5 Entre 5 e 10 Acima de 10 Micro Pequena Média Grande
mínimos salários mínimos salários mínimos salários mínimos

Cooperativas Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 18, Número 2, Outubro 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 94


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa de acordo com o prazo de vencimento (junho/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por prazo de vencimento – PF e PJ

COOPERATIVAS DE CRÉDITO PRAZO DE VENCIMENTO

34,1% 35,6% Vencido a partir de 15 dias


31,5% 30,3%
28,1% 26,8%
A vencer em até 90 dias
23,4% A vencer entre 91 a 360 dias
20,2%
18,5%
A vencer entre 361 a 1080 dias
10,1% 10,6% 9,3% A vencer entre 1081 a 1800 dias
5,8% 6,8%
3,9% A vencer entre 1801 a 5400 dias
1,5% 1,5% 1,5%
A vencer acima de 5400 dias
Total da carteira Pessoa física Pessoa jurídica

DEMAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRAZO DE VENCIMENTO

Vencido a partir de 15 dias


23,5% 24,1% 24,0%
22,6%
21,4% A vencer em até 90 dias
19,6% 19,2%
18,1% 17,6% 17,3% 17,3% 18,0%
A vencer entre 91 a 360 dias

11,4% 12,0% A vencer entre 361 a 1080 dias


10,6%
7,1% A vencer entre 1081 a 1800 dias
5,8%
4,1% A vencer entre 1801 a 5400 dias
2,1% 2,6% 1,5%
A vencer acima de 5400 dias
Total da carteira Pessoa física Pessoa jurídica

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 95


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de acordo com o prazo de vencimento, por modalidade – PF (jun/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por prazo e modalidade - PF
3,4% 0,5% 0,6% 1,8% 0,4% 0,0% 4,7%

7,6% 3,0% COOPERATIVAS DE CRÉDITO


10,9% 5,8%
17,7% 16,4%
21,2% 14,7% Vencido a partir de 15 dias
29,8%
41,1% 28,9%
13,0% A vencer em até 90 dias
33,4%
40,9%
A vencer entre 91 a 360 dias
37,3% 31,0%
41,6% A vencer entre 361 a 1080 dias
49,2%
22,0% 34,8% A vencer entre 1081 a 1800 dias
55,3%
19,4% 20,3%
10,7% A vencer entre 1801 a 5400 dias
9,9% 22,0% 7,7%
10,4% 8,2% 14,0%
3,6% 6,2% A vencer acima de 5400 dias
Cartão de Crédito Veículos Rural e Agroindustrial Empréstimo sem Empréstimo com Habitação Outros Créditos
Consignação em Folha Consignação em Folha
0,3%
1,5% 1,0% 6,3% 1,4% 2,7%
8,2% 8,4% 10,1%
13,5% 14,1% 7,1% DEMAIS INSTITUIÇÕES
19,6% 16,4% FINANCEIRAS
22,2%
30,1%
33,1% 28,5% Vencido a partir de 15 dias
13,5%
67,9% 32,9% A vencer em até 90 dias
39,2% 24,9% A vencer entre 91 a 360 dias
27,5% 39,8% A vencer entre 361 a 1080 dias
45,6% 28,8% A vencer entre 1081 a 1800 dias
21,3%
19,8% 16,7%
A vencer entre 1801 a 5400 dias
22,1% 20,3%
8,7% 8,4%
6,3% 9,4% 11,7% A vencer acima de 5400 dias
1,6%
0,0%
0,1% 0,0%
0,1% 0,1% 3,1%
0,6% 0,1% 4,9%
0,4%
Cartão de Crédito Veículos Empréstimo com Consignação em Folha Empréstimo sem Consignação em Folha Rural e Agroindustrial Habitação Outros Créditos

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 96


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de acordo com o prazo de vencimento, por setor - PJ (jun/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por prazo e setor econômico - PJ
1,6% 1,4% 2,0% 0,6% 1,5% 1,6% 0,9% 1,3% 1,4%
18,4% 15,1% 19,2% 16,9% COOPERATIVAS DE CRÉDITO
20,2% 23,7%
27,8% 27,8% 27,3%
Vencido a partir de 15 dias

30,7% 37,3% 30,1% 30,5% A vencer em até 90 dias


39,0% 31,6%
30,0% 28,9% 32,9% A vencer entre 91 a 360 dias

A vencer entre 361 a 1080 dias


31,2% 35,1% 34,6%
28,2% 28,2%
25,2% 28,0% 28,0% 44,4% A vencer entre 1081 a 1800 dias

11,1% 10,3% 11,2% A vencer entre 1801 a 5400 dias


9,4% 9,1% 9,5% 7,4% 2,2% 11,2%
4,6% 3,7% 0,1% 6,7% 5,7% 4,1% 2,7% 0,0% 3,1% 5,5%
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% A vencer acima de 5400 dias
0,0% 0,0% 0,0%
Agricultura, Indústrias de Construção Serviços Industrias Administração Comércio, Transporte, 0,0%Outros setores
Pecuária, Transformação Industriais de Extrativas Pública, Defesa e Reparação de Armazenagem e econômicos
Produção Florestal, Utilidade Pública Seguridade Social Veículos Correio
Pesca e Automotores e DEMAIS INSTITUIÇÕES
Aquicultura Motocicletas FINANCEIRAS
0,2% 1,4%
2,2%
Ag ricultura, Pecuária, Pro dução F lorestal, Pesca e Aquicultura

1,5%
Indústrias de Transformação

5,3%
Construção

0,1%
3,3% 0,6% 2,5%
Serviço s Industriais de Utilidade Pública

2,5%
Industrias Extrativas

1,6%
Administração Pública, D efesa e Se guridade Social Comércio, Re paração de Veículo s Auto mo to re s e Motocicletas Transporte, Armaze nag em e Correio Outros se to re s econômicos

7,5% 7,1% 10,9%


15,2% 17,6% 21,1% Vencido a partir de 15 dias
25,1% 17,8%
16,3% 35,5% 17,5% 14,3%
A vencer em até 90 dias
33,1% 12,5% 32,0% 16,0% 26,9%
27,5% 25,9% A vencer entre 91 a 360 dias
31,8%
A vencer entre 361 a 1080 dias
35,3%
42,3% 23,3% 15,3%
30,6% 29,0% A vencer entre 1081 a 1800 dias
21,3% 37,0% 48,4%

15,6% 27,1% A vencer entre 1801 a 5400 dias


11,0% 20,0% 9,2%
13,0%
8,7% 18,2% 11,3% A vencer acima de 5400 dias
5,7% 8,8% 10,8% 4,5% 8,4% 5,2% 1,0%
0,0% 0,5% 3,1% 0,6% 0,0%
2,0% 0,2%
Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 97


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por indexador – pessoa jurídica (jun/2019)
Alocação das carteiras de crédito ativas de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras por indexador – PJ

Prefixado 73,4% Prefixado 53,4%

Carteira ativa com CDI 21,2% Carteira ativa com CDI 8,6%

TR / TBF 3,3% TR / TBF 23,2%

TJLP 0,5% TJLP 8,1%

TLP 0,2% TLP 1,3%

SELIC 0,3% SELIC 0,5%

IPCA 0,1% IPCA 0,5%

IGP-M 0,1% IGP-M 0,3%

Libor 0,0% Libor 0,2%

Outras Taxas Pós-Fixadas 0,7% Outras Taxas Pós-Fixadas 1,6%

Outras Taxas Flutuantes 0,1% Outras Taxas Flutuantes 1,4%


DEMAIS
Outros Índices de Preço 0,0% Outros Índices de Preço 0,0% INSTITUIÇÕES
COOPERATIVAS
DE CRÉDITO Outros Indexadores 0,8%
FINANCEIRAS
Outros Indexadores 0,1%

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 98


Perfil da carteira de crédito ativa
▉ Composição da carteira de crédito ativa por indexador – pessoa jurídica (jun/2019)
Participação de cooperativas de crédito e demais instituições financeiras na composição da carteira de crédito, por indexador (PJ)
100%

100,0%
99,7%

99,6%
99,3%

99,3%
99,3%

98,8%

98,7%

98,2%
98,0%
96,8%
96,0%

93,9%

89,5%
80%

60%

40%

10,5%
20%
6,1%
4,0%

3,2%

2,0%

1,8%
1,3%
1,2%
0,7%
0,7%

0,7%
0,4%
0,3%

0,0%
0%
TJLP

Libor

IPCA
TR / TBF

SELIC

Outras Taxas Flutuantes

Outros Indexadores
Outros Índices de Preço
Prefixado

TLP

CDI

IGP-M

Outras Taxas Pós-Fixadas


Total da Carteira

Cooperativas de Crédito Demais instituições financeiras

Fonte: Banco Central do Brasil (documento 3040 – SCR). Observação: elaborado com base em informações detalhadas de todas as operações de instituições autorizadas a operar no Brasil,
considerando valores superiores a R$ 1.000 até a data-base de março/17 e de valores superior a R$ 200 a partir da data-base junho/17

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 99


Perfil da carteira de crédito ativa
Com base nos dados apresentados, é possível constatar que as cooperativas de crédito, na comparação
com instituições financeiras tradicionais do Sistema Financeiro Nacional (SFN):
 Têm expandido sua atuação no país, ampliando (em número e participação) os clientes, as operações e
o saldo de crédito concedido, mesmo no transcurso da crise econômica brasileira.
 Apresentam uma distribuição de sedes e postos de atendimento menos concentrada na região Sudeste
(e, portanto, mais difusa no território), com destaque para as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte.
 Destinam uma proporção maior de recursos de crédito para modalidades de crédito rural/agroindustrial
(pessoa física) e capital de giro (pessoa jurídica).
 Privilegiam, em termos de porte, micro, pequenas e médias empresas e organizações na composição
da carteira de crédito ativa (pessoa jurídica) – oferecendo taxas de juros inferiores para essas
categorias em relação às demais instituições financeiras.
 São menos restritivas quanto ao nível de risco admitido para a concessão nas operações, possibilitando
condições de acesso ao crédito a famílias e empresas que não têm condições suficientes para acessar
o sistema financeiro tradicional.
 É notável, também, o menor percentual de ativos problemáticos tanto para pessoas físicas quanto
jurídicas (na comparação com as demais instituições financeiras).
 Operam com a maior parte da carteira de crédito indexada a taxas de juros pré-fixadas.
 Operam com prazos de vencimento compatíveis com o mercado, embora relativamente mais curtos
(dada participação menor de grandes empresas e setor público na carteira).
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 100
COOPERATIVAS DE CRÉDITO E
RESULTADOS ECONÔMICOS
Aplicação de metodologia econométrica para avaliar a
relação entre a presença de cooperativas de crédito e o
comportamento de variáveis econômicas selecionadas
Objetivos
Para mensurar a relação entre a presença de instituições cooperativas de crédito nos
municípios brasileiros e as variáveis econômicas selecionadas, o estudo adotou uma
metodologia conhecida na literatura como diferenças-em-diferenças:
• Classificação: os municípios são classificados como parte do grupo de tratamento (que sediavam
cooperativas de crédito) ou grupo de controle (sem presença de cooperativas de crédito).
• Fonte: dados públicos anuais para os municípios brasileiros entre 1994 e 2017, tendo como
critério diferenciador (flag) a presença ou ausência de estabelecimento de crédito cooperativo1.
• Variáveis avaliadas: emprego (emprego formal e salário médio), renda (PIB per capita),
empreendedorismo (número de estabelecimentos), comércio exterior (exportação, importação e
saldo comercial), escolaridade (taxa de matrícula no ensino superior), saúde (taxa de mortalidade
infantil) e outros indicadores de desenvolvimento humano municipais.
• Principal pressuposto: trajetória temporal da variável de resultado (variável econômica avaliada)
no grupo de controle (sem cooperativas de crédito) seria paralela à trajetória da variável de
resultado do grupo de tratamento (municípios com cooperativas de crédito) na ausência do
tratamento (isto é, ausência de cooperativas de crédito).
• Hipótese testada: presença de cooperativas em nível municipal está relacionada positivamente
com o melhorias observáveis nas variáveis econômicas, via ampliação do acesso ao crédito.
1 Na RAIS, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 102


Metodologia: diferenças–em–diferenças
Por meio da metodologia de diferenças-em-diferenças, os grupos de municípios são
acompanhados antes e após a instalação de cooperativas de crédito (tratamento). Calcula-se a
diferença na média das variáveis econômicas de cada grupo antes e após a presença das
instituições: daí o termo diferenças (antes e após) entre as diferenças (entre grupos).
Em outras palavras, o comportamento da variável estudada associado ao tratamento resulta
da comparação entre a evolução observada e o contrafactual (o que teria ocorrido sem a
cooperativa):

ECONÔMICA
VARIÁVEL
No gráfico ilustrativo, a variável EFEITO DO
TRATAMENTO
selecionada do Grupo de Tratamento
deveria ter mantido a trajetória
OUTROS
pontilhada na ausência do tratamento, FATORES (NÃO
paralela ao Grupo de Controle. OBSERVÁVEIS)

A diferença entre o comportamento GRUPO DE


TRATAMENTO
observado e o comportamento esperado
(contrafactual) representa o efeito GRUPO DE
líquido do tratamento sobre a variável CONTROLE >> INÍCIO DO TRATAMENTO
estudada.
TEMPO
1 O contrafactual representa o que teria acontecido ao grupo de tratamento na ausência do tratamento.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 103


Metodologia: aplicação ao caso
 Para este estudo, empregou-se uma variante da metodologia tradicional de diferenças-
em-diferenças com efeito fixo, levando em conta as diferentes possibilidades
associadas à presença de cooperativas de crédito nos municípios brasileiros1.
 Especificamente, é necessário considerar que a presença de cooperativas nos
territórios não configura uma situação de perpetuidade – essas unidades ou postos de
atendimento podem ser encerrados ou desautorizados a operar.
 Sob a hipótese de que a presença das cooperativas está associada a benefícios ou
melhores condições econômicas para famílias, empresas e organizações locais, sua
ausência ou sua saída também devem influenciar (negativamente) esse resultado.
 Como, neste caso, não existe um “antes” e um “depois” do tratamento (esse conceito
passa a variar no tempo), os grupos de controle e tratamento são heterogêneos
durante a janela analisada. A metodologia adotada nesse estudo passa a analisar
todas as combinações possíveis de composição dos grupos entre os períodos.
1Ver, a respeito, Goodman-Bacon, A. Difference-in-Differences with Variation in Treatment Timing. NBER Working Paper No. 25018. Setembro de 2018.
Disponível em: <https://www.nber.org/papers/w25018> Acesso em outubro de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 104


Resultados: PIB per capita
 Para avaliar os efeitos da presença de cooperativas sobre a produção/renda dos municípios, foi
utilizada a variável Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita)1 entre 2002 e 2016.
 Entre os municípios brasileiros considerados no experimento, o valor médio assumido pela
variável ao longo do período 2002-2016 foi de R$ 19.196 per capita.
 O estudo captou um aumento de R$ 1.081 na variável analisada em municípios que contavam
com estabelecimentos de crédito cooperativo (na comparação com o observado nos demais
municípios), o que corresponde a um aumento de 5,6% no PIB per capita médio:

VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA


ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

PIB per capita R$ 19.195 +5,6% +R$ 1.081


per capita
 O resultado corrobora o efeito esperado da presença de cooperativas nos municípios: ao prover
os recursos necessários para mobilizar o consumo e o investimento de famílias e empresas, a
presença das cooperativas impacta positivamente a produção e a renda nessas economias.
1Fonte: IBGE.
Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 105


Resultados: PIB per capita
▉ Comparativo da média de PIB per capita entre os grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo1

30.890
R$ 35.000

30.305

29.657
29.517
28.886

28.712
27.452

27.260
26.696

26.336
25.735

R$ 30.000

25.669
25.231
25.070
24.592

27.467
PIB per capita (em R$ de 2016)

22.111

21.946

21.396

21.239
21.064
20.856
R$ 25.000

19.785
19.133

18.691
18.020
17.197

16.964
16.888

16.639
15.995

R$ 20.000
19.195

16.096

17.345

17.212
R$ 15.000

17.143
16.838

16.518
16.317
15.967

15.898
15.882

15.714
15.703

15.484
15.297
15.233
14.885

R$ 10.000

R$ 5.000

R$ 0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 média

Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios

Fonte: RAIS/ME e IBGE. Valores deflacionados pelo deflator implícito do PIB.


1 Na RAIS, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 106


Resultados: Emprego Formal
 Para estudar os efeitos sobre emprego formal1, avaliou-se a proporção entre o número de vínculos
formais no total da população em idade ativa – PIA (indivíduos entre 18 e 65 anos)2 entre 1994 e 2017.
 Nos municípios brasileiros considerados, o valor médio da variável registrada ao longo do período de
análise é de 17,7% de emprego formal em relação à PIA de cada município.

 O estudo captou um aumento de 1,1 ponto percentual na variável em municípios com estabelecimentos
de crédito cooperativo3 (em relação aos municípios do grupo de controle), o que equivale a um
incremento de 6,2% na população em idade ativa empregada formalmente:

VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA


ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

Emprego 17,7% da população


(formal) em idade ativa (PIA) +6,2% +1,1 p.p.
 O resultado pode ser interpretado por meio de mecanismo similar ao da renda (PIB per capita): ao
mobilizar os recursos e as atividades nos municípios, as cooperativas de crédito colaboram direta e
indiretamente para criação/manutenção de vínculos formais de emprego nas economias municipais.
1 Considera-se como emprego formal todos os vínculos empregatícios da administração pública e privada, além de empregadores com registro no Cadastro Específico do INSS.
2 Fonte: RAIS/ME e IBGE.
3 Na RAIS/ME, esses estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

Nota (*): eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 107


Resultados: Emprego Formal
▉ Comparativo da média de emprego formal como % da PIA entre grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo1

40%
Proporção do emprego formal como proporção da PIA

31,1%

31,0%
35%

30,0%
29,9%
29,8%

28,7%
28,5%

28,4%
28,1%
28,0%

27,6%

27,3%
27,0%

26,9%
25,8%
30%

25,2%
24,8%
24,5%

24,3%
24,2%
24,2%
23,9%
23,6%

23,2%

23,1%
23,1%

22,6%
26,9%

22,4%

22,1%

21,9%
21,4%

21,3%
25%

20,6%
19,7%
19,4%
18,5%
17,7%
16,9%
16,2%
20%
15,6%
14,5%
13,7%

13,5%

17,7%
13,1%
12,5%

18,7%
18,7%

18,6%
11,6%
11,5%

18,1%
18,1%

18,1%
15,2%

17,5%
15%
10,6%

17,3%
17,0%

16,7%

16,7%
16,5%
16,2%
15,5%
15,0%
14,3%
13,2%
12,8%

10%
12,2%
12,0%
11,4%
10,5%
10,3%
9,5%

5%

0%
1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

média
Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios
Fonte: RAIS/ME e IBGE.
1 Na RAIS/ME, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 108


Resultados: Salário Médio
 Para avaliar a relação entre cooperativas e a remuneração média dos empregados formais, empregou-
se como variável de análise o salário médio mensal recebido por indivíduos que possuíam vínculos
formais de emprego1 entre 1994 e 2017.
 Nos municípios brasileiros considerados, o valor médio assumido pela variável ao longo do período de
análise do experimento é de R$ 1.446 ao mês.

 O estudo captou um aumento de R$ 14,2 na variável analisada em municípios que contavam com
estabelecimentos de crédito cooperativo2 (em comparação aos demais municípios), o que equivale a
um aumento de 1,0% no salário médio mensal de empregados formais:

VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA


ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

Salário médio
(emprego formal) R$ 1.446 ao mês +1,0% +R$ 14,2
 Entre as possíveis interpretações do resultado, entende-se que a presença de cooperativas de crédito,
ao impulsionar o desempenho das economias locais (e, portanto, das empresas e nível de emprego
nessas localidades), influi positivamente sobre a remuneração dos empregados nesses municípios.
1Fonte: RAIS/ME. Valor foram deflacionados com base no IPCA/IBGE.
2 NaRAIS/ME, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).
Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 109


Resultados: Salário Médio
▉ Comparativo da média de salário médio mensal do emprego formal entre grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo1

2.171
R$ 2.500

2.112

2.072

2.116
2.074
Salário médio mensal (em R$ de dez/2017)

R$ 2.300

1.976
1.906

1.992
1.941
1.927
1.892
R$ 2.100

1.888
1.656 1.848

1.802
1.594 1.783
1.726

1.733
1.715
R$ 1.900

1.662

1.656
1.653
1.645

1.640
1.638

1.578
1.576
1.573

1.569
1.564

1.536 1.762

1.869
1.506

1.830
1.492
R$ 1.700

1.822
1.793

1.778
1.430

1.713
1.370

1.647
R$ 1.500

1.287
1.240

1.568
1.445
1.221

1.209

1.199

1.507
1.169

1.152
1.135

1.101
1.092

R$ 1.300
1.086

1.078

1.400
1.375

1.366
1.311
1.236
R$ 1.100
1.193

1.193

1.160

1.147
1.119

1.106
1.091

1.054
1.041

1.034

1.025

R$ 900

R$ 700

R$ 500
1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

média
Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios
Fonte: RAIS/ME e IBGE. Valores deflacionados pelo IPCA/IBGE a preços de dezembro de 2017.
1 Na RAIS/ME, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 110


Resultados: Empreendedorismo
 Para avaliar os efeitos da presença de cooperativas de crédito sobre o empreendedorismo, utilizou-se
como variável o número de estabelecimento por 1.000 habitantes1 entre 1994 e 2017.
 Nos municípios brasileiros considerados, o número médio assumido pela variável ao longo do período
do experimento é de 12,7 estabelecimentos para cada 1.000 habitantes.

 O estudo captou um aumento de 2 estabelecimentos por 1.000 habitantes na variável analisada em


municípios que contavam com estabelecimentos de crédito cooperativo2 (na comparação com os
demais municípios), o que corresponde a um adicional de 15,7% na quantidade de estabelecimentos.

VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA


ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

empreendedorismo 12,70 +15,7% +2,0


estabelecimentos estabelecimentos
por 1.000 hab. por 1.000 hab.

 O resultado do experimento para essa variável reforça o entendimento de que a presença de


cooperativas de crédito proporciona condições mais favoráveis para o abertura e manutenção de
estabelecimentos empresariais nos municípios (em relação àqueles que não dispõem de cooperativas).
1Fonte: RAIS/ME e IBGE.
2 NaRAIS/ME, esses estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).
Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 111


Resultados: Empreendedorismo
▉ Comparativo da média de empreendedorismo entre os grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo1

30

25,6

25,5
25,2

24,9
24,5

24,3
24,3
22,9
25

21,9
21,5
21,1

20,9

20,8
Estabelecimentos por 1.000 habitantes

20,5
19,7
19,1
18,5
18,4
20,7
18,0

20

17,1
17,3

17,0

16,9

16,8
16,8

16,5
15,8
15,8
15,3

14,9
15,0

14,3
13,7
13,6

13,1
12,7
12,3
15

11,8
11,3
10,9
10,3
10,0

12,7
9,5
9,2

9,1
8,6
8,2

12,1
12,1
10 10,1

11,8
11,7

11,5
11,5

11,4
11,2
11,1
11,1

10,9

10,7
6,5

10,6

10,5
10,2
9,9
9,3
9,0
8,6
8,4

8,2
7,8
7,5

5
5,9

0
1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

média
Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios

Fonte: RAIS/ME e IBGE. Valores deflacionados pelo deflator implícito do PIB.


1 Na RAIS/ME, esses estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 112


Resultados: Exportações (Comércio Exterior)
 Para avaliar os efeitos da presença de cooperativas de créditos e o desempenho no comércio exterior
dos municípios, estudou-se como variável o valor das exportações por habitante1 entre 1997 e 2017.
 Nos municípios brasileiros considerados, o valor médio assumido pela variável ao longo do período do
experimento é de 378,1 dólares americanos (US$) para cada habitante.

 O estudo captou um patamar US$ 74,0 superior para variável analisada em municípios que contavam
com estabelecimentos de crédito cooperativo2 (na comparação com os demais municípios), o que
corresponde a um incremento de 19,6% no valor médio exportado por habitante:
VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA
ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

Exportações US$ 378,1 +19,6% +US$ 74,0


(comércio exterior) por habitante por habitante

 O resultado evidencia o efeito positivo da presença de cooperativas sobre o desempenho das economias
municipais no comércio exterior. Entre os possíveis mecanismos implícitos, é possível argumentar que os
recursos disponibilizados pelas cooperativas de crédito colaboram para financiar e capacitar empresas
e atividades com perfil exportador, impulsionando o grau de competitividade no mercado internacional.
1Fonte: Secex e IBGE. Valores em US$ deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index).
2 NaRAIS/ME, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).
Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 113


Resultados: Exportações (Comércio Exterior)
▉ Comparativo da média do valor das exportações por habitante entre os grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo1

1.200

1037,2

1028,6
983,0

973,5

942,8
928,9

910,3
1.000

834,8
815,5
763,3

704,1
Exportações por habitante (US$)

800

665,1

655,0
639,1
638,4

635,3

616,0

575,8
692,7

543,9
535,2

511,6
496,3

489,9
600

469,5

462,5
423,3
412,8

408,4
400,3

365,4

361,6
343,8

537,6
299,4
279,7
400

457,3

452,2
378,1
238,9

413,6
186,6

374,1
159,8

157,2
155,5
149,6

149,3

266,4
138,2

329,1
324,4

321,8
280,9
200 275,3

271,2
229,7
227,7
198,0
2003 155,0
2002 130,3
1997 128,7

1998125,5

2001124,5
2000121,0
1999117,5

0
2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

média
Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios

Fonte: Secex e IBGE. Valores em US$ deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index).
1 Na RAIS/ME, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 114


Resultados: Importações (Comércio Exterior)
 Ainda na avaliação do impacto das cooperativas de crédito no comércio exterior, estudou-se como variável
o valor das importações por habitante1 entre 1997 e 2017.
 Nos municípios brasileiros considerados, o número médio assumido pela variável ao longo do período do
experimento é de 176,8 dólares americanos (US$) para cada habitante.
 O estudo captou um patamar US$ 16,7 inferior da variável analisada em municípios que contavam com
estabelecimentos de crédito cooperativo2 (na comparação com os demais municípios), o que corresponde
a uma redução de 9,5% na média de importações por habitante:
VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA
ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

Importações US$ 176,8 -9,5% -US$ 16,7


(comércio exterior) por habitante por habitante

 O resultado suscita diferentes leituras. Uma primeira hipótese envolve o efeito das cooperativas em termos
de substituição de importações nos municípios. Outra possibilidade vincula a presença de cooperativas ao
redirecionamento de recursos de atividades e segmentos de perfil importador para aqueles de viés
exportador. Nos dois casos, a presença das cooperativas favoreceria mudanças em termos de estrutura
setorial e/ou especialização econômica que reduziriam a demanda por importações nesses municípios.
1Fonte: Secex e IBGE. Valores em US$ deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index).
2 NaRAIS, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).
Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 115


Resultados: Importações (Comércio Exterior)
▉ Comparativo da média do valor das importações por habitante entre os grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo2

500

433,3

405,3
450

383,6

358,1
400

346,1

341,2
Importações por habitante (US$)

350

263,8
254,5

336,7
300

243,5
235,4

232,2
228,0
222,1

296,3
250

194,1
246,8

276,7
276,1
178,5

248,3
161,1

157,7

200

228,3
142,8
142,2

138,9

176,8
119,7

199,5
157,4

185,4
150

180,6

170,9
154,7
140,0

100
101,4
84,8

50
73,3
64,9

63,8
62,3

2000 58,5

2002 57,8
1999 46,3

0
1997

1998

2001

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

média
Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios

Fonte: Secex e IBGE. Valores em US$ deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index).
2 Na RAIS, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 116


Resultados: Saldo (Comércio Exterior)
 Finalmente, para fechar a avaliação do comércio exterior, estudou-se como variável valor do saldo do
comércio exterior por habitante1 entre 1997 e 2017.

 Nos municípios brasileiros considerados, o valor médio assumido pela variável ao longo do período do
experimento é de 201,3 dólares americanos (US$) para cada habitante.

 O estudo captou um patamar US$ 90,7 superior da variável analisada em municípios que contavam com
estabelecimentos de crédito cooperativo2 (na comparação com os demais municípios), o que corresponde
a um incremento de 45,1% no saldo comercial médio por habitante:
VARIÁVEL VALOR MÉDIO VARIAÇÃO DIFERENÇA
ECONÔMICA DA VARIÁVEL ESTIMADA ESTIMADA*

Saldo Comercial US$ 201,3 +45,1% +US$ 90,7


(comércio exterior) por habitante por habitante

 De forma consistente com as evidências apresentadas para exportações e importações, o resultado


positivo para o saldo comercial reitera o papel das cooperativas de crédito no financiamento e capacitação
de atividades e empresas com perfil exportador nos municípios em que estão presentes, promovendo a
competitividade, mudanças na estrutura setorial e/ou grau de especialização dessas economias.
1Fonte: Secex e IBGE. Valores em US$ deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index).
2 NaRAIS, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).
Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 117


Resultados: Saldo (Comércio Exterior)
▉ Comparativo da média do saldo comercial por habitante entre os grupos
Evolução do valor médio da variável estudada entre os municípios com e sem a presença de estabelecimentos de crédito cooperativo1

800

710,6
645,0
700

615,4

606,8
603,8
582,8

577,7
569,1

551,7
519,8
600
Saldo comercial por habitante (US$)

459,9

445,1

443,1
500

392,4

379,8
375,6
445,9
400

309,9

306,8
303,6

302,1

301,8

288,0
279,9
266,2

258,8
255,1
241,8

226,5

300

192,7
182,7

171,8
168,5
164,9

150,3
147,1

261,6
201,3
116,3

200
90,1
81,4

81,2
78,9

74,7
72,1

161,0
109,0

32,6

150,9
100

145,8
139,0

136,9

129,6
126,3

116,5
115,5
113,2

94,6
2003 91,2

2006 89,7
2002 72,5
1999 71,2
199763,8

199863,2

200062,5

51,2

0
2001

2004

2005

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

média
Grupo de controle (municípios sem cooperativa) Grupo de tratamento (municípios com cooperativa) Média dos municípios

Fonte: RAIS/ME, Secex e IBGE. Valores em US$ deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index).
1 Na RAIS/ME, tais estabelecimentos estão alocados no nível hierárquico Classe da CNAE 2.0 (código 64.24-7, “crédito cooperativo”).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 118


Resumo dos principais resultados
▉ Relação entre a presença de cooperativas de crédito e as variáveis econômicas selecionadas
Resultados gerais obtidos por meio da aplicação da metodologia diferenças-em-diferenças com base em dados municipais (1994 - 2017)

VARIÁVEL ECONÔMICA VALOR MÉDIO DA VARIÁVEL VARIAÇÃO ESTIMADA DIFERENÇA ESTIMADA*

Produto Interno Bruto (PIB) per capita (R$) R$ 19.196,1 +5,6% +R$ 1.108,4

Emprego formal 17,7%


(como proporção da População em Idade Ativa) +6,2% +1,1 p.p.

Salário médio entre empregados formais (R$) R$ 1.446,4 +1,0% +R$ 14,2

Empreendedorismo 12,70 +2,0


(número de estabelecimentos por 1.000 hab.) +15,7%
estabelecimentos

Valor das exportações por habitante (US$) US$ 378,1 +19,6% +US$ 74,0

Valor das importações por habitante (US$) US$ 176,8 -9,5% -US$ 16,7

Saldo do comércio exterior por habitante (US$) US$ 201,3 +45,1% +US$ 90,7

Fonte: Fipe, com base em dados do IBGE (PIB municipal e população estimada dos municípios), RAIS/ME (salário médio, emprego formal, número de estabelecimentos formais de crédito cooperativo),
SECEX (exportações, importações e saldo comercial). Para calcular os resultados em nível municipal, o estudo envolveu um esforço para construção e tratamento de séries, a fim de garantir a consistência
no tempo, segundo metodologia desenvolvida pela Fipe. Nota: (*) eventuais discrepâncias entre os valores apresentados e o cálculo da diferença estimada se devem à aproximação decimal.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 119


Outros modelos e especificações testadas
Os resultados apresentados decorrem de uma das especificações avaliadas no âmbito do presente estudo
(diferenças em diferenças ponderado) – variação da metodologia tradicional de diferenças em diferenças
com efeito fixo. O estudo, neste âmbito, envolveu a realização de testes de robustez com especificações
alternativas, tendo apresentado resultados compatíveis entre si. Mais especificamente, foram testados:

(a) Diferenças em diferenças (i) com efeito fixo;


(b) Diferenças em diferenças (i) com efeito fixo e (ii) controle para a presença de atendimento bancário;
(c) Diferenças em diferenças (i) com efeito fixo, (ii) controlando para a presença de postos de
atendimento bancário e (iii) tendência polinomial pré-tratamento por município;

Após os testes dos modelos/especificações supracitadas, optou-se pela apresentação dos resultados
mais conservadores (isto é, menores em magnitude) dentre os obtidos.

Cabe observar que, em adição às variações listadas, foram realizados testes “placebo” que corroboraram
os parâmetros estimados, particularmente a especificação (c), que inclui controle de tendências pré-
tratamento por município. Os resultados estimados para essa especificação, todavia, foram menos
conservadores (em magnitude) em relação àqueles aqui apresentados, razão pela qual foram preteridos.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 120


IMPACTO DAS COOPERATIVAS DE
CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA
Aplicação da ferramenta da Matriz Insumo-Produto
para avaliação do impacto do crédito cooperativo
sobre a economia brasileira
Metodologia: Matriz Insumo-Produto
 O estudo também apresenta entre seus objetivos a quantificação dos impactos da oferta
de crédito (saldo líquido na oferta de crédito) via cooperativas sobre a economia brasileira,
isto é, recursos que se traduzem em investimentos e consumo pelos agentes tomadores.

 Para cumprir esse objetivo, foi empregada a matriz de insumo-produto (MIP) da economia
brasileira*, instrumental que permite mapear a economia nacional como um conjunto de
setores interligados e interdependentes, possibilitando a mensuração dos efeitos de
choques específicos sobre todos os elos da produção, da renda e o fluxo de bens/serviços.

 No caso estudado, a técnica permite avaliar como o aporte líquido de crédito pelas
cooperativas mobiliza os diferentes setores da economia em etapas sucessivas, incluindo
seus impactos diretos, indiretos e induzidos na economia (isto é, o “efeito multiplicador”).

 Os impactos do aporte líquido de crédito na economia brasileira pelas cooperativas foram


estimados em termos de valor adicionado (PIB) e número de emprego (postos de trabalho).

*Para desenvolvimento desta seção, foi utilizada a Matriz Insumo-Produto elaborada pelo Núcleo de Economia Regional e Urbana da
Universidade de São Paulo (NEREUS-USP), composta por 68 setores para o ano 2013, a mais recente publicada. Os arquivos-base da
MIP citada encontram-se disponíveis em <http://www.usp.br/nereus/?fontes=dados-matrizes>. Acesso em novembro de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 122


Metodologia – Efeito multiplicador
A metodologia da MIP considera os impactos difundidos por um choque através da economia
em sucessivas rodadas, compondo o chamado “efeito multiplicador” (> que o choque inicial):

 CHOQUE: Saldo do estoque de crédito concedido pelas


cooperativas, refletindo-se em aporte de recursos
financeiros para investimento e consumo dos agentes.
i. IMPACTO DIRETO: empresas e famílias mobilizam,
através da sua demanda, recursos e insumos de
empresas de diferentes setores da economia brasileira. IMPACTOS + IMPACTOS + IMPACTOS
INDIRETOS INDUZIDOS
ii. IMPACTO INDIRETO: as empresas mobilizadas pelos DIRETOS
tomadores de crédito, por sua vez, investem e
consomem produtos de outras empresas e setores.
iii. IMPACTO INDUZIDO: o processo, se alongando no
tempo e intersetorialmente, gera emprego e renda para
os diversos elos da economia brasileira e dos setores
afetados, ampliando a massa salarial dos
trabalhadores e induzindo novo aumento do consumo.
IMPACTO TOTAL
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 123
Metodologia – Base dos dados
Para avaliar o impacto das concessões de crédito cooperativo sobre a economia brasileira,
foram utilizadas informações disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil entre 2012 e
20181. Mais especificamente, a construção da variável de choque para aplicação da Matriz
Insumo Produto envolveu premissas construídas a partir do(a):
 Saldo de crédito das cooperativas no SFN para clientes pessoa física e jurídica.
 Distribuição por modalidade da alocação da carteira de crédito ativa das cooperativas
(pessoa física) entre os componentes do consumo das famílias.
 Distribuição por modalidade da alocação da carteira de crédito ativa das cooperativas
(pessoa jurídica) entre investimento e consumo intermediário de bens e serviços,
considerando setor econômico da carteira de crédito das cooperativas.
Para atualização de todos os valores para preços de junho de 2019, empregou-se o Índice de
Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) 2.
1 Fonte: Banco Central do Brasil (DSTAT e SCR/Documento 3400).
2 Fonte: IBGE.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 124


Metodologia – Variável de choque
▉ Saldo das operações de crédito das cooperativas no SFN
Saldo de crédito anual (ao final de cada período) para clientes pessoa física e pessoa jurídica, a preços de junho de 2019
R$ 200.000 R$ 20.000

Variação média
R$ 180.000 R$ 18.000
do saldo anual

140.313
R$ 160.000
(2012-2018) R$ 16.000

122.643
118.249

118.223
116.562
R$ 140.000 R$ 14.000
104.587
Em milhões*

R$ 120.000 R$ 12.000

91.596

Em milhões*
88.799

8.586
78.464
R$ 100.000 R$ 10.000

70.309
67.896

67.620
62.243

6.247
54.112

52.334
R$ 80.000 R$ 8.000

50.628

48.717
48.666
42.344

39.759
34.687

R$ 60.000 R$ 6.000

2.338
R$ 40.000 R$ 4.000

R$ 20.000 R$ 2.000

R$ 0 R$ 0
dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 dez/18 Saldo médio anual

Saldo de crédito das cooperativas Saldo de crédito das cooperativas para clientes pessoa física Saldo de crédito das cooperativas para clientes pessoa juridica

Fonte: Banco Central do Brasil (SCR). Nota: (*) dados a preços de junho de 2019, deflacionados pelo IPCA (IBGE).

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 125


Impactos estimados sobre a economia brasileira
Com base na metodologia e premissas apresentadas, estimou-se que o impacto médio anual
do crédito ofertado pelas cooperativas sobre a economia brasileira entre 2012 e 2018 foi de:
Valor adicionado
R$(em
0 milhões*) R$ 10.000 R$ 20.000 R$ 30.000

Impacto total R$ 20.997


70,6%
Pessoa jurídica ┘ 28,2% R$ 5.925 29,4%

Pessoa física ┘ 71,8% R$ 15.072


Impacto direto + indireto Impacto induzido

Empregos (em milhares)


- 100 200 300

Impacto total 240,1


68,9% 31,1%
Pessoa jurídica ┘ 24,4% 58,5

Pessoa física ┘ 75,6% 181,6

Impacto direto + indireto Impacto induzido


Fonte: Fipe. Nota: (*) valores a preços de junho de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 126


Multiplicador do crédito cooperativo
A partir da metodologia e dos resultados (impactos), é possível calcular o multiplicador do
crédito cooperativo: um coeficiente que indica quanto cada R$ 1,0 concedido pelas
cooperativas mobiliza em termos de valor adicionado (PIB) na economia brasileira:

Saldo de crédito concedido Impacto estimado sobre Multiplicador do crédito


entre 2012 e 2018 (em milhões*)
28,2% o valor adicionado (em milhões*) cooperativo

R$ 8.586 / ano R$ 20.997 / ano 2,45


Impacto estimado sobre
volume de emprego
Além do valor adicionado, é possível
240,1 mil / ano também determinar a relação entre
Isto é, para cada R$ 1 em
créditos concedidos pelas
ou crédito concedido e empregos gerados:
cooperativas, são mobilizados
1 emprego a cada neste caso, estimou-se que a cada
R$ 2,45 (em renda) entre os
R$ 35,8 mil concedidos pelas
R$ 35,8 mil cooperativas, 1 novo posto de trabalho
demais agentes e atividades
da economia brasileira
concedidos é criado na economia brasileira

Fonte: Fipe. Nota: (*) valores a preços de junho de 2019.

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA ECONOMIA BRASILEIRA 127


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Síntese dos resultados e conclusões em torno das
contribuições e benefícios das cooperativas de
crédito na economia brasileira
Considerações finais
O presente estudo teve como objetivo identificar os benefícios e contribuições das cooperativas de crédito para o desenvolvimento dos
municípios e da economia brasileira, combinando análises qualitativas e quantitativas, exercícios empíricos e simulações de impacto.

Desde sua origem, ainda no século XIX, com o sucesso na importação e implantação de modelos associativos em diferentes comunidades e
finalidades (como produtores rurais, empresários e classes profissionais), o cooperativismo de crédito expandiu sua presença e suas
operações nas principais economias e também no Brasil, onde essas instituições constituíram um sistema próprio e foram progressivamente
regulamentadas e integradas ao Sistema Financeiro Nacional (SFN)– sem que, para isso, abandonassem seus princípios e valores singulares.

Mais recentemente, esse processo tem sido marcado pela consolidação institucional do Sistema Nacional de Cooperativismo de Crédito
(SNCC), pela implantação de boas práticas de governança e gerenciamento de risco pelas cooperativas, pelo crescimento do número de
instituições e da rede de atendimento nos municípios, bem como pela diversificação dos ramos de atuação (em termos de produtos e
serviços ofertados). Em paralelo, os dados coletados a partir de fontes públicas evidenciam o crescimento em número e participação de
clientes/cooperados, operações, saldo e carteira de crédito. A consolidação dessa trajetória de crescimento, aliada à solidez e a saúde dos
indicadores das instituições cooperativas, ressalta o cooperativismo como um alternativa sustentável e bem-sucedida para ampliar o acesso
da população e empreendedores a produtos e serviços bancários e, sobretudo, ao crédito – condição historicamente identificada como
requisito para o desenvolvimento e o bem-estar de segmentos e comunidades fragilizadas, inclusive em períodos de crise e desaceleração.

Além da inclusão financeira, o crescimento das cooperativas repercute em nível sistêmico, colaborando para aumentar a concorrência,
reduzir as desigualdades econômicas e os entraves/custos que dificultam o acesso ao crédito para a coletividade (em temas como taxas de
juros, o spread bancário e a inadimplência). Por tais razões, o papel estratégico das cooperativas tem sido reconhecido pelo próprio Banco
Central, que estabeleceu por meio do Programa “Desafios 2022” uma série de metas para o segmento, dentre as quais: (i) elevar de 8% para
20% a participação das cooperativas no crédito concedido no SFN, (ii) elevar de 24% para 40% o crédito tomado pelos cooperados no âmbito
próprio SNCC; (iii) aumentar a presença de cooperadores entre os segmentos de baixa renda e a sua cobertura nas regiões Norte e Nordeste.

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Considerações finais
Em destaque, as análises apresentadas no estudo permitem realçar os seguintes benefícios das cooperativas de crédito:

 Descentralização e capilaridade da rede de atendimento: a distribuição das cooperativas e de sua carteira de atendimento em termos
geográficos contrastam com os padrões observados nas instituições financeiras e bancárias mais tradicionais. Nas últimas décadas, as
cooperativas de crédito têm expandido suas operações para outros estados e regiões com pouca (ou nenhuma) cobertura da rede de
atendimento bancária das demais instituições financeira, com destaque para estados e municípios das regiões Centro-Oeste e Norte,
bem como Minas Gerais, no Sudeste. A maior capilaridade e interiorização da rede de atendimento das cooperativas colabora para
redução das desigualdades inter-regionais e intermunicipais relacionadas à oferta e acessibilidade de produtos e serviços bancários e
creditícios para famílias e empresas, fomentando o desenvolvimento e a injeção de recursos nas próprias comunidades.
 Risco e redução da assimetria informacional: a organização participativa e solidária, bem como o modelo de atuação mais próximo das
cooperativas e os cooperados em nível regional/local (por exemplo, por meio de assembleias dos sócios, comitês de representação,
informativos internos e canais presenciais e virtuais de atendimento), reflete-se em níveis mais elevados de pessoalidade, confiança e
reputação na interação entre as partes, colaborando para reduzir a assimetria informacional (como seleção adversa e risco moral) e os
custos de transação implícitos às relações financeiras. À reboque, reduzem-se as restrições e custos à oferta de crédito.
 Aumento da concorrência interbancária: um dos elementos característicos do sistema bancário brasileiro é a concentração bancária,
característica que se estende à distribuição e presença de postos de atendimento, à concentração dos depósitos à vista e da carteira de
crédito em poucas instituições financeiras (bancos comerciais). Nesse âmbito, a presença e expansão da rede de atendimento das
cooperativas de crédito, bem como o leque de produtos e serviços oferecidos, constituem uma forma de aumentar a concorrência entre
as instituições financeiras em todos os níveis (nacional, regional e local). Com o aumento da competição e das alternativas disponíveis,
produtos e serviços tendem a ser ofertados de forma mais eficiente, menos restritiva e menos onerosa. Essa concorrência promove
benefícios sistêmicos, colaborando, por exemplo, com a redução do spread bancário, do custo do crédito e das tarifas de serviços.

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Considerações finais
As características próprias à organização e operação das cooperativas influencia a composição da carteira de crédito ativa:

 Perfil dos tomadores: em comparação às demais instituições do SFN, as cooperativas apresentam uma distribuição menos concentrada
na região Sudeste, com destacada presença em municípios das regiões como Sul, Centro-Oeste e Norte. Entre os clientes pessoa-física,
destaca-se a maior participação relativa de segmentos de maior renda entre os tomadores cooperados, (acima de 10 salários-mínimos),
bem como o uso do crédito para modalidades rural e agroindustrial (pequenos produtores). Para pessoa-jurídica, predomina o uso do
crédito tomado por micro, pequenas e médias empresas, com aplicações concentradas em capital de giro, investimento, capital de giro
rotativo e antecipações (operações com recebíveis) em segmentos comerciais, industriais, transporte, entre outros.
 Custo do crédito: as cooperativas de crédito oferecem crédito a taxas compatíveis ou inferiores para microempresas e empresas de
pequeno porte quando comparadas às instituições bancárias, seja com base em recursos direcionados ou recursos livres. O acesso a
crédito menos oneroso é fundamental para que essas empresas sobrevivam e tenham competitividade no mercado, uma vez que elas
não dispõem de garantias e de recursos comumente exigidos para obtenção de crédito em instituições bancárias tradicionais. Em sua
grande maioria, o crédito é concedido a partir de indexadores pré-fixados com prazo de vencimento compatível com as demais IFs.
 Risco das operações: graças ao modelo mais próximo e participativo de atuação e interação entre as partes, as cooperativas estão
dispostas a assumir maiores riscos na concessão de crédito, alocando uma proporção relativamente maior da carteira em operações
classificadas como A, B ou C (comparativamente à predominância de AA e A, entre as demais instituições financeiras). Tal postura
reforça o caráter menos restritivo (isto é, menos avesso ao risco) da oferta de crédito pelas cooperativas de crédito comparativamente
ao mercado). Esse comportamento pode atribuir às cooperativas de crédito um papel resiliente e “amortecedor” para a liquidez no
mercado, garantindo a manutenção do crédito aos cooperados em um momento de singular retração do mercado financeiro.
 Saúde financeira: a despeito da maior exposição ao risco, as cooperativas de crédito mantêm uma proporção de ativos problemáticos
inferior ao constatado para as demais instituições do SFN, um indicador importante da saúde e solidez do segmento.

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Considerações finais
De forma a corroborar as análises quantitativas e qualitativas apresentadas nas primeiras seções, o estudo propôs duas metodologias para
identificar e mensurar a contribuição e os benéficos das cooperativas de crédito sobre a economia brasileira:

(i) Exercício empírico: utilização de instrumental econométrico adequado para investigar a existência e magnitude dos efeitos da presença
das cooperativas de crédito sobre o desenvolvimento dos municípios brasileiros, analisando-se e comparando-se o comportamento
observado em variáveis selecionadas nessas localidades, incluindo: Produto Interno Bruto (PIB) per capita, emprego formal, salário
médio formal, empreendedorismo e desempenho no comércio exterior (valor das exportações, valor das importações e saldo do
comércio exterior). De forma consistente com o esperado, os resultados encontrados evidenciaram a existência de efeitos positivos da
presença de cooperativas de crédito sobre o desenvolvimento econômico dos municípios, nos seguintes termos: (a) aumento de 5,6%
do PIB per capita; (b) aumento de 6,2% na proporção do emprego formal na população economicamente ativa; (c) aumento de 1,0% no
salário médio formal (remuneração); (d) aumento de 15,7% no número de empreendimentos por 1.000 habitantes
(empreendedorismo); (e) aumento de 19,6% no valor das exportações por habitante; (g) redução de 9,5% no valor das importações por
habitante no municípios com cooperativas; e (f) aumento de 45,1% no saldo comercial por habitante.

(ii) Matriz Insumo Produto: simulação de impacto da oferta líquida de recursos financeiros (crédito) pelas cooperativas sobre a renda (isto
é, sobre o valor adicionado) e número de empregos gerados na economia brasileira ao longo dos últimos 7 anos (2012-2018),
considerando efeitos diretos, indiretos e induzidos (efeito-renda) em todos os segmentos econômicos da matriz. Com base nessa
metodologia, o estudo estimou que a oferta de crédito pelas cooperativas nesse período mobilizou, via consumo e investimento dos
tomadores, cerca de R$ 21,0 bilhões ao ano (em termos de renda/valor adicionado) e 240,1 mil empregos ao ano. As estimativas
resultam em um multiplicador de 2,45 do crédito cooperado sobre a renda (isto é, cada R$ 1,0 concedido movimenta R$ 2,45 em renda
na economia), além da geração de um 1 emprego a cada R$ 35,1 mil concedidos pelas cooperativas.

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Considerações finais
A partir da combinação das análises e resultados expostos – com destaque para a robustez dos resultados do exercício empírico
envolvendo a presença das cooperativas nos municípios, bem como a magnitude dos impactos da concessão de crédito pelas
cooperativas sobre a renda e o emprego na economia brasileira (via multiplicador) – o presente estudo constatou a existência de
fortes evidências das contribuições do cooperativismo de crédito para o desenvolvimento econômico.

Tais benefícios podem ser atribuídos, de certa forma, ao papel desempenhado por essas instituições na dinâmica econômica dos
municípios atendidos. Como destacado ao longo do estudo, os efeitos positivos são potencializados pelas características peculiares
da organização e operação das cooperativas de crédito, que se inserem de forma mais ativa e participativa na vida das
comunidades, construindo laços mais próximos e alinhados com as necessidades e finalidades dos cooperados.

Alicerçadas em seus valores e princípios diferenciais, as cooperativas constituíram ao longo dos anos uma alternativa viável e
sustentável para inclusão financeira de famílias, pequenos produtores e empresas, garantindo-lhes acesso a recursos, produtos e
serviços bancários essenciais para financiamento e consecução de seus objetivos econômicos. Tais recursos, acessados em
condições menos onerosas e restritivas, acabam por catalisar o consumo e o investimento nessas localidades, promovendo a
reboque os meios para abertura e crescimento de empresas e projetos (empreendedorismo). Esse círculo virtuoso se desdobra em
impulso renovado no nível de atividade local (produção de bens e serviços nessas localidades), com reflexos positivos sobre as
diferentes dimensões investigadas neste estudo, como geração de renda (PIB), postos de trabalho e desempenho exportador.

Em uma visão mais macro, os princípios e a disseminação das cooperativas de crédito se mostram convergentes com objetivos
maiores no campo das políticas públicas, tendo em vista o seu potencial impacto na redução das desigualdades econômicas e
inter-regionais, bem como no aumento da concorrência e da eficiência no âmbito do sistema financeiro nacional.

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FICHA TÉCNICA
Documento | Benefícios econômicos do cooperativismo na economia brasileira
SICREDI | Sistema de Crédito Cooperativo
Elaboração | Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)
São Paulo | Dezembro de 2019

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