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Leptospirose
Também conhecida como: Doença de Weil, Síndrome de Weil, febre dos arrozais e febre outonal.
Definição:
Doença infecciosa febril aguda, que pode apresentar quadros assintomáticos e oligoassintomáticos;
Zoonose universal (doenças infecciosas transmitidas entre outros animais e seres humanos).
Epidemiologia:
Pode ocorrer durante todo o ano, com maior prevalência nos períodos chuvosos;
É mais prevalente em grandes centros urbanos, devido a aglomeração populacional de baixa renda, com condições
inadequadas de saneamento;
Os surtos, em geral, são decorrentes de desastres naturais como enchentes e inundações;
Estão predispostos à infecção: trabalhadores que fazem limpeza de esgotos, garis, agricultores, veterinários, tratadores
de animais, etc.
A Leptospirose é uma doença de notificação compulsória no Brasil de notificação
imediata, devendo ser notificada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan) em até 24 horas a partir da ocorrência do caso suspeito.
Quadro Clínico:
Fase precoce (leptospirêmica/aguda) → 85% das formas clínicas. Início súbito de febre, cefaleia, mialgia principalmente
em panturrilhas, anorexia, náuseas, hemorragia conjuntival, dor ocular, tosse.
Em geral é autolimitada com duração de 3 a 7 dias e evolução benigna;
Sufusão conjuntival é característico de leptospirose (cerca de 30% dos pacientes
apresentam).
Anny Caroline – Clínica Médica (Infectologia)
Fase tardia (imune) → Ocorre após a primeira semana da doença, cerca de 15% evoluem para formas graves.
Formas graves: Síndrome de Weil: tríade de icterícia, indusficiência renal e hemorragia principalmente pulmonar.
Sinais de alerta: dispneia, tosse, taquipneia, alterações urinárias (oligúria principalmente), fenômenos
hemorrágicos (escarros hemópticos), alterações no nível de consciência, vômitos frequentes, arritmias,
icterícia rubínica (meio alaranjada).
Diagnóstico:
Clínico-epidemiológico;
Fase precoce: PCR.
Fase tardia (a partir do 7º dia): ELISA - IgM.
Teste de microaglutinação – MAT (padrão-ouro).
Tratamento:
*Dociciclina está contraindicada para crianças menores de 9 anos, gestantes, nefropatas ou hepatopatas.
*A azitromicina e a claritromicina são alternativas terapêuticas na fase precoce.