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Ginástica na Empresa - Atividade

Física Laboral: Prescrição de


Exercícios

Profª Drª Deise Guadelupe de Lima


• Apresentação
• Experiência
• Curso
Objetivo Geral

• Desenvolver conteúdos teóricos e


atividades práticas que venham a
permitir aos alunos indicar,
prescrever, avaliar e supervisionar os
exercícios físicos em um programa de
prevenção de DORT.
Objetivos Específicos

• Propiciar a compreensão do papel dos


exercícios em programa de prevenção
(DORT) e gerenciamento do stress no
trabalho (fadiga física e psíquica);
• Adquirir conhecimentos sobre avaliação
e prescrição de programas de exercícios
para trabalhadores expostos ao risco
ergonômico;
Objetivos Específicos

• Desenvolver mecanismos de avaliação e


controle do programa de GL;
• Apresentar procedimentos profissionais.
Conteúdo

• Introdução
– Saúde
– DORT
– Fadiga Física e Psíquica
– Gerenciamento do stress no trabalho
– Riscos Ergonômicos
Conteúdo

• Avaliação
– Nível sócio-econômico
– Antropométrica
– Nível de aptidão física relacionada a
saúde
– AET
Conteúdo

• Exercícios
– Tipos, prescrição e controle

• Implantação do Programa
– Etapas
– Motivação e aderência ao programa

• Ética no exercício Profissional


Globalização da Economia
Inovação Tecnológica
Novas Tecnologias de
Gerenciamento de Processos
• JUST-IN-TIME – JIT
– Sistema que estabelece as diretrizes de
produção e determina a organização de
todo complexo a ser usado para produzir,
tendo como fundamento os princípios do
Controle da Qualidade Total – TQC e da
Perda Zero.
Novas Tecnologias de
Gerenciamento de Processos
• Círculo de Controle da Qualidade –
CCQ
– Pequeno grupo voluntário e permanente de
trabalhadores que possuem interesses
similares e que se reúnem regularmente
para identificar e analisar problemas
selecionados, apresentar soluções e,
quando possível implementa-las exigindo
um trabalho em equipe, comprometidos
em alcançar os seus objetivos.
Novas Tecnologias de
Gerenciamento de Processos
• Controle de Qualidade Total – TQC
– Filosofia de mudança da mentalidade
empresarial está voltada à qualidade e
proporcionar satisfação ao cliente, gerando
produtos e serviços de forma organizada e
econômica, com assistência ao
cliente/consumidor, estruturado de forma a que
todos os trabalhadores da organização possam
participar, contribuir e estar comprometidos
com os esforços de desenvolvimento,
manutenção e melhoria da qualidade de forma
global.
Programas de Treinamento e
Desenvolvimento
• Educação Profissional:
– Formação
– Desenvolvimento

• Forma Tradicional: pensar e agir


• Forma Atual: pensar, agir e sentir
Sistema Sócio-Técnico
Instalações Físicas
Máquinas e equipamentos Eficiência
Sistema Técnico
tecnologia Potencial
Exigências da tarefa

Sistema
Sócio-
Técnico

Pessoas
Relações Sociais Eficiência
Sistema Social
Habilidades e Capacidades Real
Necessidades e Aspirações
Conceitos

• Saúde
– Bem-estar físico, psíquico e social (OSM,
2006).

• Bem-estar total
– É o equilíbrio perfeito do físico e psíquico,
obtido pela prática de exercício, alimentação
equilibrada e repouso suficiente (COOPER,
1982).
Conceitos
• AF é qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética – portanto voluntário,
que resulte num gasto energético acima dos
níveis de repouso (Bouchard e Shephard, apud
Nahas, 1995b).
• EF é uma das formas da AF planejada,
estruturada, repetitiva, que objetiva o
desenvolvimento da aptidão física, de habilidades
motoras ou a reabilitação orgânico-funcional
(Caspersen, apud Nahas, 1995b).
• DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionados
ao Trabalho
DORT/LER
• É admitida como doença ocupacional desde 1987.
• Tem vários nomes.
• Definição:
– Transtornos funcionais, mecânicos e lesões de músculos e/ou
tendões; e/ou fáscias; e/ou nervos; e/ou bolsa articulares e
pontas ósseas nos membros superiores, ocasionados pela
utilização biomecânicamente incorreta dos membros
superiores, que resultam em dor, fadiga, queda de
performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme
o caso, pode evoluir para síndrome dolorosa crônica,
agravada por todos os fatores psíquicos (inerente ao trabalho
ou não), capazes de reduzir o limiar de sensibilidade dolorosa
do indivíduo (Machado, 2001).
Diagnóstico da DORT/LER
• É essencialmente clínico
• Baseia-se na história clínico-laborativa, no exame
detalhado e nos exames complementares
• Os estágios evolutivos
– passam pela sensação de desconforto no membro
afetado;
– Dolorimento agudo (fisgadas) durante a jornada de
trabalho;
– Edemas, hipertrofia muscular, distúrbios de
sensibilidade, entre outros
– Até quadros de invalidez e incapacidade laborativa.
DORT - Problema

• Organizacional
• Físico
• Emocional
Principais fatores causadores das DORT

• Força
• Postura inadequada
• Repetitividade
• Compressão mecânica
DORT

• FORÇA
– Quanto maior a força, maior a possibilidade
do desenvolvimento de lesões.

• Posturas inadequadas dos MMSS


– Pescoço com hiper-extensão
– Pescoço com hiper-flexão
– Braços elevados
– Braços abduzidos
DORT

• Posturas Inadequadas dos MMSS


– Sustentação estática dos antebraços pelos
braços
– MMSS suspensos por muito tempo
– Punho fletido
– Punho estendido
– Punho em desvio lateral
DORT
• Repetitividade
– Quando o ciclo é < que 30 segundos.
– Quando , mesmo sendo > que 30
segundos, ocupa + 50% do tempo da
tarefa.
– Quanto > o n° de movimentos realizados
pelo trabalhador, em determinado
intervalo de tempo, > a possibilidade do
desenvolvimento de lesões.
DORT

• Compressão mecânica
– Especialmente na base da mão e no
trajeto dos nervos.
– Quinas vivas.
– Ferramentas inadequadas.
DORT

• Fatores contributivos
– Postura estática
– Vibração
– Frio
– Sexo feminino
– Desprazer
– Tensão/stress
DORT
• Causas de tensão/stress excessivo
– Tempo-padrão apertado
– Posição estrangulada
– Empirismo na velocidade
– Relação humana
– Falta de material
– Urgências e emergências
– Falta de pessoal
DORT
• Causas da neurose
– Falta de informação
– Conceitos de incurabilidade
– Falta de conhecimento da doença
– Tratamentos sem resultados
– Recidivas da dor ao trabalhar
– Prejuízo nas atividades domésticas
DORT
• Causas da neurose
– Contato com pessoas
– Falta de apoio na família
– Falta de interesse da empresa
– Dores às mínimas atividades
Fatores Causais da DORT

• Grupo de risco ocupacional.


• Posturas adotadas no trabalho
• Desordens músculo-esqueléticas e
fatores ocupacionais
Queixas X Posturas (Maeda, Huting &
Grandjan, citados por Assunção, 1999)
Postura Queixa

Assentada. Postura forçada do Dor no dorso, região lombar,


dorso. rigidez no pescoço.
Postura forçada dos ombros Dor e rigidez nos ombros.
sustentando os MMSS.
Postura forçada da inclinação Dor no pescoço e ombros,
cabeça-pescoço. rigidez no pescoço
Manipulação do teclado com a Cansaço no braço e na mão
mão direita com desvio ulnar direita, pressão e dor ocular,
forçado. peso na cabeça.
Acúmulo de fadiga nos MMSS. Dor nos braços e mãos,
cansaço nos braços.
Desordens músculo-esqueléticas e fatores
ocupacionais (Assunção, 1999)
Desordens dos MMSS Fatores Ocupacionais
Síndrome do túnel do Força, repetição, postura inadequada,
carpo vibração, estresse mecânico.
Tendinite Força, repetição, postura inadequada,
pausa insuficiente.
Epicondilite Movimento forçado não habitual,
repetição, pressão intensa, supinação ou
pronação repetitiva.
Desordens ombro- Trabalho com braços superiores, carga
pescoço muscular estática.
Síndrome da vibração Vibração do segmento.
mão/braço
Dor no braço em Uso de terminais de vídeo, fatores
trabalhadores de psicossociais e da OT.
escritório
Estágios da DORT/LER
• Estágio 1
– As queixas são totalmente subjetivas (peso nos
braços, cansaço; piora pela manhã; não se associa
ao trabalho; não interfere com a produção; objetos
comuns parece + pesados; desaparece com
afastamentos da função).

• Exame clínico: poucos sinais, dor discreta à


compressão da massa muscular afetada.
• Prognóstico: ótimo; regressão completa dos
sintomas e sinais; não se lembrará de ter tido o
problema.
Estágios da DORT/LER
• Estágio 2
– Dor significativa e incômoda: interfere no sono; dor
difusa, febre no braço; piora progressiva; relacionada
ao trabalho; melhora com o repouso ou a  do
trabalho; interfere na produtividade.

• Exame clínico: sinais inflamatórios incipientes;


inchaço e crepitação local; dor ao exame do
local.
• Prognóstico: bom; regressão completa dos
sintomas e sinais; retorno à mesma função.
Estágios da DORT/LER
• Estágio 3
– Dor severa e incapacitante: dor diária; queda de objetos
das mãos; piora à noite, choques; interfere no sono; não
consegue trabalhar; não melhora com o repouso, nem com
o afastamento.

• Exame clínico: edema local evidente; calor e


crepitação local; dor intensa ao exame; movimentos
decompostos; manobras muito dolorosas;  da FC
nas manobras dolorosas.
• Prognóstico: reservado; recidiva rápida; não
desamparar o trabalhador; readaptação profissional;
cirurgia.
Estágios da DORT/LER
• Estágio 4
– O paciente é só dor; qualquer manobra causa dor; sinais
clínicos não são exuberantes, mas existem; alteração
psicoemocional; círculo vicioso: dor, neurose, dor....

• Prognóstico: ruim; mito da irreversibilidade; mito da


invalidez; descrédito total.
Fisiopatologia

• Sua fisiopatologia completa ainda está por ser


determinada.
• 25% dos pacientes com LER apresentam
evidência radiológica de artropatia, na
articulação sintomática.
• Excesso de carga sobre a cabeça e pescoço
tem sido relacionado com > degeneração na
coluna cervical em carregadores de carne..
Critérios utilizados por Raniere para Avaliar o
Trabalho (Raniere, citado por assunção, 1999).

• O ambiente de trabalho
– O trabalhador ouve barulho?
– O barulho perturba? Tira a atenção?
– A iluminação é adequada para produzir e inspecionar o
produto?
– O ofuscamento e o “clarão” interferem na realização do
trabalho?
– A temperatura e a umidade se mantém em níveis adequados
e confortáveis?
– O piso se mantém limpo e sinalizado?
– O técnico de segurança é eficiente?
Critérios utilizados por Raniere para Avaliar o
Trabalho (Raniere, citado por assunção, 1999).

• Demanda física
– Os trabalhadores carregam peso acima de 40 kg? Com que
freqüência?
– Como são carregados?
– São difíceis de levantar? De segurar? Exige esforço?
– Essas cargas deverão ser colocadas ao nível acima do piso
ou no próprio piso?
– Esses objetos são levantados com as mãos acima do corpo?
– Há contração muscular brusca quando são levantados?
– O trabalhador se curva quando levanta a carga?
Critérios utilizados por Raniere para Avaliar o
Trabalho (Raniere, citado por assunção, 1999).
• Lay-out do local de trabalho
– É adequado o ambiente para realizar as tarefas atribuídas?
– Os trabalhadores têm assumido posturas inadequadas para
terem acesso aos materiais ou para executarem a sua
tarefa?
– O depósito é adequado, acessível e bem planejado?
– É possível ajustar com facilidade a mesa e a cadeira de
trabalho de acordo com a estatura dos trabalhadores?
– O encosto da cadeira e o descanso para os pés são
ajustáveis?
– Os trabalhadores precisam mover-se mais de 45cm?
– Os trabalhadores podem ler os seus papéis e controlá-los
facilmente?
– Os corredores e pátios externos são limpos e bem
cercados?
Critérios utilizados por Raniere para Avaliar o
Trabalho (Raniere, citado por assunção, 1999).

• Demanda de esforço físico das extremidades


– A exposição à vibração é contínua ou intermitente?
– A repetição do mesmo movimento das mãos é exigida por
períodos curtos?
– Há desvio considerável do punho em relação à postura
normal? É prolongado?
– Trabalha no rito da máquina?
– Há estímulo à produtividade?
– As bordas da mesa exercem pressão sobre o punho e o
antebraço?
Critérios para classificar as condições de trabalho
em sua relação etiológica com as LER (Dimbergs
et al, citados por Assunção, 1999)
• Grupo 1 – Trabalho Leve
– Postura fixa durante o trabalho operações curtas.
– Movimentos repetitivos de cabeça, curvatura do corpo em
direção aos lados < 15%, ou rotação < 10% HT.
– Ombros levantados + alto que 0°, < 10% HT.
– Braços + altos, não regularmente, + de 30° acima ou ao lado
do corpo.
– Ocasionalmente, ombros acima da altura.
– Rotações repetidas dos antebraços e punhos,
esporadicamente.
– Operações manuais com variação de movimento padrão, feito
com a mão levantada acima do ombro.
– Cabo da ferramenta em boas condições.
Critérios para classificar as condições de trabalho
em sua relação etiológica com as LER (Dimbergs
et al, citados por Assunção, 1999)
• Grupo 2 – Trabalho Moderado
– Postura fixa durante o trabalho em 20% HT.
– Trabalho repetitivo freqüente, com a coluna cervical levantada
acima ou para os lados, <45°, ou rotação + 2 /dia.
– Braços levantados acima do ombro não + 40% HT.
– Braços + altos + de 30° durante + 10% HT.
– O trabalho requer uso de ferramentas pesadas (0,6 kg/mão)
– Freqüente rotação em posições extremas.
– O trabalho requer alta precisão, movimentos amplos, trabalho
com movimentos finos.
– Trabalho com as mãos em posição extremas.
– Ferramentas com cabos em más condições.
Critérios para classificar as condições de trabalho
em sua relação etiológica com as LER (Dimbergs
et al, citados por Assunção, 1999)
• Grupo 3 – Trabalho Pesado
– Postura fixa durante o trabalho +40% HT.
– Trabalho freqüente ou prolongado com a coluna
cervical curvada acima ou para os lados + 40°.
– Trabalho com braços levantados acima do ombro +
40% HT.
– Trabalho com braços levantados + 30°, + de 1/3 HT.
– Ombros levantados + que 0° + 10% HT.
– Peso das ferramentas > 1,5 kg por mão.
Princípios de intervenção ergonômica
para prevenção da DORT
1. Redução da força necessária para a realização
do trabalho;
2. Redução ou eliminação das posturas
incorretas da cabeça e dos MMSS;
3. Redução da repetitividade dos movimentos;
4. Redução da compressão mecânica sobre os
tecidos dos MMSS;
5. Redução do grau de tensão no trabalho.
Idade Envelhecimento e força
• À medida que envelhecemos a força
muscular diminui, com a maior parte do
declínio ocorrendo após os 50 anos.
• A perda de força está associada à perda
de massa muscular decorrente de uma
diminuição da quantidade de fibras Tipo I
e Tipo II.
Idade: envelhecimento e força

• A perda de fibras musculares parece estar


relacionada a uma alteração neurológica ao
nível de um motoneurônio (tudo que afeta o
motoneurônio afeta as fibras a ele
conectadas).
• Programas de treinamento progressivo de
força para idosos provocam aumentos da
hipertrofia e da força muscular.
Idade: envelhecimento e força

• O envelhecimento está associado à perda da


massa muscular (25 e os 50 anos).
• O exercício físico regular pode aumentar a
força e a endurance muscular nos idosos,
mas não consegue eliminar a perda da massa
muscular relacionada à idade.
Idade e potência máxima

• O débito cardíaco é o produto da freqüência


cardíaca (FC) e o volume de ejeção (VE) =
quantidade de sangue bombeado por
batimento cardíaco.
• O débito cardíaco máximo tende a diminuir
de forma linear tanto nos homens quanto nas
mulheres após aos 30 anos.
Fadiga

• Definição
– É a redução reversível na capacidade
funcional do organismo devido ao stress
físico e psicológico. Ela causa diminuição da
força e da velocidade, resultando em erros,
falta de coordenação, atraso no tempo de
reação e na diminuição da performance.
Fadiga: decomposição
• Fadiga mental: estado psicológico,
freqüentemente devido a uma sobrecarga
mental ou aborrecimentos ou tédio, que resulta
num funcionamento mental reduzido.
• Fadiga muscular: diminuição da capacidade
funcional de um músculo ou de um grupo
muscular.
• Fadiga nervosa: é caracterizada pela
diminuição da performance e da capacidade
funcional do organismo, causada pelo stress e
não pode ser localizada em um órgão
específico.
Fadiga: decomposição

• Fadiga generalizada: sensação de cansaço.


Pode ser fadiga visual; corporal; mental ou
intelectual; nervosa ou habilidosa; fadiga
gerada pela monotonia do trabalho ou do
ambiente e fadiga circadiana (ritmo noite/dia
e induz ao sono).
• Fadiga na prática empresarial: as causas da
fadiga são de natureza diversas.
Fadiga na Prática Empresarial

Grau de fadiga
RECUPERAÇÃO
Sintomas

• Sensações subjetivas de fadiga, sonolência e


falta de disposição para o trabalho.
• Dificuldade de pensar.
• Diminuição da atenção.
• Lentidão e amortecimento das percepções.
• Diminuição da força de vontade.
• Perdas de produtividade em atividades físicas e
mentais.
Fadiga crônica
• Aumento da irritabilidade;
• Tendência a depressão;
• Fraca disposição, falta de vontade;
• Predisposição mais elevada para doenças;
• Dores de cabeça; Tonturas; Insônia;
• Perturbações da regulação da atividade cardíaca;
• Surtos de suor sem motivos aparentes;
• Perturbações digestivas.
Fadiga

• Fadiga muscular localizada:


– Não há uma compreensão dos seus
locais exatos e nem suas causas.
– Os locais mais prováveis são a junção
neuromuscular, o próprio músculo e o
sistema nervoso central.
Fadiga

• Sintomas subjetivos da Fadiga:


– Eles variam desde uma ligeira
sensação de cansaço, até a exaustão
total. Costumam ocorrer próximos ao
término da jornada de trabalho e/ou
quando a carga ultrapassa os 50% da
potência aeróbica máxima.
Fadiga
 Sintomas objetivos da Fadiga:
 FC, com carga de trabalho
correspondente a  50% VO2max
em 8 horas de trabalho.
 da temperatura retal (+ 38º C)
quando o VO2max ultrapassa os
50%.
Fadiga: medição e
indicadores
• O rendimento ou desempenho qualitativo e
quantitativo no trabalho;
• A sensação subjetiva de fadiga;
• A eletroencefalografia;
• A medição da freqüência do piscar dos olhos;
• O desempenho em testes psicomotores;
• O desempenho em testes mentais.
Condições de Trabalho
• O processo de higiene do trabalho envolve a
análise e o controle das condições de trabalho
na empresa, as quais constituem as variáveis
que influenciam decisivamente o comportamento
humano.
• Os riscos ambientais são condições físicas,
organizacionais, administrativas ou técnicas no
local de trabalho que propiciam para a
ocorrência de acidentes de trabalho ou doenças
profissionais.
Grupo 1 - VERDE

• Riscos Físicos
– São os riscos causados por
intercâmbios de energia entre o homem
e o ambiente.
– Os agentes físicos são:
• Ruídos; Vibrações; Radiações não
ionizantes; Frio; Calor; Pressões
anormais; Umidade.
Grupo 2 - VERMELHO
• Riscos Químicos
– São os riscos causados por substância
química.
– Os agentes químicos são:
• Poeiras; Fumos; Névoas; Neblinas;
Gases; Vapores; Substâncias,
compostos ou produtos químicos em
geral.
Grupo 3 - MARROM

• Riscos Biológicos
– São os riscos causados por agentes que
provocam infecções e alergias.
– Os agentes biológicos são:
• Vírus, bactérias, protozoários; fungos;
parasitas;bacilos.
Grupo 4 - AMARELO
• Riscos Ergonômicos
– Riscos que derivam pelo não ajustamento do
trabalho ao homem.
– Exemplos:
• Esforço físico intenso; levantamento e
transporte manual de peso; exigência de
postura inadequada; controle rígido de
produtividade; imposição de ritmos
excessivos; trabalho em turno noturno;
jornadas de trabalho prolongadas; monotonia
e repetitividade; outras situações causadoras
de estresse físico e/ou psíquico.
Modelos de QVT – Maslow (1943)

AUTO-REALIZAÇÃO
Realização do seu próprio potencial T
R
A
ESTIMA B
Auto-confiança A
Independência L
H
Crescimento do ser O
humano SOCIAIS
Sentimentos dwe aceitação,
E
amizade, associação
M
Necessidades humanas
(simultâneas) G
SEGURANÇA R
Proteção sua e de sua família U
P
O
FISIOLÓGICAS
Sobrevivência, alimentação
Riscos Psicossociais
• Necessidades Fisiológicas
– Representa a base da pirâmide por terem
força maior. Somente quando satisfeitas o
indivíduo passará a sentir necessidade de
segurança. Elas são básicas para a
manutenção da vida (alimento, roupa,
moradia, entre outras).

• Necessidade de Segurança
– É a necessidade de estar livre do perigo
físico, de medo e de provação de
necessidades fisiológicas básicas.
Riscos Psicossociais
• Necessidade de Aprovação Social
– Como o homem é um ser social, ele tem necessidade de
participar de grupos e ser aceito pelas pessoas. Depois
que o indivíduo começa a satisfazer sua necessidade de
participação, geralmente deseja ser mais do que apenas
um membro do grupo. Sente necessidade de estima.

• Necessidade de Estima
– É a necessidade que as pessoas têm tanto de amor
próprio quanto do reconhecimento dos outros. A
satisfação de tais necessidades traz sentimentos de
autoconfiança.

• Necessidade de Auto-realização
– É a necessidade de realizar o máximo do potencial
individual próprio.
Variáveis Depressoras da Vigilância

Baixa Alta alienação


Necessidades
Frustração Motivação na execução
não-satisfeitas
para o trabalho das tarefas

Desleixo com Acidente de


Roubo
materiais trabalho
Grupo 5 - AZUL
• Riscos de Acidentes
– Arranjo físico inadequado; máquinas e
equipamentos sem proteção;
ferramentas inadequadas ou defeituosas;
iluminação inadequada; eletricidade;
probabilidade de incêndio ou explosão;
armazenamento inadequado; animais
peçonhentos; outras situações de risco
que poderão contribuir para a ocorrência
de acidentes.
O que é GL e para que veio

• Uma inovação tecnológica na melhoria da


produtividade?
• Melhorar a irrigação sangüínea da região
solicitada?
• Estimular os trabalhadores a serem mais
ativo fisicamente?
• Solucionar o problema de DORTs nas
empresas?
Ginástica Laboral com
abordagem Ergonômica
O que é GL?

Recuperação
Criatividade GLE durante
o trabalho

Análise Ergonômica
do Trabalho
GL - Conceito

GL é a prática de exercícios físicos, realizada


coletivamente, durante a jornada de trabalho,
prescrito de acordo com a função exercida
pelo trabalhador, tendo como finalidade a
prevenção de doenças ocupacionais,
promovendo o bem-estar individual, por
intermédio da consciência corporal: conhecer,
respeitar, amar e estimular o seu próprio
corpo.
(Lima, 2002)
Ginástica Laboral

• Quanto ao horário
– Preparatória ou de aquecimento
– Compensatória ou de distensionamento
– Relaxamento.

• Quanto ao Objetivo
– Ginástica corretiva ou ginástica postural
– Ginástica de compensação
– Ginástica de conservação ou manutenção
Princípios e Meios de Recuperação no
Trabalho (Drãgan, 1981)

1. A recuperação, ou o reconhecimento ou
o equilíbrio biológico é uma parte
integrante do processo do trabalho,
sendo o esforço e a recuperação dois
componentes do mesmo processo:
TRABALHO PRODUTIVO.
Princípios e Meios de Recuperação no
Trabalho (Drãgan, 1981)

2. A recuperação dirigi-se a organismos


saudáveis, que suportam os efeitos de
um dia de trabalho enquanto que o
restabelecimento dirigi-se a um
organismo físico funcionalmente
diminuído.
Princípios e Meios de Recuperação no
Trabalho (Drãgan, 1981)

3. A recuperação representa um
fenômeno natural, espontâneo do
organismo que se encontra sob a
dependência direta do sistema
nervoso central e do sistema
endócrino vegetativo.
Princípios e Meios de Recuperação no
Trabalho (Drãgan, 1981)

4. A recuperação dos sistemas e


aparelhos solicitados por um
determinado esforço realiza-se dentro
da seguinte seqüência:
a. há a estabilização dos parâmetros
neurovegetativos (pulso, PA, FR) das
funções vitais (10 – 30 min);
Princípios e Meios de Recuperação no
Trabalho (Drãgan, 1981)

b. restabelecimento dos parâmetros


metabólicos (algumas horas);
c. restabelecimento dos sistemas
finos-enzimáticos, oxirredutores e
neuro-hormonais ( 12-24 horas)
Princípios e Meios de Recuperação
no Trabalho (Drãgan, 1981)

5. A recuperação tem um caráter


individual, estando diretamente ligada
ao estado geral de saúde do
indivíduo, da sua capacidade de
esforço, da atividade específica
realizada, da motivação para o
esforço, dos fatores geográficos,
entre outros.
Meios balneo – físico -
hidroterapêuticos
1. Hidroterapia 6. Eroionização
2. Termoterapia negativa do ar

3. Massagem e auto- 7. Cura de altitude


massagem 8. Ioga
4. Terapia pelo movimento 9. Acumputura
5. Oxigenação
Meios Psíquicos

• Sugestão
• Auto-sugestão
• Treino psicossomático
Meios Dietéticos

• Ração de recuperação
• Meios farmacológicos
• Repouso ativo e sono
Cargas Parciais provenientes do
ambiente de trabalho (Sell, 2002)

Fatores físicos,
químicos
e biológicos
Espaço físico
Organização do
trabalho
Clima social
Relações entre cargas e solicitações no
trabalho (Sell, 2002)
Cargas parciais Solicitações
provenientes: parciais de:
- da tarefa Esqueleto, Tendões
- do ambiente Músculos, Coração
Qualidades, Respiração, Órgãos
Carga: capacidades, do sentido, Glândulas
- intensidade habilidades, sudoríparas
- duração aptidões Sistema nervoso
Cargas parciais: individuais central, Pele
-simultaneamente Solicitação sentida
-sucessivamente Pelo trabalhador
Formas de solicitação (Sell, 2002)

Solicitação Física Solicitação Psíquica


Solicitação muscular Solicitação mental
dinâmica pesada
Solicitação muscular Solicitação sensorial
dinâmica unilateral
Solicitação muscular estática Solicitação discriminatória

Solicitação do esqueleto, Solicitação combinatória


tendões e ligamentos
Solicitação sensório-nervosa Solicitação dos órgãos
(hormonal) eferentes
Solicitação do sistema Solicitação emocional
circulatório
Solicitação somática
Modelo conceitual de cargas e solicitações no
trabalho ampliado (Sell, 2002)
Quantidades Limite do
Duração e Individuais: Valores efeito da
Composição -propulsão característicos prática e do
Limiar de
das cargas (concentração das funções efeitos
treinamento,
parciais: motivação) fisiológicas e maléficos
limite de
-Simultâneas -Disposição bioquímicas
rendimento a
--Sucessivas (capacidade longo prazo
habilidade,
aptidões)

Cargas  treinamento
parciais Cargas Ação Solicitações Danos
Adaptação corporais
provenientes:
-tarefa
resultado  fadiga
-ambiente
Indicadores para
avaliação de solicitações

Trabalho físico Trabalho intelectual


FC repouso, FC FC, potenciais de ação
durante o trabalho, FCdo cérebro,
recuperação, PA, movimentação dos
temperatura corpórea, olhos, potencial de
fadiga, ação dos músculos,
tremor, fadiga, 
 hormônios (exame hormônios (exame
bioquímico), sensação bioquímico), sensação
de solicitação de solicitação
Formas básicas de trabalho humano e seu
conteúdo específico (Rohmert, 1983)

Formas de Conteúdo Exemplo Órgãos, Conceito na


trabalho específico do capacidades fisiologia do
humano trabalho solicitadas trabalho
Predominan- Geração de Transporte Sistema Trabalho
temente forças de bens muscular físico
corporal Coordenação Guiar Sistema Trabalho
sensório veículos, muscular e sensório
motora montagem órgãos do motor
de peças sentido
Formas básicas de trabalho humano e
seu conteúdo específico (Rohmert, 1983)
Formas de Conteúdo Exemplo Órgãos, Conceito na
trabalho específico do capacidades fisiologia do
humano trabalho solicitadas trabalho
Predominan- Transformar Atividade de órgãos dos Trabalho
temente não informações controle sentidos predominan-
corporal ou em reações temente não
informacio- Transformar Programar, órgãos dos corporal
nal informações traduzir, sentidos,
de entrada atividades capacidades
em administrati- mentais
informações vas
de saída
Geração de Redigir, criar, capacidades Trabalho
informações projetar e intelectual
habilidades
mentais
Critérios de Avaliação do trabalho
Humano
Ser realizável Problema antropométrico,
psicofísico e técnico

Problema da Fisiologia e da
Ser suportável Medicina do Trabalho
e técnico

Ser pertinente Problema sociológico e


econômico

Trazer satisfação Problema psicossocial e


econômico
Promover
desenvolvimento Problema psicossocial,
do indivíduo educacional e motivacional
Prescrição de Exercícios

• Perfil dos trabalhadores;


• Necessidades demandadas pela execução
da atividade laboral para a sua recuperação
física e mental;
• Laudo Ergonômico;
• Estabelecer objetivos e metas reais a curto,
médio e longo prazo.
Perfil do Trabalhador

• Dados pessoais
• Dados profissionais
• Indicadores gerais de saúde
• Atividade física habitual
Laudo Ergonômico

• Setor
• Descrição da atividade
• Avaliação qualitativa do movimento
• Equipamentos
• Descrição do processo
• Conclusão
Objetivos

Metas %
Problema levantado Curto Médio longo
 nº acidente no trabalho

 nº doenças ocupacionais

 consumo de medicamentos

 absenteísmo

 Produtividade

Outros
GLE – Duração, Freqüência e Tipo

• Atividade exercida
• Necessidade de pausa
• Posto de trabalho
• Carga de trabalho
• Nº de exercícios
Mãos a obra:
Vamos exercitar
Profª Drª Deise Guadelupe de Lima
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Deptº de Economia e Administração – CCHS
Campus Universitário, Unidade 10
Campo Grande – MS
CEP: 79090-900
E-mail: guadalup@nin.ufms.br
Fone: (67) 3345 3564

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