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____________________________________________________________ Cristina Carapeto
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____________________________________________________________ Cristina Carapeto
Apesar de as cadeias alimentares não existirem isoladas, antes apresentarem
diversas interligações, existem dois tipos básicos caracterizados de acordo com os
organismos que as constituem. A uma cadeia alimentar que se inicia nas plantas
fotossintéticas dá-se o nome de cadeia alimentar de pastoreio. A uma cadeia
alimentar cuja base é a matéria orgânica morta dá-se o nome de cadeia alimentar
de detritos. Na cadeia alimentar de pastoreio podem ainda distinguir-se
esquematicamente dois subtipos: as cadeias de predadores e as cadeias de
parasitas. À medida que se avança numa cadeia alimentar de predadores, os
indivíduos tornam-se cada vez maiores e, de um modo geral, cada vez menos
numerosos. As cadeias alimentares de parasitas funcionam de modo inverso
conduzindo a organismos de tamanho cada vez mais reduzido e cada vez mais
numerosos. Contudo, do ponto de vista da energia, ambas são idênticas: um
parasita de uma planta fotossintética será um consumidor de primeira ordem,
enquanto os parasitas dos animais serão consumidores de 2ª, 3ª ou 4ª ordem,
consoante o animal que lhes serve de hospedeiro.
Cadeia
Herbívoros Predadores alimentar
de pastoreio
Luz
Plantas
solar
Cadeia
Detritívoros Predadores alimentar
de detritos
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À medida que a matéria orgânica é decomposta, libertam-se elementos químicos
que são lançados novamente no ambiente no seu estado inorgânico, podendo ser
novamente reabsorvidos pelos organismos autotróficos. Portanto, existe um ciclo
contínuo de nutrientes que se inicia no ambiente, passa pelos organismos e
regressa de novo ao ambiente. Em contrapartida, a energia gasta neste processo
perde-se como calor, libertado por esses mesmos organismos. Em resumo, todas as
cadeias alimentares, teias alimentares e níveis tróficos, iniciam-se nos produtores e
estes devem ter condições ambientais apropriadas para suportar o seu próprio
crescimento. As populações de organismos heterotróficos, incluindo o ser humano,
estão, em última análise, limitadas pela produção das plantas. Se, por algum motivo,
a capacidade produtiva das plantas diminuir, todos os outros organismos nos níveis
tróficos mais elevados também verão as suas populações diminuírem.