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Biossegurança

em
Serviços de Saúde

Profa. Aline Duarte


aline@unoeste.br
Texto Base
• Hirata, Mario Hiroyuki; Mancini Filho, Jorge; Hirata, Rosario
Dominguez Crespo, Manual de biossegurança. Editora(s)
Manole.

• Teixeira, Pedro; Valle, Silvio, Biossegurança: uma abordagem


multidisciplinar. Editora(s) Fundação Oswaldo Cruz.

• HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e Controle de


Infecções - Risco Sanitário Hospitalar, 2ª edição. Guanabara
Koogan, 2012. VitalBook file.
Biossegurança

“É um conjunto de medidas voltadas para prevenção,


minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços que podem comprometer a saúde do
homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos”.
BIOSSEGURANÇA: Conceito

Conjunto de AÇÕES

Prevenção Minimização Eliminação RISCOS

Atividades que possam comprometer a SAÚDE


do homem, animais, meio ambiente ou qualidade
do trabalho desenvolvido.
Atividade!
• Programa de biossegurança em Serviços de Saúde
Grupos: vídeo
Roteiro:
- Roteiro - o vídeo deverá abordar os temas:
- -Medidas de precaução-padrão para Profissionais da Saúde;
- -Técnica da Lavagem das mãos;
- -EPI e EPC a nível hospitalar, clínicas e laboratórios;
- -Imunização;
- -Acidentes com material biológico (exposição a material biológico,
acidentes com pérfuro-cortantes);
- -Gerenciamento de resíduos sólidos.
BIOSSEGURANÇA E A LEI

• BRASIL: Processos envolvendo organismos


geneticamente modificados.

• LEI – 8.974 DE 5 DE JANEIRO DE 1995


RISCO e PERIGO

• RISCO é o perigo mediado pelo conhecimento que se tem


da situação. É o que temos como prevenir.

• PERIGO É o desconhecido ou mal conhecido.

ACIDENTES
“Profissionais da saúde são todos os indivíduos que
desempenham atividades que envolvem contato com
pacientes, sangue ou outros fluidos orgânicos, em ambientes
de assistência à saúde, laboratórios e correlatos”
DE ONDE VÊM A FALTA DE
CONHECIMENTO?
• Instrução inadequada;

• Supervisão ineficiente;

• práticas inadequadas;

• mau uso de EPI;

• trabalho falho;

• não observação de normas.


Norma Regulamentadora 32

• NR 32 estabelece as diretrizes básicas para a


implementação de medidas de proteção à segurança
dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
Áreas de risco

• Áreas críticas

• Áreas semi-críticas

• Áreas não-críticas
Tipos de Risco

Grupo 1: Riscos físicos

Grupo 2: Riscos químicos

Grupo 3: Riscos biológicos

Grupo 4: Riscos ergonômicos

Grupo 5: Riscos de acidentes


Mapa de Risco
Risco Biológico

• Agentes de risco biológico são microorganismos


(bactérias, fungos, vírus, parasitos) que, ao invadirem o
organismo humano, causam algum tipo de patologia
(tuberculose, AIDS, hepatites, tétano, micoses).
Via Digestiva

• Boca, alimentos, água, utensílios de cozinha, ovos de


lombrigas, ovos de tenia (solitária), bactérias de diarréia
infecciosa, vírus da hepatite, cistos, amebas, fórmulas
lácteas, mamadeiras e bicos.
Via Respiratória
• Inalados através do nariz, como o bacilo da
tuberculose, vírus da gripe, vírus do sarampo e da
catapora, bactéria da coqueluche e da difteria.

• Procedimentos invasivos, nebulização, traqueostomia,


aspiração traqueal, intubação e assistência ventilatória.
Pele

• Contato com o solo ou a água que contenham agentes


infecciosos: através da picada de insetos, agulhas,
instrumentos contaminados pela tricotomia (nos
preparos pré-operatórios).
Via genital e urinária

• Genital: por contato direto com pessoas contaminadas


como por bactérias da sífilis e da gonorreia.

• Urinário: por meio de procedimentos como


cateterismo vesical ou irrigações
Via ocular

• Contato de gotículas ou aerossóis Infectados com a


mucosa ocular.
Modos de Transmissão
• CONTATO
- Indireto: mãos – material – paciente
- Direto: mãos – paciente

• GOTÍCULAS: fala, tosse, espirro


- Depositam-se a curta distância na conjuntiva, mucosa oral
ou nasal.

• AÉREO: tosse, espirro; poeira, descamação de pele, pús.


Exempos: rubéola, varicela, sarampo, meningite
Precauções Padrão

• Devem ser aplicadas no atendimento a todos os


pacientes, na presença de risco de contato com sangue,
fluídos corpóreos, secreções, excreções, pele com
solução de continuidade e mucosas.
Precauções Padrão

• Higienização das mãos


• Luvas
• Máscara e óculos de proteção
• Avental
• Artigos e equipamentos de assistência ao paciente
• Material pérfuro-cortante
• Ambientes
• Roupas
• Quarto privativo
Risco Químico

• “É o perigo a que determinado indivíduo está exposto


ao manipular produtos químicos (substâncias,
produtos) que podem causar-lhe danos físicos ou lhe
prejudicar a saúde”.
Via Respiratória
• Poeiras, fumos, gases, vapores, neblina, névoas
Rotulagem
Rotulagem

Tóxicos (T) / Muito Tóxicos (T+)

Ao serem introduzidos no organismo por inalação, absorção ou


ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.
Rotulagem
Agentes Químicos - efeitos

• Irritantes e/ou corrosivos: provocam alterações na pele


ou mucosas (cimento, ácidos, bases).

• Asfixiantes: impedem o organismo de obter ou utilizar o


oxigênio do ar atmosférico (monóxido de carbono,
cianetos).

• Narcóticos: produzem inconsciência (clorofórmio,


éteres, álcoois, acetonas).
Agentes Químicos - efeitos

• Neurotóxicos: produzem alterações no sistema nervoso


(anilina, chumbo, mercúrio, benzeno, solventes em
geral).

• Carcinogênicos: produzem tumores malignos (amianto,


benzeno, cádmio, cromo).
Risco Físico

• Ruído, vibração, temperaturas extremas, pressões


anormais, radiações, quedas.
Risco Ergonômico
• Os agentes ergonômicos podem provocar distúrbios
psicológicos e fisiológicos no trabalhador.

• Os danos ocasionados podem prejudicar, além de sua


produtividade, a sua segurança.
Risco de acidentes (mecânico)
• Com máquinas, equipamentos, ferramentas e outros
materiais de uso.

• Irregularidades que favorecem a ocorrência de danos à


saúde do trabalhador.
NORMAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA
• Garantir a segurança da instituição e dos profissionais que
nela trabalham.

• A segurança é uma responsabilidade conjunta.

• A educação sobre segurança e controle das infecções deve ser


prioridade em todos os serviços.

• Os profissionais devem receber e manter atualizadas as


imunizações: vacina tríplice viral , influenza, dTpa (difteria,
tétano, coqueluche acelular), hepatite B, Varicela (catapora).
NORMAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA

• A responsabilidade dos profissionais em fisioterapia variam


desde controle de infecções aos riscos de acidentes com
equipamentos, até radiação não ionizante.

• Treinamento visando conscientizar o fisioterapeuta a utilizar


da melhor forma a mecânica corporal e da importância do uso
dos EPI´s.

• Realizar treinamento de procedimentos de desinfecção e


higienização.
NORMAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA
• Prender cabelos longos; proteger barba;
• Evitar o uso de calçados abertos;
• Manter unhas cortadas;
• Evitar usar joias ou adereços;
• Evitar o uso de lentes de contato;
• Lavar as mãos;
• Não comer e beber em ambiente laboratorial;
• Não fumar, aplicar cosméticos nem pentear os cabelos
em ambiente laboratorial.
Barreiras de
contenção
primárias
Barreiras de
Contenção
secundárias

• Dimensionamento de área
• nº de funcionários
• quantidade de equipamentos
• facilidade de acesso
Medidas de higiene pessoal
• Lavagem das mãos!!

• Situações ??

• Antissepsia: processo de eliminação ou inibição do crescimento de


microrganismos em pele e mucosa.

- Antisséptico: são formulações germicidas hipoalergências e de


baixa causticidade, destinadas ao uso em pele ou mucosas (álcool
70% + 2% de glicerina).

- Degermação: remoção de sujidade visível por meio do uso de água


e substância degermante.
Medidas de higiene pessoal
• Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói parcialmente
os microrganismos patogênicos de objetos inanimados e
superfícies, exceto os esporos que não são necessariamente
destruídos (camada que protege a bactéria e é responsável pela
resistência).

• Esterilização: é processo de destruição total de todas as formas de


vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas,
fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou
químicos.
Infecções relacionadas à assistência
à saúde (IRAS)
• Impacto em relação à morbimortalidade e aos excessos de
custo.
• Infecções de sítio cirúrgico (ISC) – Ex.: implantes
• Infecção da corrente sanguínea (ICS)
• Infecção do trato respiratório
• Infecção do trato urinário
Agência Nacional de
Vigilância Sanitária
Infecções de sítio cirúrgico (ISC)
Infecções primárias de corrente sanguínea
relacionada a cateteres

• impacto em relação à morbimortalidade e aos excessos de


custo pode ser ainda mais expressivo do que o evidenciado
pela literatura estrangeira.
• sítios de infecção
• modos de transmissão de infecção

Agência Nacional de
Vigilância Sanitária
Infecções relacionadas à
assistência à saúde
• Estratégias de melhoria contínua:

- Higienização das mãos antes e após o manuseio do acesso


vascular

- Precauções de barreira máxima: higienização das mãos, uso


gorro, máscara, avental e luvas estéreis e campos estéreis
grandes que cubram o paciente.

- O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização


das mãos!!
Infecções relacionadas à
assistência à saúde
• Pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV):
- incidência de pneumonia aumenta com a duração da ventilação
mecânica (33% dos pacientes com PAV morrem em decorrência
direta desta infecção).
- A PAV é geralmente de origem aspirativa (microaspirações –
invasão microbiana).
Infecções relacionadas à
assistência à saúde
• Acúmulo de água condensada e contaminada no circuito do
ventilador;

• Manipulação descuidada - penetrar na traqueia do paciente.


Infecções relacionadas à
assistência à saúde
• Medidas de prevenção:
- higiene das mãos

- Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45 graus;

- Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível;

- Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica);

- Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral);


Infecções relacionadas à
assistência à saúde
• Troca de circuito do ventilador mecânico quando houver sujidade
ou mau funcionamento do equipamento;

• Umidificadores;

• Sistema de aspiração;

• Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação;

• Monitorizar pressão de cuff;

• Traqueostomia precoce.
Pilares estratégicos de ação
1) Promover a adesão a práticas baseadas em evidência,
educando, implementando e realizando investimentos;
2) Aumentar a sustentabilidade por meio de alinhamento
de incentivos financeiros e reinvestimento em
estratégias que demonstrarem sucesso;
3) Preencher as lacunas de conhecimento para responder
a ameaças emergentes por meio de pesquisas básicas,
epidemiológicas e translacionais;
4) Coletar dados para direcionar esforços de prevenção e
mensurar os progressos.
Gerenciamento dos resíduos sólidos
dos Serviços de Saúde
• Destinar corretamente esses resíduos é responsabilidade
de seus geradores.

• Anvisa: Resolução da Diretoria Colegiada (RDC


n.306/2004)- resíduos gerados nos serviços de saúde
(RSS).

• Preservar a saúde pública e a qualidade do ambiente!


Classificação dos resíduos sólidos
(Conama) – Resolução 283/01
• Os resíduos sólidos são classificados em quatro classes (A, B, C e
D):

- Classe A – Resíduos infectantes (biológico): aqueles que


apresentam maior grau de virulência, inventividade e
concentração de patógenos, representando risco potencial
adicional à saúde publica.

- Classe B – Resíduos químicos: resíduos que apresentam risco à


saúde e ao meio ambiente em razão de suas características
químicas.
Classificação dos resíduos sólidos
(Conama) – Resolução 283/01

- Classe C – Rejeitos radioativos: qualquer resíduo contaminado


com elemento radioativo em quantidades superiores aos limites de
isenção.

- Classe D – Resíduos comuns: todos aqueles que não se enquadram


nos grupos anteriormente descritos.
Resíduos perfuro cortantes (classe A)
• Deverão ser descartados em recipientes que atendam aos padrões
estabelecidos pela NBR 13.853 da ABNT e IPT-NEA-55.

• Os perfuro cortantes são responsáveis por até 35% dos acidentes


relatados em hospitais.
Resíduos Recicláveis (classe D)

• Reciclagem: um método de reprocessamento de materiais


úteis como vidro, plásticos, papéis, papelão, metais que não
tenham entrado em contato com o paciente.

• Reduz o volume de resíduos a ser tratado, menor custo para


construção, manutenção e operação dos sistemas de
destinação final dos resíduos sólidos.
• A respeito dos modos de transmissão de contaminação por agentes
biológicos, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa
correta.

Transmissão do agente infeccioso pode ocorrer a vários hospedeiros por


meio de um veículo comum, como por exemplo um alimento
contaminado,
PORQUE
A via respiratória é uma porta de entrada para agentes biológicos.

Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta:


a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a
primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.

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