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Volume 14 – Nº 3 – Setembro / Dezembro de 2020

Ensino de Química e Aplicativos Educacionais: elaboração de


material didático.

Saymon da Silva Almeida


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – Campus Centro
saymon.g.a@hotmail.com

Valéria de Souza Marcelino


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – Campus Centro
vmarcelino67@gmail.com

Cassiana Barreto Hygino Machado


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – Campus
Avançado São João da Barra
cassiana.h.machado@iff.edu.br

Resumo
Cada vez mais as tecnologias estão presentes no cotidiano e os estudantes mais
conectados. Os dispositivos móveis, como smartphones, são muito populares e com
isso o uso de aplicativos é cada vez mais frequente. Entretanto, muitos professores
ainda não inseriram as tecnologias digitais em suas aulas. No ensino de Química, o
uso destes recursos pode minimizar o problema dos conteúdos e modelos abstratos.
A presente pesquisa tem como objetivo selecionar e avaliar aplicativos educacionais
para aulas de Química, dos três anos do Ensino Médio, bem como desenvolver um
material didático. Para isso, foram selecionados aplicativos para a disciplina em
questão, obedecendo a critérios específicos, e em seguida, avaliados por
licenciandos em Química, em um minicurso. Neste artigo são apresentados os
resultados provenientes dessa seleção e a avaliação daqueles destinados ao
primeiro ano do Ensino Médio. A partir das análises, foi possível perceber a
relevância de uma criteriosa seleção dos aplicativos e da dificuldade de se encontrar
em um único aplicativo todos os requisitos desejáveis, o que justifica a importância
de trabalhos como este. Os aplicativos selecionados, junto a suas respectivas
avaliações, foram estruturados em uma revista digital, que apresenta também
tutoriais de utilização sobre cada um destes.

Palavras-chave: Ensino de Química, Mobile learning, Aplicativos.

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Abstract
More and more technologies are present in everyday life and students are more
connected. Mobile devices, such as smartphones, are very popular and with that the
applications’ use is most frequently. However, many teachers have not yet
introduced digital technologies in their classes. In chemistry teaching, the use of
these resources can minimize the problem of abstract content and models. This
research aims to select and evaluate educational applications for Chemistry classes,
from the three years of high school, as well as to develop a didactic material. For
that, applications were selected for the discipline in question, by specific criteria, and
then evaluated by undergraduates in Chemistry, in a short course. This article
presents the results of this selection and the evaluation of applications destined for
the first year of high school. From the analysis, it was possible to perceive the
relevance of a careful applications’ selection and the difficulty of finding all desirable
requirements in a single application, which justifies the importance of works like this.
The selected applications and their respective evaluations were structured in a digital
magazine, which also presents tutorials about their use.

Keywords: Chemistry Teaching, Mobile learning, Applications.

Introdução
No que se refere ao ensino de Química, sabe-se que este é caracterizado por seus
conteúdos abstratos, apresentados aos alunos por meio de modelos, que são
concebidos, normalmente, como representações da realidade. Muitas vezes, por se
apresentarem distantes da representação dos modelos científicos, levam a
distorções e dificuldades na aprendizagem (GIORDAN, 2003; NICHELE; CANTO,
2014), o que também tem provocado grande desinteresse pela disciplina em
questão (CACHAPUZ, 2005; SASSERON; MACHADO, 2017).
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Outro importante aspecto a se considerar é que, atualmente, os alunos


apresentam um padrão cognitivo diferente daqueles de décadas passadas, pois
estão constantemente expostos aos mais diferentes tipos de mídias digitais
(PRENSKY, 2009), as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDCI) se
tornaram uma realidade na vida das pessoas e consequentemente no contexto
educacional.
Um dos caminhos para a superação destas dificuldades é a adoção de
aplicativos educacionais nas aulas de Química, os quais estão disponíveis em
dispositivos móveis. Os dispositivos móveis são bastante populares entre os jovens
da sociedade atual, e tem despertado interesse pedagógico. A área de pesquisa que
investiga o seu uso no processo de ensino e aprendizagem é o Mobile Learning
(SILVA; BATISTA, 2015). Segundo documento da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de 2014, os aparelhos móveis
são as tecnologias da informação e comunicação mais onipresente e bem-sucedida
da história da humanidade. Elas existem em grandes quantidades, em lugares onde
livros e escolas são escassos. Em menos de uma década, as tecnologias móveis se
espalharam para os lugares mais longínquos do planeta (UNESCO, 2014).
O desafio que se destaca é que os professores ainda não costumam adotar
as TDIC em suas aulas, como aliados na promoção de um ensino mais motivador e
que propicie uma aprendizagem adequada, e isso inclui os dispositivos móveis. O
que se observa é a predominância de um modelo de ensino tradicional em esfera
prática, apesar de sua superação em esfera teórica (MARCELINO et al., 2013).
Moran (2017, p. 21) afirma que “[..] o papel do professor hoje é muito mais
amplo e complexo [..]”, ele deve atuar como orientador e mediador da
aprendizagem. O autor citado ainda afirma que uma consequência disso é a
necessidade de formação inicial e continuada, dentre outras áreas, em tecnologias
digitais, tais como os aplicativos educacionais.
Nesse sentido, este artigo apresenta um trabalho desenvolvido no âmbito de
um projeto de Iniciação Científica em um Instituto Federal do estado do Rio de
Janeiro, o qual se desenvolveu a partir da seguinte questão: como contribuir para a
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adequada adoção de aplicativos educacionais, por parte dos professores de


Química?
A fim de responder a esta questão foi proposto o seguinte objetivo:
selecionar e avaliar aplicativos educacionais para aulas de Química, dos três anos
do Ensino Médio, bem como desenvolver um material didático. Para que este
objetivo fosse alcançado, foram realizados levantamentos na literatura sobre uso de
dispositivos móveis e aplicativos educacionais no ensino de Química, foram
selecionados aplicativos que abordassem conteúdos referentes aos três anos do
Ensino Médio. Para a avaliação dos aplicativos, foi elaborado e ministrado um
minicurso, tendo como público alvo licenciandos em Química. Foi elaborada uma
revista digital, direcionada aos professores da disciplina em questão, que queiram
adotar os aplicativos educacionais em suas aulas. Este artigo apresenta a seleção
dos aplicativos e a avaliação daqueles destinados ao primeiro ano do Ensino Médio.

Aplicativos Educacionais no Ensino de Química


No que se refere ao ensino de Química, normalmente este trata de duas
fenomenologias, uma de natureza macroscópica e outra de natureza
submiscroscópica. A correlação entre estas duas instâncias é a principal hipótese
que sustenta o paradigma atômico-molecular e é também um dos eixos estruturais
para se construir significados e compreender os conteúdos de Química (GIORDAN,
2003).
Um problema a ser ressaltado é que, muitas vezes, as escolas e os
professores não disponibilizam de recursos adequados para levar os alunos a
construírem esses significados e compreenderem os fenômenos químicos
estudados. Uma possibilidade para auxiliar na superação desta dificuldade é
apresentada na literatura da área, trata-se da adoção de aplicativos ou softwares
educacionais, os quais podem ser utilizados no celular do aluno, isso vai ao encontro
da perspectiva Bring Your Own Device (BYOD), em português, “Traga seu Próprio
Dispositivo”, na qual, no contexto escolar, os estudantes levam para a sala de aula

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seus dispositivos móveis para acessar dados e informações (MUCHENSKI;


MIQUELIN; SILVA, 2017).
Nichele e Canto (2018, p. 9) constataram que a adoção de estratégias com
uso de aplicativos específicos para o ensino de Química revelou o potencial dos
smartphones e tablets para proporcionar aos alunos desta disciplina, “[..] a vivência
com a representação de estruturas moleculares tridimensionais, propiciando a
“manipulação” e interação virtual com essas estruturas, colaborando para uma
compreensão mais sólida dessa ciência.”
Pesquisas relatam que os aplicativos educacionais, no âmbito do Ensino de
Química, possibilitam visualizações tridimensionais e com isso uma compreensão
mais clara das representações microscópicas e uma visão mais ampla do que até
então era só por meio do imaginário (JAÑA et al., 2015; SILVA et al, 2017 e RAUPP;
SERRANO; MOREIRA, 2009).
Além das questões que envolvem a abstração dos conteúdos e modelos, é
fundamental o uso pedagógico adequado destes aplicativos educacionais. Isso
implica na adoção de aplicativos por parte dos professores que apresentem a
possibilidade de os alunos atuarem de forma ativa, ao invés de adotar aplicativos
que sejam apenas uma outra forma de leitura dos conteúdos. A aprendizagem será
mais efetiva ao passo que o professor busca romper com práticas tradicionais de
ensino, adotando de preferência um modelo de ensino investigativo, o qual tem
como principal fundamento partir de um problema para desenvolver suas aulas.
Nessa perspectiva é possível desenvolver habilidades nos estudantes que os levem
a ter um papel ativo e intelectual na construção de seu conhecimento (ZOMPÊRO;
LABURÚ, 2011; MATEUS, 2015).
Neste cenário educacional que alia tecnologias digitais por meio dos
aplicativos educacionais, o papel do professor é determinante para aproveitar ao
máximo a tecnologia e criar configurações educacionais que facilitem a
aprendizagem e promovam a participação ativa dos alunos durante as aulas de
Química (JAÑA et al., 2015).

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Para que professores possam se valer dos aplicativos educacionais e por


conseguinte os dispositivos móveis em suas aulas, é necessário que tenham uma
adequada formação. Diretrizes de políticas da UNESCO para a aprendizagem móvel
recomendam que devem-se criar ou atualizar as políticas referentes ao uso da
aprendizagem móvel, de forma que seja inserida no contexto educacional. Afirmam
que sem orientação e capacitação, os professores frequentemente utilizam a
tecnologia para “fazer coisas velhas de formas novas”, ao invés de transformar e
melhorar abordagens de ensino e aprendizagem (UNESCO, 2014, p.33).
Para uma boa utilização dos aplicativos em sala de aula, além de se
trabalhar com uma metodologia de ensino adequada, para se obter uma
aprendizagem mais efetiva, é preciso realizar uma boa seleção destes, em função
dos objetivos a serem alcançados (ANDRADE; ARAÚJO JR; SILVEIRA, 2017).
Mateus (2015, p. 175) considera que um novo recurso mediacional, como um
aplicativo educacional, “[..] não traz somente potencialidades, mas também
limitações na ação’.
Neste trabalho, os critérios que serão considerados na avaliação dos
aplicativos educacionais para as aulas de química são: i) usabilidade/questões
operacionais; ii) questões pedagógicas; iii) conteúdos de química. Seguiu-se, de
forma adaptada, a metodologia de avaliação dos aplicativos construída por Silva e
Batista (2015).

Metodologia
Essa pesquisa apresenta caráter qualitativo, pois propõe analisar os aspectos, não
com o intuito somente de validar a hipótese criada, mas sim compreender a
construção e relação entre as ideias (BOGDAN; BIKLEN, 1994).
A pesquisa se desenvolveu em 4 etapas: i) seleção prévia dos aplicativos de
acordo com critérios pré-estabelecidos; ii) elaboração do minicurso para avaliação
dos aplicativos previamente selecionados, iii) análise dos dados coletados neste
minicurso, e iv) elaboração do material didático, no formato de uma revista.

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A primeira etapa visou a seleção dos aplicativos na loja de aplicativos e será


descrita nos resultados.
A segunda etapa da pesquisa consistiu na elaboração e aplicação do
minicurso, realizado em um Instituto Federal do estado do Rio de Janeiro,
totalizando 4 horas de duração e contou com 20 licenciandos do curso de
Licenciatura em Ciências da Natureza. O minicurso foi dividido em 5 momentos, de
acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 – Descrição detalhada dos momentos do minicurso e das ações promovidas no mesmo.
(Fonte: Do Autor, 2019).
Momento Ação desenvolvida Como a ação foi desenvolvida
1º Coleta de dados inicial Questionário inicial, a fim de conhecer a
concepção prévia dos participantes a respeito do
uso dos dispositivos móveis, aplicados na
educação, com cinco questões de múltipla escolha
e três dissertativas.
2º Exposição teórica Apresentação no Prezi sobre importância do uso
de aplicativos nas aulas de química/ m-learning
3º Apresentação e teste O pesquisador utilizou seu smartphone e o
dos aplicativos pelo programa Conectar1 como ferramenta, que permitiu
pesquisador a transmissão da tela do Android para o
computador, possibilitando através do cabo HDMI,
a reprodução da imagem do computador para
projetor.
4º Teste dos aplicativos Distribuição de tablets da marca Samsung,
pelos participantes disponibilizados pelo Instituto. Com isso, tornou-se
possível cada participante testar individualmente,
em suas respectivas carteiras, aplicativo por
aplicativo
5º Coleta de dados final/ Ficha de avaliação com questões adaptadas de
avaliação dos Silva e Batista (2015) para avaliar os aplicativos e
aplicativos e percepção questões finais, para colher informações
acerca do minicurso subsequentes ao minicurso aplicado.

Na terceira etapa, foi realizada a análise dos dados obtidos durante o


minicurso, isto é, a avaliação dos aplicativos pelos licenciandos, os quais fizeram
uso de uma ficha de avaliação adaptada de Silva e Batista (2015). Esta ficha avalia
questões operacionais de usabilidade do aplicativo; sobre a relevância dos
conteúdos químicos abordados no aplicativo, bem como, a existência de erros
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conceituais; e sobre os aspectos pedagógicos envolvidos ao se adotar o aplicativo


em sala de aula. A ficha contém todas as questões com possíveis respostas: Não se
Aplica (NA), Discordo Completamente (DC), Discordo (D), Não Concordo Nem
Discordo (NC/ND), Concordo (C) e Concordo Completamente (CC).
Assumindo que todas as afirmações respondidas possuíam o mesmo peso,
as respostas dos 20 participantes foram passadas para porcentagem. Sendo assim,
todo avaliador possuía uma contribuição de 5% a cada resposta dada. Após o
minicurso, foram contabilizadas item por item e as respostas que obtiveram mais
votos foram destacadas através do aumento da fonte da tipografia escolhida, além
da mudança na coloração, a fim de facilitar a distinção em meio às outras
porcentagens.
Na quarta etapa da pesquisa, foi elaborada a revista, com o objetivo de ser
um material didático para o professor. Servir como um guia para utilização dos
Smartphones e aplicativos educacionais em sala de aula.
Neste artigo são apresentados os resultados provenientes da seleção dos
aplicativos para o Ensino Médio e a avaliação dos aplicativos destinados ao primeiro
ano do Ensino Médio, pelos participantes, com base em Silva e Batista (2015), com
dados coletados no 5º momento do minicurso.

Resultados e Discussões
Os resultados estão divididos em duas partes: i) seleção dos aplicativos e ii)
avaliação durante o minicurso, por licenciandos em Química, dos aplicativos
selecionados para o 1º ano.
Seleção dos aplicativos - A seleção dos aplicativos foi realizada entre os
dias 15/11/2018 e 3/04/2019, se deu com base em palavras-chave de temas
consagrados no ramo da Química, que continham caráter abstrato. Foram testados
431 aplicativos e selecionados apenas 12, de acordo com os seguintes critérios:
Fossem gratuitos; funcionassem off-line; possibilidade de exploração investigativa;

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possuíssem conceitos químicos corretos; fossem em português ou não exigissem a


constante leitura para seu uso.
A busca pelos aplicativos foi realizada na loja de distribuição oficial
PlayStore, a partir de palavras-chave oriundas dos conteúdos químicos, que permitiu
a instalação de diversos aplicativos, de acordo com a palavra sugerida.
Foi instalado e desinstalado aplicativo por aplicativo, obedecendo aos
critérios estabelecidos, já listados. Dos 431 aplicativos, excluiu-se 113 por
apresentarem meramente a reprodução de textos de livros didáticos, condizente
com um ensino tradicional e eliminou-se 251 aplicativos por exigirem muita leitura
para sua utilização em outro idioma, além de apresentarem falhas de Software e
incompatibilidade com o dispositivo móvel do pesquisador.
Outro aspecto que precisou ser levado em consideração foi a respeito da
confiabilidade conceitual, respeitando o critério “possuíssem conceitos químicos
corretos”, pois muitos dos aplicativos instalados possuíam erros referentes aos
conceitos químicos, que resultaram em uma nova exclusão de 14 aplicativos. Os
erros conceituais são considerados uma séria limitação ao uso de aplicativo no
ensino de Química (MATEUS, 2015)
Por fim, selecionou-se 12 aplicativos, dos 53 restantes, sendo selecionados
os que possuíssem mais recursos na abordagem do conteúdo ao qual se destinava
a explicar e permitissem um maior grau de interatividade entre o estudante e o
aplicativo, o que possibilita uma postura mais ativa por parte deste estudante. Desta
forma, foram selecionados 3 aplicativos para cada ano de escolaridade e 3
aplicativos com caráter mais geral, que abordava conteúdos dos três anos do Ensino
Médio.
Seguindo cada palavra-chave sugerida, os aplicativos foram organizados no
Quadro 2, dispostos pelo nome, por ano de escolaridade, segundo as características
da natureza de cada aplicativo.

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Quadro 2 – Aplicativos selecionados. (Fonte: Do Autor, 2019).


Palavras-chave Aplicativo Ano de Escolaridade

Decaimento beta Nuclear 1º ano


Ligações químicas Átomos, elementos e moléculas 1º ano
Distribuição Configuração Eletrônica Química 1º ano
eletrônica
Reação química goREACT 2º ano
Reação química Beaker 2º ano
Equações químicas ChemistryAdvisor 2º ano

Molécula orgânica Mobile Molecular Modeling– Mo3 3º ano

Estrutura orgânica King Draw Chemical Structure Editor 3º ano

Fórmula molecular MolPrime 3º ano


de Linhas
Físico-Química Chesmistry&Physicssimulations 1º ano, 2º ano e 3º ano

Química Química 3d – CTI – Unesp 1º ano, 2º ano e 3º ano


experimental
Tabela periódica Tabela Periódica dos Elementos – 1º ano, 2º ano e 3º ano
Modern PTE

Houve uma nova busca dos mesmos aplicativos selecionados na loja virtual
App Store, da Apple, para usuários que utilizam sistema operacional iOS. Deste
modo, foram encontrados 6 aplicativos compatíveis em ambos sistemas (Android e
iOS), dentre os 12 escolhidos para os dispositivos móveis vinculados ao Google.
Avaliação dos aplicativos - Para avaliar os aplicativos selecionados,
utilizou-se como instrumento de coleta de dados uma ficha de avaliação, adaptadas
de Silva e Batista (2015).
Na Figura 2 é mostrada a avaliação dos aplicativos para o primeiro ano do
Ensino Médio. Será apresentada apenas a avaliação do primeiro ano por questão de
espaço. No entanto, a análise completa está presente na revista elaborada2.

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Figura 1 – Ficha de avaliação dos aplicativos. (Fonte: Do Autor, 2019)

A partir da avaliação dos licenciandos em Química é possível fazer


inferências sobre os aplicativos selecionados para o primeiro ano do Ensino Médio.
No que se refere ao primeiro bloco, questões operacionais de usabilidade, percebe-
se que os três aplicativos receberam avaliações próximas no que se refere a falhas
durante a sua utilização, atração visual e também relação a isenção dos anúncios.

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Em relação ao tutorial, apenas o aplicativo Configuração Eletrônica Química não


obteve uma boa avaliação. Sobre a facilidade de utilização, o aplicativo
Configuração Eletrônica Química obteve um percentual melhor, 65%, enquanto os
outros dois 40%. Essa diferença pode ser percebida, pois o aplicativo com melhor
avaliação apresenta um sistema informativo que acompanha o usuário em passos,
através de frases sequenciais, sobre qual é a próxima etapa que será realizada,
além de apresentar um Layout que se inicia bem simples e vai aumentando a
complexidade de sua estrutura, de acordo com os cliques dados na tela do
Smartphone. Já em relação ao critério cor e detalhamento em uma tela pequena, o
aplicativo Átomos, Elementos e Moléculas obteve uma média de 80%, valor bem
maior em relação aos outros dois. Essa grande diferença pode ser percebida, pois o
aplicativo apresenta um Layout hierarquicamente estruturado nas paletas de cores
em Azul e Branco. Uma parte da tela deste aplicativo é exclusivo para tópicos/textos
e a outra parte da tela é reservada para os modelos tridimensionais, respeitando
sempre as tonalidades pré-fixadas. Giordan (2008) afirma que fatores como a
mobilidade, interatividade e visualização presente em aplicativos, nesse caso
voltados à área da Química, possibilitam aos discentes ampliar suas compreensões
sobre os conteúdos.
No que se refere ao segundo bloco, conteúdos de química, foi possível
perceber que o aplicativo Átomos, elementos e moléculas apresentou uma maior
satisfação na avaliação, mais especificamente em relação aos conteúdos de química
serem apresentados de forma correta, a construção do conhecimento em detrimento
da memorização e o trabalho de forma gradativa com os conteúdos. De fato, por
este aplicativo apresentar os conteúdos tridimensionalmente bem elaborados,
através de um simulador, em que é possível visualizar, interagir, explorar e
relacionar diversos conceitos químicos, ele se destaca devido a sua aproximação
com a realidade das coisas, tanto no mundo macroscópico, com também no mundo
submicroscópico. Sendo assim, torna-se mais agradável sua utilização, comparados
a outros aplicativos que não possuem tanta relação do dia a dia do usuário com os
conceitos químicos. Foi possível perceber que o aplicativo possibilita o uso de
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representações visuais, as quais podem trazer contribuições para compreensão de


fenômenos abstratos explorados pela Química (GIORDAN, 2008)
E por fim no terceiro bloco, é notório a percepção que os três os aplicativos
são interativos e que permitem a realização de atividades extra classe, podendo ser
explorados pelos professores para despertar o interesse dos alunos pela Química.
Outro ponto, devido a divergência de ideias apresentadas, é que os usuários
relataram, durante o minicurso, que ficaram em dúvida se os aplicativos continham
mecanismos para apontar os erros possivelmente cometidos pelos alunos. Os
aplicativos Configuração Eletrônica Química e o Átomos, elementos e moléculas
possuem mecanismos de Feedback em casos de erro, porém evidenciou-se pelas
respostas que isso não está claro ao manusear os aplicativos.

Considerações Finais
Um dos caminhos para a superação de dificuldades no ensino de Química, como por
exemplo, o melhor entendimento de conteúdos abstratos e a maior compreensão de
modelos científicos, é a adoção de aplicativos educacionais, os quais estão
disponíveis em dispositivos móveis. O uso desses dispositivos no processo de
ensino e aprendizagem é alvo de estudos da área conhecida como M-Learning.
Este artigo apresentou a seleção de aplicativos educacionais para aulas de
Química e a avaliação daqueles destinados ao primeiro ano do Ensino Médio. Foi
possível constatar a importância de uma seleção criteriosa dos aplicativos, tendo em
vista o grande número de aplicativos analisados para se chegar, ao final, a 12
aplicativos considerados adequados para ser adotados em sala de aula. Da análise
apresentada, constatou-se que é difícil encontrar em um único aplicativo todos os
requisitos desejáveis, no que se refere aos aspectos operacionais e de usabilidade,
aos conteúdos ou questões pedagógicas. Dessa forma, o professor pode selecionar
os aplicativos que melhor atendam às necessidades propostas para as aulas,
valendo-se de critérios previamente estabelecidos.

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O resultado completo desta pesquisa está apresentado em uma revista


digital direcionada aos professores que possam se interessar em adotar este tipo de
recurso em suas aulas, pois é importante estar preparado para usá-los em um
contexto educacional, visto que no cotidiano dos alunos estes já são habituais.
A revista digital elaborada no programa Illustrator, da empresa Adobe
apresenta um layout atraente e está estruturada em 3 partes. A primeira aborda o
aporte teórico, na qual são tratados assuntos sobre o M-learning, bem como o
programa Conectar, a fim de minimizar as dificuldades provenientes da falta de
prática em manusear softwares. A segunda apresenta os 12 aplicativos
educacionais para o Ensino de Química, divididos em: 3 aplicativos para cada ano
do Ensino Médio e 3 aplicativos considerados interdisciplinares, que apresentam
potencial de serem utilizados em qualquer ano. E na terceira parte são apresentados
tutoriais de utilização, descrições, análises, recomendações, links e Qr codes
(Códigos de barras capazes de serem detectados por boa parte dos dispositivos
móveis) para o download, de cada aplicativo elegido.
Diante disso, destaca-se a relevância da divulgação de trabalhos como este,
tendo em vista que a realidade docente é caracterizada, muitas vezes, por uma
sobrecarga de trabalho que dificulta que o professor realize esta seleção de
aplicativos para adotar em suas aulas. Espera-se que a revista digital elaborada
possa ser adotada por professores de Química, contribuindo para o uso de
dispositivos móveis, em sala de aula de forma motivadora e pedagogicamente
apropriada, levando, assim, a melhorias na aprendizagem dos conteúdos
considerados abstratos da disciplina em questão.

1
Programa que já vem incluso nos sistemas operacionais Windows 10, que permite espelhar a tela
do celular para outro aparelho de reprodução de imagem e áudio.
2
A revista se encontra gratuitamente na plataforma digital de publicação, disponível neste link
https://linktr.ee/savaca.

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Volume 14 – Nº 3 – Setembro / Dezembro de 2020

Sobre os autores

Saymon da Silva Almeida


Licenciando em Ciências da Natureza, com
especialização na área de Química, pelo Instituto Federal
de Educação, Ciências e Tecnologia Fluminense,
Campus Centro.
Email: saymon.g.a@hotmail.com

Valéria de Souza Marcelino


Doutora em Ensino de Ciências, pela UENF. Professora
do Mestrado Profissional em Ensino e suas Tecnologias
no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia
Fluminense, Campus Centro.
Email: vmarcelino@iff.edu.br

Cassiana Barreto Hygino Machado


Doutora em Ensino de Ciências, pela UENF. Professora
do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física
no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia
Fluminense, Campus Centro. E Professora de Física do
Campus Avançado São João da Barra. Membro do
Núcleo de Pesquisa em Ensino de Física e Ensino de
Ciências (NPEF)
Email: cassiana.h.machado@iff.edu.br

Revista EducaOnline. Volume 14, Nº 3, Setembro/Dezembro de 2020. ISSN: 1983-2664. Este artigo foi submetido para
avaliação em 03/06/2020. Aprovado para publicação em 31/07/2020.

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Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ
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