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ART 3° - Considera-se microempresa ou empresa de pequeno porte:

I - No caso da microempresa, tem que vender, em cada ano calendário, até R$ 360.000,00
durante o ano calendário; e

II - No caso da empresa de pequeno porte tem que vender, em cada ano calendário, mais que
R$ 360.000,00 e pode vender até R$ 4.800.000,00.

Obs: Um detalhe muito importante, conforme a lei do Simples Nacional, para se considerar
uma empresa ME ou EPP, a lei utiliza como parâmetro o faturamento da empresa durante o
ano, e não se refere ao regime tributário; então se engana quem entende que só podem ser
consideradas como ME ou EPP somente quem está enquadrado no regime tributário Simples
Nacional. Entende- se que uma empresa enquadrada no regime tributário Lucro Presumido
que fature, em cada ano calendário, até R$ 360.000,00 será considerada uma ME e uma
empresa enquadrada no regime tributário Lucro Presumido que fature mais que R$ 360.000,00
e até R$ 4.800.000,00, em cada ano calendário será considerada uma EPP. Esse tipo de
observação é muito importante porque, conforme as regras do Simples Nacional, o regime
tributário Simples Nacional tributa as empresas pelo regime cumulativo, ou seja, a receita do
ano anterior acumula com a receita do ano atual e assim sucessivamente. Conforme as regras
do Simples Nacional, as empresas que podem ficar enquadradas nesse regime tributário são as
empresas que faturaram de forma acumulada até R$ 4.800.000,00; então caso a empresa já
tenha acumulado durante seu tempo de "vida" receita bruta mais de R$ 4.800.000,00 pelas
regras do Simples Nacional essa empresa será desenquadrada do regime tributário Simples
Nacional, logo essa empresa passará a ser enquadrada no regime tributário Lucro Presumido;
conforme já explicado anteriormente uma empresa enquadrada no regime tributário Lucro
Presumido, pode sim, ser considerada como uma microempresa - ME ou empresa de pequeno
porte - EPP, o porte da empresa não define o regime tributário que essa empresa será
enquadrada.

§ 1° Considera-se receita bruta a venda de mercadorias, produtos e prestação de serviços, não


incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

§ 3º  O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como


microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não
implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas
anteriormente firmados. 

§ 4° Não poderão estar enquadrada no regime tributário Simples Nacional:

I -Caso uma pessoa jurídica faça parte da sociedade;

II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no
exterior;

IV - Caso o titular ou algum dos sócios faça parte da sociedade de outra empresa, sendo que,
esse titular ou sócio tem 10% da sociedade da outra empresa e a outra empresa fature mais
que R$ 4.800.000,00 por ano.

V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com
fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;


XI  -  cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.  Nesse caso específico será
desconsiderado a personalidade jurídica e será considerado somente uma empresa.

§ 6° Caso a empresa esteja sob as situações dos incisos do § 4° a mesma será desenquadrada
do regime tributário Simples Nacional a partir do mês seguinte.

§ 9° Se no ano atual e antes de encerrar o ano atual a empresa durante o seu tempo de "vida"
faturar acumuladamente receita bruta no valor de R$ 5.760.000,00, a empresa será excluída
do regime tributário Simples Nacional a partir do mês seguinte.

§ 9°-A Se a empresa no ano atual durante o seu tempo de "vida" faturar mais de R$
4.800.000,00, mas inferior a R$ 5.760.000,00 a empresa será excluída do regime tributário
Simples Nacional somente no ano seguinte.

§ 14° Para ser considerada microempresa, em cada ano calendário, a empresa pode faturar até
R$ 360.000,00 no mercado interno, e pode acontecer de a empresa faturar mais R$ 360.000,00
de venda de exportação, não quer dizer que a empresa é obrigada a fazer venda de exportação
para ser considerada uma microempresa. Para ser considerada uma empresa de pequeno
porte, em cada ano calendário, a empresa pode faturar até R$ 4.800.000,00 no mercado
interno, e pode acontecer de a empresa faturar mais R$ 4.800.000,00 de venda de exportação,
não quer dizer que a empresa é obrigada a fazer venda de exportação para ser considerada
uma empresa de pequeno porte.

§ 15° Caso a empresa tenha vendas no mercado interno e vendas no exterior, será informado
de forma separada nas declarações, as vendas no mercado interno e as vendas no exterior,
sendo que, as vendas no mercado interno serão tributadas conforme a alíquota efetiva do
Simples Nacional; já as vendas no exterior serão tributadas utilizando as alíquotas do Simples
Nacional, mas retirando as alíquotas do PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI.

Exemplo: A empresa abc é um comércio, recolhe seus impostos pelo anexo I, o valor da receita
bruta dos últimos doze meses no mercado interno é R$ 1.500.000,00, o valor da receita bruta
dos últimos doze meses no mercado externo é R$ 500.000,00; a receita bruta mensal no
mercado interno é R$ 1.300.000,00 e a receita bruta mensal no mercado externo é R$
200.000,00, sendo assim, os cálculos serão efetuados, conforme abaixo:

Venda mercado interno: R$ 1.300.000,00 x 9,20% = R$ 119.600;

Venda no mercado externo: R$ 200.000,00 x 3,43% = R$ 6.860,00.

Total DAS R$ 126.460,00.

Outro Exemplo: A empresa def é uma indústria e recolhe seus impostos pelo anexo II, o valor
da receita bruta acumulada nos últimos doze meses no mercado interno é no valor de R$
700.000,00, o valor da receita bruta acumulada dos últimos doze meses no mercado externo é
no valor de R$ 200.000,00. A receita bruta mensal no mercado interno é no valor de R$
300.000,00, a receita bruta mensal no mercado externo é no valor de R$ 50.000,00, sendo
assim, o cálculo dos impostos serão conforme abaixo:

Venda mercado interno: R$ 300.000,00 x 8,02% = R$ 24.060,00;

Venda no mercado externo: R$ 50.000,00 x 2,60% = R$ 1.300,00.

Total DAS R$ 25.360,00


Outro Exemplo: A empresa ghi é um comercio e recolhe seus impostos pelo anexo I, o valor da
receita bruta acumulada nos últimos doze meses no mercado interno é no valor de R$
2.000.000,00, o valor da receita bruta acumulada nos últimos doze meses no mercado externo
é no valor de R$ 600.000,00; o valor da receita bruta mensal no mercado interno é no valor de
R$ 1.000.000,00, o valor da receita bruta mensal no mercado externo é no valor de R$
200.000,00, considerando esses dados o valor dos impostos serão conforme dados abaixo:

Venda mercado interno: R$ 1.000.000,00 x 9,94% = R$ 99.400;

Venda mercado externo: R$:200.000,00 x 3,66% = R$ 7.320,00.

Total DAS R$ 106.720.

ART 7° Nas situações em que o grau de risco for considerado baixo ou médio, o MEI, a ME e
EPP receberão um alvará de funcionamento provisório para que possam iniciar suas atividades.

ART 14° - Os sócios da empresa são isentos de pagar o imposto IRRF quando distribuem lucros,
salvo quando o rendimento é pró-labore, aluguéis e prestação de serviços.

§ 1° O valor pago como distribuição de lucros é isento quando o sócio distribuir o lucro pelo
Lucro Presumido.

§ 2° Quando o sócio mantém a escrituração contábil e há o saldo na reserva de lucros, o


mesmo pode distribuir lucros tranquilamente e mesmo assim será isento do imposto IRRF, mas
a empresa não pode ter dividas com impostos ou pelo menos tem que estar com o
parcelamento dos impostos em dia.

ART 16° - § 2° O período para solicitar para ser enquadrado no regime tributário Simples
Nacional será sempre no mês de janeiro até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir
do primeiro dia do ano-calendário da opção.

§ 3° A opção produzirá efeitos a partir da data do início de atividade. A partir do momento em


que a constituição da empresa foi deferida na Junta Comercial, o empresário tem 30 dias
corridos para fazer a opção de solicitação para ser enquadrado no regime tributário Simples
Nacional.

ART 17° - Nesse artigo demonstra todas as atividades que não podem ser tributadas pelo
regime tributário Simples Nacional.

ART 18° - § 5°-J.  As atividades de prestação de serviços a que se refere o § 5°-I serão
tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar caso a razão entre a folha de salários
e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou superior a 28% (vinte e oito por cento).   

§ 5°-K.  Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5°-J e 5°-M, serão considerados,
respectivamente, os montantes pagos e auferidos nos doze meses anteriores ao período de
apuração para fins de enquadramento no regime tributário do Simples Nacional.   

§ 5°-M.  Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da microempresa ou da


empresa de pequeno porte for inferior a 28% (vinte e oito por cento), serão tributadas na
forma do Anexo V desta Lei Complementar as atividades previstas:   

I -  nos incisos XVI, XVIII, XIX, XX e XXI do § 5°-B deste artigo;     

II - no § 5°-D deste artigo. 


§ 15°-A. I- Todo mês quando é apurado o imposto DAS, é feita uma declaração mensal, essa
declaração mensal já é o suficiente para a RFB exigir o valor dos impostos conforme a
declaração mensal feita pela empresa.

§ 24.  Para efeito de aplicação do § 5°-K, considera-se folha de salários, incluídos encargos, o
montante pago, nos doze meses anteriores ao período de apuração, a título de remunerações
a pessoas físicas decorrentes do trabalho, acrescido do montante efetivamente recolhido a
título de contribuição patronal previdenciária e FGTS, incluídas as retiradas de pró-labore. 

ART 18°-A. § 1° O MEI pode faturar até R$ 81.000,00 por ano.

§ 3° V - Dentro do imposto DAS que o MEI recolhe todo mês estão os seguintes impostos:

a-) R$ 45,65 se refere ao INSS, esse INSS é um recolhimento individual pessoal que o
empreendedor recolhe, é uma contribuição que o empreendedor faz a previdência para fins de
aposentadoria, afastamento por motivos de saúde entre outros;

b-) R$ 1,00 se refere ao ICMS;

c-) R$ 5,00 se refere ao ISS.

§ 4° Não podem ser MEI:

Quem tiver atividades que são tributadas pelo anexo V;

que possua mais de um estabelecimento;

que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; ou constituído na


forma de startup.

§ 5° I - A opção ao MEI será irretratável para todo o ano-calendário;

II - Deverá ser realizada no mês de janeiro, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-
calendário da opção;

III - Produzirá efeito a partir da data do início da atividade.

§ 6° O desenquadramento do MEI será realizado de ofício ou mediante comunicação do MEI.

§ 7º O desenquadramento mediante comunicação do MEI à Secretaria da Receita Federal do


Brasil - RFB dar-se-á:

I - por opção, que deverá ser efetuada no início do ano-calendário, produzindo efeitos a partir
de 1° de janeiro do ano-calendário da comunicação;

II - obrigatoriamente, quando o MEI incorrer em alguma das situações previstas no § 4º


deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que ocorrida a situação de vedação, produzindo efeitos a partir do
mês subsequente ao da ocorrência da situação impeditiva;

III - obrigatoriamente, quando o MEI exceder, no ano-calendário, R$ 81.000,00, devendo a


comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorrido o
excesso, produzindo efeitos:

a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente ao da ocorrência do excesso, na


hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);
b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, na hipótese de
ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);

§ 8º O desenquadramento de ofício dar-se-á quando verificada a falta de comunicação de que


trata o § 7º deste artigo.

§ 9° Caso o empresário seja desenquadrado do MEI, deverá recolher os impostos, com a


alíquota efetiva sob o faturamento da empresa.

§ 10° Na hipótese da alínea a do inciso III do § 7°, no mês de janeiro do ano seguinte, a
empresa deve recolher a diferença sem acréscimos mais o valor já calculando os impostos com
a alíquota efetiva referente a janeiro.

§ 15° Caso o MEI não pague o DAS, os períodos que não foram pagos o DAS, não será contado
como competência de imposto previdenciário recolhido, para ter direito aos benefícios
previdenciários.

§ 17° Situações em que a alteração no CNPJ da empresa pode fazer com que o MEI seja
desenquadrado do MEI:

I - alteração do tipo jurídico, como: LTDA, Unipessoal, S/A e etc;

II - alteração de atividade econômica não autorizada pelo CGSIM pra ser MEI;

III - abertura de filial.

§ 25. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento, quando não for
indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade.

ART 18-C. O MEI pode ter somente um funcionário e esse funcionário pode receber no
máximo um salário mínimo ou o piso da categoria.

§ 1° I - O empresário deverá recolher o INSS de seu funcionário;

III - O INSS patronal é no valor de 3% sob o valor do salário do funcionário.

§ 2° Caso o funcionário da empresa fique afastado, a empresa poderá contratar outro


empregado por tempo determinado até que o empregado afastado volte a exercer suas
atividades.

§ 3° I - A empresa tem que entregar todas as obrigações acessórias referente aos encargos
trabalhista e de interesse do Ministério do Trabalho, como: SEFIP, RAIS, CAGED, E-SOCIAL e
etc. Quando a empresa faz essas declarações referente aos encargos trabalhista, essas
declarações já são provas suficientes a favor da RFB para que a mesma venha cobrar os
encargos previdenciários informados nessas declarações mensais.

II - A empresa tem que pagar o FGTS do funcionário.

ART 21 § 1°  Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filiais, o


recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.

§ 5° Caso a microempresa ou a empresa de pequeno porte pague um valor a maior do


imposto, esse valor pago a maior pode ser utilizado para compensar com uma dívida,
parcelamento ou um débito do mês futuro. Pra compensar um valor, tem que ser um valor
líquido e certo.
§ 8° Caso o o contribuinte faça uma afirmação falsa para compensar algum débito,
parcelamento ou dívida, o valor dessa “compensação” deverá ser restituído aos cofres
públicos, além de o contribuinte ter que pagar uma multa de 300% sob o valor "compensado".
Lembrando que o contribuinte pode responder criminalmente por falsidade ideológica ou
afirmação falsa, ambos são crime, mas para caracterizar o crime tem que ter o dolo/ (intenção
de cometer o crime), as vezes o contador ou contribuinte pode ter uma justificativa plausível
como mal interpretação da legislação, tudo tem que ser provado. Caso não fique caracterizado
o dolo/ (intenção de cometer o crime), mas o contribuinte causou algum dano aos cofres
públicos, por mal interpretação da legislação, por exemplo, o contribuinte pode responder
civilmente e não criminalmente, apenas devolvendo o valor do dano com correção monetária,
lembrando que tudo tem que ser provado.

§ 9°  É vedado o aproveitamento de créditos não apurados no Simples Nacional, inclusive de


natureza não tributária, para extinção de débitos do Simples Nacional.

§ 10°.  Os créditos apurados no Simples Nacional não poderão ser utilizados para extinção de
outros débitos para com as Fazendas Públicas, salvo por ocasião da compensação de ofício
oriunda de deferimento em processo de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples
Nacional. 

§ 11°.  No Simples Nacional, é permitida a compensação tão somente de créditos para extinção
de débitos para com o mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo. 

§ 12° O contribuinte tem cinco anos para solicitar restituição ou compensação.

§ 16° O parcelamento no Simples Nacional pode ser feito em até 60x.

§ 20° A partir do momento que o contribuinte faz o pedido de parcelamento, o mesmo


confessa que tem aquele valor como dívida e não pode entrar na justiça para diminuir o valor
daquele débito.

§ 21° Quando o contribuinte faz uma declaração fora do prazo, mas antes de qualquer
procedimento de ofício, o valor da multa diminuí em 50%.

§ 24° O parcelamento será rescindido de Imediato se não pagar três parcelas seguidas ou se
não pagar três parcelas durante o parcelamento, ou caso se a última parcela não houver sido
paga sendo que as outras demais já foram pagas. Caso o parcelamento seja rescindido a
empresa volta a ter o saldo devedor corrigido que ainda não foi pago e estará disponível para
parcelar novamente. Cada parcela que o contribuinte paga, é diminuído uma parte do saldo
devedor; então o saldo devedor voltará como dívida para a empresa, conforme a quantidade
de parcelas que não foram pagas.

ART 23 § 1° As pessoas jurídicas poderão se apropriar do crédito do imposto ICMS, referente


as mercadorias adquiridas de empresas do regime tributário Simples Nacional, desde que as
mercadorias adquiridas sejam para comercialização ou industrialização; o valor adquirido
como crédito será somente da alíquota efetiva do imposto ICMS.

Exemplo: A empresa que está enquadrada no regime tributário Simples Nacional, é um


comercio e apura o imposto DAS pelo anexo I, vende uma mercadoria para outra pessoa
jurídica que irá comercializar ou produzir com aquela mercadoria adquirida, no valor de R$
1.000,00. O fornecedor que está enquadrado no regime tributário do Simples Nacional tem
que observar sua alíquota efetiva do imposto DAS. Digamos que a alíquota efetiva do imposto
DAS seja 11,39% logo a alíquota efetiva do imposto ICMS é 3,82% ; então na compra de
mercadorias no valor de R$ 1.000,00 de um fornecedor que está enquadrado no regime
tributário Simples Nacional, o adquirente da mercadoria poderá se creditar do imposto ICMS
nesse caso no valor de R$ 38,20.

§ 2° O fornecedor que está enquadrado no regime tributário Simples Nacional, quando vender
suas mercadorias ou produtos, deve informar no campo, informações adicionais da nota fiscal,
qual foi a alíquota efetiva recolhida para calcular o imposto DAS, conforme exemplo acima a
alíquota efetiva do imposto DAS é 11,39% e também deve informar qual a alíquota efetiva do
imposto ICMS, no caso do exemplo acima é 3.82%.

§ 3° No caso de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar em início de atividade, a


alíquota do ICMS efetivo que deverá ser informada na nota fiscal, deve ser a menor alíquota
do ICMS efetivo para a tabela daquele anexo. No caso de a microempresa ou empresa de
pequeno porte estar enquadrada no anexo I, o valor que deve ser informado no campo
Informações adicionais da nota fiscal referente a alíquota do ICMS efetivo é 1,36%; já para a
empresa que está enquadrada no anexo II deve informar no campo Informações adicionais da
nota fiscal, a alíquota efetiva do imposto ICMS no percentual de 1,44%.

ART 24°.  As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

ART 25° Todo ano as empresas do Simples Nacional tem que declarar o DASN

§ 1° Essa declaração serve como prova para a RFB cobrar os impostos do contribuinte.

§ 3° Considera-se uma empresa sem movimento, uma empresa que não recebe de seus
clientes, não pague fornecedores e despesas e não esteja funcionando a parte operacional da
empresa, tem que atender todos esses requisitos para ser considerada uma empresa sem
movimento.

§ 4° O MEI tem que informar somente o total da receita bruta anual referente ao ano
exercício.

ART 26° A microempresa e empresa de pequeno porte, deve emitir nota fiscal de venda, a
partir do momento que a mercadoria circular, perceba que não é preciso necessariamente,
receber dinheiro ou crédito para emitir a nota fiscal; além disso deve declarar no ano seguinte,
tudo que vendeu nesse ano calendário, e guardar por cinco anos tanto as notas fiscais, quanto
as declarações anuais pelo prazo de cinco anos.

§ 4°-A. As microempresas e empresas de pequeno porte tem que entregar mensalmente o


SPED quando for o caso:

Comercio que recolhe ICMS avulso, por causa do sublimite;

Empresa de serviços que recolhe ISS avulso, por causa do sublimite.

Empresa de serviços que retém impostos do tomador.

§ 5°  As microempresas e empresas de pequeno porte ficam sujeitas à entrega de declaração


eletrônica que deva conter os dados referentes aos serviços prestados ou tomados de
terceiros, na conformidade do que dispuser o Comitê Gestor.
§ 6° I - As microempresas e empresas de pequeno porte devem guardar as notas fiscais de
entrada, porque, as mercadorias vendidas tem que ter uma origem.

II - O MEI é obrigado a emitir nota fiscal de venda quando o mesmo vende mercadoria ou
serviço para outra empresa; porém o MEI não é obrigado a emitir nota fiscal de venda de
mercadoria ou prestação de serviços para consumidor final.

ART 27° O contribuinte Pessoa Física pode ser fiscalizado por não ter documentação suficiente
e idônea que demonstre a origem do aumento de seu patrimônio pessoal. Mesmo uma
empresa do Simples Nacional, o contribuinte não pode pensar que só pelo motivo de a lei do
Simples Nacional não exigir escrituração contábil, o mesmo irá deixar de fazer a escrituração
contábil, porque, quando o mesmo distribuir lucros, ele irá informar na declaração do IRPF que
distribuiu lucros, logo caso o mesmo seja fiscalizado, ele pode utilizar o Balanço Patrimonial, a
DLPA, a DRE, como provas de onde veio a origem daquela distribuição de lucros, sem dizer que
dificilmente um empreendedor não irá distribuir lucros, até porque o mesmo quer aproveitar a
vida de empresário, ter um padrão de vida mais elevado que o trabalhador comum e etc; o
código civil também obriga a qualquer empresa independentemente do regime tributário, a
fazer a escrituração contábil. Sem contar que sem um balanço consistente fica praticamente
impossível inserir na linha de lucros e dividendos recebidos de pessoas jurídicas o valor exato e
consequentemente a origem de recursos correta.

ART 28° A exclusão do Simples Nacional ou é a RFB que faz de ofício ou é o próprio
contribuinte que comunica a RFB que conforme as regras do Simples Nacional o contribuinte
será excluído do Simples Nacional.

ART 30°  A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das microempresas ou das
empresas de pequeno porte, dar-se-á:

I - por opção;

II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de vedação previstas


nesta Lei Complementar; ou

III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o


limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2° do art. 3°; 

IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário, o limite de receita bruta


previsto no inciso II do caput do art. 3°, quando não estiver no ano-calendário de início de
atividade. 

§ 1° A exclusão deverá ser comunicada à Secretaria da Receita Federal:

I - na hipótese do inciso I do caput deste artigo, até o último dia útil do mês de janeiro;

II - na hipótese do inciso II do caput deste artigo, até o último dia útil do mês subsequente
àquele em que ocorrida a situação de vedação;

III - na hipótese do inciso III do caput: 

a) até o último dia útil do mês seguinte àquele em que tiver ultrapassado em mais de 20%
(vinte por cento) o limite proporcional de que trata o § 10 do art. 3°; ou

 b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao de início de
atividades, caso o excesso seja inferior a 20% (vinte por cento) do respectivo limite; 
IV - na hipótese do inciso IV do caput: 

a) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento)
do limite de receita bruta previsto no inciso II do caput do art. 3°;

b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de


não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite de receita bruta previsto no
inciso II do caput do art. 3°

§ 2° A comunicação de que trata o caput deste artigo dar-se-á na forma a ser estabelecida
pelo Comitê Gestor.

§ 3° A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à Secretaria da Receita


Federal do Brasil, equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas
seguintes hipóteses:

I - alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, Sociedade Empresária em


Comandita por Ações, Sociedade em Conta de Participação ou Estabelecimento, no Brasil,
de Sociedade Estrangeira;

II - inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;

III - inclusão de sócio pessoa jurídica;

IV - inclusão de sócio domiciliado no exterior;

V - cisão parcial; ou

VI - extinção da empresa.

ART 31° A exclusão das microempresas ou das empresas de pequeno porte do Simples
Nacional produzirá efeitos:

I - na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir de 1° de


janeiro do ano-calendário subsequente, ressalvado o disposto no § 4o deste artigo;

II - na hipótese do inciso II do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir do mês


seguinte da ocorrência da situação impeditiva;

III - na hipótese do inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar:

a) desde o início das atividades;

b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter


ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional de que trata o § 10 do
art.3°;

IV - na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei Complementar, a partir do ano-


calendário subsequente ao da ciência da comunicação da exclusão;

V - na hipótese do inciso IV do caput do art. 30:

 a) a partir do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) do limite
de receita bruta previsto no inciso II do art. 3°; 
b) a partir de 1° de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite de receita bruta previsto no inciso II do
art. 3°.

 § 1° Na hipótese prevista no inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a


microempresa ou empresa de pequeno porte não poderá optar, no ano-calendário
subsequente ao do início de atividades, pelo Simples Nacional.

§ 2° Na hipótese dos incisos V e XVI do caput do art. 17, será permitida a permanência da
pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da regularização
do débito ou do cadastro fiscal no prazo de até 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da
comunicação da exclusão. 

§ 3°  O CGSN regulamentará os procedimentos relativos ao impedimento de recolher o ICMS e


o ISS na forma do Simples Nacional, em face da ultrapassagem dos limites estabelecidos na
forma dos incisos I ou II do art. 19 e do art. 20.

§ 4° No caso de a microempresa ou a empresa de pequeno porte ser excluída do Simples


Nacional no mês de janeiro, na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei
Complementar, os efeitos da exclusão dar-se-ão nesse mesmo ano.

§ 5° Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, uma vez que o motivo da exclusão deixe de
existir, havendo a exclusão retroativa de ofício no caso do inciso I do caput do art.29 desta Lei
Complementar, o efeito desta dar-se-á a partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação
impeditiva, limitado, porém, ao último dia do ano-calendário em que a referida situação
deixou de existir.

ART 36° - Caso a microempresa ou empresa de pequeno porte, esteja dentro das condições de
exclusão do regime tributário Simples Nacional, não comunique à RFB que a mesma foi
excluída do regime tributário Simples Nacional, a mesma está sujeita a multa no valor de 10%
sob o valor dos impostos antecedentes ao início do efeito da exclusão, não inferior a R$
200,00.

ART 36°-A. Caso o microempreendedor individual, esteja dentro das condições de exclusão de
recolher os impostos como MEI, não comunique à RFB que a mesmo foi excluído de recolher
os impostos como MEI, o mesmo está sujeito a multa no valor de R$ 50,00.

ART 37° Mesmo o contribuinte recebendo a multa , dependendo das particularidades da


situação, caso o contribuinte tenha agido com dolo/ (intenção de cometer o crime) o
contribuinte irá responder criminalmente por: sonegação, afirmação falsa, fraude e emitir nota
fria.

ART 38° O contribuinte que deixar de apresentar a DASN, no prazo fixado, ou que a apresentar
com Incorreções ou omissões, será intimado a apresentar a declaração original, no caso de não
apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela
autoridade fiscal, na forma definida pelo Comitê Gestor, e sujeitar-se-á as seguintes multas:

I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos


tributos e contribuições informados na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, ainda que
integralmente pago, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo,
limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3° deste artigo;

II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.
§ 1°  Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput deste artigo, será
considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a
entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não-
apresentação, da lavratura do auto de infração.

§ 2°  Observado o disposto no § 3° deste artigo, as multas serão reduzidas:

I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer
procedimento de ofício;

II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado
em intimação.

§ 3°  A multa mínima a ser aplicada será de R$ 200,00 (duzentos reais).

§ 4°  Considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas
estabelecidas pelo Comitê Gestor.

§ 5°  Na hipótese do § 4° deste artigo, o sujeito passivo será intimado a apresentar nova
declaração, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciência da intimação, e sujeitar-se-á à multa
prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o disposto nos § § 1° a 3° deste artigo.

§ 6° A multa mínima de que trata o § 3° deste artigo a ser aplicada ao Microempreendedor


Individual na vigência da opção de que trata o art. 18-A desta Lei Complementar será de R$
50,00 (cinqüenta reais).

ART 38°-A O contribuinte que deixar de prestar as informações na declaração mensal, dentro
do prazo, ou que as prestar com incorreções ou omissões, será intimado a fazê-lo, no caso de
não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela
autoridade fiscal, na forma definida pelo CGSN, e sujeitar-se-á às seguintes multas, para cada
mês de referência: 

I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, a partir do primeiro dia do quarto mês
do ano subsequente à ocorrência dos fatos geradores, incidentes sobre o montante dos
impostos e contribuições decorrentes das informações prestadas na declaração mensal, ainda
que integralmente pago, no caso de ausência de prestação de informações ou sua efetuação
após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 2° deste artigo; e 

II - de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.

 § 1° Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput, será considerado como
termo inicial o primeiro dia do quarto mês do ano subsequente à ocorrência dos fatos
geradores e como termo final a data da efetiva prestação ou, no caso de não prestação, da
lavratura do auto de infração. 

§ 2°  A multa mínima a ser aplicada será de R$ 50,00 (cinquenta reais) para cada mês de
referência. 

§ 3°  Aplica-se ao disposto neste artigo o disposto nos §§ 2°, 4° e 5° do art. 38.

§ 4º  O CGSN poderá estabelecer data posterior à prevista no inciso I do caput e no § 1º.

ART 38-B.  As multas relativas à falta de prestação ou à incorreção no cumprimento de


obrigações acessórias para com os órgãos e entidades federais, estaduais, distritais e
municipais, quando em valor fixo ou mínimo, e na ausência de previsão legal de valores
específicos e mais favoráveis para MEI, microempresa ou empresa de pequeno porte, terão
redução de:   

I - 90% (noventa por cento) para os MEI;  

II - 50% (cinquenta por cento) para as microempresas ou empresas de pequeno porte optantes
pelo Simples Nacional. 

  Parágrafo único.  As reduções de que tratam os incisos I e II do caput não se aplicam na:  

I - hipótese de fraude, resistência ou embaraço à fiscalização;  

II - ausência de pagamento da multa no prazo de 30 (trinta) dias após a notificação.    

ART 39° - § 2° No caso em que o contribuinte do Simples Nacional exerça atividades incluídas
no campo de incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se
consiga identificar a origem, a autuação será feita utilizando a maior alíquota prevista nesta Lei
Complementar, e a parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e contribuições
federais será rateada entre Estados e Municípios ou Distrito Federal. 

ART 52° - Não dispensa as microempresas e as empresas de pequeno porte dos seguintes
procedimentos:

I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;

II - arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações


trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;

III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e


Informações à Previdência Social – GFIP;

IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações


Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED.

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