Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
ABSTRACT
This article is the result of the dissertation entitled Social Trajectories of young people who
have experienced the process of institutionalization by age in institutional shelters and aims
to reflect on how they were built, over the years, the policies of assistance to marginalized
children and adolescents, as also aims at establishing relations with the transformations in
the Brazilian education, with emphasis on the economic, political and social suffered by
Brazil in the early and mid-twentieth century. To this end, we present a brief survey of the
literature on these in Brazil, from the 1920s, focusing on the evolution of specific legislation
and studies produced and addressing this issue.
Introdução
1
Mestre em Educação - Á rea de Conc entraç ão em Educação Social pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul - UFMS (2012). Atualmente é professora da Educação Básica da P refeitura
Municipal de Corumbá e coordenadora técnica da Secret aria de Estado de Educação de Mato Grosso
do Sul
A problemática da infância e da adolescência institucionalizada tem sido
contemplada por estudos e pesquisas (SILVA, 1997; MARCÍLIO, 1998; VENÂNCIO,
1999; RIZINNI & PILOTTI, 2009) que procuraram descrever e analisar a história,
tanto das políticas sociais, como de crianças e adolescentes abandonados que
vivenciaram a institucionalização, demonstrando uma tendência de criminalização da
pobreza, da exclusão, da desigualdade e da violência.
Ao percorrer a história é possível perceber que a educação e as políticas
de atendimento a crianças e adolescentes estão de certa forma, interligadas por se
constituírem políticas sociais, e que emergem, ora como uma resposta do Estado
para amenizar os conflitos de classe, ora como conquista dos movimentos sociais
que eclodem no Brasil durante toda a sua história.
O desafio deste está no exercício, ainda de maneira incipiente, de olhar
para as transformações ocorridas na sociedade brasileira, como resultado de fatores
que se inter-relacionam, e não como fatos isolados, mas de múltiplas
determinações. Quando pensamos a realidade da assistência a criança e ao
adolescente marginalizado, como a educação no Brasil, percebemos
Nota-se com a citação que o SAM, ainda possuía uma visão reducionista
da assistência ao menor, quando em seus objetivos priorizava o abrigamento e a
“distribuição” dos menores em estabelecimentos. Segundo Moreno e Saraiva (2006,
p. 04) afirmam que “o SAM veio a se constituir no precursor das atuais e fracassadas
políticas de confinamento dos e das jovens em instituições totais”.
Vizualiza-se já neste momento havia uma intencionalidade de procura de
parcerias privadas para a realização deste atendimento. Ou seja, ao mesmo tempo
em que o Estado chamou para si a responsabilidade da assistência, procura
também parceiros para que, na prática, seja apenas o regulador e fiscalizador das
ações. Essa parceria, a princípio, ocorria através do compromisso financeiro, na
forma de auxílios e repasses de verbas pelos serviços prestados, caracterizando
que o governo não havia assumido diretamente e exclusivamente o atendimento ao
menor.
Durante o seu funcionamento, o SAM foi alvo de inúmeras denuncias,
conforme aponta o autor:
REFERÊNCIAS
SILVA, Roberto. Pobreza e exclusão social no Brasil - 300 anos de políticas públicas
para a criança brasileira. Acervo Operacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente. São Paulo: Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de
Justiça e Defensores públicos da Infância e da Juventude/ABMP. Fundo das Nações
Unidas para a Infância/UNICEF, 2002. Disponível em:
<http://www.abmp.org.br/textos/212.htm >. Acesso em 25 set 2011.