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➔ O XISTO BETUMINOSO APLICADO NA INDUSTRIA DE ENERGIA

O xisto betuminoso é uma rocha sedimentar de grão fino, rica em material orgânico,
contendo querogênio (uma sólida mistura de compostos químicos orgânicos), a partir do qual
podem ser produzidos hidrocarbonetos líquidos chamados de petróleo de xisto. O petróleo de
xisto é um substituto para o petróleo convencional; contudo, a extração do petróleo de xisto do
xisto betuminoso é mais cara e tem maiores impactos ambientais).[1][2] Depósitos de xisto
betuminoso são frequentes em todo o mundo. As estimativas de depósitos globais vão de 2,8 a
3,3 trilhões de barris de óleo recuperável.
Aquecendo-se o xisto betuminoso a uma temperatura suficientemente alta ocorre o processo
químico da pirólise para se obter um vapor. Com o resfriamento do vapor, o petróleo de xisto—
um petróleo não-convencional—é separado do gás de xisto (o termo gás de xisto pode se referir
também ao gás que podem ocorrer naturalmente em folhelhos). O xisto betuminoso pode ser
também queimado diretamente em fornalhas para se tornar um combustível de baixo poder
de geração de energia, servindo também para a calefação urbana ou como matéria-prima na
indústria química e na construção de materiais de processamento.
O xisto betuminoso ganha uma atenção especial como uma potencial fonte abundante de
petróleo sempre que o preço do petróleo convencional sobe Entretanto, a extração e o
processamento do xisto betuminoso aumentam uma série de preocupações ambientais, tais
como o uso da terra, o manejo do lixo, o uso da água, o tratamento da água, a emissão dos
gases estufa e a poluição do ar.[9][10] A Estônia e a China têm grandes indústrias no ramo, sendo
que Brasil, Alemanha e Rússia também fazem uso do xisto betuminoso.

O xisto betuminoso é uma rocha sedimentar rica em material orgânico que pertence ao grupo
dos combustíveis provenientes do sapropel.[11] O xisto não tem uma definição geológica definida
nem uma fórmula química específica, sendo que nem sempre suas juntas têm limites bem
definidos. Os xistos betuminosos variam consideravelmente em seu conteúdo mineral,
composição química, idade, tipo de querogênio, história deposicional, sendo que nem todos os
xistos betuminosos são estritamente classificados como folhelhos.[3][12] De acordo com
o petrologista Adrian C. Hutton da Universidade de Wollongong, xistos betuminosos não são
"geológica nem geoquimicamente diferentes, mas sim um termo 'econômico'."[13] Suas
características em comum são a baixa solubilidade em solventes orgânicos de baixo ponto de
ebulição e a geração de produtos líquidos orgânicos em decomposição térmica.[14]
O xisto betuminoso se difere do betume impregnado (óleo extrapesado e rochas de reservatório
de petróleo), carvão húmico e folhelhos carbonáceos. Enquanto o óleo extrapesado se origina
da biodegradação do óleo, calor e pressão não tem (ainda) transformado o querogênio do xisto
betuminoso em petróleo, significando que sua maturação ainda não alcançou a fase da intensa
geração de hidrocarbonetos líquidos não pelo fato de ser mas sim pelo fato de se tornar.

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