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TUTORIA 09

1) Conhecer a linha de cuidado do idoso e da mulher

Linha de cuidado da mulher: PNAISM

No brasil, ainda tem altas taxas de mortalidade materna, por isso o país dá muita atenção as políticas
voltadas para o ciclo gravídico puerperal.

Em segundo lugar faz-se necessário saber as causas de mortalidade referente ao sexo feminino:

 IAM, AVC
 Neoplasia- mama, pulmão, colo do útero
 Pneumonia- principalmente em pacientes com AIDS ainda sem diagnostico
 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas -DM
 Causas externas

Ações de assistência:

 Pré-natal
 Parto/puerpério
 Abortamento
 Climatério
 Planejamento reprodutivo
 Vítimas de violência
 Vulnerabilidade

Prevenção: câncer/ IST’s/AIDS

Objetivos específicos da PNAISM:

 Ampliar e qualificar a atenção clínico- ginecológica. Inclusive para as portadoras de HIV e outras
IST’.
 Fortalecer a atenção básica no cuidado com a mulher
 Ampliar o acesso e qualificar a atenção clínico-ginecológica no SUS
 Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e
mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral a saúde
 Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento familiar, incluindo a assistência a infertilidade.
 Garantir a oferta de métodos anticoncepcionais para a população em idade reprodutiva
 Estimular a participação e inclusão dos homens e adolescentes nas ações de planejamento familiar
 Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificado e humanizada, incluindo a assistência ao
abortamento em condições inseguras, para as mulheres e adolescentes:
 Construir, em parceria com outros atores, um pacto nacional pela redução da mortalidade materna
e neonatal
 Qualificar a assistência obstétrica e neonatal nos estados e municípios
 Organizar redes de serviços de atenção obstétrica e neonatal, garantindo o atendimento à gestante
de alto risco e em situação de urgência e emergência, incluindo mecanismo de referência e
contrarreferência
 Fortalecer o sistema de formação/ capacitação de pessoa na área de assistência obstétrica e
neonatal
 Qualificar e humanizar a atenção a mulher em situação de abortamento
 Garantir a oferta de ácido fólico e sulfato ferroso para todas as gestantes
 Melhorar as informações sobre a magnitude e a tendencia da mortalidade materna.
 Promover a atenção as mulheres e adolescentes em situação de violência sexual e doméstica
 Promover ações preventivas em relação a violência doméstica e sexual.
 Prevenir as DSTS e as infecções pelo HIV entre as mulheres
 Reduzir a morbidade por câncer na população feminina
 Organizar em municípios polos de microrregiões redes de referência e contrarreferência para
diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero e de mama
 Garantir o cumprimento da Lei Federal, que prevê, a cirurgia de reconstrução de mamaria nas
mulheres que realizaram a mastectomia. AGORA A RECONSTRUÇÃOO É IMEDIATA !
 Oferece o teste anti-HIV e de sífilis para as mulheres incluídas no Programa Viva Mulher (Programa
Nacional de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero) especialmente, aquelas com diagnostico de
DST, HPV, ou lesões intra-epiteliais de alto grau/ câncer invasivo
 Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob enfoque de gênero
 Qualificar a atenção sobre a saúde mental das mulheres
 Política de atenção às mulheres portadoras de transtornos mentais.
 Implantar e implementar a atenção a saúde da mulher no climatério
 Ampliar o acesso e qualificar a atenção as mulheres no climatério na rede SUS
 Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade:
 Incentivar a incorporação do enfoque de gênero na atenção a saúde do idoso no SUS
 Promover a atenção a saúde da mulher negra
 Implementar o programa de anemia falciforme, dando ênfase as especificidades das mulheres em
idade fértil e no ciclo gravídico-puerperal
 Promover a atenção a saúde das trabalhadoras do campo e da cidade
 Introduzir nas políticas de saúde e nos movimentos sociais a noção de direitos das mulheres
trabalhadores relacionadas a saúde
 Promover a atenção à saúde da mulher indígena
 Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações
de DST’s e HIV

Linha de cuidado do Idoso:

Constituição federal: a família, sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendo sua dignidade e bem-estar garantindo-lhes o direito
à vida.

Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente nos seus lares

Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.


Programa nacional de saúde do idoso (PNSI): 2006 autorizada a PNSI através da portaria

PNI: objetivo: assegurar os diretos sociais dos idosos, criando condições para promover sua autonomia,
integração e participação efetiva na sociedade.
Através da PNI criaram-se:

 Conselhos estaduais e municipais


 Delegacia especializada para idoso
 Disque-idoso (Ministério da mulher, da família e direitos humanos)
 Promotoria e defesa do idosos
 Centros integrados de atenção e prevenção da violência contra idosos

Começou a elaboração da PNSI

O problema que a PNI aponta os direitos, mas não há consequências para quem não há respeita. Por esse
motivo, fez-se necessário a criação do Estatuto do idoso

Estatuto do idoso

 Estabelece sanções penais e administrativas


 Cria medidas de proteção aos idosos
 Arrola crimes específicos praticados contra idosos, como a discriminação.
 Qualquer suspeita deve ser comunicada a polícia ou MP
 Quem fiscaliza? MP, conselho de idoso e vigilância sanitária (há 5 anos esses órgãos fiscalizaram
asilos em todo o país. V caravana nacional dos direitos humanos- caravana dos asilos)

O estatuto diz...

Desrespeito de qualquer forma: transporte público, operações bancárias, atendimento à saúde: pena de
até 01 ano de prisão e multa
Apropriação indébita: 4 anos de prisão e multa
Abandono ou omissão de assistência por parte dos filhos: 3 anos a 12 anos de prisão

Desrespeito a prioridade de atendimento: multa


Não comunicação por parte de profissionais de crime contra idosos: multa
Não cumprimento das determinações do Estatuto por entidades: multa
Obs: multa varia de 500 a 3000 reais

PNSI

A finalidade principal da política nacional de saúde da pessoa idosa é recuperar, manter e promover a
autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde
e para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do SUS. É alvo dessa política todo cidadão e
cidadã brasileiro com 60 anos ou mais de idade.

 Trabalha em dois grandes eixos: idosos independes e idosos em condições de vulnerabilidade


 A PNSI fundamenta a ação do setor saúde na atenção integral à população idosa e aquela em
processo de envelhecimento
 Visa preservar a autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral
 Provê acesso dos idosos aos serviços e ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da
saúde.

Diretrizes da PNSI:
 promoção ao envelhecimento saudável
 manutenção da capacidade funcional
 assistência as necessidades de saúde do idoso
 reabilitação da capacidade funcional comprometida
 capacitação de recursos humanos especializados
 apoio ao desenvolvimento de cuidados informais (cuidadores)
 apoio a estudos e pesquisas

Responsabilidades institucionais

o M. educação: ex: curso de cuidadores


o M. Trabalho: garantir vagas para as pessoas idosas
o M. saúde: educadores físicos ou fisioterapeutas trabalhando com idosos

O idoso frágil ou em situações de vulnerabilidade DEVE TER ATENÇÃO DIFERENCIADA!

São exemplos as seguintes situações:


 Instituição de longa permanecia da pessoa idosa
 Acamado
 Hospitalizado recentemente por qualquer razão- ex: de descumprimento da linha de cuidado: idoso
entra no hospital andando, sai em cadeira de roda por falta de cuidados de prevenção de perda de
mobilidade.
 Apresente doenças causadas por incapacidade funcional – AVC, síndromes demenciais e outras
doenças neurodegenerativas
 Violência doméstica
 75 ou mais de idade

A PNSI contempla o cuidador!

 Uma vez conhecida a condição de fragilidade, será necessária avaliar os recursos locais para lidar
com ela, de modo a facilitar o cuidado domiciliar, incluir a pessoa que cuida no ambiente familiar
como um parceiro de equipe de cuidados, fomentar uma rede de solidariedade para o idoso frágil e
sua família, bem como promover a reinserção da parcela idosa frágil na comunidade.
 Grupos de autoajuda entre as pessoas que cuidam devem ser estimuladas
 No contexto da PNSI há constante destaque para o trabalho intersetorial com finalidade de garantir
a integridade, bem como o cuidado global dessa parcela da população.
 O profissional médico precisa trabalhar ajustado com os demais profissionais (bioquímico,
enfermeiro, técnico de enfermagem, cuidador, fisio), pois: ‘’ uma abordagem preventiva e uma
intervenção precoce são sempre preferíveis às intervenções curativas tardias’’.
 Para tanto é necessário a vigilância de todos os membros da equipe de saúde, a aplicação de
instrumentos de avaliação e de testes de tiragem, para a detecção de distúrbios cognitivos, visuais
e de mobilidade, de audição, de depressão e do comprometimento precoce da funcionalidade,
dentre outros.
2) Compreender o mecanismo de absorção de nutrientes e regulação da fome e da saciedade

A fome é o conjunto de sensações despertadas pela necessidade de alimento, que levam o indivíduo a
procura, captação e ingestão de alimentos. A saciedade, é a sensação consciente da cessação de fome. O
apetite é a sensação especifica de querer algo que gosta, só para provocar prazer determinada pelo
sistema límbico, pela amigdala. Enquanto a fome e saciedade são frutos da função integradora
hipotalâmica.

No controle neural o centro da fome é o hipotálamo na região ventrolateral. E o centro da saciedade é no


hipotálamo a região ventromedial. O centro da saciedade controla a ingestão alimentar através da inibição
do centro (o hipotálamo contém um centro ativo de alimentação, o qual é inibido pelo centro de
saciedade). Os reflexos alimentares são produzidos por uma grande variedade de estímulos, como os
visuais, olfativos, táteis, auditivos e gustativos. Além deles, estímulos internos, como os provenientes da
boca e do estomago, ou produzidos pela temperatura corporal, ou pela taxa de glicose ou ácidos graxos
livres no sangue, agindo como receptores específicos. Esses reflexos são controlados pelos centros
hipotalâmicos

O processamento do alimento é tradicionalmente dividido em três fases: cefálica, gástrica e intestinal. Na


fase intestinal a maior parte da absorção dos nutrientes ocorre no intestino delgado. Sensores no iestino
desencadeiam reflexos neurais e endócrinos. Dessa forma, o quimo entrando no intestino ativa o sistema
nervoso entérico, que, então, reduz a motilidade gástrica e a secreção, retardando o esvaziamento gástrico.

Existem duas teorias clássicas para a regulação da ingestão alimentar: a teoria glicostática e a teoria
lipostática. A teoria glicostática diz que o metabolismo da glicose pelos centros hipotalâmicos regula a
ingestão alimentar. Quando a concentração de glicose no sangue diminui, o centro da saciedade é inibido, e
o centro da fome torna-se dominante. Quando o metabolismo da glicose aumenta, o centro da saciedade
inibe o centro da fome. A teoria lipostática do equilíbrio energético propõe que um sinal dos estoques de
gordura do corpo para o encéfalo modula o comportamento alimentar, de modo que o corpo mantém um
determinado peso. Se o armazenamento de gordura aumenta, a ingestão diminui. No jejum, a ingestão
aumenta. A obesidade é o resultado da ruptura dessa via.

A função do sistema digestivo é realizar a digestão, ou seja, fracionar os alimentos e transformar as


macromoléculas em micromoléculas. A digestão é dividida em mecânica (língua, dentes, movimentos
peristálticos) e química (sucos digestivos). As enzimas são moléculas orgânicas de natureza proteica que
aceleram as reações químicas e são altamente especificas (atuam sobre uma só substância). A sua ação é
influenciada pela temperatura e pH. O alimento na boca sofre digestão química pela saliva a qual contém a
enzima amilase salivar que transforma amido em maltose. O bolo alimentar da boca para o esôfago pelos
movimentos peristálticos que chega ao estomago. Pela ação do suco gástrico (ácido clorídrico + enzimas
pepsina transforma proteínas em peptídeos e lipases transforma lipídeos em glicerol) se converte em
quimo. No intestino delgado na primeira porção o duodeno esse quimo sofre ação da bile a qual emulsifica
as gorduras convertendo em pequenas moléculas, suco pancreático e suco intestinal neutralizando a acidez
do quimo pela ação dessas enzimas e se transforma em quilo. No intestino delgado há as pregas circulares,
as vilosidades e microvilosidades que aumenta a superfície de absorção. Assim ao longo do intestino
delgado ocorre:

Produtos da digestão são: a glicose (monossacarídeos), aminoácidos, ácidos graxos e glicerol, vitaminas,
minerais e água. E grandes moléculas não digeridas como a celulose. Esses produtos resultantes da
digestão passam através das vilosidades para o sangue ou linfa.

 Boca: amilase
 Estomago: pepsina e lipases
 Intestino delgado: amilase, maltase, protease, peptidase e lipase
 Intestino grosso: fezes

Dessa forma, circuitos hormonais do intestino (estômago, intestino delgado e do pâncreas) e de gordura
(tecido adiposo) têm impacto sobre as sensações de fome e de saciedade, que são exercidas pelas vias
neuroendócrinas hipotalâmicas. A grelina a partir do estômago, a leptina a partir de tecido adiposo, a
insulina do pâncreas, e tirosina, tirosina peptídeo (PYY) a partir do intestino delgado, ligam-se a receptores
orexígenos e / ou neurônios anorexígenos no arco do hipotálamo. 

Regulação da função gastrointestinal


Os centros superiores do SNC, incluindo o córtex cerebral e o sistema límbico, fornecem aferências ao
hipotálamo. Uma grande variedade de mensageiros químicos exerce funções de sinalização que
influenciam a ingestão de alimentos e a saciedade, incluindo neuropeptídeos, hormônios com ação
intestinal, secretados pelo intestino, e mensageiros químicos, chamados de adipocinas, secretados pelo
tecido adiposo. Os peptídeos gastrintestinais incluem hormônios, neuropeptídeos e citocinas. Os
hormônios GI, como todos os hormônios, são secretados no sangue e transportados através do corpo. Eles
atuam sobre o trato GI, em órgãos acessórios, como o pâncreas, e em alvos mais distantes, como o
encéfalo.

A secretina é liberada pela presença de quimo ácido no duodeno. A secretina inibe a produção ácida e
diminui a motilidade gástrica. Além disso, a secretina estimula a produção de bicarbonato pancreático para
neutralizar o quimo ácido que entrou no intestino. A CCK é secretada na corrente sanguínea se uma
refeição contém gorduras. A CCK também diminui a motilidade gástrica e a secreção de ácido. Como a
digestão de gordura ocorre mais lentamente que a digestão de proteínas ou de carboidratos, é
fundamental que o estômago permita que apenas pequenas quantidades de gordura entrem no intestino
em um determinado momento.
A colecistocinina (CCK) melhora a saciedade, dando a sensação de que a fome foi saciada é produzida por
neurônios e funciona como um neurotransmissor no cérebro e principalmente no intestino. Os hormônios
CCK e GLP-1, são liberados pelo intestino durante a refeição e auxiliam a diminuir a fome. Os hormônios
GIP e o peptídeo similar ao glucagon 1 (GLP-1) são liberados se a refeição contém carboidratos. Ambos, GIP
e GLP-1, atuam por antecipação para promover a liberação da insulina pelo pâncreas endócrino, permitindo
que as células se preparem para receber a glicose que está para ser absorvida. Os conteúdos intestinais são
lentamente propelidos para a frente por uma combinação de contrações segmentares e peristálticas. Essas
ações misturam o quimo com enzimas, e elas expõem os nutrientes digeridos para o epitélio mucoso para
absorção. Os movimentos para a frente do quimo ao longo do intestino devem ser suficientemente lentos
para permitir que a digestão e a absorção sejam completadas. A inervação parassimpática e os hormônios
GI gastrina e CCK promovem a motilidade intestinal; a inervação simpática inibe-a. A grelina, é secretado
pelo estômago e age no cérebro aumentando a sensação de fome e promove a liberação do hormônio do
crescimento. Está envolvido na regulação central da ingestão alimentar e do balanço energético,
estimulando o apetite, a lipogênese e reduzindo a taxa metabólica. A concentração circulante de grelina
apresenta-se elevada em pacientes com anorexia nervosa e reduzida em pessoas obesas.
A leptina é um hormônio sintetizado pelos adipócitos age como um sinal de retroalimentação negativa
entre o tecido adiposo e o encéfalo. Quanto mais os estoques de gordura corporal aumentam, maior é a
secreção de leptina e menor é o consumo alimentar. A leptina é um peptídeo responsável pela saciedade,
desempenha um papel importante na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um
aumento na queima de energia e diminuindo a ingestão alimentar. Este hormônio é levado pelo sangue
até o cérebro, onde atua nos receptores do hipotálamo para diminuir o apetite. É responsável pelo
controle da ingestão alimentar, atuando em células neuronais do hipotálamo no SNC.

Como a leptina age em obesos?

Pessoas com obesidade, em sua maioria, tornam-se resistentes à ação da leptina. O mecanismo se dá em razão
da grande quantidade de gordura, e o consequente aumento da produção de leptina pelas células de gordura,
que acaba se acumulando no organismo, com grande circulação, levando o cérebro a resistir a sua ação. Age
diretamente no cérebro e que tem como principais funções controlar o apetite, reduzir a ingestão de
alimentos e regular o gasto energético. Nessas pessoas obesas, é atribuída a alterações no receptor de
leptina ou a uma deficiência em seu sistema de transporte, fenômeno denominado resistência à leptina.
Uma molécula sinalizadora chave nesse processo é o neuropeptídeo Y (NPY), um neurotransmissor
cerebral que parece servir de estímulo para a ingestão alimentar. Em animais com peso normal, a leptina
inibe o NPY por uma via de retroalimentação negativa. Outros neuropeptídeos, hormônios e adiponectinas
também influenciam a secreção de NPY, a liberação de leptina por adipócitos e o controle da ingestão
alimentar nos centros hipotalâmicos
As substâncias não digeridas passam para o intestino grosso misturados com água. Ocorre a absorção de
minerais e grande quantidade de água. O quilo torna-se sólido ou semissólido por causa da absorção de
água e agora é chamado fezes. Os movimentos peristálticos em massa empurram o material fecal do colo
sigmoide para o reto. A distensão resultante da parede retal estimula os receptores de estiramento, que
iniciam um reflexo de defecação que resulta na defecação, a eliminação das fezes do reto por meio do
ânus. O reflexo de defecação ocorre do seguinte modo: em resposta à distensão da parede retal, os
receptores enviam impulsos nervosos sensitivos para a medula espinal sacral. Impulsos motores da medula
viajam ao longo dos nervos parassimpáticos de volta para o colo descendente, colo sigmoide, reto e ânus. A
contração resultante dos músculos longitudinais retais encurta o reto, aumentando assim a pressão em seu
interior. Esta pressão, junto com contrações voluntárias do diafragma e dos músculos abdominais, além do
estímulo parassimpático, abrem o músculo esfíncter interno do ânus. O músculo esfíncter externo do ânus
é controlado voluntariamente. Se for voluntariamente relaxado, a defecação ocorre e as fezes são expelidas
através do ânus; se for voluntariamente contraído, a defecação pode ser adiada. Contrações voluntárias do
diafragma e dos músculos abdominais auxiliam na defecação ao aumentar a pressão no interior do
abdome, que empurra as paredes do colo sigmoide e do reto para dentro. Se a defecação não ocorrer, as
fezes voltam para o colo sigmoide até que a próxima onda de peristaltismo em massa estimule os
receptores de estiramento, novamente produzindo a vontade de defecar. Em crianças, o reflexo de
defecação provoca esvaziamento automático do reto, porque o controle voluntário do músculo esfíncter
externo do ânus ainda não se desenvolveu.
EQUILÍBRIO ENERGÉTICO: Uma vez que o alimento tenho sido digerido e absorvido, as reações químicas do
corpo – conhecidas coletivamente como metabolismo – determinam o que ocorre com os nutrientes
contidos nos alimentos. No corpo humano, a maior parte da energia é estocada nas ligações químicas entre
moléculas. A entrada de energia nos seres humanos consiste na energia contida nos nutrientes que
comemos, digerimos e absorvemos. A saída de energia é a combinação do trabalho realizado e da energia
devolvida ao meio externo como calor.

O metabolismo é a soma de todas as reações químicas do corpo. As reações que compõem estas vias (1)
extraem energia dos nutrientes, (2) usam a energia para o trabalho e (3) armazenam o excesso de energia
de modo que esta possa ser usada posteriormente. As vias metabólicas que são capazes de sintetizar uma
grande quantidade de moléculas a partir de muitas unidades menores são chamadas de vias anabólicas. As
vias que são capazes de quebrar grandes moléculas em partículas menores são chamadas de vias
catabólicas. O corpo mantém a maioria da sua energia de reserva em moléculas compactas de gordura de
alta energia. Metabolicamente, entretanto, a energia da gordura é de mais difícil acesso, e o metabolismo
das gorduras é mais lento do que o dos carboidratos.

Se a quantidade de alimento ingerido excede as necessidades do corpo de energia e síntese, o excesso de


energia vai para armazenamento nas ligações do glicogênio e da gordura. O armazenamento torna a
energia disponível para os períodos de jejum. O destino de uma biomolécula absorvida depende se ela é
um carboidrato, uma proteína ou uma gordura.

A glicose é o substrato primário para a síntese de ATP. A glicose absorvida a partir do intestino entra pela
via hepática (veia porta), sendo direcionada para o fígado. Aproximadamente 30% de toda a glicose
ingerida é metabolizada no fígado. Os 70% restantes continuam na corrente sanguínea para serem
distribuídos para o encéfalo, para os músculos e para outros órgãos e tecidos. A glicose, então, move-se do
líquido intestinal para dentro das células através de transportadores de membrana GLUT. A maior parte da
glicose absorvida de uma refeição vai imediatamente para a glicólise e para o ciclo do ácido cítrico para
produzir ATP. Alguma glicose é utilizada pelo fígado para a síntese de lipoproteínas. A glicose que não é
utilizada para a produção de energia e para a síntese é armazenada como glicogênio ou gordura. A
capacidade do corpo de armazenar glicogênio é limitada, assim a maior parte do excesso de glicose é
convertida em triacilgliceróis e armazenada no tecido adiposo. Estoque de glicose O glicogênio, um grande
polissacarídeo, é o principal meio de estoque de glicose no organismo. O glicogênio é um polímero de
glicose, formado pela ligação de diversas moléculas individuais de glicose ligadas entre si em uma cadeia
ramificada
Funções do hipotálamo:

 Ajuda a manter a concentração de glicose sanguínea agindo no pâncreas endócrino


 Controla a osmolaridade corporal: estimula a sede e o comportamento de sede, estimula
a secreção de vasopressina
 Controla a ingestão alimentar: estimula o centro da saciedade, estimula o centro da
fome
 Interage com o sistema límbico, influenciando os comportamentos e as emoções
3) Compreender o mecanismo da infecção parasitário relacionando com o caso

Parasita é um organismo que vive na superfície ou no interior de outro organismo (o hospedeiro) e se


aproveita (por exemplo, obtendo nutrientes) do hospedeiro à custa do hospedeiro.
 Protozoários (como amebas) que consistem em uma só célula
 Vermes (helmintos), os quais são maiores e consistem em muitas células e têm órgãos internos

Os protozoários se reproduzem por divisão celular e podem se multiplicar dentro das pessoas. Os
protozoários incluem uma grande variedade de organismos unicelulares, como a Giardia, que infesta o
intestino, e o protozoário da malária, que se desloca na corrente sanguínea.
 As infecções parasitárias podem ocorrer em locais com más condições sanitárias e más práticas
de higiene.
 Os parasitas geralmente penetram no organismo pela boca ou pela pele.
 Os médicos diagnosticam a infecção obtendo amostras de sangue, fezes, urina, catarro ou outro
tecido infectado e examinando-as ou enviando-as para um laboratório para análise.
 Os viajantes para áreas onde alimentos, bebidas e água podem estar contaminados são
aconselhados a cozinhar, ferver, remover a casca ou deixar de lado

Transmissão
Os parasitas geralmente penetram no organismo pela
 Boca
 Pele
Os parasitas que entram pela boca são deglutidos e podem permanecer no intestino ou penetrar pela parede
intestinal invadindo outros órgãos. Muitas vezes os parasitas penetram na boca por transmissão fecal-oral.
Alguns parasitas podem penetrar diretamente através da pele. Outros são transmitidos por picadas de
insetos.

A transmissão fecal-oral é uma maneira comum de adquirir um parasita. Fecal se refere a fezes ou
excrementos e oral se refere à boca, incluindo coisas levadas à boca. A infecção que se dissemina pela via
fecal-oral é adquirida quando uma pessoa ingere, de alguma forma, algo que esteja contaminado por
fezes de uma pessoa ou de um animal infectado, como um cão ou gato. Muitos parasitas invadem ou
vivem no trato digestivo da pessoa. Assim, os parasitas ou seus ovos estão frequentemente presentes
nas fezes das pessoas.
As pessoas infectadas muitas vezes disseminam sua infecção quando não lavam as mãos adequadamente
após usar o vaso sanitário. Como suas mãos estão contaminadas, qualquer coisa que tocarem depois
pode ser contaminada por parasitas (ou por bactérias ou vírus que causam distúrbios do trato digestivo).
Se as pessoas com mãos contaminadas tocam em alimentos – em restaurantes, mercearias ou no lar – os
alimentos podem ficar contaminados. Depois disso, qualquer pessoa que ingerir aqueles alimentos pode
contrair a infecção.
A ingestão não tem que envolver alimentos. Por exemplo, se uma pessoa com as mãos contaminadas
tocar em um objeto, como a porta de um banheiro, a porta pode ficar contaminada. Outras pessoas que
tocarem a porta contaminada e depois levarem seus dedos à boca poderão ser infectadas pela via fecal-
oral.
Outras formas pelas quais uma infecção pode se disseminar pela via fecal-oral incluem
 Beber água contaminada com esgoto não tratado (em áreas com más condições sanitárias)
 Comer moluscos crus (como ostras e mariscos) que foram cultivados em água contaminada
 Comer frutas, legumes ou verduras crus lavados em água contaminada
 Participar de atividade sexual que envolva contato da boca com o ânus
 Nadar em piscinas que não foram adequadamente desinfetadas ou em lagos ou partes do oceano
que estejam contaminados com esgoto

Transmissão de parasitas pela pele


Alguns parasitas vivem no interior do corpo e penetram pela pele. Eles podem
 Perfurar diretamente a pele
 Ser introduzidos pela picada de um inseto infectado

Alguns parasitas, como ancilóstomos, penetram na pele da sola dos pés quando a pessoa caminha descalça
em solo contaminado. Outros, como os esquistossomos, que são trematódeos, entram pela pele quando a
pessoa está nadando ou tomando banho em água contendo os parasitas.
Insetos que transportam e transmitem organismos que causam a doença são chamados vetores. Alguns
insetos vetores transmitem parasitas denominados protozoários (como aqueles que causam malária) e
alguns helmintos (como aqueles que causam cegueira dos rios). Inúmeros desses parasitas têm ciclos de
vida muito complexos. Os insetos (por exemplo, piolhos) e ácaros (por exemplo, sarna) que perfuram ou
vivem sobre a pele são conhecidos como ectoparasitas. Eles são transmitidos pelo contato próximo com
uma pessoa infectada ou seus pertences.
Caso clínico

A giardíase é uma infecção do intestino delgado causada pelo parasita Giardia, um protozoário unicelular.
Os principais sintomas são cólicas abdominais e diarreia.
 As pessoas podem ter cólicas abdominais, gases, eructação, diarreia, enjoo e sentir-se cansadas.
 As pessoas adquirem a infecção ao beber água ou ingerir alimentos contaminados com fezes
contendo Giardia ou ao entrar em contato com fezes de uma pessoa infectada.
 Os médicos diagnosticam a infecção ao testar ou examinar uma amostra de fezes.
 Ferver a água mata o protozoário Giardia e é a maneira mais segura de os caminhantes assegurarem
que a água de correntes e lagos é segura para se beber.

Os protozoários Giardia podem formar um invólucro externo (chamado um cisto). Ele permite que eles
sobrevivam fora do corpo por longos períodos (por exemplo, em lagos e córregos) e faz com que fiquem
menos sujeitos a serem mortos pelo cloro (por exemplo, em piscinas). Os cistos são eliminados nas fezes e
podem causar infecção.
O protozoário Giardia é um contaminante comum de águas doces, incluindo muitos lagos e córregos, até
mesmo os que parecem limpos. Sistemas de abastecimento de água municipal mal filtrada contribuem para
alguns surtos. A maioria das pessoas contrai a infecção ao beber água contaminada. Mas as pessoas podem
contrair a infecção se comerem alimentos contaminados ou tiverem contato com fezes de uma pessoa
infectada, o que pode ocorrer entre crianças ou parceiros sexuais.

A giardíase é mais comum entre


 Crianças em creches
 Pessoas que praticam sexo oral-anal
 Pessoas que viajaram para países em desenvolvimento
 Mochileiros e excursionistas que bebem água não tratada de córregos e lagos
 Pessoas que nadam em piscinas ou lagos contaminados

Algumas pessoas infectadas não apresentem nenhum sintoma; porém, essas pessoas podem liberar cistos
de Giardia nas fezes e, dessa forma, infectar outras. Os sintomas, quando ocorrem, surgem em cerca de
uma a duas semanas após a infecção. Os sintomas de giardíase geralmente incluem cólicas abdominais,
gases (flatulência), eructação e diarreia aquosa de odor fétido. O enjoo pode surgir e desaparecer. As
pessoas podem se sentir cansadas e vagamente desconfortáveis, e perder o apetite. Se não receber
tratamento, a diarreia pode persistir durante semanas. As pessoas com giardíase frequentemente
desenvolvem intolerância à lactose (incapacidade de digerir lactose, o açúcar do leite), o que pode resultar
em diarreia, gases e distensão abdominal. Algumas pessoas com giardíase desenvolvem diarreia que
persiste por mais tempo. Essas pessoas podem não absorver uma quantidade suficiente de nutrientes dos
alimentos (chamado má absorção), resultando em perda de peso significativa.

Diagnóstico de giardíase
Exames de fezes
Os sintomas muitas vezes sugerem giardíase.
A maneira mais fácil de fazer o diagnóstico de giardíase é examinar as fezes para detectar proteínas
(antígenos) liberadas pela Giardia lamblia ou seu DNA.
O exame das amostras das fezes ao microscópio também pode detectar o parasita. Porém, como as pessoas
que estiveram infectadas durante muito tempo tendem a expelir os parasitas em intervalos imprevisíveis,
pode ser necessário repetir os exames das fezes.
Se esses testes não identificarem o que está causando os sintomas intestinais, os médicos podem utilizar um
tubo de visualização flexível (endoscópio) para examinar a parte superior do trato digestivo, incluindo a
primeira porção do intestino delgado (duodeno). Os médicos podem usar este procedimento para obter uma
amostra do conteúdo do intestino delgado para exame.

Prevenção da giardíase
A prevenção da giardíase requer
 Tratamento adequado de águas de uso público (incluindo água potável e água de piscinas)
 Uso boas práticas de higiene ao preparar alimentos
 Boa higiene pessoal (por exemplo, lavar muito bem as mãos após usar o vaso sanitário)
 Evitar contato com fezes durante as relações sexuais
 Ferver a água mata o parasita e é a maneira mais segura de os caminhantes assegurarem que a água
de correntes e lagos é segura para se beber.
A água de correntes e lagos pode ser às vezes desinfetada usando-se iodo ou compostos contendo cloro. Esse
método é menos confiável porque sua eficácia varia dependendo do quanto a água está turva ou barrenta
(turvação) e de qual é a temperatura da água. A quantidade de cloro usada rotineiramente na água de beber
pode ser insuficiente para matar os cistos.

4) Estudar a psicoterapia e a espiritualidade na prática médica

A psicoterapia está associada aos transtornos psiquiátricos. As suas principais linhas são: a psicanálise, as
psicoterapias de base existencial e a psicoterapia cognitivo-comportamental. A psicanálise é a mãe das
psicoterapias criada por Freud. Esse método de acesso ao inconsciente é através da associação livre e da
interpretação de sonhos. Na associação livre o paciente é estimulado a falar literalmente tudo o que vier
em sua cabeça sem se deter em críticas que procurem dar ordem aos pensamentos ou inibi-los sob
pretexto de serem irrelevantes ou sem sentido. O paciente é deitado em um divã sem que o analista esteja
no seu campo de visão. Com a ajuda da associação livre e da capacidade de interpretação procura-se
também descobrir o significado dos sonhos. Essa analise não pode ter julgamentos. Os conteúdos do
inconsciente podem provocar angústias e sofrimento quando são trazidas as consciências. Assim, as
pessoas utilizam os mecanismos de defesas para lidar com determinados conflitos. O objetivo da terapia
existencial é facilitar o autoconhecimento do individuo e promover a autonomia, o alcance das suas
potencialidades e sua autenticidade, de maneira que possa assumir livremente sua existência. Parte-se do
pressuposto de que o sofrimento humano resulta do confronto com os dados de sua existência, como a
consciência de morte, de liberdade, de solidão e a falta de sentido. Assim, a psicoterapia existencial pode
ser um meio pelo qual o individuo é ajudado a promover uma abertura cada vez maior das perspectivas em
relação a si próprio e ao mundo. Em abertura facilitaria a autoavaliação de suas crenças, aspirações e
valores para que melhor explore suas experiencias e aumente seu potencial de escolha. Os indivíduos que
mais podem se beneficiar dessa terapia é aqueles que estão em confronto com doença física grave ou pelo
menos percebida como ameaçadora ou com consequência de acidentes e/ou incapacidades. Os objetivos
são:

 Ajudar a retomar o controle sobre a própria vida com sentimento de mestria


 Facilitar a compreensão de si próprio com mais capacidades
 Superar o medo de viver e descobri como a vida pode ser vivida de maneira mais satisfatório

A terapia cognitivo-comportamental: parte do pressuposto de que não são as situações em si que nos
afeta, mas o que pensamos sobre as situações. O objetivo é levar o paciente a se dar conta de como
está estruturado seu padrão de pensamento e monitorá-los. Os pensamentos que o individuo tende a
apresentar diante das situações estão amparados por crenças e pressupostos. Um paciente que tenha
pressupostos do tipo ‘’ o câncer é uma doença grave e incurável’’, pode receber o diagnóstico de
câncer de próstata e pensar: ‘’estou liquidado, não adianta fazer tratamentos.’’ Esse paciente
mobilizado por seus pensamentos pode ter uma forte reação depressiva e se negar a se tratar de um
câncer curável. A terapia comportamental utiliza técnicas para facilitar o processo de restruturação do
modo de pensar. Exemplo um paciente com fobia de agulhas e injeções, algumas técnicas de exposição
gradual e dessensibilização sistemática podem ser extremamente eficazes para que tenha menos
desconforto nesses tratamentos. As psicoterapias podem ser aliadas importantes na condução de
alguns problemas e tratamentos médicos. Em caso de dificuldade de relacionamento com o paciente,
com sua doença, com as circunstâncias, muitas vezes o médico pode identificar aspectos que sinalizem
a indicação dessa ferramenta terapêutica que pode melhorar, inclusive, os desfechos clínicos de
interesse. Por sua vez, o médico também pode perceber em si conflitos psicológicos, existências ou de
estrutura do pensamento que lhe façam pensar na possibilidade de também ser ajudado a conviver
melhor com seus pacientes.

Desde os tempos remotos há registro da ligação entre religião e medicina. Nos tempos medievais, as
licenças para a prática da medicina eram responsabilidade das autoridades religiosas, e mesmo antes
disso povos ao redor do mundo já buscavam uma cura de males através de espíritos e divindades.
Somente na renascença ocorreu uma separação mais evidente entre ciência e religião, como se fosse
estabelecidos lados opostos que não poderiam coexistir na prática da medicina diante dos avanços
científicos. A religião é um conjunto de crenças, práticas, rituais e símbolos designados para facilita o
acesso ao sagrado, ao transcendente. A religiosidade é o quanto o individuo acredita, segue e prática
religião. A espiritualidade diz respeito a uma busca pessoal para o entendimento de questões maiores
sobre a vida e seu sentido e sobre as relações com o sagrado e o transcendente, o que pode ou não
levar ao desenvolvimento de práticas religiosas ou formações de comunidade.

As dimensões da espiritualidade é algo inerente ao humano. A OMS inclui a dimensão espiritual ao


conceito multidimensional de saúde, considerando as questões de significado e sentido da vida, e não a
restringindo a nenhum tipo específico de crença ou prática religiosa. O processo de doença grave é
vivido em etapas, se iniciando pela negação, passando depois para a raiva, negociação, depressão e
então aceitação. Conhecer essas etapas é essencial para que o médico possa entender os momentos
pelos quais seus pacientes vão passar e saber como portar diante deles. Inúmeros estudos apontam o
benefício da fé e da esperança na saúde. A prática da crença, com uma espiritualidade própria e uma
vivência na comunidade, pode promover um suporte nos momentos mais difíceis. O fato é que
confrontar ou ameaçar o paciente não é a melhor maneira de contribuir para o tratamento, pelo
contrário, a empatia e a aceitação, mesmo quando há discordância, são as bases para o
estabelecimento de um vínculo melhor e para conduzir à mudança, integrando os princípios da
entrevista motivacional, abordagem psicoterapêutica focada no processo de mudanças pessoais,
especialmente quando a resistência é maior. O médico precisa esclarecer à paciente seu quadro, a
necessidade de tratamento e os riscos em adiar ou não obedecer a conduta definida.

‘’ seu líder entende de fé e não de medicina’’, ‘’eu não me responsabilizo’’, ‘’ se não aceitar o
tratamento pode vir a morrer’’. É fundamental entender que o princípio de todo tratamento é a relação
médico-paciente, a qual não é construída sem empatia, aceitação e vínculo.

Como seria uma boa abordagem? O médico poderia iniciar ressaltando a importância da fé no primeiro
tratamento do paciente e como seria importante também nesse momento, deixar claro que entende
importância dos líderes religiosas. Relatar que a importância de um tratamento precoce é termos melhores
resultados.

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