Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROCESSO Nº 1000/2018.
TECELAGEM FIO DE OURO S.A., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº, endereço
eletrônico, com sede na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, vem, por seu advogado infra
assinado, endereço eletrônico, com endereço profissional na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP,
apresentar:
CONTESTAÇÃO
As alegações formuladas por JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos da AÇÃO 1000/2018,
pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
1. DA PRELIMINAR DE INÉPCIA
À luz do que preceitua o art. 337, IV/CPC, o pedido formulado sem causa de pedir gera a inépcia
da petição inicial no que se refere àquele pedido, devendo tal fato ser alegado em preliminar.
Por conseguinte, diante do que fora supradito, deve o processo em relação ao pedido de adicional
de periculosidade, ser extinto sem resolução de mérito, nos moldes do art. 485, I/CPC.
2. DO MÉRITO
Apesar de a reclamante ter ingressado no judiciário no período de dois anos após o término do
contrato de trabalho, o que não gera a prescrição total, ela apenas pode cobrar as verbas dos
cinco últimos anos anteriores ao seu ingresso no judiciário, ou seja, a cobrança só atinge as
verbas até 15.10.13. Todas as verbas anteriores a esta data estão prescritas, conforme art. 11/CLT.
Sendo assim, deve o processo ser extinto com resolução de mérito, em relação a todos os direitos
anteriores a 15.10.13, na forma do art. 487, II/CPC.
Alega a reclamante ter direito à indenização por dano moral, em virtude de ter adquirido doença
profissional, em virtude do mobiliário da empresa não estar de acordo com as normas de
ergonometria.
Ressalta-se que a própria reclamante juntou laudo de ressonância magnética da coluna vertebral,
constando diagnóstico de doença degenerativa.
Insta salientar que de acordo com o art. 20, §1º, a, da Lei 8213/90, a doença degenerativa não é
considerada doença profissional.
Desse modo, não há que se falar na existência de qualquer doença profissional e tampouco na
indenização por dano moral.
Destarte, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com
resolução de mérito, na forma do art. 487, I/ CPC.
O art. 458, §2º, IV/CLT dispõe que plano odontológico não pode ser considerado como salário
utilidade.
Ante ao exposto, deve o pedido da reclamante ser julgado improcedente e o processo extinto com
resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
De acordo com alegações feitas pela reclamante, nos últimos dois anos, a reclamada fornecia, a
todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018,
violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de
2018.
Como comprovação, juntou a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho
de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus
colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a
anterior prorrogou-se automaticamente.
Determina o art. 614, §3º/CLT que findo o prazo de validade de dois anos de uma convenção
coletiva fica vedada a ultratividade de seus efeitos.
Desta forma, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com
resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
De acordo com o que alega a reclamante, a mesma durante o ano de 2018, permanecia duas
vezes na semana, por mais de uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um
culto ecumênico, alegando a caracterização de tempo à mais a disposição do empregador.
No entanto, não há o que se falar em cabimento de hora extra, uma vez que o art. 4º, §2º i da CLT
dispõe que não será computado como hora extra o período em que o empregado permanecer por
escolha própria para práticas religiosas.
Por conseguinte, o pedido da reclamante devera ser julgado improcedente e o processo extinto
com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
DO NÃO CABIMENTO DA TRANSFORMAÇÃO DO PEDIDO DE DEMISSÃO (art. 818,
I/CLT)
De acordo com o que se alega, a reclamante afirma ter sido coagida a pedir demissão, e relata
que se assim não fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela
nada ter feito de errado.
Contudo, apesar da alegação, a reclamante não veio a juntar quaisquer provas que comprovem a
coação supradita.
Diante disso, tem-se por infundada as alegações, uma vez que não se restou comprovado o
alegado, conforme determina o art. 818,I da CLT.
Logo, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução
de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
A reclamente informa que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início
do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar para os 5
empregados do setor e esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de
garçom, pelo que ela requer o pagamento de um plus salarial de 30%.
O art 456 parágrafo único a falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal respeito,
entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua
condição pessoal, sendo assim não tem previsão legal para os 30%.
Desta forma, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto com
resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
Ressalta-se que a reclamada fora contratada e exercia a função de cozinheira, à luz do art 193 ,
I,II § 4º CLT, a função predita não faz jus a concessão do pretendido adicional.
Ante ao exposto, o pedido da reclamante deve ser julgado improcedente e o processo extinto
com resolução de mérito, na forma do art. 487, I/CPC.
3. DOS HONORÁRIOS
4. DOS PEDIDOS
5. DAS PROVAS
Termos em que
Pede deferimento.
Local e data
Advogado/OAB