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Filipenses 3:1-8 Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim não me
desgosta, e è segurança para vós outros, que eu escreva as mesmas cousas. 2 -
Acautelai-vos dos cães\ acautelai-vos dos maus obreiros! acautelai-vos da falsa
circuncisão \ 3 - Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no
Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. 4 — Bem que eu
poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne,
eu ainda mais: 5 - Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de
Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, 6 - quanto ao zelo, perseguidor
da igreja, quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. 7 - Mas o que para mim era
lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. 8 — Sim, deveras considero tudo
como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor:
por amor do qual, perdi todas as cousas e as considero como refugo para ganhar a
Cristo.
Introdução
Em quinto lugar,
Como Paulo foi criado em Jerusalém, ele falava a
língua divinamente endossada, que era o hebraico,
lia a palavra de Deus nas palavras originais que os
profetas inspirados falaram e escreveram.
Portanto, estas foram suas vantagens
independentes da vontade, da escolha:
Paulo não escolheu ser circuncidado, não escolheu
ser benjamita, como nenhum de nós pode escolher
a cor ou raça de que provém.
Foram benefícios que ele atribuía à graça
selecionadora de Deus, como todo judeu fazia.
Como Paulo devia ter-se gloriado na eleição divina
de Abraão e de sua semente!
Podia dizer como o fariseu que orava: “Que bom o
Senhor ter-me feito judeu, e não gentio... Estou
contente por me ter feito homem e não mulher”.
Lucas 18 conta do fariseu que subiu ao Templo para
orar.
“Deus, agradeço-lhe porque não sou como outros
homens...”
Paulo tinha haveres no livro-razão religioso,
embora não lhes atribuísse nenhum valor depois de
sua conversão.
A graça gratuita é que faz a grande diferença.
Paulo, entretanto, não parou aí com a lista de seus
bens.
Ele prossegue, citando os itens ganhos por escolha
e esforço próprio.
Em sexto lugar,
Escolheu ser fariseu, isto é, membro do partido
mais rigoroso e mais admirado entre os vários
partidos religiosos judaicos.
Não era uma fraternidade muito numerosa.
Algumas autoridades acham que não houve mais de
seis mil fariseus vivendo na mesma época.
Eram muito exigentes, como numa loja maçônica ou
outra organização na qual os iniciados assumem
responsabilidades e votos perante Deus.
O objetivo da renúncia era agradar a Deus.
Consistia em jejuar, dar dez por cento de tudo que
se recebia, valesse alguma coisa ou não, e ser
meticuloso na observância do sábado.
Li a respeito de um fariseu que passou oito horas
por dia durante dois anos estudando a lei do
sábado: o que se podia e não podia fazer para
agradar a Deus e cumprir seus mínimos
mandamentos.
Paulo diz: “Escolhi fazer parte da fraternidade dos
fariseus”.
Em sétimo lugar,
E ainda: “Fui além”.
“Tornei-me extremamente zeloso para proteger a
pureza da verdade de Deus.”
Foi isto que motivou Paulo a perseguir a Igreja de
Jesus Cristo.
Não acredito que Paulo tenha odiado as pessoas
por natureza, mas ele detestava as pessoas que
não enxergavam a verdade como ele a via.
Estava mais que disposto a ver os heréticos
cristãos sofrerem, chorarem, até morrerem se
fosse necessário;
Foi por esta razão que encontramos Paulo
encabeçando o apedrejamento de Estêvão (Atos
8:1).
Zelo, eis a característica de Paulo, mais zelo do que
qualquer um dos seus adversários tinha.
Além de tudo, Paulo afirma, “quanto à justiça, a
minha era composta de todas as minúcias da Lei”.
Referia-se ao fato que durante todos os momentos
em que ficava acordado, estava obcecado em
seguir as regras de Deus.
Desde a hora em que foi iniciado nas
responsabilidades adultas judaicas, aos doze anos,
tornando-se “filho da Lei”, tentou cumprir todas as
exigências.
Paulo então podia dizer: “Se alguém quiser
verificar meu currículo, há de ver que fui
inculpável quanto aos requisitos da lei”.
Foi esta a auto-avaliação de Paulo.
Conclusão
Cada um de nós nos envolvemos na mesma questão
de Paulo.
Temos uma vontade ingênua de equilibrar as contas
das duas colunas, de tal forma que nenhum lado
perca.
Será que cada um de nós também não deseja poder
ganhar algo que venha da carne;
Alguma vantagem, algum reconhecimento;
Alguma posse na qual possa estar mais seguro?
Paulo nos diz que até o ponto e na proporção em
que nos firmamos nestes recursos, já perdemos a
Jesus Cristo (conf. Gál. 5:2).
Por outro lado, se você já perdeu tudo, toda a
esperança auto-produzida da aprovação de Deus,
toda sua justiça própria, tudo que você faz em
questões espirituais, então Cristo pode ser de
valor eterno para você.
A palavra “carne” significa simplesmente o que
você pode fazer sozinho, independente do auxílio
de Deus incluindo todo o bem que já fez e que não
foi considerado perda.
Se você está dependendo da “carne”, então você
não chegou a conhecer Cristo de maneira nenhuma!
Ninguém faz de Deus o seu devedor.
Conhecer a Cristo realmente significa um
cancelamento definitivo, riscar completamente
aquela primeira coluna de recursos, cheia das
provas de nossas boas obras.
Na outra coluna está somente Cristo.
“Só ali pode ser visto o valor supremo de ter Jesus
como Senhor e Salvador”.
“Conhecer o Filho de Deus está muito, muito acima
de todo o valor ganho com esforço próprio que
antes pensava possuir”.
O valor real em troca de supostos recursos é para
você também, se conhece a Cristo como Paulo o
conhecia.
Se você o conhece pela fé, se o conhece como
aquele de quem tudo se origina, se o vê como quem
lhe deu a vida, e tem todo direito ao seu amor e
lealdade, então você O “ganhou”.
Se você se apega a ele, chegando-se a Cristo
naquele relacionamento de concentração total,
então o verá como Aquele de quem procedem todas
as coisas para você, e saberá que tudo existe para
ele.
Em termos bíblicos, isto é expresso em uma
pequena frase que se refere a Deus: “Porque dele
e por meio dele e para ele são todas as coisas”
(Rom. 11:36).
Se é assim que você considera a Jesus Cristo, você
perdeu tudo para ganhar a pérola de grande preço.
As escolhas significativas e a volta da estrada
foram ordenadas por Ele, não por você.
A maneira de você pensar e usar seu tempo e
recursos materiais, tudo contribui para mostrar
como você se relaciona com Jesus Cristo.
Digamos assim: “Se você o escolhe, então tudo
mais deve perder o valor, tornar-se mesmo como
lixo ou “refugo”, para usar a palavra de Paulo no
versículo 8.
Precisa ser como todo aquele trigo que foi jogado
ao mar, do navio prisão em que Paulo viajou,
ameaçado e agitado por aquelas ondas gigantescas
(At 27:17 em diante).
Não nos admira o fato de Paulo estar tão alegre e
disposto!
É lógico que recomenda-se aos leitores que se
alegrassem no Senhor, porque um ganho
incomparável tinha substituído todas as perdas do
passado e do presente.
Examine sua vida hoje.
Onde você está em relação a perder tudo a fim de
ganhar a Cristo?