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Volume I
O setor de modelagem O Modelista
Atualmente, para se ter um bom resultado no Chama-se de modelista o profissional
competitivo mercado da moda, um fator que transforma um modelo (partindo de
relevante para o sucesso é entender e um desenho, de uma foto ou, muitas
conhecer profundamente o seu público-alvo. vezes, de outra peça de vestuário) em
A qualidade dos produtos é fator um objeto concreto, utilizando-se das
fundamental para o sucesso nas vendas, e a técnicas pré-adquiridas da modelagem
modelagem das peças agrega ainda mais para confecção.
valor ao produto se aliada ao desejo do
consumidor em adquirir um produto que Esse profissional trabalha em conjunto
tenha, ao mesmo tempo, conforto, bom com o estilista e é capaz de interpretar o
corte e caimento, além dos padrões estéticos croqui (esboço de um desenho). Há
envolvidos. alguns anos atrás, o modelista era
responsável única e exclusivamente pelo desenvolvimento da modelagem. Com
Ao pensar no desenvolvimento de uma modelagem de qualidade, você deve, a exigência do mercado de cada vez mais buscar profissionais completos, hoje o
inicialmente, conhecer o corpo que irá vesti-la. É necessário que a empresa profissional de modelagem precisa conhecer as tendências de cada estação
realize pesquisas para conhecer o seu consumidor, adaptando as tabelas de assim como saber montar e costurar a peça que modelou. O modelista deve
medidas utilizadas na construção dos moldes a fim de satisfazer a clientela e saber tirar medidas de acordo com as técnicas recomendadas pela metodologia
obter sucesso nas vendas. específica, elaborar ficha técnica, conhecer aviamentos e ainda conhecer
sempre a composição, o caimento e as demais características do tecido. Ele é
Uma calça de tamanho 40 de uma marca de street wear não pode ser responsável por analisar a pilotagem e fazer as alterações finais no molde para
compatível com uma calça de tamanho 40 de uma marca focada em um então produzir em série.
público de jovens senhoras. Apesar de as tabelas apontarem um número
padrão para um tamanho de cintura, uma delas deverá ser mais baixa, Um dos aspectos principais, ao se
anatômica; já a outra deve ter o gancho mais alto, entre outras inúmeras realizar uma interpretação de
observações. modelagem, é a análise detalhada
do desenho, observando recortes,
Com o crescimento do mercado de moda prêt-à-porter, a modelagem passou pences, comprimentos, folgas e
por diversas transformações e reformulações quanto à aplicação de técnicas amplitude da modelagem. Enfim,
e métodos, visando acompanharas evoluções da indústria da moda e cabe ao modelista analisar o
tecnologia. No mercado atual, esse setor necessita acompanhar a rapidez no desenho levando em
funcionamento da produção das peças do vestuário, sem deixar de lado a consideração cada detalhe que
qualidade dos produtos e a satisfação do consumidor. Os conceitos de como este apresentar, para então
produzir mais em menos tempo e sem margem de erro também estão sendo definir a aplicação de cada técnica
exigidos no setor da modelagem industrial. específica na construção do molde. Todo esse processo visa obter um produto
que seja fiel à idéia inicial, imaginada pelo criador.
A mesa de modelagem e o manequim são peças essenciais do equipamento Todos os modelos devem passar por uma preparação técnica, da seguinte
de um modelista. A mesa de modelagem deve ser plana, ter um metro de forma:
altura, ser retangular (com no mínimo 1,2m largura) e seu comprimento deve
ter no mínimo 2m para que seja possível cortar peças-piloto, como um 1º. Desenvolvimento do molde no papel, determinando todas as marcações e
vestido longo. Sua superfície deve ser bem lisa para que tecidos delicados piques a serem seguidos pelo departamento de corte e pelo de costura.
não puxem fios quando colocados sobre ela.
2º. Corte da peça piloto
É uma técnica utilizada para reproduzir, em segunda dimensão, algo que será É a manipulação do tecido de forma
usado sobre o corpo humano, em tecido ou similar, de forma tridimensional. tridimensional. Trabalha-se com o tecido
Essa modelagem, manual ou computadorizada, pode ser utilizada para sobre os manequins, que têm suas medidas
confeccionar uma peça de roupa apenas ou para produção em grande escala, padronizadas. Na moulage, podem ser feitos
como acontece na confecção industrial de pequeno, médio ou grande porte. os ajustes direto nas curvas do corpo,
resultando em um caimento perfeito. Estes
moldes, depois de prontos serão transferidos
para o papel e podem ser inseridos dentro da
confecção em escala industrial.
O PROCESSO DE MODELAGEM introduzidas modificações e manipulações com a finalidade de se obter um
modelo.
É importante salientar que o molde base, por si só não representa um modelo,
As interpretações de modelagem são baseadas em três etapas de construção
e sim uma referência de corpo. É um conjunto de moldes sem qualquer
de moldes, denominadas de:
interesse estilístico, mas com pormenores estruturais em locais clássicos ou
tradicionais. Normalmente não possui margens para costura, facilitando a sua
Moldes básicos ou blocos básicos
manipulação a fim de se obter um modelo.
Moldes de trabalho
Moldes para corte ou interpretados
O molde base tem os seguintes objetivos:
Moldes básicos (caixas ou blocos de modelagem) 1. - Consistência no ajuste ao corpo através das medidas;
2. - Folga apropriada do vestuário;
Os moldes básicos servem como base para o início das alterações a
serem feitas de acordo com o desenho da peça. Eles são confeccionados 3. - Fonte para o desenvolvimento de moldes para novos modelos;
seguindo a tabela de medidas-base da empresa. No processo industrial de 4. - Referência para a obtenção de outros tamanhos;
confecção, o uso de moldes básicos facilita o processo produtivo do setor de 5. - Redução na quantidade de moldes armazenados;
6. - Sistematização no desenvolvimento do produto para a coleção de
modelagem, uma vez que este possui as medidas específicas da tabela do
público da empresa. Estando pronto uma única vez, não necessita de cada estação;
repetição do traçado inicial. A praticidade do uso de moldes básicos gera
lucros e economia de tempo e de processo para a confecção das partes do Os moldes base são moldes ajustados e aperfeiçoados incansavelmente, que
molde interpretado. podem ser utilizados repetidamente e com segurança, desde que não se
verifiquem alterações drásticas nos tecidos e na moda.
É muito difícil chegar à perfeição em cada modelo desenvolvido a cada estação.
Porém, se os moldes base forem perfeitos e o modelista os utilizar sempre como
referência para a criação dos moldes para os novos modelos, consegue-se um
parâmetro de medidas e proporções de tamanho, aumentando a credibilidade
comercial da linha de produtos.
São os moldes utilizados para riscar e cortar a peça sobre o tecido, contendo
todas as alterações realizadas no processo anterior, as margens para costura
e as marcações necessárias para a montagem da peça.
O que define um bom molde básico é a exatidão das medidas, pois elas
MATÉRIA-PRIMA
caracterizam um molde perfeito e economizam tempo para a produção.
Quanto mais conhecimentos o modelista tiver sobre tecidos, maior o
domínio das técnicas de modelagem, pois saberá aplicar tabelas, métodos de
cálculo de encolhimento e elasticidade necessários a cada modelo.
Conhecer o caimento e estrutura de um tecido é fundamental para o
desenvolvimento de uma peça. Dependendo de como foi projetada a
disposição sobre o tecido, uma mesma matéria-prima apresentará caimentos
diferentes.
Naturais
Os tecidos naturais, considerados básicos e clássicos, podem ter três origens,
a origem animal (lã e seda); a origem mineral (amianto); e a origem vegetal
(algodão, juta, linho, coco e sisal).
Não Naturais
Os tecidos não naturais são feitos por fibras produzidas pelo homem usando
como matéria-prima produtos químicos, da indústria petroquímica. As mais
conhecidas são o poliéster, a poliamida, o acrílico, o polipropileno, o
poliuretano, o elastano e o elastodieno, além das Aramidas (Kevlar e
Nomex).
Naturais Não Naturais
LÃ Quente e confortável, excelente POLIAMIDA Leve e macia; não encolhe nem
(fibra proteica) isolante térmico; resistente ao deforma; resistente ao uso, aos
amassamento; absorve bem a fungos e às traças; de fácil
transpiração e a umidade; amarela e tratamento e seca rapidamente;
desbota quando exposta ao sol; sensível à luz; tem tendência a reter
baixa resistência ao atrito; atacada poeira e sujeira; mancha com
por traças, insetos e fungos; não facilidade; não absorve umidade;
resiste a produtos químicos; exige aquece pouco; favorece a
precauções durante a conservação. transpiração do corpo; encolhe com
o calor; não resiste a produtos
SEDA Muito macia, leve e confortável; não químicos.
(fibra proteica) provoca irritações na pele; baixa VISCOSE Macia e agradável para o verão;
resistência; desbota quando exposta absorve bem a umidade e a
ao sol e a transpiração; não resiste a transpiração; resistente à luz e as
produtos químicos; atacados por traças; torna-se pouco resistente
traças e insetos; exige muitos quando molhada; encolhe e
cuidados na lavagem e tratamento amarrota com facilidade; sensível ao
ácido acético; amarela e desbota
LINHO (fibra celulósica) Muito resistente e confortável; lava- com a transpiração; queima com
se com facilidade, encolhe e facilidade.
amarrota com facilidade; atacado POLIESTER Boa resitência à luz e ao uso; não
por fungos; queima com facilidade. enruga; boa elasticidade; resiste a
maior parte dos produtos químicos;
ALGODÃO(fibra celulósica) Macio e confortável; durável; de fácil tratamento e seca
resistente ao uso, à lavagem, à traça rapidamente; áspero, tem
e insetos; lava-se com facilidade; tendências a formar "bolinhas" com
possui tendência a encolher e a o uso; desbota quando exposto ao
amarrotar; atacado por fungos; sol; encolhe com o calor.
queima com facilidade; não resiste a ACRÍLICO Macio, leve e quente; não enruga;
produtos químicos. boa resistência à luz, às traças e boa
parte dos produtos químicos; não
encolhe; forma "bolinhas com o uso;
sensível ao calor e a produtos
químicos; queima com facilidade
cetim -, sendo o restante, em sua maioria, variantes destes três tipos,
TIPOS DE TECIDOS EM RELAÇÃO AO TECIMENTO com exceção da estrutura Jacquard.
(TRAMA/TEIA)
Devido à sua estrutura ou ao seu acabamento, os tecidos mais finos e
Tecido plano delicados exigem cuidados especiais. O conhecimento das características
destes tecidos é importante para determinar o modelo, o tipo de
Todo tecido plano é resultante do entrelaçamento de dois conjuntos de fios acabamento e os equipamentos e utensílios adequados.
que se cruzam em ângulo reto, de forma perpendicular. Os fios dispostos no
sentido transversal são chamados de TRAMA e os fios dispostos no sentido Estrutura tafetá: esta é a estrutura mais simples,
longitudinal são chamados de URDUME. Ao longo das bordas no sentido onde os fios da trama passam alternadamente sobre
longitudinal, há uma pequena barra, tecida com mais firmeza, com textura e sob os fios da teia. A tenacidade varia em função
própria para as laterais do tecido, chamada de OURELA. Portanto, os fios da resistência dos fios e da compacidade da sua
paralelos à OURELA são de URDUME e os transversais a mesma são os fios de
estrutura. Exemplos: tafetá, musselina, voile, percal.
TRAMA.
Estrutura sarja: é uma das estruturas fundamentais
em que o fio da trama passa no mínimo sobre dois
fios da teia e no máximo sobre quatro.Em cada nova
passagem a trama avança uma unidade para a direita
ou para a esquerda, formando uma estria em
diagonal. Exemplos: sarja, gabardine, danine.
Estrutura cetim: cada fio da teia passa sobre quatro
a oito fios da trama, numa disposição em zig-zag.
Exemplos: cetim, peau de soie, sablé.
Estrutura jacquard: esta estrutura é conseguida por
meio de uma mecânica Jacquard, que controla
separadamente os fios da teia e da trama de modo a
formar desenhos elaborados na superfície do tecido.
Exemplos: damasco, brocado, tecidos para
Todos os tecidos de tear são produzidos pelo entrelaçamento de dois decoração.
tipos de fios: os da teia (dispostos no sentido do comprimento) e os da Estrutura com pêlo: obtém-se acrescentando um fio
trama (no sentido da largura). Os fios da teia são dispostos de trama a uma estrutura de tafetá ou sarja. Este fio
perpendicularmente aos da trama. A estrutura do tecido pode ser surge então no meio do tecido sob a forma de
modificada alterando o padrão de entrecruzamento da teia e da laçadas, que podem ser cortadas ou aparadas.
trama. Existem três tipos fundamentais de estruturas - tafetá, sarja e Exemplos: veludo, pelúcia, imitação de peles.
Estrutura de brocado: nesta estrutura, um fio da Por urdume - são tecidos de malha obtidos a partir de um ou mais conjuntos de
trama forma um desenho sobre a superfície da fios, colocados lado a lado, à semelhança dos fios de urdume da tecelagem
estrutura de base. Este fio segue pelo avesso, de um plana.
desenho para o outro, sendo cortado no final da
Podemos ainda verificar a existência de vários tipos de malha:
tecelagem. Exemplo: cambraia suíça.
Enredamento: esta estrutura forma nós nos pontos Mistos - São tecidos de malha por urdume ou trama com inserção (lay-in)
em que os fios se interceptam, formando uma teia. É periódica de um fio de trama, objetivando dar melhor estabilidade dimensional
a estrutura encontrada nas rendas em geral. ao tecido. É também conhecido como malha laid-in.
Exemplos: tule, filó, parte em rede das rendas.
Tramados - São produzidos em máquinas de malharia por urdume, chamadas
Estrutura cesto: variante da estrutura tafetá. Nesta
tramadeiras, e são muito similares ao tecido plano, com a diferença que os fios
estrutura cruzam-se fios duplos ou múltiplos, os de urdume são substituídos por colunas de malha. Com este tecido ganha-se em
quais são colocados lado a lado sem que sejam produção, pois a velocidade da tramadeira é muito superior ao do tear plano.
submetidos à torção. É uma estrutura menos firme e
menos durável que a estrutura tafetá. Não-tecido ou Nonwoven - São tecidos obtidos através do entrelaçamento de
Estrutura Gaze: nesta estrutura os fios da teia camadas de fibras que se prendem uma as outras por meios físicos e/ou
alternam-se na sua posição, tomando a forma de um químicos, formando uma manta contínua. Podem ser:
oito em torno dos fios da trama. • Feltro - é o tecido resultante do entrelaçamento de fibras de lã ou similares,
através da ação combinada de agentes mecânicos e produtos químicos;
• Folheado - é o tecido feito a partir de um véu de fibras têxteis, não feltrantes,
mantidas juntas por meio de um adesivo ou por fusão de fibras termoplásticas.
Tecido de Malha Apresenta três tipos: com as fibras orientadas, com as fibras cruzadas e com as
fibras dispostas ao acaso.
É uma superfície têxtil, formada pela
interpenetração de laçadas ou malhas que se Tecidos Especiais - São aqueles obtidos por processos dos quais resulta urna
apóiam lateral e verticalmente, provenientes de estrutura mista de tecido plano, malha e não-tecido, ou ainda, como resultante
um ou mais fios. de soluções de polímeros de fibras aplicadas aos tecidos. Podem ser:
Dividem-se em: Laminados - são estruturas obtidas pela colagem de dois tecidos diferentes ou
pela simples aplicação de um impermeabilízante químico a um tecido qualquer.
Por trama - são tecidos de malha obtidos a partir Malimo - estes tecidos levam o nome da máquina onde são produzidos. É uma
do entrelaçamento de um único fio, podendo estrutura obtida pela sobreposição, sem entrelaçamento, de camada de
resultar num tecido aberto ou circular. urdimento sobre a camada de trama e cuja amarração é obtida por uma cadeia
de pontos de malha.
Tipos de Tecidos em relação ao uso Segundo estas características pode-se determinar algumas aplicações
a) Tecidos para vestuário para cada artigo e desta forma adequar o produto ao uso.
Tecidos planos e de malha voltados para as linhas de produto social, calças,
saias, camisarias, uniformes (vestuário) e etc. Estas características são classificadas em três tipos:
1. Características Físicas
b) Tecidos para decoração, cama, mesa e banho 2. Características Químicas
Tecidos planos e de malha voltados para a produção de cortinas, tapetes, 3. Características Colorimétricas
forrações, colchas, lençóis, fronhas, toalhas em geral e etc.
Características dos Tecidos
c) Tecidos rendados e elásticos • Composição
Tecidos planos e de malha voltados para as linhas stretch, lingerie, praia, • Gramatura
piscina (prática de esportes), noite, cortinas rendadas, toalhas rendadas, • Densidade
sportware, surfware e etc. • Espessura
• Título do fio (espessura)
d) Tecidos industriais • Resistência à tração
Tecidos planos e de malha voltados para fornecer materiais complementares • Resistência ao rasgo
de segmentos industriais como: estofamentcs (móveis, automobilística, • Resistência à abrasão
aeronáutica e náutica), brinquedos (astrakan, pelúcias e outros), tecidos em • Resistência a rugas
fibra de vidro e carbono e etc. • Resistência à formação de pilling (bolinhas)
• Resistência ao estouro
e) Tecidos geotécnicos • Resistência ao puxamento de fios
Tecidos planos e de malha voltados para fornecer matérias complementares • Estabilidade dimensional
de segmentos como: rodoviário e ferroviário (base para capeamento de • Regain
rodovias e ferrovias), contenção de encostas, agronomia e etc. • Solidez da cor (luz, lavagem, suor, piscina, ferro de passar)
• Permeabilidade ao ar
f) Tecidos especiais • Hidrofilidade e Coluna d'água
Tecidos planos e de malha para segmentos de blindagem (coletes a prova de • Propagação da chama
bala, blindagem automotiva), combate a incêndio (roupas de penetração e • Impacto de projétil
aproximação da chama), mergulho, filtros especiais e etc. • Acabamentos específicos e especiais
• Leitura da cor
Propriedades dos tecidos
É o conjunto de características de um produto que determinam seu
comportamento quando este é submetido a certas condições
específicas, possibilitando classificá-lo, controlar sua produção,
qualidade e mesmo prever seu comportamento em determinadas
situações especiais ou normais.
O CAIMENTO PERFEITO Quando estiver fazendo o molde é importante determinar o sentido do fio.
O caimento perfeito da roupa está relacionado com o a queda do fio, ou seja, As ilustrações abaixo demonstram a relação entre o sentido do fio determinado
a direção do fio em relação ao solo. Se um molde for colocado sobre o no molde e a ourela do tecido e como colocar as indicações do fio do tecido:
tecido, sem obedecer a direção do fio, a roupa cortada cairá mal. Por isso é
importante saber o que é fio reto, fio horizontal e fio em viés. Ourela
Ourela
Obs. Nem sempre é obrigatório que a roupa seja cortada no mesmo sentido.
Em fio reto - caimento firme, porém, não tão rígido. É a forma mais 1. Uma blusa pode ser cortada a fio reto e a manga em pleno viés.
utilizada. O fio de urdume está perpendicular ao solo.
Em fio atravessado - caimento mais armado. Pouco usado, pois 2. Um vestido pode ter a blusa cortada a fio reto e a saia com o fio atravessado.
poderá apresentar defeitos e deformações na peças, após o uso e
lavagens. Usa-se quando a peça exige volume, como uma saia
balonê. Neste caso, o fio da trama estará perpendicular ao solo.
Em viés - caimento flexível. A peça contorna o corpo, mesmo quando
não é justa. A diagonal da trama e urdume é que está perpendicular
ao solo.
Margens de Costura É de extrema importância a exatidão das margens de costura colocada sobre os
moldes, devendo a linha externa (sobre a qual se fará o corte no tecido) ser
As margens de costura são um acréscimo de medida aos moldes, nas partes uniforme e paralela à borda do molde de trabalho. Vale salientar que qualquer
que serão unidas ou nas que receberão algum acabamento na peça. alteração ou desproporção nas margens de costura poderá modificar as
Recomenda-se que as medidas das margens de costura sejam acrescentadas medidas de todo o molde, ocasionando erros ou defeitos na produção das
aos moldes na etapa de finalização, ou seja, depois de realizadas todas as peças.
alterações no molde de trabalho. Isso resultará na uniformidade das
medidas, em todos os contornos das partes que compõem o molde
interpretado.
Os acréscimos necessários para as margens de costura variam de indústria
para indústria, de acordo com o segmento específico da área da moda.
Vários fatores podem ser considerados definitivos para a quantidade e a
medida das margens de costura. Dentre eles, estão o tipo de tecido, o
acabamento que será realizado ou aplicado na borda do mesmo, qual parte
do molde e que máquina e ponto serão utilizados para tal. Como orientação
geral, você poderá utilizar, para tecidos planos, as medidas sugeridas abaixo,
específicas para a produção industrial:
As Margens das costuras são determinadas pelo tipo de máquina que fará a
costura.
1. Malha → 0,5 cm para máquina overloque.
2. Malha → 1,0 cm para máquina interloque.
3. Malha → 0,0 cm para aparelho de viés.
4. Tecido plano →1,0 cm para máquina reta e quase todas as outras
máquinas.
5. Camisaria plana → 1,5 cm para máquinas de cavas e laterais.
6. Jeans →1,0 cm pra máquina interloque.
7. Jeans →1,5 cm para máquina de braço.
8. Alta costura →1,5 a 2,5 cm para máquina reta.
9. Alta costura → 1,5 cm para cavas e decotes.
Peça Piloto ou Protótipo
Modelagem
Rotação do molde
Os moldes de acordo com as características da roupa a que se destina É determinado por ângulos de 45º, 90º.
obedecem dois critérios a saber:
a) Moldes simétricos:
São aqueles que podem ser usados Ângulo de 45º
independentemente em ambos os
lados, direito ou esquerdo, do ser
humano.
Ex. o molde da calça pode ser usado
tanto do lado direito como do lado
esquerdo, desde que espelhado. Ângulo de 90 º
Espelhar o molde ENCAIXE:
6 Prova e correção
7 Graduação
Para confeccionar o molde base, é preciso reproduzir cada parte do diagrama
É a etapa em que se realiza a ampliação e redução dos moldes para que se
em papel especial. Assim, teremos um molde base para cada parte.
obtenha a grade completa de tamanhos. Da amostra original, se obtém os
Estas bases, em forma de molde, servirão de auxílio para o desenvolvimento
outros tamanhos. Como a graduação é diretamente proporcional ao molde-
de peças básicas ou elaboradas, sendo utilizada para a interpretação de
base, as peças resultantes destinam-se a serem ajustadas a corpos em uma série
modelos em uma modelagem mais elaborada.
consecutivas de tamanho, mas todos com as mesmas proporções, ou seja, o
Este tipo de trabalho tem como ponto de partida as bases da modelagem,
mesmo tipo de corpo. Efetua-se a graduação para que todos os recortes, pences
que passam a funcionar, então, como gabaritos, dispensando a necessidade
e linhas de estilo caiam no mesmo local, em relação à proporção do corpo.
de refazer as linhas de construção a cada vez que se desenvolve um novo
Utiliza-se uma tabela de medidas do corpo ou do produto final para realizar-se
modelo.
este aumento ou diminuição do tamanho base.
5 Adaptação de modelo
1. CROQUI – Desenho da idéia do modelo que dará origem a todo o 3. CORTE – O tecido é organizado no enfesto garantindo o corte em
processo. grande quantidades.
2. ESCOLHA DE MATERAIS – especificações de matéria –prima, 4. MONTAGEM – Mesmo procedimento da fase de pilotagem mas em
aviamentos e acessórios da peça. escala industrial.
3. MODELAGEM – Os moldes são desenvolvidos a partir do desenho do 5. ACABAMENTO - Mesmo procedimento da fase de pilotagem mas em
estilista obedecendo à medidas da tabela adotada. escala industrial.
4. CORTE – O tecido é cortado de acordo com os moldes. 6. PASSADORIA – As costuras são assentadas e é possível marcar detalhes
das dobras, vincos,pregas e caimento.
5. MONTAGEM – As partes cortadas das peças são unidas, passando
por operações e máquinas diferenciadas. 7. CONTROLE DE QUALIDADE – Inspeção feita para garantir que o produto
não tenha nenhum tipo de defeito.
Informações de Identificação do Molde
EMBEBER
Símbolos e marcações nos moldes
Significa fazer uma suave diminuição antes da
costura.
Símbolos mais utilizados
FIO DO TECIDO
ABERTURA Sempre paralelo à ourela do tecido, esse fio serve
O pequeno traço vertical interrompendo uma para orientar a posição da peça em relação ao
das extremidades indica o limite da abertura. tecido.
CASEADO
Indica o lugar onde se deve fazer a casa do botão. NÓ DE MONTAGEM
São os pequenos números encontrados nos cantos
das peças. Eles devem
coincidir na costura.
DISTENDER
Quer dizer esticar o tecido no trecho indicado com
o ferro de passar.
DOBRA DO TECIDO
XX XX Indica que a peça não possui costura no meio.
Deve-se dobrar o tecido, colocar essa linha sobre a
Cuidados a serem tomados com os moldes
A graduação regular é a mais utilizada pela indústria da confecção, por ser mais
rápida e fácil de aplicar. Os valores são iguais em todos os tamanhos. Porém, os
tamanhos mais distantes do tamanho base sofrem distorção e não irão vestir
tão bem quanto a peça base. Mas ela funciona muito bem com empresas que
usem uma grade pequena, como por exemplo: P M G.
P M G
OBSERVE AS VARIAÇÕES NA TABELA B
CINTURA 74 82 90
QUADRIL 94 102 110
ALTURA QUADRIL 18 19 20 Cintura P/M = 8 cm Quadril P/M = 8 cm Altura da saia
P/M = 2 cm
ALTURA SAIA 60 62 64 Cintura M/G = 7 cm Quadril M/G = 10 Altura da Saia
cm M/G = 1 cm
Na tabela A a variação de medidas entre os tamanhos é regular. A cintura
varia a cada 8 cm, acontecendo o mesmo com as medidas do quadril. A
altura do quadril varia a cada 1 cm e a altura da saia a cada 2 cm.
( x, y)
a) ( 1, 1)
b) ( -1, 1)
c) (2, 1,5)
No exemplo abaixo, a visualização do exercício na aplicação da modelagem:
d) ( 0,5, -0,5)
e) (1,2 , - 0,8)
f) ( -0,8 , -1_
6) Achar 3/4 do quadril de 98 cm. 13) Desenhar um quadrado, triângulo, circunferência, ângulo reto.
14) Calcule:
7) Em 1 m quantos cm existem ?
a) 10% de 100 cm
8) 10 cm é equivalente a quantos milímetros? b) 25% de 120 cm
9) 4 cm é igual a quantos milímetros? c) 4 % de 50 cm
d) Acrescente 5% a medida de 70 cm da cintura
10) 6 cm é igual a quantos mm? e) Acrescente 7% a medida de 90 cm do quadril
f) Acrescente 10% a medida de 108 cm, referente o comprimento da
a) 1,53 m = calça ,
b)
c) 3,6 cm = g) Diminua 10% na medida de 48 cm, referente a medida do joelho
d) h) Diminua 6% na medida de 74 cm, referente a medida do cós
e) O, 04 m =
f)
g) 8,3 cm =.
h)
i) 49 mm =.
Pontos e retas
Figuras Planas
A mesma modelagem pode ou não ser usada para outros tipos de tecidos.
Muitas empresas usam o mesmo molde em mais de uma coleção, mudando
os detalhes do modelo, acrescentando aviamentos onde antes não havia ou
tirando-os. Isso pode ser feito desde que seja respeitada a composição, o
caimento, o toque e largura do tecido. Ou seja, jamais colocar em produção
sem fazer uma peça-piloto quando mudar o tecido. Algumas confecções
consideram esses testes como atrasos, desnecessários ou perda de tempo. O
que é um engano: antes perder algumas horas ou um dia de trabalho
testando do que perder uma produção inteira.
Graduação
Após realizada a graduação em um mapa, faz-se a reprodução dos moldes
com as devidas variações de medidas, com as mesmas formas e marcações.
Pronta a graduação, se possível confecciona-se uma peça de tamanho
ampliado e outra de tamanho reduzido para se verificar o produto final.
Tecido Plano:
- Base da blusa, base da manga, base da saia e base da calça.
Traçado do Molde
Figura 1
A - E e B - F = Altura do Quadril.
Figura 3
Figura 4
Continue o traçado da seguinte forma:
Costas
Figura 2
A - I = 2cm.
Ligue I - G com uma curva suave.
Figura 8
Figura 6
Recorte o molde contornando os pontos:
N - O e N - P = 1,5cm. I - G - F - D - C - I.
Ligue O - N’ - P.
Coloque as identificações do Molde,
conforme ilustração abaixo.
Figura 9
Frente
A - H = 1cm.
Ligue H - G com uma curva suave.
Pence
Ex: O molde mede 55cm de comprimento, mais 1cm de folga na cintura, mais
4cm para a bainha, então você vai precisar de 60cm de tecido.
Faça uma experiência com o molde básico, use um tecido barato, costure e
verifique se ficou de acordo com seu corpo.
Corte no tecido
- 1cm na cintura:
- 2cm nas laterais:
- 2cm no meio das costas e Costas com marcação das costuras
- 3cm para a bainha.
Nesse modelo vamos deixar a saia 4cm abaixo da cintura e para isso
marcamos a linha 1 - 2 da seguinte forma:
H - 1 e G - 2 = 4cm.
Ligue 1 - 2 e recorte o molde nessa linha.
Despreze a parte H - 1 - 2 - G - H.
Figura 5
e
Figura 3
7 - 2 - 4 - 8 - 7.
Agora vamos definir a largura do cós.
Para esse modelo vamos fazer um cós de 4cm
de largura. Para isso marcamos a linha 3 - 4 da
seguinte forma:
1 - 3 e 2 - 4 = 4cm.
Ligue 3 - 4
Figura 6
Figura 4
Frente Saia
Marque os pontos 4, 5, 6 e 7, conforme
ilustração abaixo.
Figura 7 Figura 9
Cós Recorte o Molde do Cós da Frente contornando os pontos:
1 - 2 - 9 - 3 - 1.
Junte a linha 5 - 6 com a linha 7 - 8 e cole com fita durex, conforme
ilustração. Coloque a indicação do sentido do fio com uma linha paralela a 1- 3.
Indique o Meio da Frente e a Lateral, conforme ilustração abaixo.
Figura 8 Figura 10
4 - 9 = 0,5cm. Saia
Ligue 9 - 2.
Figura 13
Cós
Figura 16
23 - V = 0,5cm.
Ligue 21 - V.
Figura 17
Figura 14 e Figura 15
Recorte o Molde contornando os pontos:
Recorte o Molde na linha 22 - b - d - 23 , 20 - 21 - V - 22 - 20.
separando a Saia do Cós. E recorte o Cós
conforme ilustração. Este será o molde do lado direito da saia nas costas.
C - 27 e D - 28 = 3cm.
Ligue C - 27 - 28 - D.
Figura 17.1
Dobre o papel na linha C - D e passe a carretilha na lateral da dobra. Abra o
20 - S e 22 - T = 2cm. papel e reforce com lápis a linha pontilhada.Marque o ponto 26'.
Ligue 20 - S - T - 22.
Fenda da Saia
Este será o molde do lado esquerdo da saia nas costas, feito um pouco maior
para receber o abotoamento. 27 - J = 18 cm.
27 - K e J - L = 6cm.
Ligue J - L - K - 27.
Figura 19
Ex: Cintura igual 78cm e o comprimento desejado para a Saia igual a 60cm.
Saia Godê Duplo A - D e A - E = 1/6 da Cintura Menos 1cm, no nosso exemplo é igual a 12cm.
Figura 2
Frente e Costas
Figura 1
Figura 4
Figura 5
Corte no Tecido
Recortar o Molde contornando os pontos:
Figura 6
Bainha
Figura 7
É aconselhável fazer uma bainha estreita devido a curva do modelo. Não faça
Costura nas laterais e no Meio das Costas. a bainha imediatamente, aguarde umas 12 horas com a saia pendurada em
um cabide, depois acerte e costure a bainha.
Figura 8
Figura 1 Figura 2
A - B e A - C = 1/3 da Cintura
MENOS 2cm, Mais o
comprimento desejado para
a Saia:
Dividindo 78 por 3 é igual a 26cm menos 2cm é igual a 24cm mais Ligue os pontos B - 1 - 2 - 3 - C
60cm(comprimento da Saia) é igual a 84cm, então A - B e A - C = 84cm. com uma curva suave conforme
Figura 3.
A - D e A - E = 1/3 da
Cintura MENOS 2cm,
no nosso exemplo é
igual a 24cm.
Figura 4
Figura 5
D - X - Y - Z - E - C - 3 - 2 - 1 - B - D.
O Corte no Tecido
Este Molde representa a metade da cintura e servirá tanto para a Frente
Figura 6
como para as Costas da Saia.
Saia com Costura nas Laterais
Figura 7 Bainha
Saia com Costura na Frente ou nas Costas conforme o Modelo. É aconselhável fazer uma bainha estreita devido a curva do modelo. Não faça
a bainha imediatamente aguarde umas 12 horas com a saia pendurada em
Para que a Saia fique com apenas uma costura, copie o Molde e una um cabide, depois acerte e costure a bainha.
conforme Figura abaixo.
Coloque no Tecido de forma que o Meio das Costas fique paralelo a Ourela.
Largura do decote
Profundidade do decote
1 a 8 - Marque 1 ,5
cm
Una os pontos 7 e
8 em linha curva.
Caída do ombro
6a9-
Marque ½ das largura do
decote ( ponto 1 -7) mais 1
cm Una os pontos 7 e 9
Diagrama
Traseiro
Altura da Cava
Faze
r
piqu
es
1.
Meç
aa
cava
tras
eira
da
blus 1 - Vértice do ângulo reto
a e transfira esta medida para a cava traseira da manga e marque 1 a 2 - Marque a medida da soma dos decotes
o ponto A. 1 a 3 E 2 a 4 - Marque a largura da gola (7 a 8 cm) e feche o retângulo.
2. Meça a cava dianteira da blusa, transfira esta medida para a cava 5 - Marque 1/2 dos pontos 3-4.
dianteira da manga e 6- Marque 1/2 dos pontos 1-2.
Marque o ponto B. 4 a 7 - Marque 1,5 cm.
3. Dividir a distancia entre os pontos 2 e marque o pique (Ponto C) Una os pontos 5 e 7 em linha curva.
GOLA
ESPOR
2 a 8 e 2 a 9 - Marque 1 cm (conforme o modelo). Una os pontos 7 e 9 com
TE
uma linha reta.
Una os pontos 6 e 8 em linha curva, até encontrar com a linha reta dos
Para
pontos 7 e 9.
Apostila de Modelagem Plana I 58
Curso de Tecnologia em Design de Moda
Acrescente 4 cm para margem de costura na barra.
Acréscimo de margens Faça piques na cintura, quadril e barra. Cortar 2 vezes.
COSTAS
Posicione os pontos 8 - 2 do diagrama na dobra do papel e carretilhe os
pontos 8,18A, 19A, 12, 10,13,15,15ª e 2.
Marque as linhas da cintura e quadril para os piques.
Acrescente 1 cm para margem de costura na: cava, lateral, ombro e decote.
Acrescente 4 cm para margem de costura na barra.
Faça pique na cintura, quadril e barra. Cortar 1 vez.
Revel
Frente Posicione o diagrama sobre outro papel e carretilhe os pontos 20,18,
Posicione o diagrama sobre outro papel e carretilhe os pontos 20,19, 23,22,21 e 20.
17,10,13,15,15A, 21 e 20. Marque o ponto 16 para o pique da gola.
Marque as linhas da cintura, quadril e o ponto 16 para os piques. - Acrescente 1 cm para margem de costura no: decote, ombro e meio
Acrescente 1 cm para margem de costura na: cava, lateral, ombro, meio dianteiro.
dianteiro e decote. - Acrescente 4 cm para margem de costura na barra.
Faça pique no decote. Cortar 4 vezes.
Apostila de Modelagem Plana I 59
Curso de Tecnologia em Design de Moda
Nota: 2 moldes para o revel e 2 moldes para a entretela.
Gola
Posicione os pontos 1 - 3 na dobra do apei e carretilhe os pontos 1,6,8, 9, 7, 5
e 3.
Acrescente 1 cm para margem de costura em toda volta.
Carretilhe sobre a margem de costura, abra o papel e verifique se o meio da
gola este em linha de esquadro. Posicione a gola sobre duas camadas de
papel e recorte.
Entretela
Elimine as margens de costura na gola como mostra o desenho.
Manga
Posicione o diagrama sobre outro papel e carretilhe os pontos 5A, 10,1,
9,6,5,11,11Ae5A.
Acrescente 1 cm para margem de costura lateral na cava e lateral.
Acrescente 4 cm para margem de costura na barra.
Faça um pique no ponto 10 e na linha de ombro.
Cortar 2 vezes.
Ligue 4 - 3.
Figura 3
Frente Superior
A' - 6 = 5cm
Com o esquadro apoiado na vertical G -
A' trace uma horizontal partindo do
ponto 6 até a lateral da blusa conforme
Figura 3 e marque o ponto Y.
G - 5 = 14cm
I - 9 = 5cm
Ligue 5 - 9 conforme figura 3.
Trespasse
5 - 8 e 6 - 7 = 1,5cm.
Figura 2
Ligue 7 - 8.
A - 1 = 20cm
1 - 2 = 1/4 do Quadril mais 2cm.
Ligue A - 1 - 2.
6 - 10 e 1 - 11 = 7cm
Ligue 10 - 11
6 - 13 e 1 - 12 = 7cm
Ligue 6 - 13 - 12 - 1.
2 - 14 = 2cm. Figura 7
Refaça a linha inferior conforme
Figura 4. Recortar Frente Inferior Lateral.
- Trace uma vertical paralela a linha 10 - 11 para indicar o sentido do fio.
Figura 5
Figura 8
Figura 6
Copie o Molde Básico das Costas com as marcações indicadas na Figura 8.
Costa Inferior
21 - 22 = 20cm
22 - 23 = 1/4 do Quadril mais 2cm
Ligue 21 - 22 - 23.
20 - 24 = 1,5cm
Ligue 25 - 24 - 23
Refaça a linha lateral na altura do ponto 24 para eliminar o angulo formado.
28 - 29 e 22 - 30 = 5cm
Ligue 29 - 30.
28 - 31 e 22 - 33 = 5cm
Ligue 28 - 31 - 32 - 22.
23 - 33 = 2cm.
Refaça a linha inferior conforme Figura 9.
Figura 10
Figura 14
Recortar a manga pelo centro e sobre outro papel separar com as distâncias
Figura 12 abaixo:
H - Y e H' - X = 1cm
Figura 16
Trace uma diagonal com 45º em relação ao meio da manga para indicar o
sentido do fio.
Figura 18
Acabamento do Trespasse
Figura 19
Cintura
Quadril
Altura do Quadril
Altura do Joelho
Largura do Joelho
Altura do Gancho
Comprimento da Calça
Traçado do Molde
Figura 1
MOLDE BÁSICO DA CALÇA COMPRIDA
Apostila de Modelagem Plana I 69
Curso de Tecnologia em Design de Moda
Trace o retângulo ABCD, com as seguintes dimensões: Figura 3
A - B = 1/2 da largura do Quadril
A - C e B - D = Altura do Gancho A - A' = 2cm
2 - Trace a vertical E - F na metade de A - B e C - D. C - L = 1/2 de C - G menos 1cm.
Ligue A' - L
M - M'' = 1cm
Ligue:
Figura 5
M' - N'' - O''
G - 10 = metade de G - F
menos 2cm. e
Trace duas horizontais, com Clique aqui para ver uma maneira
ajuda do esquadro, fácil de desenhar essa curva.
conforme figura 5.
N' - N'' = Metade da largura do Joelho mais 4cm, dividido igualmente a partir
do ponto N.
Ex: Medida da largura do Joelho 40cm dividido por 2 é igual a 20cm, mais Figura 7
4cm igual a 24cm, essa medida (24cm) deve ficar metade para cada lado de
N. E - E' = 1cm
Q' - Q'' = N' - N'' mais 2cm, sendo metade para cada lado de Q
R' - R'' = O' - O'' mais 2cm, sendo metade para cada lado de R.
Ligue:
Figura 8
Entrepernas Costa
Meça H' - Q' e divida por 3. No primeiro terço meça 1,5cm para dentro e
refaça a linha da entreperna nas costas com uma curva um pouco mais
pronunciada que na frente, conforme ilustração.
MODELAGEM
N' - 11 = 1,5 cm
N'' - 12 =1,5 cm
O' - 13 = 5,5 cm
O'' - 14 = 5,5 cm
Ligue:
13 - 11 - G, conforme ilustração.
Acabamento da cintura
Figura 1
A - B = 1/4 do quadril.
A - C e B - D = Altura do Gancho.
A - E e B - F = Altura do Quadril
Ligue E - F
Apostila de Modelagem Plana I 77
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Frente
C - G e C - H = 1/6 de C - D.
Ligue G - H com a curva do Gancho da Frente.
B - I = 1cm
Ligue I - F conforme ilustração.
Figura 3
Obs. A Medida da Altura do Gancho é tirada da mesma forma que fazemos Marque o ponto J na metade de H - D.
no feminino, ou seja, a pessoa sentada em Trace uma vertical a partir do ponto J, para cima, até encontrar a linha A - B e
marque o ponto K.
uma superfície lisa, com o corpo ereto,
mede-se com a fita métrica da Cintura até
encostar na superfície. Atenção para que a Prolongue a linha K - J para baixo de forma que K - L seja igual a medida da
fita métrica inicie na cintura e não na altura Altura do Joelho.
que a pessoa usa a calça. Na altura do ponto L trace uma pequena horizontal com o esquadro
conforme ilustração.
Ligue M - H e N - F.
Figura 4
Divida a linha H - M por 3 e
coloque o ponto O no primeiro Prolongue a linha K - J - L para baixo e marque o ponto Q de forma que K - Q
terço de cima para baixo. seja igual a medida do comprimento desejado para a Calça. Trace uma
pequena horizontal na altura do ponto Q, com ajuda do esquadro conforme
O - P = 0,5cm. ilustração.
Ligue H - O - M com uma curva
suave. Q - R = L - M menos 2cm
Q - S = L - N menos 2cm.
Ligue R - M e S - N.
Está feita assim a primeira parte do Molde Básico da Frente. Copie com a
carretilha sobre outra folha de papel contornando os pontos A - I - F - N - S -
R - M - P - H - G - A e recorte.
10 - 12 = a medida de 11 - 7
Ligue 12 - 9.
Figura 7
7 - 13 = 1,5cm.
12 - 14 = 1cm.
Ligue 13 - 11 - 14 - H conforme ilustração.
Figura 6
8 - 15 = 2cm
R - 16 = 2cm
Apostila de Modelagem Plana I 80
Curso de Tecnologia em Design de Moda
S - 17 = 2cm
Ligue 15 - 17 e 1 - 16.
Pence
X - 18 = 13cm.
X - 19 e X - 20 = 1,5cm.
Ligue 19 - 18 e 20 - 18.
Molde da Frente
Camisa Masculina
Desenhar o molde
com a folha de
papel aberta.
Deixe uma
margem de 7cm
do lado esquerdo
do papel.
Figura 2
Frente
A - E = 1/3 de A - B
B - F = 1/2 de B - D menos 1cm
Ligue C - E - F formando o Decote e o Ombro da Frente.
D - D' = 0,5cm
Coloque o ponto J na metade de D - H.
Ligue F - D' - J - I para formar a Cava da Frente.
Apostila de Modelagem Plana I 84
Curso de Tecnologia em Design de Moda
Sobre o molde da Frente trace o molde das Costas.
A - 1 = 2cm
Trace uma pequena horizontal paralela a linha A - B.
1 - 2 = A - E mais 1cm.
F - 3 = 2cm
Ligue 2 - 3 e prolongue até o ponto 4 de forma que 2 - 3 - 4 tenha a mesma
medida de E - F do Ombro da Frente.
A - 5 = 1cm
Ligue 5 - 2 para formar o Decote das Costas conforme Figura 3.
I - L = 1cm
N - O = 1cm
Ligue L - O
O - Q = 7cm
Ligue Q a linha O - M conforme Figura 3.
Figura 3
Costas
Coloque outro papel por baixo e copie o molde das costas com a carretilha.
Figura 4_A
5 - 20 = 10cm
Trace uma horizontal em direção a cava com ajuda do esquadro.
20 - 21 = 2cm
M - 22 = 2cm
Ligue 20 - 21 - 22 - M
Figura 5
A - G e B - H = 1/2 de A - E
Figura 6 Ligue A - F com uma diagonal e no encontro dessa linha com a linha G - H
marque o ponto I
Trespasse da Frente
I - J e I - L = 0,5cm
C - T = 2cm I - M = 2cm
M - U = 2cm
Ligue C - T - U - M D - N = 6cm
Ligue N - F
Figura 6
T - V = 4cm
U - X = 4cm
Ligue T - V - X - U.
Manga
Figura 7
Figura 9
R - S = 0,5cm
O - Q = 0,5cm
Figura 11 Trace uma retângulo com medida a largura do punho da pessoa mais 8cm
por 14cm de altura.
1 - X = 1cm Divida ao meio.
Ligue 5 - X com uma curva suave e prolongue até Y de forma que X - Y tenha
a medida do trespasse da camisa. Nesse molde o trespasse é de 2cm. Então X
- Y = 2cm.
Carcela
Figura 13
Figura 11.A
Tecido sobre a mesa: acerte o tecido dando um pique na borda de uma das
ourelas e, em seguida, risque-o até alcançar a ourela da outra. Finalmente,
coloque o tecido sobre a mesa. Vá batendo suavemente sobre o tecido, com
as palmas das mãos, para que ele assente sobre a mesa. Não deixe nenhuma
bolha de ar (ruga) sob o tecido.
3º. Corte a peça piloto com o tecido aberto, dê piques de acordo a listra da
modelagem, e o restante das listras naturalmente se encontraram.
5º. O enfesto deve ter poucas camadas, e sempre com o cuidado de fazê-las
se encontrarem.
Seguindo estes passos, você terá piloto e produção perfeitos. Estes passos
também podem ser aplicados para tecido xadrez.