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Ministério da Educação

Universidade Federal do Piauí


Pró-reitoria de Ensino e Pós-graduação
Centro de Tecnologia
Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica

Técnicas de otimização
O método simplex e a análise de
sensibilidade
Aula 6 - Parte I

Prof. Aldir Sousa


aldirss@uespi.br
O método simplex
O modelo de PL em forma de equação
O desenvolvimento dos cálculos do método simplex é facilitado pela
imposição de dois requisitos às restrições do problema:

● Todas as restrições (com exceção da não-negativdade das


variáveis) são equações cujos lados direitos são não negativos.
● Todas as variáveis são não negativas.
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
● Conversão de desigualdades em equações com lado direito não
negativo.

EM restrições (≤), o lado direito pode ser considerado como a


representação do limite imposto à disponibilidade de um recurso, caso
em que o lado esquerdo representa a utilização desse recurso limitado
pelas atividades (variáveis) do modelo.

Assim, a diferença entre o lado direito e o lado esquerdo da


restrição(≤) resultaria na quantidade do recurso não utilizado ou
folga.
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
● Conversão de desigualdades em equações com lado direito não
negativo.
6x1 + 4x2 + s1= 24, s1≥ 0

De forma semelhante, uma restrição (≥) estabelece um limite inferior


para as atividades do modelo do PL, de modo que a quantidade pela
qual o lado esquerdo excede o limite mínimo representa uma sobra.

Consegue-se a conversão de (≥) em (=) com subtração de uma


variável de sobra não negativa do lado esquerdo da desigualdade.
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
● Conversão de desigualdades em equações com lado direito não
negativo.
Para converter uma desigualdade (≤) em uma equação, uma variável
de folga não negativa é adicionada ao lado esquerdo da restrição. Por
exemplo, no modelo Reddy Mikks, a restrição associada com a
utilização da matéria-prima M1 é dada como

6x1+ 4x2 ≤ 24
Define-se s1 como a folga ou a quantidade não utilizada de M1, a
restrição pode ser convertida na seguinte equação:
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
● Conversão de desigualdades em equações com lado direito não
negativo.
Por exemplo, no modelo da dieta, a restrição que representa os
requisitos mínimos da ração é

x1 + x2 ≥ 800

Define-se S1 como variável de sobra, a restrição pode ser convertida


para equação:
x1 + x2 - S1 = 800
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
Inequações modulares.

Podemos converter restrições de módulo em restrições de igualdade.

Note que |a| ≤ b é equivalente a a ≤ b e a ≥ -b.

Ilustrando: |x| <= 3 é válido para o intervalo de -3 a 3. Note que |-3| = 3


<= 3. Já |-4| = 4 > 3.
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
Inequações modulares.

Portanto, podemos fazer

A eq. (1) é uma restrição de folga, então pode ser transformada na


igualdade
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
Inequações modulares.

Portanto, podemos fazer

A eq. (2) é uma restrição de sobra, porém, com sinal negativo do lado
direito. Porém, precisamos garantir que o lado direito seja positivo.
Assim, multiplicamos os dois lados da equação por -1:
O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
Inequações modulares.

A eq. (2) é uma restrição de sobra, porém, com sinal negativo do lado
direito. Por isso, precisamos garantir que o lado direito seja positivo.
Assim, multiplicamos os dois lados da equação por -1:

Acrescentando a variável de folga:


O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
Inequações modulares.

Assim,

Pode ser modelada na forma de igualdade


O método simplex - O modelo de PL em forma de
equação
Inequações modulares.

Ou ainda, |a| < b

Pode ser modelada na forma de igualdade


O método simplex
Como lidar com variáveis irrestritas
Há modelos em que, algumas variáveis são irrestritas em relação ao
sinal. Exemplo, em um problema de fluxo de carga, o fluxo de energia
é irrestrito, pois o sinal precisa ser utilizado para indicar o sentido do
fluxo.

Como veremos a seguir, os cálculos do método simplex requerem que


todas as variáveis sejam não negativas. Sempre podemos satisfazer
esse requisito usando a substituição

yi = y+i- y-i, onde y-i ≥ 0 e y+i≥ 0


O método simplex
Como lidar com variáveis irrestritas
Para mostrar como essa substituição funciona, suponha, para o
sistema

que o fluxo seja yi = 70kw de i para m. Em termos de y-i, y+i tem que y-i
= 70 e y+i = 0.
Já se yi = -70kw. Teríamos um fluxo em sentido m para i e y-i = 0 e y+i =
70.
O método simplex
Como lidar com variáveis irrestritas
Demonstração: Vamos demonstrar numericamente que a técnicas
funciona. Impondo yi = y+i- y-i, analisemos algumas possibilidades.
● yi = -1
Então y+i- y-i = -1. Ou y+i = y-i- 1. Sabendo que y-i ≥ 0 e y+i≥ 0. Então,
poderíamos fazer y-i= 0 e, por consequência, y+i= -1. Isto contradiz a
posição de não negatividade. Portanto, y-i= 1 e y+i= 0.
● yi = 1
Então y+i- y-i = 1. Ou y+i = y-i+ 1. Sabendo que y-i ≥ 0 e y+i≥ 0. Então,
podemos fazer y-i= 0 e, por consequência, y+i= 1. Portanto, y-i= 0 e y+i=
1.
O método simplex
Como lidar com variáveis irrestritas
Em um PL no qual há diversas variáveis irrestritas, uma transformação
do tipo yi = y-i - y+i, onde y-i ≥ 0 e y+i≥ 0 dobrará o número
correspondente de variáveis não negativas. Em vez disso, podemos
substituir k variáveis irrestritas por exatamente k + 1 variáveis não
negativas usando a substituição yi = y’i - w, onde y’i , w ≥ 0.
O método simplex
Modelo padrão
Exercícios. As técnicas aqui expostas tiveram por objetivo transformar
um modelo qualquer na forma padrão do algoritmo simplex, ou seja:
Max Z = f(x)
Sujeito a
Ax = b
x >= 0
Vamos transformar os seguintes modelos para o modelo padrão.
O método simplex
Modelo padrão
a) b)
O método simplex
Modelo padrão
c) b)
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
Em um conjunto de m x n equações (m < n), se igualarmos n - m =
variáveis a zero, e depois resolvermos as m equações para as n
variáveis restantes a solução resultante, se for única, é denominada
solução básica e deve corresponder a um ponto extremo (viável ou
inviável) da região de soluções.

Isso significa que o número máximo de pontos extremos é


O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
Exemplo: Considere o problema de PL com duas variáveis
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
Em linguagem algébrica, a região de soluções do problema de PL é
representada como
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
A figura mostra o gráfico da região de soluções
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
O sistema tem m = 2 equações e n = 4 variáveis.

Assim, de acordo com a regra dada, os pontos extremos podem ser


determinados algebricamente igualando n - m = 4 - 2 = 2 variáveis a
zero e depois resolvendo para as m = 2 variáveis restantes.

Por exemplo, se fizermos x1 = 0 e x2 = 0, as equações dão a solução


(básica) única:
s1 = 4 e s2 = 5

Esta solução corresponde ao ponto A da figura.


O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
A figura mostra o gráfico da região de soluções
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
Um outro ponto pode ser determinado fazendo s1 = 0 e s2 = 0 e então
resolvendo as duas equações

Ponto C da figura.
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
A figura mostra o gráfico da região de soluções
Note que temos

pontos extremos.

Os pontos E e F
são básicos, mas
não viáveis.
O método simplex
Determinação algébrica dos pontos extremos
As n - m variáveis zero são denominadas de variáveis não básicas.
As demais são denominadas variáveis básicas.
O método simplex
Em vez de enumerar todas as soluções básicas (pontos extremos) do
problema de PL, o método simplex investiga somente algumas destas
soluções.

Natureza iterativa do método simplex

O método simplex parte de uma solução inicial (A = (0,0)) e altera entre


base e fora da base apenas uma variável por iteração. Uma pergunta
intuitiva seria: qual variável escolher para entrar na base?
O método simplex - Natureza iterativa do método
simplex
Voltando para a função objetivo,

Lembramos que, inicialmente, ambas as variáveis da função objetivo


estão fora da base. Assim, por uma delas na base incorrerá em um
aumento na função objetivo.

É intuitivo, e o método simplex segue esta intuição, adicionar à base a


variável de maior coeficiente positivo da função objetivo.
O método simplex
O método simplex
Detalhes do cálculo do algoritmo simplex
Vamo utilizar o médo da Reddy Mikks para explicar os detalhes do
método simplex.
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex
Escrevemos a FO como
z - 5x1 - 4x2 = 0
Desta maneira, a tabela simplex inicial pode ser apresentada.

Variávies básicas: s1,s2,s3,s4


Variáveis não básicas: x1, x2
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Como já mencionado, não estamos na solução ótima. A função


objetivo informa que por na base qualquer uma das variáveis não
básicas aumentará a solução.

Também, já sabemos que a condição de otimalidade impõe que


devemos adicionar a variável não básica com coeficiente mais
negativo na função objetivo (considerando a tabela simplex).

Em nosso caso, x1 entra na base. Mas qual variável retirar da base?


O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

A mecânica da determinação da variável que sai é realizada com base


na tabela simplex e exige o cálculo das razões não negativas entre o
lado direito das equações (coluna solução) e o coeficiente de restrição
correspondente à variável que entra, x1.
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

A regra associada com os cálculos das razões é denominada


condição de viabilidade, pois garante a viabilidade da nova solução.

O novo ponto de solução B é determinado pela troca entre a variável


que entra na base, x1, e a que sai da base, s1, na tabela simplex para
produzir os seguintes conjuntos:

Variávies básicas: x1,s2,s3,s4


Variáveis não básicas: s1, x2
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Com a entrada de x1 na base, um procedimento deve ser feito antes de


partirmos para a próxima iteração.

As colunas das variáveis que estão na base devem formar uma matriz
(submatriz) identidade na tabela. Assim como era quando s1 estava na
base.
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Para pivotear, dividimos a linha da variável que sai da base pelo pelo
elemento da coluna da variável que entra na base. Voltando à tabela
original:
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Para pivotear, dividimos a linha da variável que sai da base pelo pelo
elemento da coluna da variável que entra na base. Voltando à tabela
original:
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Como queremos que x1 entre e s1 sai, precisamos que o elemento a{s1, x1}
seja igual a um. Basta dividir toda a linha s1 por a{s1, x1}
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Como queremos que x1 entre e s1 sai, precisamos que o elemento a{s1, x1}
seja igual a um. Basta dividir toda a linha s1 por a{s1, x1}

Os demais elementos da coluna x1 (variável que entra na base) devem ser


iguais a zero.
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Os demais elementos da coluna x1 (variável que entra na base) devem ser


iguais a zero.

Para garantir isso, considere que a coluna x1(variável que entra na base)
seja j e que a linha s1 (variável que sai da base) seja i.

Para toda linha Lk, para k != i, faça:


Lk = -akj * Li + Lk
Considerando que a linha Li já foi atualizada (aij = 1).
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex
Para toda linha Lk, para k != i, faça:
Lk = akj/aij * Li + Lk

Por exemplo, considere a linha da variável z (k=0).


L0 = -5*L1 + L0
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex
Após os pivoteamentos, temos:

Note que a tabela nos dá informações importante, depois do


pivoteamento: x1 entra na base com valor 4 e a função objetivo fica 20.
De fato: = 0 + 4 x 5 = 20
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

A condição de otimalidade garante que ainda podemos adicionar x2 à


base.

Quem deve sair?


O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

A condição de otimalidade garante que ainda podemos adicionar x2 à


base.

s2 sai da base.
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Após o pivoteamento

Variáveis básicas: x1, x2, s3,s4.


Variáveis não básicas: s1, s2
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

Note que não há variável não básica com valor negativo na linha z. Isto
significa que não há variáveis candidatas a entrar na base, ou seja,
estamos na solução ótima do problema.
O método simplex - Detalhes do cálculo do algoritmo
simplex

A solução também dá o status dos recursos. Um recurso é designado


como escasso se as atividades (variáveis) do modelo o usarem
totalmente. Variáveis não básicas na
solução ótima tem valor
zero.
Caso contrário, o recurso é denominado abundante.
O método simplex - Resumo do método simplex
Condições de otimalidade: a variável que entra na base em um
problema de max é a variável não básica que tiver o coeficiente mais
negativo na linha z. O ótimo é alcançado na iteração em que todos os
coeficientes da linha z das variáveis não básicas forem não negativos.

Condição de viabilidade: tanto para os problemas de mim como para


os de max, a variável que sai da base é a variável básica associada
com a menor razão não negativa (que tenha um denominador
estritamente positivo).
O método simplex - Resumo do método simplex
Operações de linha por Gauss

1. Linha do pivô
a. Substitua a variável que sai da base na coluna Base pela
variável que entra na base.
b. Nova linha do pivô = Linha do pivô atual / elemento pivô.

2. Todas as outras linhas, incluindo z: Nova linha = (linha atual) -


coeficiente da coluna do pivô)x(Nova linha do pivô
O método simplex - Resumo do método simplex
As etapas do método simplex são

1. Determine uma solução básica inicial viável.


2. Selecione uma variável para entrar na base usando a condição de
otimalidade. Pare aqui se não houver nenhuma variável para entrar
na base; a última solução é a ótima. Senão vá para 3.
3. Selecione uma variável para sair da base usando a condição de
viabilidade.
4. Determine a nova solução básica usando os cálculos de Gauss
adequados. Volte para o passo 2.
O método simplex - Resumo do método simplex
Resolver os seguintes modelos pelo método simplex
O método simplex - Resumo do método simplex
Resolver os seguintes modelos pelo método simplex
O método simplex - Resumo do método simplex
Resolver os seguintes modelos pelo método simplex
O método simplex - Resumo do método simplex
Modelo a)
O método simplex - Resumo do método simplex
Modelo a)

Base z x1 x2 s1 s2 Solução

z 1 -2 -3 0 0 0

s1 0 2 1 1 0 4

s2 0 1 2 0 1 5

Esta solução não é ótima. Podemos ver que x1 e x2 podem entrar


na base. Quem deve entrar na base?
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Técnicas de otimização
O método simplex e a análise de
sensibilidade
Aula 7 - Parte II

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Solução inicial
Vamos resolver o seguinte modelo
Solução inicial
Primeiramente, devemos transformar as inequações em
equações:
Solução inicial
Primeiramente, devemos transformar as inequações em
equações:

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -4 -1 0 0 0

x2 3 1 0 0 3

x3 4 3 -1 0 6

x4 1 2 0 1 4
Solução inicial
Note que a solução do quadro anterior não é viável. As variáveis que
botamos na base não formam uma base viável, pois precisaríamos
multiplicar a linha de x3 por -1 e teríamos um lado direito negativo. O
que o método simplex não admite.

Não é incomum termos modelos que nos leve a uma situação


como esta. Por isso, precisamos de mecanismos para gerarmos
uma solução inicial viável.
Solução inicial
Existem dois métodos para conseguirmos criar uma solução inicial
viável:

1. O método de big-M
2. O método das duas fases

Ambos são muito semelhantes.


Solução inicial - método M-grande
O método do M-grande parte de um modelo original e faz a seguinte
análise: se uma equação i não tiver uma folga (ou uma variável que
possa desempenhar o papel de uma folga), uma variável artificial Ri é
adicionada para formar uma solução inicial.

Contudo, como as variáveis artificiais não são parte do modelo original,


recebem punições muito altas na função objetivo, o que as força a ter
valor igual a zero na solução ótima.
Solução inicial - método M-grande
Regra da penalização das variáveis artificiais:
Dado M, um valor positivo suficientemente alto (M→∞), o coeficiente na função
objetivo de uma variável artificial representa uma punição adequada se:

Coeficiente na função objetivo


da variável artificial
Solução inicial - método M-grande
Voltando ao exemplo

Como o nosso exemplo é de minimizar, utilizaremos um coeficiente


grande e positivo para as variáveis artificiais.

Sujeito a
Solução inicial - método M-grande
Considerando M=100, temos a seguinte base inicial
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z -4 -1 0 0 -100 -100 0

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4
Solução inicial - método M-grande
Considerando M=100, temos a seguinte base inicial
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z -4 -1 0 0 -100 -100 0

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

Este quadro ainda não está totalmente completo. Precisamos garantir


que os coeficientes das variáveis da base tenham valor zero na linha z.
Solução inicial - método M-grande

Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 696 399 -100 0 0 0 900

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

zatual = zanterior + 100R1anterior + 100R2anterior

Quem entra na base?


Solução inicial - método M-grande
Este quadra ainda não está totalmente completo. Precisamos garantir
que os coeficientes das variáveis da base tenham valor zero na linha z.

Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 696 399 -100 0 0 0 900

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

Quem sai?
Solução inicial - método M-grande
Como se trata de um problema de minimização, deve entrar na base a
variável com maior coeficiente não negativo.

Quem entra na base?


x1
Quem sai da base?
R1 1 R1

R2 1,5

x4 4
Solução inicial - método M-grande
Após pivoteamentos:
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 167 -100 0 -232 0 204

x1 1 0,33 0 0 0,33 0 1

R2 0 1,67 -1 0 -1,33 1 2

x4 0 1,67 0 1 -0,33 0 3

Quem entra na base?


Solução inicial - método M-grande
Após pivoteamentos:
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 167 -100 0 -232 0 204

x1 1 0,33 0 0 0,33 0 1

R2 0 1,67 -1 0 -1,33 1 2

x4 0 1,67 0 1 -0,33 0 3

Quem entra na base?


Quem sai da base?
Solução inicial - método M-grande
Quem entra na base?
x2
Quem sai da base?

x1 3

R2 1,2 R2

x4 1,8
Solução inicial - método M-grande
Após pivoteamentos:

Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 0 0,2 0 -98,4 -100,2 3,6

x1 1 0 0,2 0 0,6 -0,2 0,6

x2 0 1 -0,6 0 -0,8 0,6 1,2

x4 0 0 1 1 1 -1 1

Quem entra na base?


Solução inicial - método M-grande
Após pivoteamentos:
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 0 0,2 0 -98,4 -100,2 3,6

x1 1 0 0,2 0 0,6 -0,2 0,6

x2 0 1 -0,6 0 -0,8 0,6 1,2

x4 0 0 1 1 1 -1 1

Quem entra na base?


Quem sai da base?
Solução inicial - método M-grande
Quem entra na base?
x3
Quem sai da base?
x1 3

x2 -2

x4 1 x4
Solução inicial - método M-grande
Após pivoteamentos:
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 0 0 -0,2 -98,6 -100 3,4

x1 1 0 0 -0,2 0,4 0 0,4

x2 0 1 0 0,6 -0,2 0 1,8

x3 0 0 1 1 1 -1 1

Quem entra na base?


Solução inicial - método M-grande
Comentários: A utilização da punição do M não forçará uma variável
artificial ao nível zero na iteração final se o problema de PL não tiver
uma solução viável.

Neste caso, a iteração final pelo método simplex incluirá no mínimo


uma variável artificial em um nível positivo.
Solução inicial - método M-grande
Exercícios. Resolver os modelos pelo método do Big-M.
a) b)

c) d)
Solução inicial - das duas fases
O método do M-grande apresenta uma grande desvantagem. A
escolha de M grande suficientemente, mas que não gere instabilidade
numérica durante a solução do problema.

O método de duas fases ameniza essa dificuldade eliminando


totalmente a constante M.
Solução inicial - das duas fases
Resumo do método de duas fases
Fase I: expresse o problema na forma de equações e adicione as variáveis
artificiais necessárias às restrições para garantir uma solução básica inicial (da
mesma forma do método M-grande). Em seguida, modele como objetivo
minimizar (independe se o problema original é de maximização ou
minimização) a somatória das variáveis artificiais.

Se no mínimo, a função objetivo for positiva, o problema não tem solução.


(lembre-se de que uma variável artificial positiva significa que uma restrição
original não foi satisfeita). CC, passe para a Fase II.
Solução inicial - Método das duas fases
Resumo do método de duas fases
Fase II: Use a solução viável da Fase I como solução básica viável inicial para
o problema original.
Solução inicial
Exemplo: Vamos resolver o seguinte modelo
Solução inicial - Método das duas fases
Resumo do método de duas fases
Fase II: Use a solução viável da Fase I como solução básica viável inicial para
o problema original.

Exemplo:
Sujeito a
Solução inicial - Método das duas fases
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 0 0 0 -1 -1 0

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

Este quadro ainda não está totalmente completo. Precisamos garantir


que os coeficientes das variáveis da base tenham valor zero na linha z.
Solução inicial - Método das duas fases
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 7 4 -1 0 0 0 9

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

Bastou fazer
zatual = zanterior + R1anterior + R2anterior
Solução inicial - Método das duas fases
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 7 4 -1 0 0 0 9

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

Quem entra na base?


Solução inicial - Método das duas fases
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 7 4 -1 0 0 0 9

R1 3 1 0 0 1 0 3

R2 4 3 -1 0 0 1 6

x4 1 2 0 1 0 0 4

Quem entra na base? X1


Quem sai da base?
Solução inicial - Método das duas fases
Como se trata de um problema de minimização, deve entrar na base a
variável com maior coeficiente não negativo.

Quem entra na base?


x1
Quem sai da base?
R1 1 R1

R2 1,5

x4 4
Solução inicial - Método das duas fases
Após pivoteamentos
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 1,67 -1 0 -2,33 0 2

x1 1 0,33 0 0 0,33 0 1

R2 0 1,67 -1 0 -1,33 1 2

x4 0 1,67 0 1 -0,33 0 3

Quem entra na base?


Solução inicial - Método das duas fases
Após pivoteamentos
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 1,67 -1 0 -2,33 0 2

x1 1 0,33 0 0 0,33 0 1

R2 0 1,67 -1 0 -1,33 1 2

x4 0 1,67 0 1 -0,33 0 3

Quem entra na base?


Quem sai da base?
Solução inicial - Método das duas fases
Como se trata de um problema de minimização, deve entrar na base a
variável com maior coeficiente não negativo.

Quem entra na base?


x2
Quem sai da base?
x1 3

R2 1,2 R2

x4 1,8
Solução inicial - Método das duas fases
Após pivoteamentos
Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 0 0 0 -1 -1 0

x1 1 0 0,2 0 0,6 -0,2 0,6

x2 0 1 -0,6 0 -0,8 0,6 1,2

x4 0 0 1 1 1 -1 1

Quem entra na base?


Solução inicial - Método das duas fases

Base x1 x2 x3 x4 R1 R2 Solucao

z 0 0 0 0 -1 -1 0

x1 1 0 0,2 0 0,6 -0,2 0,6

x2 0 1 -0,6 0 -0,8 0,6 1,2

x4 0 0 1 1 1 -1 1

Quem entra na base: Não há variável candidata a entrar na base.


Fim da Fase I.
Solução inicial - Método das duas fases
Após removermos as colunas das variáveis artificiais, temos

Sujeito a
Solução inicial - Método das duas fases
Fase II

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -4 -1 0 0 0

x1 1 0 0,2 0 0,6

x2 0 1 -0,6 0 1,2

x4 0 0 1 1 1

Note que precisamos o pivoteamento na linha z. Para que os coeficientes


das variáveis que estejam na base sejam zero.
Zatual = zanterior + 4x1anterior + x2anterior
Solução inicial - Método das duas fases

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 -0,33 0 3,6

x1 1 0 0,33 0 0,6

x2 0 1 -1,67 0 1,2

x4 0 0 1 1 1
Solução inicial - Método das duas fases

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 0,2 0 3,6

x1 1 0 0,2 0 0,6

x2 0 1 -0,6 0 1,2

x4 0 0 1 1 1

Quem entra na base?


Solução inicial - Método das duas fases

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 0,2 0 3,6

x1 1 0 0,2 0 0,6

x2 0 1 -0,6 0 1,2

x4 0 0 1 1 1

Quem entra na base?


Quem sai da base?
Solução inicial - método M-grande
Como se trata de um problema de minimização, deve entrar na base a
variável com maior coeficiente não negativo.

Quem entra na base?


x3
Quem sai da base?
x1 3

x2 -2

x4 1 x4
Solução inicial - Método das duas fases
Após pivoteamentos

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 0 -0,2 3,4

x1 1 0 0 -0,2 0,4

x2 0 1 0 0,6 1,8

x3 0 0 1 1 1

Quem entra na base?


Solução inicial - método de duas fases
Exercícios. Resolver os modelos pelo método de duas fases
a) b)

c) d)

13
13
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Universidade Federal do Piauí
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Centro de Tecnologia
Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica

Técnicas de otimização
O método simplex e a análise de
sensibilidade
Aula 7 - Parte III

Prof. Aldir Sousa


aldirss@uespi.br
Casos especiais do método simplex
Nesta aula veremos quatro casos especiais que podem surgir na utilização
do método simplex.

1. Degeneração
2. Soluções ótimas alternativas
3. Soluções ilimitadas
4. Soluções não existentes
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Na aplicação da condição de viabilidade do método simplex pode ocorrer um


empate na razão mínima que pode ser resolvido arbitrariamente.

Quando isso acontece, no mínimo uma variável básica será zero na iteração
seguinte, e diz-se que a nova solução é degenerada.

Não há nada de alarmante com uma solução degenerada, exceto uma


pequena inconveniência teórica denominada ciclagem ou retorno cíclico.
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Quanto ao modelo, a degeneração indica que este tem pelo menos uma
restrição redundante.
Faremos mais análises com base no exemplo:
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -3 -9 0 0 0

x3 1 4 1 0 8

x4 1 2 0 1 4

Entra na base ?

Sai da base ?
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -3 -9 0 0 0

x3 1 4 1 0 8

x4 1 2 0 1 4

Entra na base x2

Sai da base x4 ou x3 X3
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Iteração 1

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -0,75 0 2,25 0 18

x2 0,25 1 0,25 0 2

x4 0,5 0 -0,5 1 0

Entra na base ?

Sai da base ?
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Iteração 1

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -0,75 0 2,25 0 18

x2 0,25 1 0,25 0 2

x4 0,5 0 -0,5 1 0

Entra na base x1

Sai da base x4
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Solução ótima

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 1,5 1,5 18

x2 0 1 0,5 -0,5 2

x1 1 0 -1 2 0

Na iteração zero, x3 e x4 empatam, o que leva à degeneração na Iteração 1,


porque a variável básica x4 assume valor igual a zero.
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Qual é a implicação prática da degeneração?

Examine a figura:
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Qual é a implicação prática da degeneração?

Três retas passa pelo


ponto (x1=0, x2=2)
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Qual é a implicação prática da degeneração?

Como este é um problema bidimensional, o ponto está superdeterminado e uma das


restrições é redundante.

Na prática, o simples fato de saber que alguns recursos são supérfluos pode ser
valioso durante a implementação da solução.

A informação também pode levar à descoberta de irregularidades na construção do


modelo.
Casos especiais do método simplex
Degeneração
Do ponto de vista teórico, a degeneração tem duas implicações:
1. Ciclagem ou do retorno cíclico: examinando as iterações 1 e 2, você notará
que o valor da função objetivo não melhora.

Assim, é possível que o método entre em um ciclo infinito sem nunca melhorar a FO
nem nunca satisfazer a condição de otimalidade.
Casos especiais do método simplex
Degeneração
Do ponto de vista teórico, a degeneração tem duas implicações:
2. O segundo ponto teórico surge no exame das iterações 1 e 2. Ambas as iterações,
embora com variáveis básicas e não básicas diferentes, resultam em valores
idênticos para o valor da função objetivo.
Casos especiais do método simplex
Degeneração

Sendo assim, é possível interromper os cálculos na iteração 1 (quando a


degeneração iniciou) ainda que não seja ótima?

A resposta, do ponto de vista teórico, é não. Porque a solução pode ser


temporariamente degenerada.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas

Quando a função objetivo tem direção paralela a uma restrição vinculadora não
redundante, a função objetivo pode assumir o mesmo valor em mais de um ponto de
solução, o que dá origem a soluções alternativas.

Solução ótima: z = 10; x1 = 0, x2 = 2.5.


Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Vamos analisar a solução gráfica:.

Qualquer ponto sobre o segmento


de reta BC representa uma
solução ótima alternativa com o
mesmo valor da FO z = 10.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas

Resolvendo pelo método simplex

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -2 -4 0 0 0

x3 1 2 1 0 5

x4 1 1 0 1 4

Entra na base Sai da base:


Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Resolvendo pelo método simplex

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z -2 -4 0 0 0

x3 1 2 1 0 5

x4 1 1 0 1 4

Entra na base x2 Sai da base: x3 2,5 x3

x4 4
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Resolvendo pelo método simplex

Iteração 1 Solução ótima

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 2 0 10

x2 0,5 1 0,5 0 2,5

x4 0,5 0 -0,5 1 1,5

Entra na base Sai da base:


Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Resolvendo pelo método simplex

Iteração 1 Solução ótima

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 2 0 10

x2 0,5 1 0,5 0 2,5

x4 0,5 0 -0,5 1 1,5

Entra na base x1 Sai da base: x2 5 x4

x4 3
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Resolvendo pelo método simplex

Iteração 2 Solução ótima alternativa

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 2 0 10

x2 0 1 1 -1 1

x1 1 0 -1 2 3
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Resolvendo pelo método simplex

A iteração 1 dá a solução ótima x1 =0,


x2 = 5/2, z = 10, que corresponde
ao ponto B.

Como podemos saber se existem outra


soluções ótimas?
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Como podemos saber se existem outra soluções ótimas?
Iteração 1 Solução ótima

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 2 0 10

x2 0,5 1 0,5 0 2,5

x4 0,5 0 -0,5 1 1,5

Note que a variável não-básica x1 tem valor zero. Isto indica que x1 pode entrar na
base sem alterar o valor de z.
Casos especiais do método simplex
Soluções ótimas alternativas
Comentário: na prática, soluções ótimas alternativas são úteis porque podemos
escolher entre muitas soluções alternativas sem que o valor da FO sofra alteração.

Na solução da iteração 1, somente x2 estava na base, e x1 fora da base (ponto B). Já


na iteração 2, tanto x1 como x2 estão na base (ponto C).

No caso do mix de produtos, pode haver vantagem em produzir dois produtos em vez
de um para enfrentar a concorrência. Então, C seria uma solução mais atraente.
Casos especiais do método simplex
Solução ilimitada
Em alguns problemas de PL, os valores das variáveis podem ser aumentados
indefinidamente, sem violar nenhuma das restrições.

Isto significa que a região de soluções é ilimitada em no mínimo uma variável.

A falta de limites indica a possibilidade de o modelo ter sido mal construído.

A irregularidade mais provável em tais modelos é que uma ou mais restrições não
redundantes deixaram de ser levadas em conta ou os parâmetros de algumas
restrições podem não ter sido estimados corretamente.
Casos especiais do método simplex
Solução ilimitada
Considere o exemplo:
Casos especiais do método simplex
Solução ilimitada

Iteração 1

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 -3 2 0 20

x1 1 -1 1 0 10

x4 0 2 -2 1 20

Entra na base x2 Sai da base: x1 -10 x4

x4 10
Casos especiais do método simplex
Solução ilimitada
Iteração 2 Não há candidato a sair da base

Base x1 x2 x3 x4 Solucao

z 0 0 -1 1,5 50

x1 1 0 0 0,5 20

x2 0 1 -1 0,5 10

x3 é candidata a entrar na base, porém não há variável candidata a sair. Isto significa
que temos que manter x3 fora da base e que podemos aumentar seu valor
indefinidamente.

Fazer a análise gráfica do modelo.


Casos especiais do método simplex
Solução ilimitada
Casos especiais do método simplex
Solução inviável

Problemas de PL com restrições inconsistentes podem não ter nenhuma solução


viável. Pode ser que essa situação nunca ocorra se todas as restrições forem do tipo
<= com constantes do lado direito não negativas porque as folgas fornecem uma
solução viável.

Embora as variáveis artificiais sejam punidas na FO para forçá-las a zero na solução


ótima, isso só pode ocorrer se o modelo tiver uma região viável. Caso contrário, ao
menos uma variável artificial será positiva na última iteração.

Do ponto de vista prática, a não-existência de uma região viável indica a


possibilidade de o problema não ter sido formulado corretamente.
Casos especiais do método simplex
Solução inviável

Considere o seguinte PPL


Casos especiais do método simplex
Solução inviável

Considere o seguinte PPL

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 R Solucao

z -3 -2 0 0 100 0

x3 2 1 1 0 0 2

R 3 4 0 -1 1 12
Casos especiais do método simplex
Solução inviável

Considere o seguinte PPL

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 R Solucao

z -303 -402 0 100 0 -1200

x3 2 1 1 0 0 2

R 3 4 0 -1 1 12

Entra na base Sai da base:


Casos especiais do método simplex
Solução inviável

Considere o seguinte PPL

Iteração 0

Base x1 x2 x3 x4 R Solucao

z -303 -402 0 100 0 -1200

x3 2 1 1 0 0 2

R 3 4 0 -1 1 12

Entra na base x2 Sai da base: x3 2 x3

R 3
Casos especiais do método simplex
Solução inviável
Iteração 1

Base x1 x2 x3 x4 R Solucao

z 501 0 402 100 0 -396

x3 2 1 1 0 0 2

R -5 0 -4 -1 1 4

Entra na base Sai da base:


Casos especiais do método simplex
Solução inviável
Iteração 1

Base x1 x2 x3 x4 R Solucao

z 501 0 402 100 0 -396

x3 2 1 1 0 0 2

R -5 0 -4 -1 1 4

Entra na base Sai da base:

A iteração 1 mostra que a variável artificial R é positiva (=4), o que indica que o
problema é inviável.

O resultado é o que denominamos solução pseudo-ótima


Ministério da Educação
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Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica

Técnicas de otimização
O método simplex e a análise de
sensibilidade
Aula 8 - Parte IV

Prof. Aldir Sousa


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ANALISE DE SENSIBILIDADE

Em PL, os parâmetros do modelo podem mudar dentro de certos limites sem


provocar alteração na solução ótima.

O estudo destes limites é denominado análise de sensibilidade.

De modo geral, os parâmetros em modelos de PL não são exatos. Com análise de


sensibilidade podemos averiguar o impacto dessa incerteza sobre a qualidade da
solução ótima.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica

Serão consideradas

1. Sensibilidade da solução ótima às variações na disponibilidade dos recursos


(lado direito das restrições).

2. Sensibilidade da solução ótima às variações no lucro unitário ou no custo unitário


(coeficientes da função objetivo).
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS
Exemplo: A Jobco produz dois produtos em duas máquinas. Uma unidade do produto
1 requer duas horas na máquina 1 e uma hora na máquina 2. Para o produto 2, uma
unidade requer uma hora na máquina 1 e três horas na máquina 2. As receitas por
unidade dos produtos 1 e 2 são $30 e $20, respectivamente. O tempo de
processamento diário disponível para cada máquina é oito horas.

Representando o número diário de unidades de produtos 1 e 2 por a x1 e x2,


respectivamente, o modelo de PL é dado:
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS
Exemplo: A Jobco produz dois produtos em duas máquinas. Uma unidade do produto
1 requer duas horas na máquina 1 e uma hora na máquina 2. Para o produto 2, uma
unidade requer uma hora na máquina 1 e três horas na máquina 2. As receitas por
unidade dos produtos 1 e 2 são $30 e $20, respectivamente. O tempo de
processamento diário disponível para cada máquina é oito horas.

Representando o número diário de unidades de produtos 1 e 2 por a x1 e x2,


respectivamente, o modelo de PL é dado:
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade
Gráfica - Alterações no RHS

A Figura ilustra a variação na solução


ótima quando são feitas alterações na
capacidade da máquina 1.

Se a capacidade for aumentada de 8


para 9 horas, a nova solução ótima
ocorrerá no ponto G.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade
Gráfica - Alterações no RHS

A Figura ilustra a variação na solução


ótima quando são feitas alterações na
capacidade da máquina 1.

Se a capacidade for aumentada de 8


para 9 horas, a nova solução ótima
ocorrerá no ponto G.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

A taxa de variação em z ótima resultante da alteração da capacidade da


máquina 1 de oito para nove horas pode ser calculada da seguinte maneira

A taxa calculada fornece uma ligação direta entre a entrada do modelo


(recursos) e sua saída (receita total),que representa o valor unitário
equivalente de um recurso (em $/h).

Ou a variação do valor ótimo da função objetivo por unidade de variação na


disponibilidade do recurso.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Isso significa que um unidade de aumento (redução) na capacidade da


máquina 1 aumentará (reduzirá) a receita em $ 14.

Embora o valor unitário equivalente de um recurso seja uma descrição


adequada da taxa de variação da FO, o nome técnico, preço dual ou preço
sombra é mais utilizado na literatura.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica

Examinando a Figura, podemos ver


que o preço dual de $14/h permanece
válido para variações na capacidade
da máquina 1 no intervalo que inter
cepta a reta BF.

Isso significa que a faixa de aplicabi


lidade de determinado preço dual
pode ser calculada:
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Capacidade mínima da máquina 1 [m B = (0;2,67)]


=2 x 0 + 1 x 2,67 = 2,67h

Capacidade máxima da máquina 1 [m F = (8 ; 0)]


=2 x 8 + 1 x 0 = 16h

Assim, podemos dizer que o preço dual de $14/h é válido para o intervalo

2,67h <= Capacidade da máquina 1 <= 16 h.


ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Atividade: Descobri o intervalo em que é válido o preço dual para a máquina


2.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Os limites calculados para as máquinas 1 e 2 sao denominados faixa de


viabilidade. Todos os pacotes computacionais fornecem informações sobre
os preços duais e suas faixas de viabilidade.

Pergunta 1: Se a Jobco puder aumentar a capacidade de ambas as


máquinas, qual delas deve receber maior prioridade?
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Pergunta 1: Se a Jobco puder aumentar a capacidade de ambas as


máquinas, qual delas deve receber maior prioridade?

A de maior preço dual: a máquina 1.


ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Pergunta 2: É dada uma sugestão para aumentar as capacidades das


máquinas 1 e 2 ao custo adicional de $10/h. Isso é aconselhável?
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações no RHS

Pergunta 2: É dada uma sugestão para aumentar as capacidades das


máquinas 1 e 2 ao custo adicional de $10/h. Isso é aconselhável?

Para a máquina 1, a receita líquida adicional por hora é de 14-10=4. Para a


máquina 2, 2-10=-8. Então é aconselhável para a máquina 1, para a 2, não.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações na FO

Nesta seção, vamos estudar o impacto de alterações nos coeficientes da


função objetivo em relação à solução ótima.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações na FO

Alterações nas receitas unitárias


(coeficientes) altera a inclinação
de z.

Contudo, podemos ver que a


solução ótima continuará no
ponto C desde que a FO esteja
entre as retas BF e DE.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações na FO

Isto significa que há uma faixa para os coeficientes da função objetivo que
manterá inalterada a solução ótima em C.

Podemos escrever a FO no formato geral.

Agora, imagine que a reta z gire em torno de C no sentido horário e


anti-horário. A solução ótima permanecerá no ponto C enquanto z =
c1x1+c2x2 estiver entre as duas retas, x1+3x2=8 e 2x1+x2=8.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações na FO

Assim, a razão c1/c2 pode variar entre ⅓ e 2/1, o que resulta na seguinte
condição:

Pergunta 1: Suponha que as receitas unitárias para os produtos 1 e 2


sejam alteradas para $35 e $25, respectivamente. A solução ótima atual
permanecerá a mesma?
ANALISE DE SENSIBILIDADE
Análise de sensibilidade gráfica - Alterações na FO

Pergunta 1: Suponha que as receitas unitárias para os produtos 1 e 2


sejam alteradas para $35 e $25, respectivamente. A solução ótima atual
permanecerá a mesma?

Como 35/25 = 1,4; a solução permanecerá dentro da faixa de otimalidade


(0,3333; 2).
B0 = f(x0)

B1 = f(x1)

B2 = f(x2)

x2 x 1 b = x0

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