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CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
1ª Edição
Junho de 2018
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de
Campo.
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Angela Maria Lira de Jesus Garrote
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges
de Medeiros
Gercilene Ferreira
Wilson Braga
Sidnei Belle
Equipes do Projeto
EQUIPE TÉCNICA
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas
EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas
Supervisão
Érika Valeska Rossetto
Coordenação
Sara Ferraz
Coordenação Pedagógica
Hirla Arruda
Gestão Pedagógica e de Tecnologia da Informação
Renato Lima
Conteudista
Walter Ramalho
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico
Danielly Xavier
Revisão
Daniel Coradi
José Alexandre Menezes
Sara Ferraz
Ilustração
Guilherme Duarte
Mauricio Maciel
Diagramação
Mauricio Maciel
Design Instrucional
Guilherme Duarte
Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede:
converse conosco escrevendo para contato@proepi.org.br.
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia
Aplicada à Saúde Pública
As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo
é que o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas
aprendidas aqui.
Sucesso!
Sumário
Olá!
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e ao final, conte-nos em nossa Comunidade de Prática como ocorre a vigilância
em seu estado ou município.
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Atividades de saúde pública - Fonte: Desconhecida
Contudo, esse mosaico também pode ser útil para que possamos refletir, por
exemplo, onde se processa a integração?
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Hipócrates examinando um paciente - Fonte: Desconhecida
- Lucretius (séc I-II a.C.) - Relacionou a maior letalidade das doenças às que
eram transmitidas de pessoa a pessoa ou do lugar à pessoa;
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- Fracastoro (1478-1553) - Primeira “Teoria do germes” – as doenças são
transmitidas por entidades e autopropagam-se.
Galeno, médico e filósofo romano de origem grega – Fonte: Vigneron, 1865 (Domínio Público)
Saber como as pessoas morrem, isto é, coletar dados sobre mortalidade, foi a
matéria prima para as primeiras análises das condições que afetam a saúde da
população.
A partir do Século XVII, alguns cientistas se dedicaram muito aos estudo sobre
mortalidade. Podemos citar como importantes marcos na vigilância em saúde:
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Jonh Graunt (1620-1674) – Cientista e demógrafo britânico é precursor na
construção de Tábuas de Mortalidade, procedendo tratamento dos dados com
exame crítico das fontes, uso de frequência e aplicação de métodos estatísticos
para lidar com alguns tipos de problemas nos dados.
Mais adiante, no século XIX, Willian Farr iniciou a coleta e a análise sistemática
das estatísticas de mortalidade na Inglaterra e País de Gales. Graças a essa
iniciativa, Farr é considerado o pai da estatística vital e da vigilância.
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Aves são recolhidas durante pandemia de gripe aviária - Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2012/06/pandemia-de-gripe-aviaria-em-humanos-e-possivel-dizem-cientistas.html
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Vale destacar que a epidemia de Ebola gerou a necessidade de uma das mais
importantes mobilizações de diferentes instituições governamentais e não
governamentais na perspectiva da atuação frente uma ameaça de saúde global.
Podemos citar:
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Segundo a OMS, entre as ações de vigilância e controle da epidemia do Ebola
desencadeadas, vale destacar:
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O tratado foi produzido pelo médico João Ferreira da Rosa, impresso em Lisboa,
no ano de 1694. Rosa descreveu com detalhes a causa, difusão e tratamento dos
males que assolava em Recife desde 1685.
Disponivel em :http://arquivohistoricomadeira.blogspot.com/2009/04/trattado-unico-da-constituicao.html
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Você sabe qual a diferença entre Epidemia e Endemia?
Exemplo: no final de 2014, o Brasil sofreu uma epidemia de uma doença febril
aguda que provoca manchas vermelhas pelo corpo, e só alguns meses depois
foi diagnosticada como Zika vírus.
Naquele momento, a epidemia por Zika vírus, além do elevado número de casos
de forma inesperada pelo setor saúde e pelas autoridades, também provocou
consequências graves como o nascimento de crianças com malformações como
a microcefalia entre outras definidas posteriormente como síndrome congênita
pelo Zika vírus.
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1 - Sintomas de febre zika, 2 - Exemplo de um bebê com microcefalia - Fonte: 1 - Beth.herlin (File:ZIKA.png) (Licença
CC BY-SA 4.0), 2 - CDC (domínio público) - Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5d/Sintomas_da_Febre_Zika.png; Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Microcephaly-comparison-500px.jpg
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d. uma disciplina que estuda o comportamento das doenças sobre a população
afetada
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grande epidemia de peste vinda da Ásia Central denominada de Morte Negra
(não seria Peste Negra).
Como já foi mencionado acima o registro dos casos de febre amarela pelo
médico português João Ferreira Rosa em 1694 no Recife, é um dos primeiros
levantamentos de uma epidemia no Brasil.
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No ano de 1808, com a transferência da Coroa Portuguesa para o Brasil, adotou-
se a prática da quarentena e de outras medidas sanitárias em todo o território
nacional. Foi criada a Visita de Saúde, com inspeção em todas as embarcações
que entrassem no porto do Rio de Janeiro a fim de evitar a ocorrência de
epidemias. O plano apresentado pelo procurador-geral da Real Junta de
Comércio, Agostinho da Silva Hofman, ao príncipe regente, continha onze
artigos nos quais regulamentava a inspeção às embarcações, o funcionamento
da Visita de Saúde, estabelecendo suas atribuições, nomeando funcionários,
além de estipular suas remunerações.
Naquela época, a intenção dessa ação, que podemos citar como um das
primeiras medidas oficiais de saúde pública, era proteger os integrantes da
Coroa e garantir o comércio de mercadorias, livrando o porto de doenças como
peste, escorbuto, sarnas, lepra e febre amarela (Brasil, 2010).
Ilustração do livro “Lágrimas de sangue” de Alisson Eugênio, publicado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas
Gerais (Fapemig). Que mostra os males comuns aos escravos na época do Brasil Colônia
No começo do século XX, o país estava passando por um difícil quadro sanitário
e que se tornava ainda mais agudo na então capital federal, o Rio de Janeiro, já
pressionado pelo processo de urbanização e pela carência de infraestrutura.
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No ano seguinte, foi aprovada a legislação que promovia a reorganização dos
Serviços de Higiene e conferia ao Governo Federal a responsabilidade de
coordenar as ações de prevenção e controle de doenças.
Ainda neste documento, foi criado o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela. Este
serviço instituiu a obrigatoriedade da vacina antivariólica.
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quadro favorecido pelas precárias condições de vida e agravado pela falta de
conhecimentos clínicos e laboratoriais sobre a doença.
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Durante a maior parte do século XX, o Estado brasileiro se organizou em
modelos de programas centralizados, ou seja, o Governo Federal era
responsável por todas as ações e programas de saúde, desde o planejamento
até a execução.
Nesta época, o modelo de vigilância era direcionado para uma população rural
que tinha grande dificuldade de locomoção.
Foto retirada do Livro, História da Peste e outras endemias de Celso Arcoverde de Freitas, publicado em 1988 pela
Editora Coleção Memória da Saúde Pública. Mostra equipe de coleta de material para diagnóstico laboratorial, em um
óbito por peste na cidade de Pesqueira-Pernambuco, 1941.
Esta moderna vigilância em saúde surgiu nos Estado Unidos na década de 50.
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O CIE também foi responsável pela primeira aplicação de estratégia de vigilância
desenvolvida nos Estados Unidos.
Conceito:
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Como exemplo da ampliação do escopo da vigilância epidemiológica, temos que,
atualmente, a lista de doenças de notificação compulsória é muito mais ampla
que as 14 doenças transmissíveis da primeira lista. Além disso, faz parte das
ações da vigilância epidemiológica a vigilância de agravos e doenças que não
são transmissíveis e a vigilância de fatores de risco para essas doenças De
forma básica, antes da Lei 8080/1990, a vigilância em saúde trabalhava com o
controle de epidemias e surtos (incluindo a coleta de dados, diagnóstico da
doença e aplicação de medidas de controle) com a LOS passou a trabalhar com
a promoção, prevenção e controle dos agravos monitorando todas ações.
Durante a aula você viu o Decreto Presidencial e o Lei Orgânica da Saúde, se quiser
conhecer todo o texto das duas leis você pode acessar as duas por meio dos links!
A Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/1990) regulamenta o SUS e você pode acessar
em bit.ly/lei8080.
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É possível notar que a Vigilância está presente em nossas vidas há muito tempo e
que evoluiu bastante. De acordo com o texto, marque verdadeiro ou falso.
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( ) Em 1990, doenças e agravos não transmissíveis não foram incorporadas no
Sistema Nacional.
Nas últimas décadas, diversos fatores têm provocado novas emergências ou re-
emergências mais complexas que desafiam a saúde da população.
Produzir evidências para gerar respostas aos novos agravos em saúde requer
constante atualização para acompanhar mudanças nos setores econômicos, na
política, nos hábitos e comportamentos da sociedade, assim como na intensa
urbanização e a mobilidade da população.
Por isso, o município organizou uma estratégia em que todas as grávidas devem
realizar o teste rápido para a sífilis.
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As grávidas que foram identificadas com a doença foram notificadas por meio da
ficha de notificação de agravos e doenças.
Foi possível analisar a situação da sífilis utilizando os dados das notificações. Dessa
maneira, o estado e o município puderam estimar a quantidade de insumos
necessários para o tratamento das grávidas e de seus parceiros.
Além disso, uma campanha para a prevenção da sífilis foi realizada, com incentivo
ao uso de de preservativos e realização do teste rápido.
O conjunto das ações pode ser definido como o processo de trabalho de vigilância
e controle da sífilis em Epicity.
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Como exemplo de fator de risco para a dengue, doença transmissível por vetor,
podemos citar a presença de focos de mosquitos do gênero Aedes aegypti.
Também podemos citar a obesidade como um fator de risco para hipertensão e
diabetes, que são doenças crônicas não transmissíveis.
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Campanha de Imunização - Fonte: Ministério da Saúde
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Programa Nacional de Controle do Tabagismo:
Em novembro de 2005, a adesão do Brasil à Convenção-Quadro da OMS para
Controle do Tabaco (CQCT/OMS) foi ratificada pelo Congresso Nacional e em
janeiro de 2006 promulgada pelo Presidente da República. Com isso, a
implementação nacional desse tratado internacional de saúde pública ganhou o
status de uma Política de Estado. Ao longo dos últimos anos, o Programa Nacional
de Controle do Tabagismo se destaca na articulação para implementação dessa
política, principalmente quanto a educação, comunicação, treinamento e
conscientização do público; as medidas de redução de demanda relativas à
dependência e medidas para o abandono do tabaco. Além disso, por meio de seu
trabalho em rede, cria uma capilaridade que contribui na promoção e no
fortalecimento de um ambiente favorável à implementação de todas as medidas e
diretrizes de controle do tabaco no país, ainda que não estejam diretamente sob a
governabilidade do setor saúde (Brasil, 2011). Destaca-se como medidas
regulatórias a proibição de propagandas no rádio e TV e a proibição de fumar em
locais fechados.
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Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, vacinou 67,9
milhões pessoas durante a campanha nacional contra a doença, que alcançou
96,7% do público-alvo, formado por 70,1 milhões pessoas, entre 20 e 39 anos.
Nas Américas, foram vacinadas mais de 250 milhões adolescentes e adultos
contra rubéola e sarampo.
A soma desses fatores levou à ausência de novos casos autóctones desde 2009.
Previsões para um futuro cenário epidemiológico podem ser alteradas tanto pela
emergência de uma doença transmissível que se dissemine rapidamente ou
ainda pelo desenvolvimento de estratégias mais eficientes de prevenção e
controle que podem produzir alterações importantes nas tendências das taxas
de morbimortalidade de doenças transmissíveis e não transmissíveis.
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Você já teve contato com alguma dessas vigilâncias? Como foi a experiência?
39
Agora que você conhece a Vigilância em Saúde, pode compartilhar conosco sua
vivência!
Escreva para nós um relato sobre seu município com base nas questões:
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Vamos relembrar?
• Vigilância Epidemiológica
41
• Promoção da Saúde
• Vigilância da Situação de Saúde
• Vigilância em Saúde Ambiental
• Vigilância da Saúde do Trabalhador
• Vigilância Sanitária
42
Ajude o conhecimento a chegar mais longe!
ou acesse proepi.org.br/doacao
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Referências
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século XVII.Temporalidades – Revista Discente do Programa de Pós-Graduação
em História da UFMG. v. 8, n. 1 (jan./maio 2016) – Belo Horizonte: Departamento
de História, FAFICH/UFMG, 2016. ISSN: 1984-6150.
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Respostas dos exercícios (em ordem de aparição)
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2. É possível notar que a Vigilância está presente em nossas vidas há muito
tempo e que evoluiu bastante. De acordo com o texto, marque verdadeiro ou
falso.
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