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DELEGADO POLICIA CIVIL - PB
DIREITO PROCESSUAL PENAL - PROF. LUIZ CARLOS

01. No que tange aos princípios processuais penais constitucionais, assinale a alternativa correta.
a) O princípio da ampla defesa se desdobra na defesa técnica e na autodefesa. A primeira indisponível,
ainda que acusado seja ausente ou foragido; e a segunda quando realizada de forma negativa implica no
silêncio do acusado ou omissão, sendo irrenunciável, pois do contrário poderia acarretar prejuízo ao réu.
b) Nos casos de prisão em flagrante, é obrigatória a comunicação de advogado indicado pelo preso e a
presença desse profissional no interrogatório do indiciado, em observância ao princípio do contraditório e
sob pena de nulidade absoluta de eventual processo judicial.
c) O princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade está previsto na Constituição Federal e
impõe o dever de tratamento do réu como inocente apenas na dimensão interna do processo, ou seja,
atribui ao acusador demonstrar a culpabilidade do acusado e não este sua inocência.
d) O princípio do juiz natural não é violado com a previsão de órgão colegiado em primeiro grau de
jurisdição para o processo e julgamento dos crimes praticados por organizações criminosas, nem com a
convocação de juízes de primeiro grau para compor órgão julgador do respectivo Tribunal, na apreciação
de recursos em segundo grau de jurisdição.
e) O princípio da motivação das decisões judiciais é corolário do sistema acusatório e deve ser observado
em todas as fases processuais, por isso é firme o entendimento dos Tribunais que rechaça a motivação
per relationem na decretação da prisão preventiva.

02. O princípio processual que impede que o cidadão venha a ser preso provisoriamente, de forma
desnecessária, é conhecido como:
a) Correlação.
b) Juízo natural
c) Ampla defesa.
d) Não-culpabilidade.
e) Publicidade

OBS: Artigos suspensos pela MC ADIN 6299:

 Juiz das Garantias;


 Art. 28 do CPP;
 §5º do Art. 157 do CPP, sobre prova no CPP;
 §4º do Art. 310 do CPP, prazo de 24 hs para audiência de custodia.

03. O MP de determinado estado ofereceu denúncia contra um indivíduo, imputando-lhe a prática de


roubo qualificado, mas a defesa do acusado negou a autoria. Ao proferir a sentença, o juízo do feito
constatou a insuficiência de provas capazes de justificar a condenação do acusado.
Nessa situação hipotética, para fundamentar a decisão absolutória, o juízo deveria aplicar o princípio do
a) estado de inocência.
b) contraditório.
c) promotor natural.
d) ne eat judex ultra petita partium.
e) favor rei.

OBS: Princípio do FAVOR REI:

Não existe o Princípio do In dubio pro reu. O correto é o Princípio do Favor rei que consagra o brocado
latin: “In dubio pro reu”.
O Princípio do Favor rei tem a dimensão de que ao fim da instrução sobre autoria e materialidade se
absolve o reu.

04. Quanto à lei processual penal no tempo, o princípio adotado pelo Código de Processo Penal é
a) ultratividade.
b) retroatividade.
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c) aplicação imediata.
d) retroatividade e ultratividade benéficas.

05. Em relação ao inquérito policial, é correto o que se afirma, EXCETO em:


a) O membro do Ministério Público poderá requisitar a instauração do inquérito policial.
b) Depois de instaurado o inquérito policial, o delegado de polícia poderá arquivá-lo de ofício somente na
hipótese de concluir pela inexistência de crime.
c) No crime de ação penal pública condicionada a representação, o inquérito policial só poderá ser
instaurado após a expressa manifestação de vontade da vítima ou de seu representante legal.
d) O inquérito policial é prescindível ao oferecimento da denúncia e da queixa-crime.

06. Sobre o inquérito policial é INCORRETO afirmar:


a) Tem valor probante relativo.
b) Todas as provas produzidas devem ser repetidas sob contraditório.
c) Vícios do inquérito não nulificam subsequente ação penal.
d) O investigado pode requerer diligências.

07. Incumbirá à autoridade policial, EXCETO:


a) Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público.
b) Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias.
c) Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos.
d) Requerer ao juiz a devolução dos autos para ulteriores diligências, no prazo que a autoridade policial
entender necessário à plena elucidação dos fatos.

08. Amadeu, com vinte anos de idade, encontrou Márcia, com dezesseis anos de idade, sua ex-vizinha,
em um baile de carnaval realizado em uma praia. Ao perceber que Márcia se encontrava em estado de
embriaguez, apresentando perda do raciocínio e de discernimento, Amadeu aproveitou para praticar
diversos atos libidinosos e ter conjunção carnal com ela, mesmo sem o seu consentimento.
Nessa situação hipotética,
a) a autoridade policial só poderá instaurar inquérito mediante representação de Márcia ou de seus pais.
b) a autoridade policial poderá instaurar inquérito de ofício.
c) a autoridade policial não poderá instaurar inquérito policial caso tome ciência do fato por meio da
veiculação do fato pela imprensa.
d) a autoridade policial só poderá instaurar inquérito mediante requerimento subscrito pelos pais de
Márcia.
e) o MP não poderá requisitar a instauração de inquérito policial.

09. Após a instauração de inquérito policial para apurar a prática de crime de corrupção passiva em
concurso com o de organização criminosa, o promotor de justiça requereu o arquivamento do ato
processual por insuficiência de provas, pedido que foi deferido pelo juízo. Contra essa decisão não houve
a interposição de recursos.
Nessa situação,
a) mesmo com o arquivamento do inquérito policial, a ação penal poderá ser proposta, desde que seja
instruída com provas novas.
b) em razão do arquivamento, a ação penal só poderá ser proposta como ação penal privada subsidiária
da pública.
c) o arquivamento do inquérito policial gerou a perempção, que provoca a inadmissibilidade da ação penal
devido à extinção da punibilidade provocada.
d) em razão da coisa julgada material feita com o trânsito em julgado da decisão que deferiu o
arquivamento do inquérito, é inadmissível a propositura de ação penal.
e) outro promotor de justiça, com entendimento contrário ao daquele que requereu o arquivamento,
poderá requerer o desarquivamento do inquérito e propor ação penal independentemente da existência de
novas provas

10. Em inquérito policial para apurar a prática de crime de furto, a autoridade policial reuniu provas
suficientes de que o indiciado teria adquirido imóveis e veículos — todos registrados em seu nome — com
recurso proveniente do crime. Nessa situação, a autoridade policial poderá
a) representar à autoridade judiciária competente, requerendo o sequestro dos referidos bens.

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b) enviar ofício ao juízo ou ao MP para que sejam decretadas as medidas cabíveis, visto que a lei não lhe
assegura competência para promover a restrição dos direitos de propriedade do indiciado.
c) realizar a busca e apreensão dos citados bens, independentemente de autorização judicial.
d) proceder à busca e apreensão dos referidos bens, desde que mediante anuência do MP.
e) determinar, de ofício, o arresto ou a hipoteca legal, em decisão fundamentada, e proceder à apreensão
dos citados bens.

11. Uma autoridade policial determinou a instauração de inquérito policial para apurar a prática de
suposto crime de homicídio. Entretanto, realizadas as necessárias diligências, constatou-se que a
punibilidade estava extinta em razão da prescrição. Nessa situação,
a) é cabível recurso em sentido estrito com o objetivo de trancar o inquérito policial, mas somente após a
decisão que recebe a denúncia.
b) não há instrumento processual capaz de trancar o inquérito policial.
c) poderá ser impetrado habeas corpus com o objetivo de trancar o inquérito policial.
d) poderá ser impetrado mandado de segurança contra o ato da autoridade policial para trancar o
inquérito policial.
e) é cabível recurso de apelação com o objetivo de trancar o inquérito policial, mas somente em caso de
sentença penal condenatória.

12. De acordo com as legislações especiais pertinentes, o inquérito policial deve ser concluído no
a) prazo comum de quinze dias, estando o indiciado solto ou preso, nos casos de crimes de tortura.
b) mesmo prazo estipulado para a apreciação das medidas protetivas, nos casos de crimes previstos na
Lei Maria da Penha.
c) prazo comum de dez dias, estando o indiciado solto ou preso, nos casos de crimes contra a economia
popular.
d) prazo de trinta dias, se o indiciado estiver solto, e de quinze dias, se ele estiver preso, de acordo com a
Lei de Drogas.
e) prazo de quinze dias, se o crime for de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme o
Estatuto do Desarmamento.

13. Conforme súmula do STF, é direito do advogado do investigado o acesso aos autos do inquérito
policial. Nesse sentido, o advogado do investigado
a) deverá obrigatoriamente participar do interrogatório policial do investigado, sob pena de nulidade
absoluta do procedimento.
b) terá acesso às informações concernentes à representação e decretação, ainda pendentes de conclusão,
de medidas cautelares pessoais que digam respeito ao investigado, excluindo-se aquelas que alcancem
terceiros eventualmente envolvidos.
c) terá direito ao pleno conhecimento, sem restrições, de todas as peças e atos da investigação.
d) deverá ser comunicado previamente de todas as intimações e diligências investigativas que digam
respeito ao exercício do direito de defesa no interesse do representado.
e) terá acesso amplo aos elementos constantes em procedimento investigatório que digam respeito ao
indiciado e que já se encontrem documentados nos autos.

14. O requerimento de arquivamento do inquérito policial formulado pelo MP


a) está sujeito, exclusivamente, a controle interno do próprio MP, de ofício ou por provocação do
ofendido.
b) não poderá ser indeferido, em respeito aos princípios da independência funcional e do promotor
natural.
c) não está sujeito a controle jurisdicional nos casos de competência originária do STF ou do STJ.
d) está sujeito a controle jurisdicional, devendo o juiz do feito, no caso de considerar improcedentes as
razões invocadas, designar outro membro do MP para o oferecimento da denúncia.
e) defere ao ofendido, quando acolhido pelo juiz, o direito de ingressar com ação penal subsidiária por via
de queixa-crime.

15. O inquérito policial instaurado por delegado de polícia para investigar determinado crime
a) não poderá ser avocado, nem mesmo por superior hierárquico.
b) poderá ser avocado por superior hierárquico somente no caso de não cumprimento de algum
procedimento regulamentar da corporação.
c) poderá ser redistribuído por superior hierárquico, devido a motivo de interesse público.
d) poderá ser avocado por superior hierárquico, independentemente de fundamentação em despacho.
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e) não poderá ser redistribuído, nem mesmo por superior hierárquico.

16. Conforme disposição expressa no Código de Processo Penal vigente, o Delegado de Polícia que preside
investigação policial sobre o crime previsto no artigo 149-A (Tráfico de Pessoas) do Código Penal-Decreto-
Lei n° 2.848/1940, dentre as providências a serem adotadas, poderá
a) requisitar dados e informações cadastrais da vítima ou dos suspeitos, diretamente de quaisquer órgãos
do poder público ou representar junto à autoridade judicial, de empresas de iniciativa privada.
b) requisitar, após o parecer obrigatório do Ministério Público, de quaisquer órgãos do poder público ou de
empresas de iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou dos suspeitos.
c) requisitar, somente por meio de autorização judicial, de quaisquer órgãos do poder público ou de
empresas de iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou dos suspeitos.
d) requisitar, de qualquer órgãos do poder público ou de empresas de iniciativa privada, dados e
informações cadastrais dos suspeitos, os quais deverão ser concedidos no prazo de 48 horas.
e) requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas de iniciativa privada, dados e
informações cadastrais da vítima ou dos suspeitos.

17. Sobre as diligências que podem ser realizadas pelo Delegado de Polícia, é correto afirmar que
a) caso o ofendido ou seu representante legal apresente requerimento para instauração de inquérito
policial, a autoridade policial deve atender ao pedido, em observância do princípio da obrigatoriedade.
b) deparando-se com uma noticia na imprensa que relate um fato delituoso, a autoridade policial deve
instaurar inquérito policial de ofício, elaborando, conforme determina o Código de Processo Penal vigente,
um relatório sobre a forma como tomou conhecimento do crime.
c) conforme disposição expressa no Código de Processo Penal vigente, o Delegado de Polícia não é
obrigado a determinar a realização de perícia requerida pelo investigado, ofendido ou seu representante
legal, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, ainda que se trate de exame de corpo de
delito, pois a investigação é conduzida de forma discricionária.
d) o inquérito policial é um procedimento discricionário, portanto, cabe ao Delegado de Polícia conduzir as
diligências de acordo com as especificidades do caso concreto, não estando obrigado a seguir uma
sequência predeterminada de atos.
e) poderá a autoridade policial determinar em todas as espécies de crimes, atendidos os requisitos legais
e suas peculiaridades, a reconstituição do fato delituoso, desde que não contrarie a moralidade ou a
ordem pública, com a participação obrigatória do investigado.

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