CURSO DE PSICOLOGIA
Leia com atenção às questões 1 e 2 e depois responde a cada uma, separadamente, e de forma
discursiva. Somente serão considerados argumentos teóricos, embasados nos dois textos indicados para
esta avaliação parcial.
• (Peso: 5,0) Em que consiste a cegueira paradigmática, para Edgar Morin? Argumente
teoricamente.
REPOSTA:
O paragdima, com embasamento nos estudos de Edgar Morin, se fundamenta desde o príncipio em
noções que por várias vezes passa invisível à análise própria dos indivíduos. Afinal, trate-se,
principalmente, de conceitos formados e aceitos dentro de nós mesmos culturamente desde a tenra
idade, e é por este mesmo motivo que se torna tão fortemente enraizado nas pessoas, ocasiando
rejeição ou mesmo repulsa a ideias, vivências e teorias cujas são divergentes de tais paradgimas
internos.
Mesmo contra provas apuradas provas téoricas/práticas, o paragdima causa uma imobilização tão
grande de pensamento que optamos, majoritariamente, para uma cegueira por vezes inconsciente ao
seguir crenças impostas em conceitos de cerne material, espiritual e estrutural explorados por Morin.
Dessa forma se provando um grande obstáculo para a racionalidade.
• (Peso: 2,5) Norbert Elias, em A sociedade dos Indivíduos (1939), afirma que:
“Nenhuma pessoa isolada, por maior que seja sua estatura, poderosa sua vontade, penetrante
sua inteligência, consegue transgredir as leis autônomas da rede humana da qual provêm seus
atos e para a qual eles estão dirigidos” (página 48).
REPOSTA:
De acordo com Elias, os indivíduos cruzam a linha de duas desigualdades e diferanças a partir
do momento em que se igualam no conceito de dependência uns dos outros, portanto,
mesmo a mais influente pessoa está interligada a rede humana. Em suma, por mais que o
conceito "eu" individual esteja sendo diferenciado da "sociedade como um todo" no
pensamento do autor, há a defesa de ambos estão ligados de forma inseparável. Portanto,
sociedade e indivíduo; "diferentes porém inseparavéis" é a frase-chave para o argumento de
Elias.
• (Peso:2,5) Para Norbert Elias, existe uma margem de autonomia tanto para um governante,
como mesmo para um escravo. Tanto para um dirigente industrial, quanto existia para um
camponês feudal.
REPOSTA:
Embora muitos pensadores possam apontar que não existem trocas sociais sem uma
finalidade ou objetivo, Nobert defende as evoluções e mudanças internas ocasionadas na
forma de encontros em que ocorrem trocas de pensamentos e ideias diferentes,
demonstrando o impacto dessa socialização entre indivíduos como um resultado não-
intencional, podendo ser considerado inconsciente. Torna-se, então, uma ferramenta de suma
importância para as cadeias interdependência humana e, por consequência, para o processo
civilizador.
De outra forma colocada, as ações feitas de formas intencionais, dentro de seu pensamento,
irá gerar consequências não premeditadas pelas pessoas envolvidas ao se relacionarem.
Seguindo a mesma lógica, não é possível determinar com exatidão a conclusão de um
determinado envolvimento social ao ver de Nobert Elias.