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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIJORGE

BRUNO IGOR DE MOURA LIMA

TAMOJUNTO COWORKING

Salvador
2019
Bruno Igor de Moura Lima

Tamojunto Coworking

Trabalho de conclusão de curso de graduação em


Administração do Centro Universitário Jorge Amado,
apresentado como requisito para obtenção do grau de
Bacharel em Administração.
Orientadores: Professora Justina Tellechea e Professor
Silvio Roberto de Almeida Silveira
Bruno Igor de Moura Lima

Tamojunto Coworking

Trabalho de conclusão de curso de graduação em Administração, Centro Universitário Jorge


Amado, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Administração.

Conceito:

Aprovado em de novembro de 2019

Justina Tellechea – orientadora

Mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)


Centro Universitário Jorge Amado

Silvio Roberto de Almeida Silveira – orientador


Especialista em Gestão de Empresas, e Metodologia da Educação Superior (FBB)

Monica Mac-Allister
Especialista em Marketing pela Universidade Salvador
Dedicado aos meus pais, Lêda Fidelis de Moura
e José Valdo dos Santos Lima.
AGRADECIMENTOS

Agradeço inicialmente aos meus pais pela oportunidade da vida, por todo
ensinamento dado, todas as broncas e principalmente por todo amor. No afeto e no apoio
dos últimos dias, agradeço também à Bruna, minha querida namorada, que esteve do meu
lado até nos momentos mais desgastantes. Agradeço também às minhas primeiras
professoras da vida, desde a professora Noélia, que no ensino infantil me apresentou as
primeiras palavras e frases, à professora Margarida nos queridos anos de ensino médio, no
Teixeira de Freitas, aulas que fizeram ser o escritor que sou hoje e, no ensino superior,
meus agradecimentos estendem-se aos queridos João Simplício, Silvio Silveira e à
professora orientadora Justina Tellechea. Esses últimos meses foram decisivos. Momentos
de muito estresse e alivio, logo, esses agradecimentos estão aqui para lembrar-me do
quanto valeu a pena o esforço e a dedicação. O pequeno Bruno do ensino primário hoje
virou um Administrador, para orgulho de toda a família e amigos.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.”
Eclesiastes 3:1
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo descrever o processo de implantação de um


coworking em Salvador, os aspectos socioeconômicos relevantes para o surgimento dentro
do mercado local e levantamento do perfil do empreendedor necessário para implantação
desse inovador negócio.

Palavras Chave: coworking, prestação de serviços, compartilhado, empreendedorismo.


ABSTRACT

This paper aims to describe the process of implementation of a coworking in Salvador, the
relevant socioeconomic aspects for the emergence within the local market and the profile of
the entrepreneur needed to implement this innovative business.
Keywords: Service delivery, shared, entrepreneurship.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 11

2 METODOLOGIA.................................................................................................................14

2.1 Natureza da Pesquisa, abordagem e método.................................................................14


2.2 Procedimentos..................................................................................................................14

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................................14

3.1 Empreendedorismo........................................................................................................... 14

3.2 Plano de Negócios...........................................................................................................16

3.3 Comunicação................................................................................................................... 17

3.4 Coworking........................................................................................................................ 18

4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS.......................................................................................21

5 PLANO DE NEGÓCIOS......................................................................................................22

5.1 Sumário Executivo............................................................................................................ 23

5.1.1 Dados dos Empreendedores........................................................................................24

5.1.2 Missão, Visão e Valores da Empresa...........................................................................25

5.1.3 Setores de Atividade....................................................................................................26

5.1.4 Forma Jurídica.............................................................................................................27

5.1.5 Enquadramento Tributário............................................................................................28

5.1.6 Capital Social...............................................................................................................29

5.1.7 Fonte de Recursos.......................................................................................................30

5.2 Análise de Mercado..........................................................................................................31

5.2.1 Estudo dos Clientes.....................................................................................................32

5.3 Estudo dos Concorrentes..................................................................................................33

5.4 Estudo dos Fornecedores.................................................................................................34

5.5 Plano de Marketing...........................................................................................................35

5.5.1 Produtos e Serviços.....................................................................................................36

5.5.25.5.2
Preço.................................................................................................................................... 37

5.5.3 Estratégias Promocionais.............................................................................................38


5.5.4 Estruturas de Comercialização....................................................................................39

5.6 Plano Operacional............................................................................................................ 40

5.6.1 Layout........................................................................................................................... 41

5.6.2 Capacidade Instalada..................................................................................................42

5.6.3 Processos Operacionais..............................................................................................43

5.6.4 Necessidade de Pessoal..............................................................................................44

5.7 Plano Financeiro...............................................................................................................45

5.7.1 Investimentos Fixos.....................................................................................................46

5.7.2 Estoque Inicial.............................................................................................................. 47

5.7.3 Caixa Mínimo............................................................................................................... 48

5.7.4 Investimentos Pré-Operacionais..................................................................................49

5.7.5 Investimento Total........................................................................................................50

5.7.6 Faturamento Mensal....................................................................................................51

5.7.7 Custo Unitário.............................................................................................................. 52

5.7.8 Custos de Comercialização..........................................................................................53

5.7.9 Apuração do Custo de Md e/ou Mv..............................................................................54

5.7.10 Custos de Mão de Obra.............................................................................................55

5.7.11 Custos com Depreciação...........................................................................................56

5.7.12 Custos Fixos Operacionais Mensais..........................................................................57

5.7.13 Demonstrativo de Resultados....................................................................................58

5.8 Construção de Cenário.....................................................................................................59

5.8.1 Ações Preventivas e Corretivas...................................................................................60

5.9 Avaliação Estratégica........................................................................................................61

5.9.1 Análise da Matriz F.O.F.A............................................................................................62

6 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 63

APÊNDICE............................................................................................................................ 64

REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 66
1 INTRODUÇÃO

O coworking é um padrão organizacional que se iniciou em 2005 (BRAD NEUBERG)


nos Estados Unidos e evoluiu para uma nova modalidade de prestação de serviços,
envolvendo conceitos de colaboração e sinergia associados ao trabalho em equipe, além de
auxiliar na democratização ao acesso do empreendedorismo. Os novos formatos de
trabalho possibilitam aos colaboradores uma maior mobilidade, sem a necessidade da
presença física dentro das organizações para o desempenho das suas atividades. Nesse
contexto, surgiu o conceito de coworking.

Vivemos no século da tecnologia no qual a comunicação fluida, integrativa e ágil é


imprescindível enquanto ferramenta de trabalho. O comportamento do ser humano mudou
bastante após o surgimento da internet e recentemente com os aplicativos para celulares.
Há uma revolução em curso promovendo mudanças nos hábitos, costumes, rotinas e estilo
de vida das pessoas. Consequentemente, isso reflete no mercado econômico e no mercado
de trabalho.

A praticidade e rapidez dos aplicativos de serviços promovem um momento de


reinvenção para os mercados tradicionais. Os setores de educação, alimentação, hotelaria,
viagens, transportes, entre outros buscam alternativas para concorrer e sobreviver dentro
dessa nova perspectiva. Afinal, cada vez mais as pessoas estão pesando na balança as
vantagens e desvantagens na hora de escolher um apartamento de hotel ou um quarto
compartilhado, ir até um restaurante ou escolher e receber em casa.

É possível notar que as formas de trabalho tradicionais, assim como os escritórios e


as salas particulares enfrentam momentos de adversidades na contemporaneidade. O
progresso gira em torno de uma economia mais sustentável e viável para a maioria das
pessoas. Isso implica num ambiente de trabalho mais saudável para os colaboradores, além
da contenção de custos.

Para tanto, deste parágrafo em diante, serão apresentadas problemáticas e


resultados que serão capazes de elucidar o leitor acerca de como montar um plano de
negócios no ramo de coworking na cidade de Salvador. Quais serão os desafios,
concorrentes, quais perfis de clientes, como precificar uma estação de trabalho ou sala
individual e etc. Essa maneira econômica e sustentável de fazer gerar ideias e novas
possibilidades de empreender será o norte desta pesquisa.

11
Nesse sentido, o presente trabalho busca responder a seguinte questão problema:
Como elaborar um plano de negócios de escritório compartilhado que reúna
empreendedores de diversas áreas de atuação de maneira econômica e sustentável
localizado na cidade de Salvador?

Adicionalmente, além da questão principal, serão trabalhadas as questões


orientadoras abaixo relacionadas: (i) Qual o cenário dos coworkings em Salvador?; (ii) Quais
os principais desafios/dificuldades de implementação de um coworking em Salvador?; (iii)
Quais as principais diferenças entre ambientes de trabalho tradicional e compartilhado?

Corroborando com as questões supracitadas, o objetivo geral desta pesquisa tem como
foco analisar a viabilidade para implantação de uma empresa de coworking na cidade de
Salvador. Para atingir o objetivo geral, serão trabalhados os seguintes objetivos específicos:
(i) Entender pesquisa de mercado; (ii) Elaborar plano de negócios para implantação de um
coworking; (iii) e analisar a viabilidade econômica do plano de negócios para implantação
do coworking.

Diante do exposto, a realização de tal estudo se justifica uma vez que o contexto de
colaboração e co-criação tem se firmado como alternativa de empreendedorismo num
cenário cada vez mais conectado com as mídias sociais.

Este plano de negócio de um espaço de coworking encaixa-se perfeitamente nas


necessidades atuais de diversos empreendedores na cidade de Salvador, isso porque um
espaço de coworking oferece a capacidade de gerar rede de networking, fomenta a
criatividade e reduz custos com aluguel, contas com água, luz e internet. O empreendedor
que precisa driblar as recentes crises econômicas e financeiras do país tem neste novíssimo
modelo de trabalho, uma opção sustentável e financeiramente viável.
Apesar do comprovado sucesso dos escritórios de coworking, a sua entrada na
capital dos baianos ainda carece de usuários, observado assim pela falta de conhecimento e
sensibilização do público geral por esse modelo de negócios, mas que pode ser resolvido
usando de estratégias como day use (usar um dia do espaço sem custos) e campanhas
publicitárias nos canais do espaço do Tamojunto Coworking na internet. Ao longo deste
processo, é possível que hajam adaptações no projeto. O importante é que o negócio não
seja sucumbido à falta de planejamento.

Este trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo apresenta uma
introdução ao estudo, onde é possível verificar o contexto que originou o estudo, o problema
de pesquisa, os objetivos gerais, objetivos específicos e a justificativa para realização do
trabalho. O capítulo 2 compreende os métodos científicos utilizados e a coleta e análise de
dados para a feitura do presente trabalho. O capítulo 3 deste trabalho trata de fundamentos
teóricos para o embasamento do trabalho que se apresenta. Nesta seção o autor aborda os
temas: Empreendedorismo, Plano de Negócios, Comunicação e Coworking. O capítulo 4 é
apresentado o estudo prático que o projeto se propôs a tratar. Nele o autor apresenta
informações pertinentes à um plano de negócio para abertura de uma empresa no ramo da
prestação de serviço. E por fim o capítulo 5 aborda as considerações finais.
2 METODOLOGIA

De natureza aplicada e descritiva o trabalho busca produzir conhecimentos para


aplicação práticas, mostrando soluções para problemas específicos. A abordagem da
pesquisa é qualitativa. Significa dizer que com pequenas amostragens - e mais específicas
- novas ideias e ações serão tomadas. Com a abordagem qualitativa é possível extrair
dados mais subjetivos. O método científico adotado para este trabalho é o indutivo. Neste
método o argumento passa do particular ao geral, uma vez que as generalizações derivam
de observações da realidade. Os procedimentos utilizados para composição deste
trabalho foram pesquisas bibliográficas com dados secundários derivados de artigos e
monografias publicadas assim como visitas técnicas em coworkings já estabelecidos na
cidade do Salvador, como: Rede +, na av. ACM, o coworking Tropos no Rio Vermelho e o
espaço HUB no bairro do comércio. Foi feito também questionário do google, do qual se
obteve em média 60 respostas.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, serão abordados conceitos referentes ao tema da pesquisa,


buscando conhecer as teorias e aumentar a clareza sobre o serviço proposto neste plano de
negócios. Trás, ainda, informações pertinentes sobre a sua caracterização, os desafios de
mercado e a percepção do cliente.

3.1 Empreendedorismo

O termo empreendedor — do francês entrepreneur — significa aquele que assume


riscos e começa algo novo. O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio
para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando
continuamente (CHIAVENATO, 2010). O espírito do empreendedor é movido pela inovação,
pela capacidade de resinificar e/ou facilitar um negócio. Sendo este uma pessoa que opera
ou realiza uma ideia, o papel do empreendedor consiste na otimização dos processos. Estes
seres são responsáveis por gerar trabalho, oportunizando e incentivando o crescimento
econômico no país. Ainda, segundo CHIAVENATO (2010), por ter criatividade e um alto
nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que,
combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada
em algo concreto e bem-sucedido no mercado.

O ambiente do empreendedorismo é um mercado considerado por ser bastante


dinâmico, significa dizer que atividades que são atrativas em um determinado momento, um
pouco mais a frente talvez não sejam mais. Isso exige que o profissional seja acima de
qualquer outra questão que seja criativo. O cenário brasileiro, por exemplo, apresenta muitas
complexidades para empreendermos.

Existe uma classificação, segundo DEGEN (2009), de papéis assumidos por pessoas
que desejam empreender ou administrar:

▪ Empreendedor: o que empreende o novo negócio, assumindo riscos pessoais,


legais e comerciais;

▪ Empresário: o que empresária o novo negócio, de modo financeiro, assumindo


passivamente os riscos financeiros;

▪ Executivo: o que executa os planos de desenvolvimento do negócio, porém, ao


contrário do empreendedor, não assume riscos de empreendimento. O sucesso de
sua execução gera um bônus, na maioria das vezes;

▪ Empregado: o que executa as tarefas necessárias para o desenvolvimento do


negócio com a orientação dos executivos e bem como os executivos, não assume
risco de empreendimento.

Para DEGEN (2009), há muitos motivos que podem levar uma pessoa a empreender,
mas há cinco motivos em especial que são recorrentes em entrevistas com
empreendedores, são eles:

▪ Vontade de ganhar muito dinheiro, mais do que seria possível na condição de


empregado;

▪ Desejo de sair da rotina do emprego e levar suas próprias ideias adiante;

▪ Vontade de determinar seu futuro e não dar satisfação a ninguém sobre seus atos;

▪ Necessidade de provar a si e aos outros que é capaz de realizar um


empreendimento;

▪ Desejo de desenvolver algo que traga conhecimento e benefícios, não só para si,
mas para a sociedade.

Um indivíduo com personalidade empreendedora é de fundamental importância para


a empresa ou negócio próprio, porque para momentos em que seja necessário dar equilíbrio
à mesma ou depois de uma mudança na organização, certamente as características como
as citadas acima, evitaram possíveis instabilidades, além de poder contar com a criatividade
e inovação pertinentes aos empreendedores em momentos de dificuldades.
Espaços de coworkings são propícios para empreendedores novatos. Isso pela boa
localização que se encontra os mais variados espaços espalhados pelo país, além de que
trará a este empreendedor economia financeira, motivada pelo não aluguel de salas
comerciais tradicionais, possibilidade de ampliação da rede de networking e ambientes mais
criativos o que amplifica negócios.

3.2 Plano de Negócio

Para o empreendedor que deseje abrir o seu próprio coworking, existe um portal do
tema para apoiá-lo, verso sobre o site COWORKING.ORG maior endereço virtual do tema.
Nele, tem-se a possibilidade de compreender um pouco mais sobre como criar um espaço
de coworking, legislações e podendo até cadastrar o seu espaço. Ademais, abaixo serão
apresentados alguns quesitos importantes partindo das ideias do teórico Ronald Jean
Degen.

Sendo o principal método utilizado para se viabilizar um empreendimento:

"O plano é formalizado de idéias, da oportunidade, do conceito, dos riscos, das experiências
similares, das medidas para minimizá-los, das respostas aos pré-requisitos, da estratégia
competitiva, bem como do plano de marketing, de vendas, operacional e financeiro para
viabilizar o negócio" (DEGEN, 1989, p.177).

Já para SALIM, HOCHMAN, RAMAL E RAMAL (2005) o plano de negócios é um documento


que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano
para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados
financeiros. Dornelas (2005) corrobora afirmando que um bom plano de negócios deve
mostrar claramente a competência da equipe, o potencial do mercado-alvo e uma ideia
realmente inovadora; culminando em um negócio economicamente viável, com projeções
financeiras realistas.

Quanto a sua importância DORNELAS (2005) vê o plano de negócio como um cartão de


visitas, pois segundo ele os planos de negócios geralmente são escritos como parte dos
requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em uma incubadora de empresas,
solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgãos governamentais.
DEGEN (1989) divide sua importância para duas classes distintas, porém igualmente
interessadas:

1. O futuro empreendedor: O plano de negócio representa uma oportunidade única para o


futuro empreendedor pensar e analisar todas as facetas do novo negócio, sem deixar que
nenhuma seja deixada de lado;

2. Os investidores: O plano de negócio é uma peça fundamental, requerida por potenciais


investidores para avaliarem o novo empreendimento e tomarem a decisão de participar.

Além destes dois potenciais interessados no plano de negócio de um empreendimento,


Salim, Hochman, Ramal e Ramal (2005) ainda acrescentam os empregados, pois acreditam
que com a participação nos lucros e a possibilidade de compra de ações (quando possível)
estes também se beneficiam com a possibilidade de ler o planejamento da empresa onde
trabalham.

3.4 Comunicação

A comunicação é uma ferramenta imprescindível para o sucesso e desenvolvimento


dos negócios. Entre suas funções estratégicas, destaca-se a atuação interna, visando à
comunicação com os colaboradores, stakeholders e fornecedores e a comunicação externa,
que possibilita a divulgação e contato com o público-alvo. Aliada aos atributos do marketing,
também permite o posicionamento dentro do segmento de mercado.

Tendo em vista os avanços atuais da tecnologia e da era da informação, a comunicação


digital ganha cada vez mais relevância nesse cenário. Trata-se de uma fatia importante de
todo o planejamento estratégico do negócio. Escolher estratégias digitais assertivas irá
indicar quais caminhos seguir para um posicionamento adequado aos objetivos a quais se
pretendem alcançar.

As empresas, do ponto de vista do ambiente online, precisam estar atentas às novas


tendências para que possam atuar como organismos vivos dentro da sociedade. É
perceptível que o advento da internet inseriu novas condições organizacionais, além de
permitir diversas modificações estruturais no campo empresarial. O empreendedorismo
digital ganha destaque fazendo com que novos conceitos sejam apresentados e renovados
a cada dia, as ferramentas web representam grandes oportunidades no mundo globalizado.
Para conquistar o público e alcançar os objetivos de vendas é preciso, antes de tudo,
entender a internet como meio e não somente como veículo e janela de visibilidade. É
preciso promover um espaço de conversação e troca de ideias: escutar, sentir, humanizar.
Para LEMOS (2014) o impacto da internet na economia e nas empresas poderá resultar em
novos tipos de blocos econômicos e uma reordenação da ordem mundial. O desafio é fazer
com que a população também se beneficie destes resultados, já que o contexto digital
promove novas formas de comunicação e interação com a sociedade.

Nessa perspectiva, para uma efetiva comunicação do espaço de coworking, é


fundamental que o seu fundador esteja alinhado com as tecnologias e as inovações do
presente. Sabemos que as redes sociais mudaram a forma de agir e pensar, isso tem
gerado uma enorme revolução na maneira como consumimos.

Segundo PERON (2016), o Brasil é o 3 º país em número de usuários do Facebook,


contando com 99 milhões de contas ativas, ou seja, 8 em cada 10 brasileiros que acessam a
internet possuem conta no Facebook (PERON, 2016).

Já para os negócios, Peron afirma que 93% dos profissionais de Marketing mais
respeitados no Brasil e no mundo utilizam o Facebook em suas campanhas, pois os maiores
benefícios para os profissionais de Marketing é que o Facebook aumenta a visibilidade e o
reconhecimento da empresa, gera ideias para melhorar os produtos/serviços da marca ou
loja, gerando clientes para a loja (PERON, 2016).

3.5 Coworking

O coworking é um padrão organizacional que se iniciou em 2005 nos Estados


Unidos. E evoluiu para uma nova modalidade de prestação de serviços, envolvendo
conceitos de colaboração e sinergia associados ao trabalho em equipe, além de auxiliar na
democratização ao acesso do empreendedorismo. Os novos formatos de trabalho
possibilitam aos colaboradores uma maior mobilidade, sem a necessidade da presença
física dentro das organizações para o desempenho das suas atividades. Nesse contexto,
surgiu o conceito de coworking

O mundo organizacional tem mudado radicalmente nos últimos 20 anos.


Constantemente a tecnologia vem oferecendo recursos que possibilitam uma imensa
capacidade de mobilidade junto à informação, através da internet e da comunicação móvel
por meio de celulares, tablets, notebooks e etc.. Essas novas tecnologias têm sido os
principais motivos dessa transformação. Hoje é possível gerenciar um negócio, trabalhar em
equipe e lançar um produto mesmo estando cada dia em um lugar diferente. Essas
mudanças no cotidiano influenciaram na procura de novas formas, espaços e ferramentas
organizacionais. Como manifestação desta nova cultura e linguagem nasce à expressão
coworking, que visa oferecer um espaço que permite o desenvolvimento dessa nova cultura
organizacional (HANDL, 2009).

O termo coworking foi usado em 2005 nos Estados Unidos por BRAD NEUBERG, um
programador de sistemas de São Francisco. Durante o dia, ele alugava espaços para quem
precisasse de um lugar para trabalhar e trocar experiências. Esse foi o primeiro ambiente de
coworking de que se tem conhecimento no mundo. O serviço consiste em oferecer
infraestrutura de escritório onde os clientes irão dispor de mesa de trabalho, telefone,
internet, recepcionista, sala de reunião, armário e até café. O conceito tem se difundido ao
redor do mundo e evoluindo ao decorrer do tempo. Esse novo padrão organizacional baseia-
se na informalidade onde profissionais de diversas áreas atuam lado a lado. É pago um
valor tabelado por hora, dia ou mês para a utilização do espaço. As despesas como aluguel,
luz, água, internet, telefonia e manutenção do local ficam por conta do proprietário da
instalação.

Ao “pé da letra”, coworking significa compartilhar o espaço de trabalho com outros


profissionais de forma independente agregando valores e aumentando a sinergia entre as
pessoas que compartilham desse mesmo espaço. Uma das vantagens que esse novo
conceito proporciona aos seus adeptos é um baixo custo de investimento principalmente
para novos profissionais que estão em início de carreira ou que ainda não possuem capital
suficiente para assumir as despesas de um escritório convencional. Atualmente o coworking
é muito utilizado nos EUA e Europa. No Brasil esse conceito vem se difundindo cada vez
mais e propiciando um novo mercado para o setor de prestação de serviços (DIAS, 2011).

3.6 A sinergia do trabalho colaborativo

O trabalho colaborativo surge dentro contexto organizacional, favorecendo uma rica


diversidade cultural, com troca de valores e sinergismos entre as formas de trabalhos de
pessoas talentosas. O compartilhamento de conhecimento dentro do trabalho em equipe
aumenta a eficiência na execução do trabalho, além de estimular o surgimento de novas
ideias voltadas ao empreendedorismo e novos negócios (CHIAVENATO, 2003).
A sinergia é uma ferramenta organizacional que está diretamente relacionada à
colaboração e visa associar os esforços entre todos os componentes de uma equipe para se
chegar ao objetivo comum. O Relacionamento sinérgico é aquele que se obtém através de
uma ativa colaboração dos componentes humanos, fazendo com que o trabalho em
conjunto tenha um efeito total maior do que a soma da produção individual.

Para CHIAVENATO (2003) os tipos convencionais de estrutura organizacional


apresentam geralmente uma influência inibidora sobre a inovação e criatividade. Já o
trabalho colaborativo apresenta uma técnica utilizada para formação e desenvolvimento de
equipes capaz de fortalecer o senso de unidade entre os seus membros, melhorar o
cumprimento das tarefas e aperfeiçoar o processo de trabalho do grupo.

3.7 Perfil dos coworkers

SPINUZZI (2012), a partir de estudo realizado com coworking em Austin (EUA), no


qual foram entrevistados seus gestores e coworkers, aborda o perfil dos coworkers e o modo
como eles definem o coworking. Refere este autor que a opção pelo trabalho em coworking
se deve às dificuldades de trabalhar em casa ou em cafeterias, como, por exemplo, as
distrações de um ambiente tumultuado, no caso das cafeterias, ou mesmo o isolamento de
uma residência, inerentes ao teletrabalho (trabalho a distância), passível de ser
desenvolvido nestes locais. E conclui que o coworking vai muito além de se configurar
apenas como um espaço físico compartilhado, caracterizando-se como um lugar onde os
profissionais podem criar novas redes e interagir com as mais variadas áreas.

A questão do perfil de coworkers investigada por SPINUZZI (2012) nos remete à reflexão
sobre as significativas mudanças em curso no próprio perfil dos trabalhadores, que de
maneira geral procuram por maior formação escolar, atendendo aos apelos por qualificação
que lhes são imputados, como também se direcionam com frequência para iniciativas como
empreendedores ou empresários.

Principalmente nas grandes cidades, esses trabalhadores também não dispensam itens
como internet rápida e aparelhos celulares de modelos avançados para realizar suas
atividades laborais. Assim, ambos os perfis se aproximam, e a iniciativa do coworking
novamente encontra terreno fértil para sua disseminação.
4. Coleta E Análise De Dados

Para embasar e analisar os dados dessa pesquisa, se aplicou um questionário


elaborado com auxílio da plataforma do google forms, onde foi possível obter respostas de
62 pessoas, distribuídas por um mailing de usuários de espaços de coworking já existentes
na cidade do Salvador e, por estudantes de cursos diversos.

Assim sendo, se apresenta abaixo as questões aplicadas e uma breve síntese e


análise dos dados obtidos:

Fonte: pesquisa do autor.

30.6% no que consiste ser a orla soteropolitana, 29% dos entrevistados residem na
região do miolo da cidade, 22.6% residem no centro e 17.7% no subúrbio ferroviário. Para a
implantação do Tamojunto Coworking, escolhemos a região do miolo da cidade por
apresentar maior potencial e oportunidades, mesmo sendo abaixo da % apresentada pelos
moradores da orla.
Fonte: pesquisa do autor.

Apenas 35.5% dos entrevistados já frequentaram um espaço de coworking. O que


pode soar como uma oportunidade ou ameaça. O fato de o negócio coworking ser ainda
pouco difundido faz com que haja certa resistência no primeiro instante.

Fonte: pesquisa do autor.

Contudo, 93.5% dos entrevistados responderam sim numa possibilidade de migrar


para um coworking caso esta opção traga redução de gastos. Esse é um fator decisivo na
escolha por um escritório de coworking.
Fonte: pesquisa do autor.

As pessoas entrevistadas também levam em consideração trabalhar em um


ambiente que promova a criatividade e a maximização de uma rede de networking, como
podemos perceber no quadro abaixo:

Fonte: pesquisa do autor.

E por fim, a pesquisa contou também com três questões abertas, foram elas (i) Cite
um motivo que não o faria trabalhar em um coworking; (ii) Cite um motivo que faria você
trabalhar em um coworking e; (iii) Que valor agragaria ao respectivo negócio caso o
entrevistado optasse por trabalhar em um coworking?. No primeiro item, as respostas mais
representativas foram: sujeira, barulho e privacidade. No item 2, teve-se como maioria de
respostas: preço, oportunidade de conhecer novas pessoas e a possibilidade de testar algo
novo. Quando perguntado acerca dos valores agregados aos repectivos, obtiveram-se como
principais respostas: ambiente de trabalho mais alegre, networking, compartilhamento de
experiencias e maior visibilidade ao negócio do usuário de coworking.

A pesquisa demostrou o grande potencial do negócio de coworking, no miolo de


Salvador, por se mostrar economico para quem opta por esse modelo de trabalho e
inovador, no que diz respeito às possibilidades que são encontradas nesse ambiente de
trabalho.
CONCLUSÃO

A palavra compartilhar nunca foi tão difundido como é atualmente. Se há dez anos
alguém dissesse que taxistas perderiam espaço para motoristas autônomos ou que
restaurantes e/ou supermercados entregaram os respectivos pedidos no conforto do lar com
apenas um clique, certamente não acreditaríamos. A tecnologia - no estreito significado da
palavra - do compartilhamento criou uma nova relação de mercado, logo a importância da
implantação de um espaço de coworking na cidade de Salvador, no bairro do Imbuí assim
como a adoção desse novo pensamento globalizado, tornam-se essenciais para realização
deste plano de negócios.

Vivemos num mundo onde qualquer ideia vira negócio, portanto, também se torna
necessário criar uma infraestrutura que possa dar suporte aos primeiros anos de uma
empresa. Esse é o principal objetivo de um escritório de coworking, onde sempre deve haver
uma rotatividade de clientes, ou seja, mais e mais pessoas criando negócios e ao se
estabilizarem dar espaço para mais pessoas que criarão outros tipos negócios.

Este trabalho apresentou dados cujas respostas foram fundamentais para o andamento
do mesmo, números relevantes como os 98% dos entrevistados que topariam laborar num
ambiente propocionado pelo aumento da rede de networking e os principais 29% dos
entrevistados que vivem na região do miolo da cidade, estas respostas foram primordias na
fase de escolha de instalação para o negócio. Por outro lado vimos que apenas 35% dos
entrevistados já frequentaram um espaço de coworking, talvez o maior desafio para este
negócio será o de criar a cultura positiva do trabalho em espaço compartilhado.

O TAMOJUNTO Coworking mostrou-se completamente lucrativo e sua instalação viável.


Seu diferencial é de ser o primeiro escritório compartilhado do miolo de Salvador, o estratégico
bairro do Imbuí, que acolhe em sua região prédios comercial e fóruns de justiça – além da
aproximidade com o Centro Administrativo da Bahia, shoppings centeres e estação de metrô –
tornará um negócio muito atrativo.

63
APÊNDICE

Questionário

1) NOME
2) IDADE
3) SEXO
4) EM QUAL REGIÃO DA CIDADE MORA?
A) MIOLO
B) ORLA
C) SUBURBIO / CIDADE BAIXA
D) CENTRO
5) JÁ FREQUENTOU UM COWORKING?
6) NA POSSIBILIDADE DE REDUZIR CUSTO DE UM PONTO
OU SALA COMERCIAL PARA O SEU NEGÓCIO, VOCÊ IRIA
PARA UM COWORKING?
7) QUANTO ESTARIA DISPOSTO A PAGAR PELO MEIO
PERÍODO (06H POR DIA) EM UM COWORKING?
8) QUANTO ESTARIA DISPOSTO A PAGAR PELO PERÍODO
INTEGRAL (12H POR DIA) EM UM COWORKING?
9) VOCÊ LEVA EM CONSIDERAÇÃO TRABALHAR EM UM
AMBIENTE QUE PROMOVA A CRIATIVIDADE?
10) VOCÊ LEVA EM CONSIDERAÇÃO TRABALHAR EM UM
AMBIENTE QUE PROMOVA O NETWORKING?
11) CITE UM MOTIVO QUE NÃO FARIA VOCÊ TRABALHAR EM
UM COWORKING:
12) CITE UM MOTIVO QUE FARIA VOCÊ TRABALHAR EM UM
COWORKING:
13) QUE VALOR AGREGARIA EM SEU NEGÓCIO CASO VOCÊ
OPTASSE POR TRABALHAR EM UM COWORKING?

Planilha de faturamento

SE T QU Q S TOTA TX
PLANOS TAMOJUNTO COWORKING GU E A UI E L VALO Cartão
ND R RT N X MENSA R 3,50%
A Ç A T T L
A A A
DIÁRIA P/ EVENTO NA R R
ILHA 1 1 1 1 1 2 $ $
4HRS (Manhã) 5 2 5 8 8 5 45, 1,
2 00
5
8
DIÁRIA P/ EVENTO NA R R
ILHA 1 1 1 1 1 2 $
5 5 5 5 5 $
4HRS (Tarde) 4 45, 1,
0 00 5
8
DIÁRIA P/ EVENTO NA R R
ILHA 2 2 2 2 2 3 $ $
8HRS (O dia todo) 0 0 0 0 0 2 65, 2,
0 00
2
8
Capital de giro - Desembahia
REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a Edição. Rio de Janeiro:


Elservier, 2003. 634p.

DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: empreender como opção de carreira. 1a


edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em


negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

DIAS, M. Dividindo espaços empresariais, Diario do Comércio, Belo Horizonte. 2011.


DC Sucesso, p.1.

HANDL, P. Coworking In: SPYER, J. Para entender a Internet - Noções, práticas e


desafios da comunicação em rede, pág. 14-15, 2009.

LEMOS, A. & Levy, P. (2014). O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia


planetária. São Paulo. Ed. Paulus.

PERON, Allan.[Infográfico] Facebook Marketing – Dados de 2016 da Maior Rede Social


do Mundo, 2016. Disponível em: <http://www.allanperon.com.br/facebook-
marketing/>.Acesso em: 28 Set. 2016

SPINUZZI, C. (2012). Working alone together: coworking as emergent collaborative


activity. Journal of Business and Technical Communication, 26 (4), 399-441.

SALIM César, HOCHMAN, Nelson, RAMAL, Andréa e RAMAL Silvina. Construindo plano
de negócios. Editora Campus. São Paulo, 2001.

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