Você está na página 1de 40

EQM207 – Operações Unitárias da Indústria Química II

Atividade 2: Projeto de uma coluna de destilação com pratos

Professor Luciano Gonçalves Ribeiro


Gabriela Bahia Guimarães – RA: 10.01748-8
Marcella de Oliveira Nistico – RA: 12.00094-9
Raquel Indelicato dos Santos – RA: 12.01168-0

São Caetano do Sul


2016
Elaborar o projeto de uma coluna de destilação (utilizando o Método
McCabeThiele) para realizar a separação da mistura descrita a seguir:
Dados da corrente de alimentação da coluna:
 Mistura binária entre tolueno e p-xileno
 Vazão mássica de 4000 kg/h
 Fração molar de tolueno de 0,55
 Temperatura de 125 °C
 Alimentação realizada no estágio ótimo
 Pressão da corrente de 1 atm
Especificações dos produtos – composição molar em tolueno:
 Pureza de 0,99 do produto destilado
 Pureza de 0,01 do produto de fundo
Equipamentos periféricos:
 Condensador total - produz líquido saturado
 Refervedor parcial – estágio de equilíbrio líquido vapor
Dados de operação:
 Pressão de 1 atm
 Razão de refluxo de 3,0

2
Fundamentos Teóricos:

Segue abaixo todos os valores adotados e as equações utilizadas para resolução do


questionário.

 Análise dos Graus de Liberdade

Tabela 1 - Análise do Grau de Liberdade

Variáveis Desconhecidas 4 (T, xB, yAeyB)


Variáveis Independentes 0
Relações 3 (xA + xB= 1; yA + yB= 1, yi = ki/xi)
Grau de Liberdade 1

 Massa Molar
Bibliografia: Livro Perry’s Chemical Engineers’ Handbook – Seventh Edition –
Perry, Robert H.; Green, Don W.; Maloney, James O.

Componente Valor
Tolueno 92,14 g/mol
P-xileno 106,6 g/mol

 Constantes de Antoine
Bibliografia: Livro Perry’s Chemical Engineers’ Handbook – Seventh Edition –
Perry, Robert H.; Green, Don W.; Maloney, James O.

A−B
ln Psat = ¿ (Eq. 1)
T [ K ] +C

Componente A B C
Tolueno 9,3935 3096,52 -53,67
P-xileno 9,4761 3346,65 -57,84

 Constante de equilíbrio líquido vapor


Bibliografia: Livro Perry’s Chemical Engineers’ Handbook – Seventh Edition –
Perry, Robert H.; Green, Don W.; Maloney, James O.

Pi V
K i= (Eq. 2)
PT

 Equações de equilíbrio líquido vapor

3
yi (Eq. 3) y i=K i × x i (Eq. 4)
K i=
xi
x A + x B =1 (Eq. 5) y A + y B=1 (Eq. 6)

 Calor latente de vaporização


Bibliografia: Dados fornecidos pelo professor Luciano Gonçalves Ribeiro

T c −T n
λ V =λ V 1 (Eq. 7)
T c −T 1

Componente ࣅࢂ૚ ሺࢉࢇ࢒Τࢍሻ ࢀ૚ ሺι ࡯ሻ ࢀ࡯ ሺι ࡯ሻ N


Tolueno 86,10 110,60 318,80 0,38
P-xileno 81,00 138,44 344,00 0,38
T c = temperatura crítica

 Calor específico para líquidos


Bibliografia: Livro Perry’s Chemical Engineers’ Handbook – Seventh Edition –
Perry, Robert H.; Green, Don W.; Maloney, James O.

J
cp=C 1+C 2 T +C 3 T 2+ C4 T 3+ C5 T 4 [ mol . K ] (Eq. 8)

Componente ࡯૚ ࡯૛ ࡯૜ ࡯૝ ࡯૞
Tolueno 140140,00 -152,30 0,70 - -
P-xileno -35500,00 1287,20 -2,60 2,43E-03 -

 Calor específico para vapores


Bibliografia: Livro Perry’s Chemical Engineers’ Handbook – Seventh Edition –
Perry, Robert H.; Green, Don W.; Maloney, James O.

J
cp=( C1 +C 2 T + C3 T 2 +C 4 T 3 +C 5 T 4 ) R [ mol . K ] (Eq. 9)

Componente ࡯૚ ࡯૛ ࡯૜ ࡯૝ ࡯૞
Tolueno 3886,00 3,56 1,34E-01 -1,90E-04 7,69E-08
P-xileno 4113,00 14,91 1,18E-01 -1,70E-04 6,74E-08

R (J/mol.K) 8,314472

4
 Tensão superficial
Bibliografia: Dados fornecidos pelo professor Luciano Gonçalves Ribeiro

n
T c −T
σ =σ i ( T c −T i ) (Eq. 10)

Componente ɐ ࢏ ሺࢉࢇ࢒Τࢍሻ ࢀ࢏ ሺι ࡯ሻ ࢀ࡯ ሺι ࡯ሻ N
Tolueno 28,52 20,00 381,80 1,24
P-xileno 28,31 20,00 344,00 1,22

 Densidade dos componentes


Bibliografia: Livro The Properties of Gases and Liquids – Fifth Edition – Poling,
Bruce E; Prausnitz, John M.; O’Connell, John P.

Corrente líquida:
2
− (1−T r )3
A.B mol
ρ=
MM [ ]
cm ³
(Eq. 11)

T
onde: T r= (Eq. 12)
Tc

Componente A B ࢀ࡯ ሺι ࡯ሻ
Tolueno 0,29 0,26 318,8 °C
P-xileno 0,28 0,26 344,0 °C

Corrente vapor:

P [ Pa ] mol
ρ=
cm ³. Pa cm ³ [ ] (Eq. 13)
R [
mol . k ]
.T [ K ]

R (cm³.Pa/mol.K) = 8314472

 Volume molar da mistura

V molar mistura=V molar tolueno . x tolueno +V molar p −xileno . x p−xileno (Eq. 14)
1
onde: V molar = (Eq. 15)
ρi i

 Densidade da mistura

5
1
ρmistura = × MM mistura (Eq. 16)
V molar mistura

 Entalpia
Bibliografia: Apostila Operações Unitárias da Indústria Química II – Processos de
Separação de Misturas

Mistura Líquida:

H Li=∫ cp iL dT (Eq. 17)


H L=( ∆ H S )Tref +∫∑ ( xi . cpi ) dT L
(Eq. 18)
Onde:
∆ H S = calor de solução da mistura
Tref = temperatura de referência, adotada normalmente como a temperatura para
a qual conhecemos o valor do calor da solução da mistura
cp = calor específico do componente puro

Mistura vapor:

H V =∑ ( y i . λ i )Tref +∫∑ ( y i . cp iL ) dT (Eq. 19)


Onde:
𝜆 = calor latente de vaporização do componente puro em uma dada
temperatura de referência

 Calor de solução ΔHS


Bibliografia: Artigo Murakami S., Lam V.T., Benson G.C., J. Chem Thermodynamics ,
1,397 (1969)

Os valores de ΔHS para diversos valores de xtolueno em uma mistura tolueno + p-xileno
foram obtidos de valores experimentais da literatura citada acima e com eles foi plotado
o gráfico abaixo onde se pôde determinar o ΔHS para a composição desejada neste
estudo. A tabela de origem consta no Anexo III.

6
25

20
f(x) = − 21.98 x³ − 42.36 x² + 63.89 x + 0.27
15
ΔHs (J/mol)

10

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
x tolueno

Gráfico 1 - Calor de solução de uma mistura de tolueno e p-xileno

 Massa Molar da Mistura


Corrente de Alimentação:

MM mistura =( MM tolueno . z F ) + ( MM p−xileno + ( z F −1 ) ) (Eq. 20)

Corrente Líquida:

MM mistura =( MM tolueno . x tolueno ) + ( MM p−xileno . x tp−xileno ) (Eq. 21)

Corrente Vapor:

MM mistura =( MM tolueno . y tolueno )+ ( MM p− xileno . ytp− xileno ) (Eq. 22)

 Carga térmica do condensador e refervedor

q condensador =V ( H V −H B ) (Eq. 23) q refervedor =V ' ( H V ' −H L ' ) (Eq. 24)

 Determinação do diâmetro de uma coluna de destilação com pratos.

7
l ρv 0,5
F LV =( )( )
v

ρl
(Eq. 25)
0,2
σ ρl−ρv
( )√
u N , f =Csb
20 ρv
SF (Eq. 26)
Un=Unf ∗FF=1,008 m/s (Eq. 27)
V
QV = (Eq. 28)
ρV
QV
Aa = (Eq. 29)
( Un ×3600 )

 Cálculo do diâmetro do recheio

G ² F P ψ μ0,2
γ= (Eq. 30)
ρV ρ L g
WG (Eq. 31)
A=
3600 ×G OP
GOP=FF × G (Eq. 32)

 Eficiência do recheio na destilação (HETP)


Bibliografia: Livro Internos de Torres – Pratos & Recheios 2ª Edição. Caldas, Jorge
Navaes; Lacerda, Antônio Ignácio; Veloso, Eduardo; Paschoal, Luiz Cláudio Moreira.
Rio de Janeiro, 2007

Para recheios randômicos modernos, maiores que 25 mm, Kister propõe a seguinte
equação:

92
HETP= (Eq. 33)
Ap

A p = área específica do recheio [m²/m³]

 Área específica do recheio


Bibliografia: Apostila Operações Unitárias da Indústria Química II – Processos de
Separação de Misturas

As características do recheio Anel de Rasching cerâmico de 2 polegadas estão tabeladas


no Anexo V.
A p =92 m² /m³

8
 Velocidade recomendada
Bibliografia: Escola da vida – Engenharia

A tabela utilizada está no Anexo IV.


Hidrocarbonetos líquidos em instalações industriais (sucção da bomba):
v=1,5 a 2,5 m/s
Hidrocarbonetos gasosos em instalações industriais:
v=25 a 30 m/s

 Cálculo do diâmetro da tubulação


D 2=
π (Eq. 34)
. v́
4

 Cálculo das vazões mássicas e volumétricas

V mássica =V molar × MM (Eq. 35)


V másssica (Eq. 36)
V volumétrica =
ρ

Questionário:

1) Cálculo das condições de ELV da mistura em estudo, bem como a lista e a


variação da consistência das hipóteses adotadas, equações utilizadas.
(Originalmente item 1)
Para determinar a pressão de vapor de cada componente da mistura, foi utilizada
a Equação1 descrita na revisão bibliográfica.

9
Para analisar a volatilidade dos componentes da mistura utilizou-se a Equação 2
para determinar a constante de equilíbrio líquido-vapor (Ki), que correlaciona as
composições dos componentes nas fases líquido e vapor, para cada linha utilizando
seu respectivo valor de pressão de vapor e pressão total de 1,01325 bar.
Para a determinação da curva de equilíbrio líquido-vapor da mistura foi preciso
calcular as frações molares nas fases líquida e vapor dos componentes da mistura.
Dessa forma, foi realizada uma análise do grau de liberdade, conforme apresentado
na Tabela 1 dos Fundamentos Teóricos.
Com a análise do grau de liberdade resultando em 1, significa que no sistema
está faltando uma informação para que seja possível a resolução do problema, para
isso foi necessário o uso do recurso do Excel Atingir Meta.
Para que o sistema se adéque a um comportamento ideal, foi utilizada a relação
de equilíbrio molar da fase vapor representada pela equação 6, alterando as células
das temperaturas de cada linha com o recurso Atingir Meta. Desta forma, foi
possível calcular o perfil de temperatura conforme apresentado na Tabela 1. Os
valores calculados estão na Tabela 2.

Tabela 1 - Equacionamento para construção da Curva de Equilíbrio Líquido Vapor

T [K] xtol xxil P tol vap P xil vap Ktol Kxil y tol yxil Σy
Atingir Meta ∆x (Eq. 5) (Eq. 1) (Eq. 1) (Eq. 2) (Eq. 2) (Eq. 4) (Eq. 4) (Eq. 6)

Analisando os valores obtidos para a constante de equilíbrio, nota-se que o valor


de Ktoluenoé maior que o valor encontrado para Kxileno. Pode-se concluir então que o
tolueno é o componente mais volátil na mistura.
Com os valores das frações molares da mistura foi possível construir a curva de
equilíbrio líquido-vapor, mostrado no Gráfico 2 e também no Anexo VI.

10
Tabela 2 –- Valores
Valores Calculados
calculados para construção da Curva de Equilíbrio Líquido Vapor

T [K] xtol P tol vap P xil vap Ktol Kxil y tol y xil Σy xxil
411,496 0 2,095512 1,013178 2,06811 0,999929 0 0,999929 1 1
409,509 0,05 1,996679 0,960438 1,970569 0,947879 0,098528 0,900485 1 0,95
407,676 0,1 1,908672 0,913703 1,883713 0,901755 0,188371 0,811579 1 0,9
405,886 0,15 1,825699 0,869846 1,801824 0,858471 0,270274 0,7297 1 0,85
404,171 0,2 1,748819 0,829393 1,72595 0,818548 0,34519 0,654838 1 0,8
402,514 0,25 1,67695 0,791745 1,655021 0,781392 0,413755 0,586044 1 0,75
400,96 0,3 1,611658 0,757688 1,590583 0,74778 0,477175 0,523446 1 0,7
399,415 0,35 1,548688 0,724977 1,528436 0,715497 0,534953 0,465073 1 0,65
397,951 0,4 1,490829 0,695045 1,471334 0,685956 0,588534 0,411574 1 0,6
396,545 0,45 1,436853 0,66723 1,418064 0,658505 0,638129 0,362178 1 0,55
395,197 0,5 1,386525 0,641394 1,368394 0,633006 0,684197 0,316503 1 0,5
393,857 0,55 1,337879 0,616514 1,320384 0,608452 0,726211 0,273803 1 0,45
392,587 0,6 1,293036 0,593664 1,276127 0,5859 0,765676 0,23436 1 0,4
391,361 0,65 1,250842 0,572239 1,234485 0,564756 0,802415 0,197664 1 0,35
390,176 0,7 1,2111 0,552129 1,195263 0,544909 0,836684 0,163473 1 0,3
389,031 0,75 1,17364 0,533236 1,158293 0,526263 0,868719 0,131566 1 0,25
387,925 0,8 1,138308 0,515476 1,123423 0,508735 0,898738 0,101747 1 0,2
386,856 0,85 1,104973 0,498772 1,090523 0,492249 0,926945 0,073837 1 0,15
385,781 0,9 1,072242 0,482423 1,058221 0,476114 0,952399 0,047611 1 0,1
384,765 0,95 1,042001 0,467364 1,028375 0,461252 0,976956 0,023063 1 0,05
383,779 1 1,013285 0,453107 1,000034 0,447182 1,000034 -9,9E-17 1 0

1
Curva de Equilíbrio Líquido Vapor
0.9

0.8

0.7

0.6
tolueno
Ytolueno

0.5
p-xileno
0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Xtolueno

11
Gráfico 2 - Curva de Equilíbrio Líquido-Vapor (também no Anexo VI)

2) Perfil de temperatura da coluna (no mínimo, a temperatura da mistura de topo


e de fundo), bem como o estado entálpico da corrente de alimentação.
(Originalmente item 3)
Com os dados de Temperatura, Ytolueno e Xtolueno obtidos na Tabela 2,
construiu-se o diagrama apresentado no Gráfico 3.

Temperatura em função da composição


412
408
404
400
396
392 Xtolueno
Polynomial (Xtolueno)
peratura(K)

388 Ytolueno
384 Polynomial (Ytolueno)
Tem

380
376
372
368
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1
Xtolueno ,Ytolueno

Gráfico 3 - Diagrama Temperatura-Composição

Com a temperatura da corrente de alimentação F, de 125°C, e com o valor de


z F =0,55 , foram obtidas no Diagrama Temperatura-Composição do Anexo V as
frações molares de tolueno desta corrente: y tolueno=0,59 e x tolueno=0,40 . Assim
calculou-se as frações de p-xileno desta corrente com auxílio das Equações 5 e 6.

y tolueno + y p− xileno =1 y p− xileno =0,41


x tolueno + x p −xileno =1 x p−xileno =0,60
Com o diagrama do Gráfico 3, tem-se os resultados apresentados na Tabela 3.
O Estado Entálpico da corrente de alimentação é: Equilíbrio Líquido-Vapor.

12
Tabela 3 - Composição da corente de alimentação na temperatura de 125°C

T (K) Ztolueno Xtolueno Ytolueno Xxileno Yxileno


398 0,55 0,4 0,59 0,6 0,41

3) As vazões molares obtidas no topo e fundo da coluna. (Originalmente item 4)


Transformação de unidade:
Sabendo que a vazão mássica de alimentação é de 4000 kg/h, determina-se a
vazão molar utilizando a Equação 20. Tem-se: F=40548,62 mol /h.
Balanço molar:
F=B+ D( I )
z F . F=x B . B+ x D . D(tolueno)
z F . F−x B . B
D= (II )
xD
Substituindo (II) em (I):
z F . F−x B . B
F=B+
xD
F ( x D −z F )
B=
x D−x B
B=18205,50 mol /h
Com o valor de B em (I), tem-se:
D=22343,12mol / h

4) Cálculo das entalpias das correntes necessárias para realização dos cálculos de
balanço de energia e as hipóteses adotadas. (Originalmente item 2)
Para realizar os cálculos das entalpias, foi necessário primeiro completar o
balanço molar de todas as correntes.

Balanço molar:
 As frações molares das correntes V* e L* são as mesmas da corrente F (calculadas
no item 2) em relação ao vapor (y) e ao líquido (x), respectivamente.
Corrente V*: y tolueno=0,59 e y p− xileno =0,41
Corrente L*: x tolueno=0,40 e x p−xileno =0,60
 A fração molar de tolueno da corrente D, dado do enunciado, vale x tolueno=0,99 e,
portanto, x p−xileno =0,01 pela equação 5.
13
 A corrente L possui a mesma composição da corrente D, portanto: x tolueno=0,99 e
x p−xileno =0,01.
 A fração molar da corrente V é o inverso da corrente D, pois elas estão separadas
pelo condensador que promove a mudança de estado físico das correntes. Portanto a
fração molar da corrente V vale: y tolueno=0,99e y p− xileno =0,01.
 A fração molar de tolueno da corrente B, dado do enunciado, vale x tolueno=0,01 e,
portanto, x p−xileno =0,99 de acordo com a equação 5.
 A razão de refluxo, dado do enunciado, vale 3 e, portanto tem-se:
L
=3
D
L=67029,36 mol /h
 A vazão molar da corrente V foi calculada da seguinte forma:
V =L+ D
V =89372,47 mol/h
 Calcularam-se as vazões molares das correntes V* e L* com o seguinte sistema:
F . z F =V ¿ . y correnteV + L¿ . x corrente L (tolueno)
¿ ¿

¿ F . z F−L¿ . x corrente L
¿

V = (tolueno) (III)
y corrente V
¿

F=V ¿ + L¿ (IV)
Substituindo (III) em (IV):
F . z F−L¿ . x corrente L¿

F= + L¿
y correnteV
¿

L¿ =8536,55 mol/h
Em (IV):
V ¿ =32012,07 mol /h
 A vazão molar da corrente L' foi calculada da seguinte forma:
L' =L¿ + L
L' =75565,91 mol/h
 Calculou-se então a vazão molar da corrente V ' :
F+ V ' + L=V + L'
V ' =V + L' −F−V '
V ' =57360,40 mol /h

14
 A fração molar da corrente V ' é o inverso da corrente B, pois elas estão separadas
pelo refervedor que promove a mudança de estado físico das correntes, portanto a
fração molar da corrente V ' vale: y tolueno=0,99e y p− xileno =0,01.
 Já a corrente L' possui a mesma fração molar da corrente B: x tolueno=0,01 e
x p−xileno =0,99.

Determinação das temperaturas das correntes:

Com as frações molares obtidas foi possível encontrar as temperaturas de cada


corrente no Diagrama Temperatura-Composição do Anexo V, mostradas na tabela 4.

Tabela 4 - Temperaturas de cada corrente do sistema

Corrente V* L* V L D B L’ V’
T (°C) 125 125 111 111 111 138 138 138

Cálculo das entalpias:

Correntes de Vapor:
Para calcular as entalpias H V , H V ' e H V foi utilizada a Equação 19. Para tanto
¿

calculou-se o calor latente de vaporização utilizando a Equação 7 com T = T ref = 25°C,


obtendo os resultados abaixo:
λ V tolueno = 98,1 (cal/g) = 37843,6 (J/mol)
λ V p-xileno =95,7(cal/g) = 42711,4(J/mol)
Também foi necessário calcular o calor específico dessas correntes, utilizando a
Equação 9, Tref = 25 °C e as temperaturas respectivas de cada corrente,foram obtidos os
seguintes resultados:

Tabela 5 - Calor específico das correntes de vapor

Corrente V* V’ V
∫ cp.dT (tolueno) 3710,9 4311,97 3113,5
∫ cp.dT (p-xileno) 4332,6 5072,46 3602,1

Assim os resultados obtidos para as entalpias das correntes em fase vapor são:

Tabela 6 - Entalpia das correntes de vapor em J/mol

Entalpias das
correntes de vapor

H (J/mol) 43805,2 47727,6 41010,6

15
Correntes Líquidas:
Para calcular as entalpias H L , H L' , H L, H D e H B foi utilizada a Equação 18. Para
¿

tanto calculou-se os valores do calor de solução (ΔHS) para cada fração molar de
tolueno referente à cada corrente, utilizando os dados apresentados nos Fundamentos
Teóricos deste relatório (gráfico 1). Os resultados obtidos estão apresentados abaixo:

Tabela 7 - Calor de solução das correntes líquidas

Corrente L* L’ L D B
ΔHS (J/mol) 17,64 0,91 0,68 0,68 0,91

Também foi necessário calcular o calor específico dessas correntes, utilizando a


Equação 8, Tref = 25 °C e as temperaturas respectivas de cada corrente, foram obtidos os
seguintes resultados:

Tabela 8 - Calor específico das correntes líquidas

Corrente L* L’ L D B
∫ cp.dT (tolueno) 13484,2 15188,5 11871,4 11636,2 15188,5

∫ cp.dT (p-xileno) 2080,3 3049,9 1293,0 1189,2 3049,9

Assim os resultados obtidos para as entalpias das correntes em fase líquida são:

Tabela 9 - Entalpias das correntes líquidas

Entalpias das 𝑯𝑳∗ 𝑯𝑳′ 𝑯𝑳 𝑯𝑫 𝑯𝑩


correntes
líquidas
H (J/mol) 6659,5 3172,2 11532,4 11532,4 3172,2

Corrente de Alimentação:
Para calcular a entalpia H F foi utilizado um balanço de entalpia na corrente de
alimentação:
F . H F =V ¿ . H V + L¿ . H L
¿ ¿

H F=35985,0 J /mol

16
5) As cargas térmicas necessárias para o condensador e refervedor.
(Originalmente item 5)

Condensador:

Pela equação 23:

q condensador =3,3817. 109 J /h

Refervedor:

Pela equação 24:

q refervedor =2,1704.10 9 J /h

6) Escrever as equações do balanço para o estágio de fundo da coluna. Calcular as


correntes LN e V N+1 . Descreveras hipóteses adotadas para a realização dos
cálculos. (Originalmente item 6)

As correntes LN e V N+1 , presentes no balanço para o estágio de fundo da coluna,


são representadas, respectivamente, pelas correntes L’ e V’ do esboço do sistema
deste relatório. Estas correntes tiveram as vazões molares calculadas anteriormente,
no Item 4 deste relatório. As equações do balanço utilizadas foram:

Balanço de Massa da Corrente Líquida de


Balanço de Massa Global:
Fundo:
F n+ V n+1 + Ln−1=V n + Ln Ln=Ln−1 + L

7) Determinar as propriedades necessárias e variáveis de processo (vazão mássica


e vazão volumétrica) para os pratos críticos da coluna. (Originalmente item 9)

Cálculo das densidades

17
A partir dos dados apresentado nos fundamentos teóricos deste trabalho e das equações
11 – 16 foram realizados os cálculos para determinação da densidade da mistura nos
pratos críticos da coluna, como mostrado na tabela 10.

Tabela 10 - Densidades da mistura nas correntes


Corrente F
Corrente L Corrente V
L V
Tolueno P-xileno Tolueno P-xileno Tolueno P-xileno Tolueno P-xileno
ρ (g/cm³) 0,78 0,79 0,0029 0,0034 0,75 0,76 0,0028 0,0033
ρ (mol/cm³) 0,0085 0,0074 0,00003 0,00003 0,0082 0,0071 0,00003 0,00003
Vmolar (cm³/mol) 117,57 134,97 31531,40 31531,40 122,36 140,01 32658,87 32658,87
Vmmistura (cm³/mol) 117,74 31531,40 132,95 32658,87
ρ mistura (g/cm³) 0,7838 0,0029 0,8378 0,0030

Tensão superficial

Para o cálculo dessa propriedade foram utilizados os dados apresentados nos


Fundamentos Teóricos e utilizando a Equação 10 foram obtidos os seguintes
resultados:
Tabela 11 - Tensão superficial das correntes nos pratos críticos
Topo Fundo Alimentação
Tolueno P-xileno Mistura Tolueno P-xileno Mistura Tolueno P-xileno Mistura
σ= 19,91 18,92 19,9 σ= 18,667 17,568 18,008 σ= 18,667 17,568 18,173

Vazões mássicas e volumétricas

As vazões mássicas foram calculadas de acordo com a equação 35 e das equações


20 – 22 e as vazões volumétricas foram calculadas a partir da equação 36 e das
densidades das correntes calculadas acima.

F V* L* V L
Vazão molar (mol/h) 40548,62 32012,07 8536,55 89372,47 67029,36
Vazão mássica (g/h) 4000000,00 3139378,96 860621,04 8247703,10 6185777,32
Vazão mássica (kg/h) 4000,00 3139,38 860,62 8247,70 6185,78
Vazão volumétrica (cm³/h) - 1039348025,08 284924119,09 2818039171,63 7892295,27
Vazão volumétrica (m³/h) - 1039,35 284,92 2818,04 7,89
MM Mistura (g/mol) 98,65 98,07 100,82 92,28 92,28

18
8) Realizar o dimensionamento completo do prato 1 (prato de topo), obtendo:
diâmetro necessário, velocidade de escoamento do vapor em condição normal
de operação, porcentagem de aproximação da condição de inundação desse
prato, porcentagem de arraste de líquido para esse prato. (Originalmente item
10)

Hipótese: Pratos Perfurados

A determinação do diâmetro do primeiro prato da coluna de destilação estudada


foi baseada na correlação de Souders e Brown. O Fator de Inundação foi definido
para que a coluna seja projetada e opere numa condição em que o sistema não sofra
com esse fenômeno e nem com arraste de gotas. Normalmente, os projetos de
colunas de destilação prevêem que os pratos sejam projetados numa situação de FF
entre 65 e 80%, para isso, a porcentagem da condição de inundação desse prato foi
admitido como 75%.

Para o cálculo da velocidade de escoamento do vapor em condição normal de


operação, levou-se em consideração o parâmetro de fluxo (Flv – Equação 25):

F LV =0,0458

Após a determinação do parâmetro de fluxo, verificou-se o espaçamento entre


prato proposto para o projeto, que foi admitido primeiramente como 18’’.

Definidos esses parâmetros, a determinação do Fator de Capacidade (Csb) foi dada


pelo gráfico da correlação de Fair:
Csb=0,27 (obtido graficamente)
A partir desse parâmetro, foi possível obter o valor da máxima velocidade de
escoamento do vapor pelo interior da coluna através da Equação 26.

u N , f =1,344 m/s
Para uma destilação de hidrocarbonetos, é admitido um fator de espuma do
sistema de 0,90, já que a mistura apresenta certa tendência à formação de espuma.

19
A velocidade real de escoamento do vapor é definida pela equação 27.
Un=1,008 m/s
A vazão volumétrica de escoamento do vapor (m³/h) é calculada pela razão entre
a vazão mássica (kg/h) e a densidade da corrente de vapor (kg/m³), como mostrado
na equação 28.

Q V =2818,04 m 3 /h
É possível então calcular a área ativa do prato (área de escoamento do vapor pelo
prato) e a área total do prato pela equação 29. Sabe-se que a área ativa do prato
significa 90% da área total do prato.

Aa
Aa =0,78 m² At = =0,86 m ²
0,90

Enfim, calcula-se o diâmetro da coluna de inundação na seção de retificação pela


equação a seguir, considerando que o prato seja um círculo:

π × D t2
At = D t =1,05 m
4
Segundo recomendações de Bolles (1956), de acordo com o tipo de prato a ser
projetado, o espaçamento mínimo recomendado para a coluna pode variar. Para o
espaçamento mínimo admitido neste item, de 18 in, o diâmetro da torre deve estar
compreendido entre valores menos de 1,4 m. Logo, o dimensionamento com a
hipótese de 18 in adotada, está correto.
A porcentagem de arraste de gotas de líquido deste prato é obtido pela
correlação de Fair, à partir dos valores de FF (75%) e F LV (0,0458). Para pratos
perfurados e nessas condições, a porcentagem de arraste é de 5,9%.

9) Verificar se o diâmetro dessa coluna deverá ser uniforme (mesmo diâmetro na


seção de retificação e esgotamento). Em caso negativo, discutir qual a proposta
de layout para a coluna. (Originalmente item 12)

Ao dimensionar a seção de esgotamento da coluna, temos que para uma faixa


aceitável de Fator de Inundação entre 65% e 80%, pode-se projetar uma coluna com
o mesmo diâmetro em toda a sua dimensão, porém com um FF de 75% na seção de
retificação e de 77% na seção de esgotamento, com arraste de 6% nesta última
(pouca mudança em relação à seção de topo). Os valores são esses considerando
20
também um espaçamento entre os pratos de 18 polegadas, lembrando da
recomendação de Bolles citada no item anterior.

10) Estudar o dimensionamento da coluna, discutindo qualitativamente os pratos


críticos em relação as condições de inundação e weeping. (Originalmente item
11)

O problema de inundação da coluna de destilação é caracterizado pelo acúmulo


excessivo de líquido sobre os pratos ou no downcomer da coluna, perdendo
eficiência na separação dos componentes. O acúmulo de líquido pode estar
relacionado principalmente à vazão elevada de vapor, à geometria da coluna e dos
pratos e das propriedades dos fluidos. Um fator de flooding ideal para uma coluna
de destilação deve ser entre 65% e 80%. Para a coluna dimensionada neste estudo, o
FF é de 75% no topo e 77% no fundo.
A inundação está diretamente relacionada ao diâmetro da coluna, porém na
coluna dimensionada conseguiu-se um diâmetro aceitável com um fator de flooding
dentro da faixa adequada.
A vazão de vapor desta coluna é 25% maior que a vazão de líquido, o que
poderia acarretar em uma inundação por arraste de gotas. Porém, quando utilizamos
a correlação de Fair para determinar o arraste, encontra-se uma porcentagem de
5,9% para a retificação e 6,0% para o esgotamento, que são valores aceitáveis para o
processo.
Problemas de weeping não estão previstos nesse processo, já que ocorre quando
a vazão de vapor é muito baixa em relação ao valor da vazão de líquido no interior
da coluna.

11) Determinar o número total de estágios ideais de equilíbrio líquido vapor para
a realização dessa separação. (Originalmente item 8)

Para calcular o número de estágios ideais de equilíbrio líquido vapor, a Curva de


Equilíbrio Líquido Vapor foi utilizada e posteriormente foi realizado o
procedimento descrito abaixo. O resultado final encontra-se no Anexo I deste
relatório.

Procedimento realizado:

21
1.º passo. A partir da curva de equilíbrio líquido vapor da coluna em questão foi
traçada uma reta ligando as duas extremidades da curva
2.º passo. Os pontos x B e x D foram localizados na curva e o ponto z F foi localizado
no eixo x.
3.º passo. Foi calculada a inclinação da reta que representa o ponto de alimentação
da coluna, chamada de reta q, a partir dos cálculos:
q zF
y= . x−
q−1 q−1

Para x = 0,41 tem-se na curva de Equilíbrio líquido vapor, do componente


tolueno, que y = 0,59 e, portanto substituindo todos os valores na equação descrita
acima, tem-se q = 0,21.

q
Sabe-se que a inclinação da reta é descrita por tg ( α )= e substituindo o valor
q−1
de q encontrado tem-se tg (α) = -0,27.

Desta forma, a partir do ponto z F da reta traçada no 1º passo desse


procedimento, criou-se o triângulo retângulo referente à inclinação encontrada:

1,35
tg ( α )= =0,27 :
5,00

4.º passo. Foi calculada a inclinação da reta de operaçãoda seção de retificação da


coluna (ROR), que pela teoria é representada pelo valor de L/V, a partir do ponto
x D da curva de equilíbrio líquido vapor:
L 67029,36
tg ( α )= = =0,75
V 89372,47
3,00
tg ( α )= =0,75
4,00

22
A reta ROR foi traçada com a inclinação calculada até o encontro com a reta q.
5.º passo. Foi traçada a reta de operação da seção de esgotamento (ROE), que vai
do ponto de encontro entre a reta q e a ROR até o ponto x B da curva de equilíbrio
líquido vapor.
6.º passo. Os estágios foram traçados a partir do ponto x D , traçando uma reta
horizontal até a curva de equilíbrio líquido vapor seguido de uma reta vertical até a
reta de operação presente neste ponto (ROR ou ROE), com esta sequência repetida
até alcançar o ponto x B da curva de equilíbrio.
7.º passo. O número de estágios é representado pela quantidade de segmentos de
retas horizontais que foram traçados no 6º passo.
Esta coluna de destilação possui 23 estágios ideais de equilíbrio líquido vapor.

12) Considere que os pratos possuem uma eficiência de 60% e determine o número
de estágios reais necessários para realização do projeto da coluna.
(Originalmente item 13)

Para calcular o número de estágios reais de equilíbrio líquido vapor


considerando uma eficiência de 60%, a Curva de Equilíbrio Líquido Vapor foi
utilizada e posteriormente o procedimento descrito no Item 11 deste trabalho foi
utilizado porém com algumas alterações, que estão descritas abaixo. O resultado
final encontra-se no Anexo II deste relatório.

Alteração realizada no procedimento descrito no Item 11:

6.º passo. Os estágios foram traçados a partir do ponto x B , traçando uma reta
vertical até a curva de equilíbrio líquido vapor seguido de uma reta horizontal até
60% do valor referente à distância até a reta de operação presente neste ponto (ROR

23
ou ROE), com esta sequência repetida até alcançar o ponto x D da curva de
equilíbrio.
Esta coluna de destilação possui 41 estágios reais de equilíbrio líquido vapor,
considerando uma eficiência de 60%.

13) Discutir a validade McCab Thiele para esse processo. (Originalmente item 7)

O método McCabThiele pode ser considerado válido para o processo em estudo


neste relatório pois o processo atende as especificações necessárias para utilização
do método, conforme citação abaixo:

 As premissas necessárias para a aplicação deste método são atendidas nesse


processo, como: coluna de destilação com única corrente de alimentação; o
processo possui a produção de dois tipos de produto (de topo e de fundo); o
condensador da coluna é total e o refervedor é parcial.
 Os resultados obtidos para o número de estágios de Equilíbrio Líquido Vapor são
coerentes dado o processo em questão, tanto para a avaliação em estado ideal
quanto para em 60% de eficiência.

14) Esboce um croqui do equipamento a ser projetado, indicando a altura da


coluna e identificando as hipóteses adotadas. (Originalmente item 14)

A altura da coluna foi calculada da adotando-se o valor do espaçamento entre os


pratos, descrito no Item 8 deste relatório, resultou em 10,35 metros, para tal conta
foi utilizada a fórmula abaixo:

H=Espaçamento entre pratos x número de pratos

As hipóteses adotadas para construção do croqui abaixo são: sistema totalmente


isolado e, portanto sem perda de energia para a vizinhança; condensador total e
refervedor parcial; bombas, válvulas e controladores de nível e pressão não foram
considerados na modelagem da coluna de destilação em estudo.

24
Tipos de pratos:

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfaZAAG/projeto-torre-destilacao-atmosferica-petroleo-
utilizando-softwares-unisim-design-kg-tower

15) Determine a área de troca térmica estimada para o condensador explicitando


os cálculos e hipóteses adotadas. (Originalmente item 15)

Para calcular a área de troca térmica (Att) estimada para o condensador algumas
hipóteses foram adotadas:
 O condensador é um trocador de calor do tipo casco tubos.

25
 O fluido passa uma vez pelo casco e uma vez pelos tubos, classificando este
equipamento como um trocador de calor do tipo 1-1. Portanto o fator de
correção (F) para escoamento em trocadores de calor casco tubos com mais de
um passe vale 1.
 O coeficiente global de transferência de calor (U) vale 600 W/m².°C.
 O escoamento dos fluidos ocorre em contra corrente.
 As temperaturas de entrada e saída do fluido refrigerante do condensador são
25°C e 30°C, respectivamente.
O esquema abaixo ilustra esta situação para o condensador da coluna de
destilação estudada, onde a corrente com temperatura T1 representa a corrente V do
processo em estudo, e a T2 representa as correntes L e D, em relação à temperatura.

As equações abaixo foram utilizadas para os cálculos:


Q
Att =
U . ΔT LMTD . F
( T 1−t 2 )−(T 2−t 1)
ΔT LMTD=
T 1−t 2
ln(T 2−t 1)
A carga térmica do condensador (Q) foi calculada no Item 5 deste relatório,
substituindo todas as variáveis encontra-se o valor de 18,76 m² de área de troca
térmica.

16) Determine a área de troca térmica estimada para o refervedor explicitando os


cálculos e hipóteses adotadas. (Originalmente item 16)

O cálculo da área de troca térmica do refervedor utilizado no processo deste


relatório, foi realizado da mesma forma para o cálculo da área de troca térmica para
o condensador, inclusive com as mesmas hipóteses adotadas, explicado no Item 15
deste relatório, porém com algumas alterações:
 A carga térmica utilizada foi a do refervedor, calculada no Item 5.

26
 As temperaturas de entrada e saída do fluido refrigerante do refervedor são 30°C
e 25°C, respectivamente.
O esquema representativo para o refervedor está ilustrado abaixo, onde a
corrente com temperatura T1 representa a corrente L’ do processo em estudo, e a T2

representa as correntes V’ e B, em relação à temperatura.

Substituindo todas as variáveis encontra-se o valor de 10,71 m² de área de troca


térmica.

17) Determine o diâmetro da tubulação de vapor que sai da coluna e alimenta o


condensadorexplicitando os cálculos e hipóteses adotadas. (Originalmente item
17)

Hipótese: Dimensionamento de Tubulações – Método de Velocidade Econômica

Velocidade sugerida para hidrocarboneto gasoso na tubulação que alimenta o


condensador = 30 m/s (descrita em Fundamentos Teóricos).
Vazão V (m³/s) = 0,7828

Utilizando a vazão volumétrica da corrente V que alimenta o refervedor, foi


possível encontrar o diâmetro da tubulação de acordo com a equação 34:

D=0,18 m

18) Determine o diâmetro da tubulação de líquido que alimenta o refervedor


explicitando os cálculos e hipóteses adotadas. (Originalmente item 18)

Hipótese: Dimensionamento de Tubulações – Método de Velocidade Econômica

Velocidade Sugerida para hidrocarboneto liquido na tubulação que alimenta o


refervedor = 1,5 m/s (descrita em Fundamentos Teóricos).

A vazão volumétrica L’ foi calculada da mesma maneira explicada no item 7,


com a equação 36 e a densidade da mistura na corrente.

27
ρ mistura (kg/m³) 731,7047
Vazão L' (m³/s) = 0,0031

Utilizando a vazão volumétrica da corrente L’ que alimenta o refervedor, foi


possível encontrar o diâmetro da tubulação, de acordo com a equação 34:

D=0,05 m

19) Suponha que os pratos dessa coluna estão em final de vida útil (efeitos de
corrosão), e que necessitam ser substituídos. Sugere-se a utilização de um
recheio. Definir o recheio a ser escolhido (tipo, tamanho e material),
justificando a sua decisão. (Originalmente item 19)
O recheio sugerido para esta substituição seria Anéis de Rasching de cerâmica
com 2 polegadas. Como se trata de uma substituição, calculou-se as características
ideias de um recheio a partir da definição do diâmetro da coluna, previamente
definido para utilização de pratos. O procedimento realizado foi baseado na
correlação desenvolvida por Sherwoof-Ecket para colunas que operam com recheios
randômicos.

Do item 8, obteve-se o valor do parâmetro de fluxo F LV =0,0458. Para recheios


randômicos utiliza-se a Correlação Generalizada para Perda de Carga, onde,
sabendo o valor do parâmetro de fluxo e adotando uma situação de inundação
(considerando que o sistema opere numa condição limite), obtêm-se o valor de
arraste do sistema, dado também pela equação 30, com g = 2,994 e ψ=1,27, a
relação entre a densidade da água e a densidade do líquido do processo.

γ =0,18
Partindo, portanto, do valor do diâmetro de 1,05 m, temos uma área de 0,78 m²,
como mostrado no item 8. Para determinar a vazão mássica de vapor escoando pelo
interior da coluna multiplicando a vazão molar determinada pelo balanço de massa e
a massa molar da mistura na corrente de vapor, obtendo-se um Wg = 8247,70 kg/h.
Com esses valores e a equação 31, calcula-se a vazão mássica de escoamento pelo
interior da coluna (Gop), que está relacionada à variável G pelo valor de FF pela
equação 32.

G OP=2,65 kg/m ² s

28
Para continuação dos cálculos foi feito um equacionamento em planilha Excel,
onde será utilizada a ferramenta Atingir Meta para alterar o valor de G (vazão de
vapor nas condições de inundação) para que o diâmetro da coluna com recheios seja
igual ao diâmetro da coluna com pratos e determinar o valor de Fp, fator de
caracterização do recheio, considerando FF = 75%.

Vinculando o valor de G na equação de GOP e na equação do arraste (equações


30, 31 e 32), com o auxílio do Atingir Meta, obteve-se os seguintes valores:

G=3,54 kg/m ² s F P=77,48


Sabendo-se que o tamanho nominal ideal de um recheio não deve ser maior que
1/8 do diâmetro da torre, e visto que o Fator de Caracterização é o parâmetro que
determinará a escolha do recheio para substituição nesta coluna específica e é
tabelado em função do tamanho do recheio, determinamos um recheio com 2
polegadas. Dos recheios disponíveis, os Anéis de Rashing de cerâmica são os que
possuem seu Fator de Caracterização mais próximos do calculado, de valor 65. Os
outros possuem um valor muito abaixo para um tamanho de recheio de 2 polegadas.

Determinado então o Fator de Caracterização podemos calcular o novo valor de


G, de 3,86 kg/m²s e determinar o valor real do Fator de Inundação do sistema com o
novo recheio de 69%, ainda dentro da faixa aceitável.

20) Calcule o HETP desse recheio para esse processo explicitando os cálculos e
hipóteses adotadas. (Originalmente item 20)

O recheio escolhido possui uma área superficial de 92 m²/m³ (valor tabelado),


portanto de acordo com a equação 33, o HETP desse recheio é de 1,0 m.

21) Determine o novo número de estágios teóricos (ideais) que esta coluna terá após
a substituição dos pratos pelo recheio. (Originalmente item 21)

Com HETP = 1,0 m, o número de estágios teóricos continua o mesmo, ou seja,


23 estágios ELV.

22) Elabore um croqui do projeto dessa coluna cujos internos são recheios.
(Originalmente item 22)

29
Como mencionado no Item 20, a altura da coluna cujos internos são recheios
possui o mesmo valor da coluna com pratos e, portanto 10,35 metros.

As hipóteses adotadas para construção do croqui abaixo são: sistema totalmente


isolado e, portanto sem perda de energia para a vizinhança; condensador total e
refervedor parcial; bombas, válvulas e controladores de nível e pressão não foram
considerados na modelagem da coluna de destilação em estudo.

Principais internos de uma coluna com recheio:

30
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/127753/000970451.pdf?sequence=1

23) Elabore uma proposta de instrumentação e uma estratégia de controle para a


operação estável dessa coluna, garantindo que a mistura é bombeada de um
tanque de estocagem e os produtos de topo e de fundo obtidos nesse processo
são armazenados em outros dois tanques de processo (esboce o fluxograma
desse processo). (Originalmente item 23)

31
32
ANEXO I

Procedimento realizado para calcular o número de estágios ideais de equilíbrio


líquido vapor, Item 11deste relatório.

33
ANEXO II

Procedimento realizado para calcular o número de estágios reais de equilíbrio


líquido vapor considerando uma eficiência de 60%, Item 12 deste relatório.

34
ANEXO III

Tabela com os valores experimentais do calor de solução de misturas de


hidrocarbonetos em função da composição da mistura.

Bibliografia: Artigo Murakami S., Lam V.T., Benson G.C., J. Chem Thermodynamics ,
1,397 (1969)

35
36
ANEXO IV

Tabela com os valores de velocidade recomendada de diversos fluidos para


dimensionamento de tubulações.

Fonte:http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/dimensionamento%20da%20tubula%C3%A7%C3%A3o.pdf

37
ANEXO V

Características de recheios cerâmicos.

Bibliografia: Apostila Operações Unitárias da Indústria Química II – Processos de


Separação de Misturas

38
ANEXO VI

Curva de Equilíbrio Líquido Vapor


1

0.9

0.8

0.7

0.6
Ytolueno

0.5 tolueno
p-xileno

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Xtolueno

Curva de Equilíbrio Líquido Vapor

39
Temperatura em função da composição
414

412

410

408

406

404

402

400

398

396

394
Temperatura (K)

392
Xtolueno
390
Polynomial (Xtolueno)
388 Ytolueno
Polynomial (Ytolueno)
386

384

382

380

378

376

374

372

370

368
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1

Xtolueno ,Ytolueno

Diagrama temperatura - composição

40

Você também pode gostar