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DIRETORIA DE ENSINO

Curso: Direito Série: 1ª Turma: A Turno: Noturno


Professor(a) Mateus Ramalho Disciplina: Economia Política
Data: impreterivelmente até dia Horário: 23:59 Valor do trabalho: 10,0
28/06/2020 (dez)
Acadêmico(a): Fernanda Roque Marcondes RA: 17.1182
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA:
 Leia o trabalho com calma e atenção.
 O Valor total do trabalho é de 10,0 (dez) pontos divididos em questões de verdadeiro
e falso, alternativas e dissertativas/argumentativas. Todas as questões de verdadeiro
ou falso deverão ser respondidas e justificadas, independentemente da resposta. Já
as questões alternativas deverão seguir o mesmo padrão na qual se responde a
alternativa correta e se justifica o porquê de se escolher essa alternativa. Essas
questões deverão ter uma justificativa entre 2 a 5 linhas. Respostas plagiadas serão
desconsideradas. Já as questões dissertativas/interpretativas deverão ser
respondidas de maneira exaustiva, devendo conter no mínimo 6 linhas cada uma das
respostas. Respostas plagiadas serão desconsideradas. Para as respostas, a letra
obrigatória é Arial, número 12 comum, com texto justificado.
 O trabalho deve ser escrito obrigatória nesse documento no formato Word e enviado
até o dia 28/06 às 23:59, impreterivelmente, no AVA da instituição.
1º Bim. 2º Bim. 3º Bim. 4º Bim. EXAME
2020

1) (0,4 cada) Marque verdade (V) ou falso (F) para cada uma das afirmações a
seguir e justifique em cada uma das afirmações sua resposta (se verdadeiro ou se
falso):
a) (F) Segundo François Quesnay da escola Fisiocrata do pensamento
econômico, a classe agrícola seria estéril, enquanto que a classe industrial
seria a classe produtiva.
Justificativa: A economia da época era regida pelas leis naturais, e a única fonte de
riqueza era a terra. As atividades econômicas da época eram as lavouras, a pesca e
a mineração, pois delas podia ser criado do nada. A indústria era considerada
estéril, pois ela só transformava aquilo que já tinha sido criado.

b) (V) Adam Smith entendia que a atuação da livre concorrência, sem qualquer
interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, guiado por uma
mão invisível.
Justificativa: A obra “A riqueza das nações” escrita com Adam Smith, mostra que
ele, na época, deu uma rebuscada na teoria, trazendo elementos que afirma a causa
da riqueza das nações, que é justamente a sua livre concorrência, pois quando ela
ocorre a sociedade e a economia - sem qualquer agente externo que mexeria nas
leis econômicas – levaria ao crescimento social e econômico, tudo isso sendo
guiado pela mão invisível. Smith advogava a ideia de que todos os agentes, em sua
busca de lucrar o máximo, acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade,
é como se uma “mão invisível” orientasse todas as decisões na economia, sem
necessidade da atuação do Estado.
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c) (F) David Ricardo, partindo das ideias de Thomas Malthus, aprimora a tese de
que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a
acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca
uma elevada renda da terra.
Justificativa: David Ricardo, partiu das ideias de Adam Smith para aprimora a tese
de que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostrar como a
acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma
elevada renda da terra. Sua analise de distribuição de rendimento da terra, foi um
trabalho seminal de muitas das ideias do período neoclássico.

d) (V) Segundo Karl Marx, o capital aparece com a burguesia, considerada uma
classe social que se desenvolve com o desaparecimento do sistema feudal e
que se apropria dos meios de produção. Esse capital surge da apropriação do
excedente produtivo (Mais-Valor) do trabalho da classe proletária (desprovida
de meios de produção), explicando assim o processo de acumulação.
Justificativa: Em termos econômicos, Marx elaborou uma teoria do valor-trabalho
totalmente nova. A apropriação do excedente produtivo (mais-valor) pode explicar o
processo de acumulação do capital e a evolução das relações entre classe sociais.
O capital aparece com a burguesia, considerada uma classe social que se
desenvolve após o desaparecimento do sistema feudal e que se apropria dos meios
de produção. O proletariado é obrigado a vender sua força de trabalho dada a
impossibilidade de produzir o necessário para sobreviver.

e) (F) Segundo John M. Keynes, o estado não deveria intervir na economia para
acabar com as crises de superprodução.
Justificativa: Para John M. Keynes, em uma economia de recessão, não existem
forças de autoajustamento, por isso se torna necessária a intervenção do Estado por
meio de uma política de gastos públicos. Tal posicionamento teórioc significa o fim
da crença no laissez-faire como regulador dos fluxos real e monetário da economia,
e é chamado princípio da demanda efetiva.

2) (2,0) Leia a reportagem, analise as figuras e responda o que se pede (seja


exaustivo em suas respostas):

Índice de desenvolvimento humano global pode cair pela primeira vez desde
1990.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estima que renda
per capita global deve recuar 4% este ano. Sem acesso à internet, 86% das crianças
estão fora da escola em países com IDH baixo.
Por G1
20/05/2020 09h00 Atualizado há 2 semanas

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global pode retroceder neste ano pela
primeira vez desde que o conceito foi desenvolvido, em 1990, alerta o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em relatório divulgado nesta
quarta-feira (20). O IDH global é uma medida combinada dos níveis mundiais de
educação, saúde e padrão de vida. No total, são considerados os indicadores de
189 países, incluindo o Brasil.
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Figura 1 - IDH - Pnud

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/05/20/indice-de-desenvolvimento-humano-global-
pode-cair-pela-primeira-vez-desde-1990.ghtml

"O mundo passou por muitas crises nos últimos 30 anos, incluindo a crise financeira
global de 2007 a 2009. Cada uma delas afetou fortemente o desenvolvimento
humano, mas, em geral, os ganhos de desenvolvimento foram acumulados
globalmente ano a ano”, afirmou o Administrador do PNUD, Achim Steiner. “A covid-
19, com seu triplo impacto em saúde, educação e renda, pode mudar essa
tendência.” Segundo o documento, as quedas nos níveis fundamentais do
desenvolvimento humano estão sendo sentidas na maioria dos países, sejam estes
ricos ou pobres. A estimativa do Pnud é de que a renda per capita global recue 4%
neste ano.

Educação

Por outro lado, estima-se que a queda no IDH seja muito maior nos países em
desenvolvimento, já que estes estão menos preparados para lidar com as
consequências socioeconômicas da pandemia, do que nos países mais ricos. Um
exemplo deste cenário está na área na educação. As estimativas do Pnud para a
taxa de abandono escolar indicam que 60% das crianças em todo o mundo não
estão recebendo educação, um nível nunca visto desde os anos 1980. Muito disso é
explicado pela falta de acesso à internet. Com escolas fechadas e grande exclusão
no acesso ao aprendizado online, as estimativas do Pnud mostram que 86% das
crianças da educação primária estão, agora, efetivamente fora da escola em países
com desenvolvimento humano baixo – em comparação com apenas 20% delas nos
países com desenvolvimento humano muito alto. Por isso, a organização recomenda
que os líderes dos países implementem ações para aumentar o acesso à internet e,
com isso, diminuir as diferenças no acesso à educação. O Pnud estima que o custo
para fechar a lacuna do acesso à internet em países de renda baixa e média é de
apenas 1% dos pacotes emergenciais de auxílio fiscal que as nações estão
implementando para combater os impactos do coronavírus. “Esta crise mostra que,
se não conseguirmos trazer a igualdade para o conjunto de ferramentas de políticas,
muitas pessoas ficarão ainda mais para trás. Isso é particularmente importante para
as ‘novas necessidades’ do século XXI, como o acesso à internet, que está
ajudando a nos beneficiarmos da educação continuada a distância, telemedicina e
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trabalho remoto”, diz o diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento
Humano do Pnud, Pedro Conceição.

Desigualdade de Gênero

O relatório aponta ainda que a atual crise gera outros problemas, como por exemplo,
a dificuldade em de se avançar na igualdade de gênero. "Os impactos negativos
sobre mulheres e meninas abrangem aspectos econômicos – ganhos e economias
cada vez menores, insegurança no trabalho, saúde reprodutiva, aumento do trabalho
não remunerado e violência baseada em gênero", diz o documento. Para lidar com a
crise atual, a Pnud recomenda 5 etapas prioritárias para as lideranças dos países:
 proteger os sistemas e serviços de saúde
 aumentar a proteção social
 proteger empregos, pequenas e médias empresas e trabalhadores informais
 fazer com que as políticas macroeconômicas funcionem para todos
 promover a paz, a boa governança e a confiança para construir coesão social
Por fim, o Pnud faz um apelo à comunidade internacional para investir rapidamente
na capacidade dos países em desenvolvimento de seguir essas etapas.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/05/20/indice-de-desenvolvimento-humano-global-
pode-cair-pela-primeira-vez-desde-1990.ghtml

Figura 2. Figura 3.
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Fonte: Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/em-79-


https://g1.globo.com/mundo/noticia/em-79- lugar-brasil-estaciona-no-ranking-de-
lugar-brasil-estaciona-no-ranking-de- desenvolvimento-humano-da-onu.ghtml. Acesso
desenvolvimento-humano-da-onu.ghtml. em: 15/11/2019.
Acesso em: 15/11/2019.

a. (0,5) O que é o IDH?

IDH é o Índice de Desenvolvimento Humano, ele é uma medida resumida do


progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento
humano, a educação, a tenda e a saúde. Criado por Mhbub ul Haq com a
ajuda do economista Amartya Sem, o IDH pretende ser uma medida geral e
sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento
humano, não abrange, nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento. O
IDH foi criado com o objetivo de oferecer um contraponto a outro indicador
muito utilizado, o PIB – Produto Interno Bruto – que considera apenas a
dimensão econômica do desenvolvimento.
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b. (0,5) O que o número representa? (Quanto mais próximo de 1 pode-se
dizer o que do país? E quanto mais próximo de zero, o que dizer deste
país?)

No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) os números representam o


desenvolvimento de cada país. Ou seja, o país que estiver mais perto do 1 é
considerado um país com desenvolvimento humano muito alto, como por
exemplo a Noruega, que tem o IDH de 0,949 e está em primeiro lugar no
ranking de desenvolvimento humano. Logo o país que está mais perto do 0
será considerado um país com desenvolvimento humano baixo, temos como
exemplo a República Centro africana, que tem 0,352 de IDH e está localizada
na última colocação do ranking de desenvolvimento humano.

c. (0,5) O índice é construído sobre quais variáveis? (Cite as três variáveis


que é utilizada para construir o IDH)

O Índice de Desenvolvimento Humano é constituído sobre três variáveis:


Educação, que se refere à quantidade média de anos de estudo de uma
população. Entende-se que, quanto maior for o tempo de permanência de
uma população na escola, melhores serão as chances de desenvolvimento
para este país. Renda, a Renda Nacional Bruta (RNB) se baseia na paridade
de poder de compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB per
capita, no entanto, a partir de 2010 ele foi substituído pela RNB per capita,
que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, porém ela também
considera os recursos financeiros oriundos do exterior. Saúde, nessa vaiável
considera-se a expectativa de vida, no sentido de que esse fator observa o
quão longa e saudável é a vida das populações.

d. (0,5) O Brasil pode ser considerado um país desenvolvido, segundo seu


IDH? Justifique.

Com base no exposto acima o Brasil se encontra em um desenvolvimento


alto, com o IDH de 0,754. Mas creio que a realidade não seja assim. No Brasil
a expectativa de vida é de 76,3 anos (segundo o IBGE de 2018), sendo
relativamente baixo em relação a expectativa de vida em Mónaco, que é de
89,4 anos (dado retirado do ano de 2018). Além do mais, não podemos
esquecer que o Brasil é um país muito desigual, economicamente e
socialmente, sabemos bem que a distribuição de renda é feita desigualmente,
por falta de fiscalização, e ainda por preconceito que os brasileiros tem
enraizado entre deles. Tirando a saúde e a educação pública, que vive em
situações precárias.

3) (1,5) Leia o seguinte trecho de um artigo acadêmico de Bresser-Pereira


(2008) e responda o que se pede:

O desenvolvimento econômico de um país ou estados-nação é o processo de


acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital
que leva ao aumento da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da
população. A medida mais geral de desenvolvimento econômico é a do aumento da
renda por habitante porque esta mede aproximadamente o aumento geral da
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produtividade; já os níveis comparativos de desenvolvimento econômico são
geralmente medidos pela renda em termos de PPP (purchasing power parity) por
habitante porque a renda ou produto do país corrigido dessa maneira avalia melhor
a capacidade média de consumo da população do que a renda nominal. Há casos,
entretanto, especialmente nos países produtores de petróleo, que renda per capita
não reflete em absoluto o nível de produtividade e de desenvolvimento econômico
de um país. Uma alternativa é o índice de desenvolvimento humano, que foi um
importante avanço na avaliação do desenvolvimento econômico, mas não substitui
as duas rendas por habitante anteriores, antes as complementa. O desenvolvimento
econômico supõe uma sociedade capitalista organizada na forma de um estado-
nação onde há empresários e trabalhadores, lucros e salários, acumulação de
capital e progresso técnico, um mercado coordenando o sistema econômico e um
estado regulando esse mercando e complementando sua ação coordenadora.
O aumento da produtividade ou da produção por trabalhador ocorre tanto na
produção dos mesmos bens através da redução sistemática da quantidade de
trabalho simples utilizado, quanto através da transferência da mão-de-obra para
setores com maior conteúdo tecnológico ou maior valor adicionado per capita. Esta
segunda forma de aumento da produtividade é mais importante do que a primeira,
porque é dessa forma que um país logra aproveitar seus trabalhadores, técnicos,
administradores e comunicadores mais qualificados ou educados. Seu custo social
de reprodução é mais alto – o que implica maiores salários e, portanto, padrões de
vida mais altos. Do lado da oferta, o crescimento econômico depende da educação,
do desenvolvimento tecnológico e da acumulação de capital em máquinas e
processos mais produtivos. Entretanto, na medida em que a oferta não cria
automaticamente a demanda, o aproveitamento dos recursos humanos disponíveis
depende, do lado da demanda, de um diferencial satisfatório para os empresários
entre a taxa de lucro esperada e a taxa de juros que, por sua vez, depende
principalmente de uma taxa de juros moderada e de uma taxa de câmbio competitiva
que criem oportunidades de investimento. Como se trata de um processo histórico, o
desenvolvimento econômico precisa ser estudado empiricamente como fizeram os
grandes economistas clássicos, e não hipotético-dedutivamente, como fez Ricardo e
fazem os economistas neoclássicos. O desenvolvimento econômico vise atender
diretamente um objetivo político fundamental das sociedades modernas – o bem-
estar – e, apenas indiretamente os quatro outros grandes objetivos que essas
sociedades buscam – a segurança, a liberdade, a justiça social e a proteção do
ambiente. Por isso, é importante não confundi-lo com o desenvolvimento ou o
progresso total da sociedade que implica um avanço equilibrado nos cinco objetivos.
Dado o fato de que o desenvolvimento econômico implica mudanças estruturais,
culturais e institucionais, existe uma longa tradição que rejeita a identificação de
desenvolvimento econômico com crescimento da renda per capita ou simplesmente
crescimento econômico; eu, entretanto, entenderei as duas expressões como
sinônimas. De fato, se definirmos crescimento econômico como simples aumento da
renda per capita, os dois termos não se confundem porque há casos em que a
produção média por habitante aumenta, mas mesmo no longo prazo não aumento
generalizado dos salários e dos padrões de consumo da sociedade.

Fonte: BRESSER-PEREIRA, L. C. Crescimento e Desenvolvimento Econômico. Notas para uso


em curso de desenvolvimento econômico na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio
Vargas. 2008. Disponível em: <
http://www.bresserpereira.org.br/Papers/2007/07.22.CrescimentoDesenvolvimento.Junho19.2008.pdf
>.
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Dado o excerto, no que residiria a diferença entre crescimento econômico e
desenvolvimento econômico, segundo Bresser-Pereira? O mais importante
seria crescer economicamente ou se desenvolver economicamente? Justifique
(seja exaustivo em sua resposta).

Bresser-Pereira acredita que o desenvolvimento e crescimento econômico são


expressões geralmente utilizadas como sinônimas, com isso tanto o
desenvolvimento econômico, quanto o crescimento econômico são importantes.
Dado o fato que o desenvolvimento econômico implica mudanças estruturais,
culturais e institucionais, existe uma longa tradição que não aceita a identificação de
desenvolvimento econômico com crescimento econômico pelo fato de que, se
definirmos crescimento econômico como simples aumento da renda per capita, os
dois termos não se confundem, pois há casos em que a produção média por
habitante aumenta mas mesmo no longo prazo não há aumento generalizado dos
salários e dos padrões de consumo da sociedade. Bresser diz que Schumpeter foi o
primeiro economista a assinalar esse fato, quando ele afirmou que o
desenvolvimento econômico implica transformações estruturais do sistema
econômico que o simples crescimento da renda per capita não assegura.

4) (1,5) Leia a reportagem a seguir:

Bolsa Família completa renda de 13,5 milhões de famílias em outubro


Beneficiários terão até 90 dias para efetuar saque
Publicado em 19/10/2019 - 19:14. Por Pedro Ivo - Repórter da Agência Brasil, Brasília.

O ministério da Cidadania anunciou na tarde de ontem (18) que 13,5 milhões de


famílias terão direito ao crédito do programa Bolsa Família no mês de outubro.
Beneficiários do programa que estão em situação regular de cadastro têm até 90
dias para efetuar o saque. O Bolsa Família é um programa de transferência direta de
renda para as famílias registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal (CadÚnico). A iniciativa é voltada para famílias pobres ou
extremamente pobres, que ocupam uma faixa de renda mensal de até R$ 178 por
pessoa. As regras do programa exigem, ainda, que crianças de 0 a 7 anos estejam
com o cartão de vacinação em dia. Para famílias com adolescentes, a frequência na
escola também é um requisito. Pelo menos 85% de presença nos dias letivos para a
faixa etária de 6 a 15 anos, e 75% para jovens de 16 a 17 anos.

13ª parcela
O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso uma medida provisória (MP) no
dia 15 de outubro que prevê o pagamento de uma 13ª parcela do benefício - uma de
suas plataformas de campanha em 2018 -. "Nós sabemos que pode ser até pouco
para quem recebe, mas pelo que eles têm, é muito bem-vindo esse recurso", relatou
o presidente durante a assinatura da MP. De acordo com o ministro da Cidadania,
Osmar Terra, o benefício será fixo a partir do ano que vem, onde deverá ser
previamente alocado na previsão do Orçamento. É possível tirar dúvidas e se
informar sobre o programa através do telefone 0800 707 2003, serviço mantido pelo
ministério da Cidadania.

Fonte: Agência Brasil. Disponível em: < http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-10/bolsa-


familia-completa-renda-de-135-milhoes-de-familias-em-outubro>.
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Dado a notícia acerca do bolsa família, ela poderia ser enquadrada em alguma
política de Estado? Especifique qual é essa política, como ela funciona e
justifique se o Brasil tem uma política eficiente nesta área. Argumente sendo
exaustivo em sua argumentação.

A bolsa família pode ser sim enquadrada em alguma política de Estado, sendo ela a
política de distribuição de renda, seu conceito se refere à forma com que são
repartidas as riquezas e os bens sociais – a renda- entre os indivíduos e entre os
diferentes estratos da população em determinada sociedade. Suas características e
seus mecanismos que a influenciam variam e dependem diretamente da
organização da produção e da forma de propriedade vigente em cada sociedade.
Portanto, a distribuição decorre do próprio processo produtivo e está relacionada
com a forma que se encontra distribuídos os juros, lucros, rendas, salários e a
propriedade dos fatores de produção. O Brasil, em sua grande parte, consiste em
uma população que não tem rendimento suficiente para atender suas necessidades
básicas, o governo criou o programa Bolsa família e vários outros programas, para
tentar suprir essas necessitadas, mais elas não são eficácias. A falta de fiscalização
e a própria discriminação social, não permite a eficácia destas políticas.

5) (3,0 – itens I, II, III, IV, V e VI valendo 0,5 cada) Analise a notícia a seguir e
responda o que se pede:

Rendimento do 1% mais rico é 33,7 vezes o que recebe metade dos pobres
Têm rendimento médio de R$ 28.659. População mais pobre ganhava R$ 850

PODER360
06.maio.2020 (quarta-feira) - 16h20

Em 2019, o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população, que recebia


R$ 28.659, correspondia a 33,7 vezes o rendimento da metade da população mais
pobre do Brasil, que ganhava R$ 850. É o que aponta a Pnad Contínua (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) – Rendimento de Todas as Fontes
2019, divulgada nesta 4ª feira (6.mai.2020), no Rio de Janeiro, pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). A massa de rendimento médio mensal real
domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões em 2019. A parcela dos 10% da
população com os menores rendimentos detinha 0,8% dessa massa, enquanto que
os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42,9% em 2019.
A desigualdade fica evidente também no índice de Gini de rendimento médio mensal
de todos os trabalhos, que mede a concentração de uma distribuição e que varia de
zero (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima). O Índice de Gini é 1
instrumento matemático utilizado para medir a desigualdade social. O índice de Gini
do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi
de 0,509 em 2019. Entre 2012 e 2015, houve uma tendência de redução deste
indicador, passando de 0,508 para 0,494. Segundo o IBGE, a partir de 2016,
entretanto, o indicador voltou a aumentar para 0,501, valor no qual se manteve em
2017, chegando a 0,509 nos 2 últimos anos da série. “O Brasil é historicamente
conhecido como 1 país de grande desigualdade social e econômica. A desigualdade
continua elevada e o movimento de redução é 1 processo que leva tempo”, disse a
analista do IBGE responsável pela pesquisa, Alessandra Brito.
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Rendimentos

Do total de pessoas residentes no Brasil em 2019, 131,2 milhões (62,6%) tinham


algum tipo de rendimento. O rendimento médio real de todas as fontes, após subir
2,8% em 2018 (para R$ 2.247), manteve-se praticamente inalterado em 2019 (R$
2.244). O Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.645), seguido pelo Sul (R$ 2.499) e
pelo Centro-Oeste (R$ 2.498), enquanto os menores valores estavam no Nordeste
(R$ 1.510) e no Norte (R$ 1.601). O número de pessoas com rendimento de todos
os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5
milhões) em 2019. Já a aposentadoria ou pensão era recebida por 14,7% da
população no ano passado, mantendo estabilidade em relação a 2018 (14,6%) e
subindo 1,6 ponto percentual em relação a 2012 (13,1%).
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.308 no ano
passado. O valor manteve-se praticamente estável em relação a 2018, quando ficou
em R$ 2.317. O maior valor da série ocorreu em 2014, quando alcançou R$ 2.364.
Após queda de 4,1% em 2015 frente a 2014, o rendimento de todos os trabalhos
ficou praticamente estável nos anos de 2016 e 2017 e registrou expansão de 2,3%
em 2018. Alessandra destaca que3/4 da renda do domicílio vêm da renda do
mercado de trabalho. “A gente vem observando que, a partir de 2015, 2016, o
mercado de trabalho começou a ter uma mudança de característica, de redução do
trabalho com carteira assinada, do aumento da informalidade, de inserções mais
precárias e isso reflete no rendimento das famílias”, acentuou.

Desigualdade

Segundo o IBGE, em 2019, permanecem as grandes discrepâncias entre o


rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$
2.999), pardas (R$ 1.719) e pretas (R$ 1.673). Também continuam as diferenças de
gênero: o rendimento de todos os trabalhos dos homens (R$ 2.555) é 28,7% mais
alto que o das mulheres (R$ 1.985). A analista do IBGE destacou que a
desigualdade entre homens, mulheres, pessoas brancas, pardas e negras é um
fenômeno estrutural do país. “O mercado de trabalho ainda precifica de forma
diferente de acordo com as características das pessoas”, afirmou. De acordo com a
pesquisa, o rendimento médio dos trabalhadores com ensino superior completo (R$
5.108) era, aproximadamente, 3 vezes maior que o daqueles com somente o ensino
médio completo (R$ 1.788) e 6 vezes o daqueles sem instrução (R$ 918).
“Em 2019, o rendimento de todos os trabalhos compunha 72,5% do rendimento
médio mensal real domiciliar per capita. Os 27,5% provenientes de outras fontes se
dividiam em rendimentos de aposentadoria ou pensão (20,5%) em sua maioria, mas
também em aluguel e arrendamento (2,5%), pensão alimentícia, doação ou mesada
de não morador (1,1%) e outros rendimentos (3,4%)”, informou o IBGE. O percentual
de domicílios atendidos pelo Bolsa Família caiu de 13,7% em 2018 para 13,5% em
2019. Em 2012, 15,9% dos domicílios do país recebiam o Bolsa Família. Já o
Benefício de Prestação Continuada (BPC) era recebido em 3,7% dos domicílios do
país em 2019, percentual praticamente igual ao de 2018 (3,6%) e 1,1 ponto
percentual acima do de 2012 (2,6%).

Fonte: < https://www.poder360.com.br/economia/rendimento-do-1-mais-rico-e-337-vezes-o-que-


recebe-metade-dos-pobres/>.
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I) (0,5) O índice de Gini mede:


a. Riqueza.
b. Pobreza.
c. Desigualdade.
d. PIB per capita.
e. Escolaridade
Justificativa: Conforme disposto na reportagem a desigualdade fica evidente no
índice de Gini de rendimento médio mensal de todos os trabalhos. Além do que o
índice de Gini foi o primeiro instrumento matemático utilizado para medir a
desigualdade social.

II) (0,5) Segundo o IBGE, o Brasil teve um índice de Gini de 0,508 em 2012 e em
2015 o índice passou para 0,494. Neste caso, o Brasil teve uma:
a. Piora da distribuição de renda.
b. Melhoria da distribuição de renda.
c. Piora no nível de escolaridade.
d. Piora na expectativa de vida.
e. Nenhuma das anteriores.
Justificativa: Segundo o índice de Gini sua medida é formada da seguinte forma: 0
representa uma perfeita igualdade, e 1 representa a desigualdade máxima. Sendo
assim quando o índice de 2012, que era de 0,508, sofreu uma redução em 2015,
passando a ser 0,494, houve uma melhoria da distribuição de renda.

III) (0,5) Segundo o IBGE, em 2019 o Brasil apresentou um índice de Gini que
mostra uma:
a. Piora da distribuição de renda.
b. Melhoria da distribuição de renda.
c. Melhora no nível de escolaridade.
d. Melhora na expectativa de vida.
e. Nenhuma das anteriores.
Justificativa: Conforme retratado na reportagem, o índice em 2015 era de 0,494, em
2016 o indicador aumentou para 0,501, esse valor se manteve em 2017, mais em
2018 e 2019 o indicar voltou a aumentar e passou a se 0,509. Ou seja, em 2018 e
2019 o índice se aproximou da desigualdade máxima.

IV) (0,5) Há relação entre a desigualdade de renda mostrada pela reportagem


com a evolução do índice de Gini? Qual seria essa relação e diga se houve
segunda a reportagem uma melhora na distribuição de renda no Brasil,
mostrando dados apresentados.
Há sim uma relação entre a desigualdade de renda com a evolução do índice
de Gini, já que esse índice mede a desigualdade em si, e determina a
concentração de renda de uma determinada sociedade. Segundo a
reportagem o Brasil não teve uma melhora na distribuição de renda, já que o
1% dos mais ricos do país, que recebi R$ 28.659, correspondia a 33,7 vezes
o rendimento da metade da população mais pobre, que representa os 10% da
população com os menores rendimentos, que correspondia a 0,8%, quanto os
10% com maiores rendimentos concentravam 42,9%.
DIRETORIA DE ENSINO
V) (0,5) Haveria alguma semelhança na notícia entre os dados mostrados e o
índice de Palma? Explique.

Há sim uma semelhança entre a notícia e o índice de Palma, já que o índice


de Palma estuda o desajuste estrutural presente em qualquer sociedade
capitalista, independente do seu nível de riqueza. Com isso podemos dizer a
pessoa que elaborou a notícia se inspirou no índice de Palma, para obter o
dado de que o rendimento do 1% mais rico é 33,7 vezes o que recebe metade
dos pobres do país.

VI) (0,5) Pode-se dizer que o desenvolvimento econômico ocorre quando há


mudanças importantes, tanto no lado social, quanto no lado econômico. Quais
mudanças são necessárias para que isso ocorra? Explique.

O desenvolvimento econômico ocorre quando há um aumento na produção e


no consumo de bens e serviços, para averiguar esse aumento é analisado o
PIB (Produto Interno Bruto) ou o PNB (Produto Nacional Bruto). Além do mais
o aumento do desenvolvimento econômico provoca mudanças sociais que
impactam diretamente a vida em sociedade, como a melhoria na saúde, na
educação e na renda.

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