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DIRETORIA DE ENSINO

Curso: Direito Série: 1ª semestre Turma: A Turno: Diur/Not


Professor(a) Mateus Ramalho R. da F. Disciplina: Economia Política
Data: até o dia 20/04 Horário: 23:59 Valor do trabalho: 5,0
(cinco)
Acadêmico(a): RA:
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO TRABALHO:
 Leia o trabalho com calma e atenção. O Valor total do trabalho é de 5,0 (cinco) pontos.
 O trabalho deve ser escrito no word e enviado até o dia 20/04 às 23:59.

1) (1,0) Qual o problema econômico e os objetivos econômicos associado a este


problema? Dado este problema, discuta o papel do Estado na forma de contornar esse
problema, utilizando notícias, referencias acadêmicas entre outras fontes citadas ao final do
trabalho.

2) (2,0) Analise a notícia e responda ao que se pede:

BC vende US$ 25 bilhões de reservas para segurar dólar em meio à crise do coronavírus.

Começo do ano registrou maior saída de dólares do país desde 1999. Swaps cambiais
geraram perda de outros R$ 50 bilhões; venda pode ser ampliada, diz presidente do banco.

O Banco Central vendeu US$ 25,399 bilhões em recursos das reservas internacionais
brasileiras neste ano, aponta balanço divulgado nesta quarta-feira (8). O mecanismo é uma
forma de tentar conter a disparada do dólar, que tem sido maior do que em outros países
emergentes. O valor inclui operações liquidadas até a última sexta-feira (3) e já se aproxima
dos US$ 36,88 bilhões vendidos em todo o ano de 2019, quando o BC voltou a operar com
venda direta das reservas. Além disso, a instituição também efetuou os chamados "leilões de
linha", nos quais o BC vende recursos das reservas internacionais com compromisso de
recompra. O acumulado até 3 de abril chegou a US$ 15,7 bilhões. Nos leilões de linha não há
impacto de redução das reservas internacionais, pois os recursos retornam posteriormente
para as mãos do Banco Central. Mesmo que temporariamente, entretanto, há um efeito de
aumento de dólares no mercado, contribuindo para diminuir as pressões de alta da moeda.
Também nesta quarta, o Banco Central divulgou que a saída de dólares da economia
brasileira superou a entrada da moeda em US$ 11,35 bilhões de janeiro a março. A saída de
recursos do país também gera pressão de alta sobre a taxa de câmbio. O acumulado parece
pequeno frente aos US$ 44,76 bilhões que deixaram o Brasil em 2019, mas segundo o BC, é a
maior cifra para o período desde 1999 – ano em que o governo abandonou o teto fixo para o
dólar. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, observou nesta quarta-feira que os
investidores estão retirando recursos de países emergentes por conta das incertezas causadas
pela pandemia do novo coronavírus. Neste ano, disse ele, a saída de dólares dos países
emergentes beira a marca dos US$ 100 bilhões. "No bloco da América Latina, caso típico, a
gente uma saída dez vezes maior do que tivemos em 2008. É rápido, um 'flight to quality' [fuga
para países com economias mais sólidas, como os Estados Unidos], de ativos de maior risco
para menor risco", afirmou ele.
Em videoconferência nesta quarta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto, explicou que o câmbio no Brasil é flutuante, de modo que a instituição não tem
uma meta para o dólar. Ao mesmo tempo, Campos Neto acrescentou que presta atenção à
variação do real frente a outras moedas e se mostrou aberto a intensificar o ritmo de vendas da
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moeda norte-americana – se julgar necessário. "Há uma parte do mercado que advogava
programas mais agressivos, com vendas [de dólares], no câmbio. Sempre entendemos que era
importante dar liquidez, não influenciar na trajetória de preço, mas sempre olhando o real em
relação a outras moedas", disse. "Temos um arsenal grande. Entendemos que o real se
desvalorizou muito, e pouco mais em relação a outras moedas, e estamos preparados, a
qualquer momento, para fazer uma coisa maior, se for necessário, no câmbio." Campos Neto
disse que todos os mercados emergentes registraram saída de recursos e subsequente
desvalorização de suas moedas (com alta do dólar). A avaliação é de que, no caso do Brasil,
houve uma "depreciação um pouco maior". "Estamos preparados, as reservas são grandes,
temos um 'swap' que foi feito [de US$ 60 bilhões com o Federal Reserve BC dos EUA].
Entendemos que as intervenções tem sido feitas de forma apropriada. Podemos, a qualquer
momento, atuar de forma mais forte do que temos atuado até então", conclui o presidente do
Banco Central.
Além das vendas de dólares no mercado a vista, o BC também intensificou a emissão de
contratos de swaps cambiais – instrumentos que equivalem a venda de moeda estrangeira no
mercado futuro –, o que gerou uma perda de R$ 50,932 bilhões até 3 de abril. Se não houver
reversão desse resultado, será a maior perda de recursos desde 2015 (prejuízo de R$ 89,657
bilhões). A venda de contratos de swaps cambiais, no mercado futuro, serve para atenuar as
pressões sobre o dólar no mercado à vista. Em janeiro deste ano, o BC tinha R$ 140,75 bilhões
em contratos de swaps cambiais no mercado. Na última sexta (3), por conta da emissão de
novos contratos nos últimos meses, esse montante já tinha subido para R$ 244,597 bilhões. De
forma geral, o BC registra lucro com esses contratos quando o dólar cai e perde quando a
cotação da moeda norte-americana sobe. De janeiro até o fim de março, a alta do dólar foi de
quase 30%. Os prejuízos do Banco Central com os contratos de swaps cambiais são
incorporados às despesas com juros da dívida pública e ajudam a impulsionar o déficit nominal
– que somou R$ 440,419 bilhões em doze meses até fevereiro, o equivalente a 6% do PIB.
Esse conceito é acompanhado pelas agências de classificação de risco. Embora a alta do dólar
resulte em perdas com os contratos de "swaps cambiais", o BC argumenta que esse fatore
também gera líquido o ganho líquido com a valorização das reservas internacionais brasileiras,
que é calculado pela sua rentabilidade (com a alta do dólar, as reservas em reais também
ficam maiores) menos o custo de captação. De janeiro a 3 de abril, esse ganho foi de R$
465,773 bilhões. Ainda de acordo com o BC, a valorização das reservas, entretanto, não tem
impacto nas contas públicas, mas incorporam o balanço do Banco Central. Os valores são
exclusivamente utilizados, posteriormente, para abater a dívida pública.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/04/08/bc-vende-us-25-bilhoes-de-reservas-
para-segurar-dolar-em-meio-a-crise-do-coronavirus.ghtml Acesso em: 06/04/2020.

Analise a notícia acima e descreve qual mercado macroeconômico está relacionado a notícia,
mostrando o(s) agentes(s) envolvido(s), o equilíbrio de mercado e a(s) variável(is) envolvida(s).
Haveria, ao ler essa notícia, alguma ligação entre esse mercado e a balança de pagamentos
(contabilidade social)? Aponte qual(is) elemento(s) estaria(m) presente(s) na balança de
pagamentos e quais os impactos que esse mercado macroeconômico têm na balança de
pagamentos. Seja exaustivo em sua explicação.

3) (2,0) Analise a notícia e responda ao que se pede:

Coronavírus impulsiona propostas de renda básica, que deixa de ser utopia.


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Pandemia leva diversos países, como o Brasil, a ensaiarem planos de transferências diretas
para compensar a redução na renda dos seus cidadãos.

Em seu ponto culminante, todas as crises parecem fadadas a mudar o mundo. A Grande
Recessão de 2008 deveria ter sido a refundação do capitalismo. A da dívida soberana no sul
da Europa, a que lançaria as bases de uma nova União Europeia mais solidária. E esta, a do
coronavírus, “escreverá um novo mundo com outras regras”, conforme apontava na semana
passada o ministro europeu de Mercado Interno, Thierry Breton. O mais provável é que, como
nas duas ocasiões anteriores, esse axioma acabará sendo levado pelo vento, e a mudança de
rumos não terá passado de palavras bem-intencionadas. Entretanto, longe dos discursos
pomposos e fora dos grandes holofotes, algumas ideias até agora consideradas de nicho
começam a se enraizar: a renda básica (universal ou não), uma espécie de garantia de renda
ao cidadão pelo simples fato de sê-lo, ganhou mais adeptos nos últimos poucos dias do que
em todos os anos anteriores, dando um salto exponencial no debate público e apresentando
uma sólida candidatura no menu de possíveis soluções para sair do atoleiro econômico e social
da pandemia. E, ainda mais importante, é algo que começa a se instalar no terreno dos fatos,
com diferentes Governos adotando suas próprias versões desta ferramenta para combater uma
recessão que já é, nas palavras da diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, “tão ruim ou
pior que a de 2009”.

Os Estados Unidos, um país onde o debate sobre a renda básica estava limitado a âmbitos
acadêmicos relativamente estanques e a propostas eleitorais minoritárias, como a do ex-
candidato presidencial democrata Andrew Yang, deu um primeiro e decisivo passo nessa
direção: dará a seus cidadãos 1.200 dólares (6.420 reais) de uma tacada só, uma quantia que
se reduz gradualmente para quem ganha mais de 75.000 dólares ao ano e que só deixa fora
aqueles que recebem 99.000 dólares ou mais. O objetivo, segundo a Casa Branca, é tratar de
paliar a redução de renda e assegurar o essencial. “Os fundamentos são idênticos [ao que
proponho]: é uma transferência direta a indivíduos e lares”, afirmou Yang à rádio pública NPR.
“A grande diferença é que eu sugiro que seja para sempre, como um direito básico de
cidadania para cobrir as necessidades básicas, e o pacote de estímulos foi concebido para
durar só alguns meses.”

Paralelamente, o Congresso brasileiro acaba de aprovar um esquema de pagamentos —neste


caso, muito mais distante da universalidade— de 600 reais durante um trimestre para 60
milhões de trabalhadores informais. E a Espanha prepara para os próximos dias o lançamento
de uma renda mínima que, aparentemente, ficará em torno de 440 euros (2.540 reais) por mês,
na mesma linha da ajuda aprovada na semana passada aos trabalhadores temporários que
fiquem sem emprego por causa da desaceleração econômica decorrente da epidemia e do que
propôs a Airef (autoridade fiscal espanhola) em meados do ano passado. O objetivo será,
novamente, proteger os grupos mais vulneráveis. Em outros países europeus, como o Reino
Unido, a “renda universal de emergência” também chegou com força ao Parlamento, mas ainda
não convenceu o conservador e heterodoxo primeiro-ministro Boris Johnson.

Por que uma renda básica, e por que agora? Seus cada vez mais numerosos defensores veem
nela uma ferramenta útil para conter a emergência social que levou milhões de pessoas a
ficarem sem renda alguma da noite para o dia. E, acrescentam os paladinos da ideia, seria
também uma medida positiva para reativar a demanda quando as quarentenas puderem ser
suspensas.

Até agora, na Europa, a contingência foi tratada com ajudas por coletivos e, como na Itália, até
com vouchers alimentares para buscar rebaixar a crescente tensão social no sul do país. Mas
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na América Latina e no resto do bloco emergente, onde a informalidade alcança cotas
imensamente mais altas que nos países desenvolvidos, a gestão da crise está sendo e será
muito mais complicada.

“Nestes países, que ainda estão em uma fase inicial da pandemia, a renda básica deve ser
aplicada o mais rapidamente possível: você não tem como comprar sabão nem ter água limpa
sem o dinheiro necessário para isso, e é mais simples transferi-lo diretamente às pessoas do
que organizar um esquema complexo de subsídios”, aponta Guy Standing, professor da Escola
de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres e autor do livro Basic Income:
And How We Can Make It Happen (“renda básica: e como podemos fazê-la acontecer”).

Todos os esquemas desenhados ou adotados desde o início da pandemia estão, entretanto,


pensados para desaparecer assim que a maré baixar, como destaca Philippe van Pariis,
professor da Universidade Católica de Louvain (Bélgica). “Têm um propósito útil e podem ser a
melhor ferramenta disponível, mas são intrinsecamente temporários”, salienta aquele que é
talvez o maior embaixador global do conceito.

“Muitos que a criticavam agora a defendem”


A renda básica não parou de se popularizar nos últimos anos, acompanhando o avanço da
desigualdade e a redução do Estado de bem-estar social. Mas não é, nem de longe, uma ideia
nova: começou a soar, embora em círculos muito reduzidos, no século XVIII, e em sua
travessia conseguiu reunir ao seu redor economistas de orientações ideológicas tão diferentes
quanto John Kenneth Galbraith, Milton Friedman e James Meade, entre outros. E cativou
pensadores separados por dois séculos como Thomas Paine (1737-1809) e Bertrand Russell
(1872-1970). Nunca, entretanto, esteve tão perto de virar realidade como hoje. “Acredito na
utopia oportunista. As crises podem gerar oportunidades para grandes avanços e devemos
aproveitar o impulso”, incentiva Van Parijs, coautor de Basic Income: A Radical Proposal for a
Free Society and a Sane Economy (“renda básica: uma proposta radical para uma sociedade
livre e uma economia sã”).

A vertente universal da renda básica —a mais interessante, mas também a mais complexa
pelos custos associados— está atraindo um interesse maior em um momento de indefinição
econômica, como reconhece Louise Haagh, do departamento de Ciências Políticas da
Universidade de York (Reino Unido). “Está ficando patente a falha de nosso sistema tanto para
responder especificamente a esta crise como, de forma mais geral, para oferecer uma
segurança econômica real”, observa por email. “É só uma peça do quebra-cabeça, mas ao
menos seria uma tentativa séria de reconhecer os direitos e o status econômico de todos”.
Também Standing vê uma mudança de padrão: “Muitos políticos, economistas e meios de
comunicação, que no passado foram hostis à ideia, agora a defendem”.

O custo de uma renda básica permanente e não unicamente emergencial varia muito conforme
o país. A renda mínima proposta na Espanha pelo hoje ministro da Segurança Social, José
Luis Escrivá, quando estava à frente da Airef, custaria 3,5 bilhões de euros (18,7 bilhões de
reais) se forem descontadas as superposições com outros programas sociais e reduziria a
pobreza em 46% a 60%. Uma solução mais ambiciosa, como uma renda básica
autenticamente universal e permanente de pouco mais 620 euros por mês por residente,
representaria uma carga de quase 190 bilhões de euros anuais, aproximadamente 18% do PIB,
conforme calculou em 2017 o serviço de estudos do BBVA. Para adotá-la, tanto em países
europeus como emergentes, é preciso começar travando “um combate frontal contra a evasão
e a concorrência fiscal [entre territórios] e repensar o objetivo da austeridade”, opina Haagh,
presidente da Rede Global de Renda Básica (BEM, na sigla em inglês).
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Na América Latina, uma região assolada pela desigualdade e a pobreza, e onde, portanto, seu
sentido se multiplica, entregar a todos os lares o suficiente para que superem o limite de
pobreza teria um custo para o erário equivalente a 4,7% do PIB, segundo um recente estudo
da Cepal, o braço da ONU para o desenvolvimento econômico do subcontinente. “Não custaria
tanto e daria segurança econômica em um momento de enorme incerteza”, salienta a
secretária-executiva do organismo, Alicia Bárcena. “Esta crise convida a repensar a economia,
a globalização e o capitalismo. São necessárias soluções inovadoras, e a renda básica é uma
delas.” A utopia está mais perto do que nunca de virar realidade.

Fonte: https://brasil.elpais.com/economia/2020-04-06/coronavirus-impulsiona-propostas-de-
renda-basica-que-deixa-de-ser-utopia.html Acesso em: 06/04/2020.

Analise a notícia acima e descreve qual mercado macroeconômico está relacionado a notícia,
mostrando o(s) agentes(s) envolvido(s), o equilíbrio de mercado e a(s) variável(is) envolvida(s).
Haveria, ao ler essa notícia, alguma ligação entre esse mercado e a contabilidade social?
Aponte qual(is) elemento(s) estaria(m) presente(s) na contabilidade social e quais os impactos
que esse mercado macroeconômico têm na renda nacional. Seja exaustivo em sua explicação.

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