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Ellen G. White
Ela “conversou” com “Tiago White” depois de morto e repetiu o erro do
rei Saul, ouvindo conselhos do inimigo de Deus como se fossem uma
mensagem inspirada, vinda através de um defunto. Como não há
registro de que tenha se arrependido por isso, não é de se estranhar que
para a reunião de 1888 da Conferência Geral, Deus já houvesse escolhido
novos mensageiros.
Numa carta enviada ao seu filho W. C. White em 12 de setembro de 1881
e arquivada pelo White Estate (*), Ellen G. White afirma que estivera
clamando ao Senhor por alguns dias em busca de luz com respeito a seu
dever, logo após a morte de seu marido. Certa noite, ela teve um sonho
espiritualista**, cuja origem White atribuiu ao Senhor e acreditou que
houvesse ocorrido em resposta às suas orações!
Sonhou que estava dirigindo uma carruagem, quando o seu marido, Tiago
White, que falecera em seis de agosto, apareceu-lhe e assentou-se a seu
lado. Em lugar de repreender e expulsar de sua mente em nome de Jesus
aquele mensageiro do Mal, a Sra. White tragicamente saudou-o com
alegria, dizendo que estava feliz por tê-lo de seu lado mais uma vez,
embora soubesse que não poderia tratar-se de seu marido falecido.
Que coisa terrível! Na carta ao filho, ela confessa que teria dito: “Papai”,
— era assim que tratava seu esposo — “teria o Senhor me ouvido e
deixado que voltasse para junto de mim para que continuemos nosso
trabalho juntos?” Então, aquela assombração teria olhado muito triste
para ela e dito que “Deus sabia o que era melhor para os dois”! Em
seguida, pôs-se a aconselhá-la, como fez com o rei Saul, quando este
consultou a médium de En-Dor.
E então, sugere que ela a partir dali não deveria mais se envolver com
tantas reuniões importantes, como fizera no passado, que recusasse os
convites para pregações e que descansasse livre de cuidados e
preocupações. Que quando tivesse vontade e forças, escrevesse, porque
poderia fazer muito mais pela pena do que pela voz.
Em seguida, conforme o relato da própria Sra. White, o espírito olhou para
ela de um jeito especial, carinhoso, como Tiago White fazia enquanto
vivia, e perguntou: “Você vai fazer o que estou lhe pedindo, Ellen? Não irá
negligenciar todos esses cuidados? Deus sabe de tudo, mas esse pessoal
da igreja nunca irá reconhecer nossos sacrifícios. Lamento ter-me
envolvido tanto, com prejuízo para a nossa saúde… Deus não queria que
fizéssemos tudo que fizemos sozinhos.
Devíamos ter ido para a Costa do Pacífico e ter ficado apenas escrevendo.
Temos tanta coisa importante para dizer… Você vai fazer o que estou lhe
dizendo, Ellen?”
A Sra. White caiu em si e percebeu que era o inimigo quem falava com
ela? Não. Pelo contrário, a “mensageira do Senhor” deixou-se enganar por
seus sentimentos de desamparo e saudade por causa da viuvez
(provavelmente) e acabou por fazer um pacto com aquele que a
enganava, apresentando-se como seu marido morto! “Bem, Tiago, agora
você vai estar sempre comigo e trabalharemos juntos de novo…”
Era o que o príncipe das trevas queria ouvir! “Sabe, Ellen, eu permaneci
muito tempo aqui em Battle Creek. Deveria ter ido lá para a Califórnia,
mas eu quis ajudar no trabalho e nas instituições aqui de Battle Creek.
Cometi um erro… E você, Ellen, você tem o coração macio e será inclinada
a repetir os mesmos erros que eu fiz. Não faça isso! Sua vida deve ser
usada na causa de Deus…”
A Sra. White acordou, disse que o sonho lhe parecera muito real e que,
por causa dele, não sentia obrigação alguma de ir até Battle Creek.
Acreditou que esse sonho, nitidamente contraditório, fosse uma
mensagem divina em resposta às suas orações e entendeu-o como uma
proibição de participar da reunião da Conferência Geral.
Ouviu a voz do inimigo e pensou que fosse a de Deus, embora as
Escrituras afirmem:
“O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão
mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.”Levítico 20:27.
“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao
SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante
de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus.” Deuteronômio 18:10-
13.
“Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um
cão vivo do que um leão morto. Porque os vivos sabem que hão de morrer,
mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles
recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e
inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa
alguma do que se faz debaixo do sol.” Eclesiastes 9:4-6.
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Adaptado dos escritos de Robson Ramos*
http://www.adventistas.com/setembro2001/sonho_original.htm
**
http://www.adventistas.com/setembro2001/traducao_sonho_egw.htm