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Introdução

Apresenta-se no presente trabalho os três principais escritores do movimento que ficou conhecido
como pré-modernismo; tal movimento se coloca entre os outros como um movimento de transição,
isto é, as características que marcam o movimento não se definem de maneira tão direta. Mesmo
assim, o movimento apresenta traços de um rompimento com o academicismo e exploração do
regionalismo

Euclides de Cunha

Euclides Rodríguez da Cunha é um escritor, poeta, ensaísta, jornalista, historiador, sociólogo,


geógrafo, poeta e engenheiro brasileiro. De 1903 a 1906, foi o sétimo presidente da Academia
Brasileira de Letras.

Publicou Os Sertões: Campanha de Canudos em 1902, dividido em três partes: A Terra, o Homem e
A Luta. Esta obra regionalista retrata a vida do sertanejo. Também publicou Guerra de Canudos
(1896-1897) na Bahia.

Depois de voltar de Canudos, Euclides foi para São José do Rio Pardo, em São Paulo, para
administrar uma ponte construída sobre o rio Pardo. Nesse período, começa a criar "Os Sertões",
que publica em 1902, e o inclui no panorama cultural brasileiro.

Com esta obra, Euclides da Cunha pretende não só contar o que presenciou no sertão, mas também
quer armar-se com as teorias científicas da atualidade - determinismo, positivismo e conhecimento
da sociedade da ciência, da geografia natural e humana.

Monteiro Lobato

José Bento Renato Monteiro Lobato é um escritor, editor, ensaísta e tradutor brasileiro. Um dos
escritores mais influentes do século 20, Monteiro Lobato é conhecido por suas obras para a
educação infantil, como a série de livros do Sítio do Picapau Amarelo. Em 1918, publicou "Ulupez",
uma coleção de contos e crônicas localistas. Em 1919 publica Cidades Mortas, um livro de contos
que retrata o declínio do ciclo do café. Em 1918, Monteiro Lobato publicou a sua primeira colecção
de contos, Urupês, quando retratou as paisagens das cidades por onde passou e o campo apontado
pela pobreza. Perfil do Jeca Tatu

Entre as obras literárias gerais de Monteiro Lobato encontram-se livros de ficção e outros livros
sobre questões sociais, políticas e económicas, mas todos eles têm um cunho nacionalista, e têm
uma melhor compreensão das questões e construção nacionais. Interessado no futuro.

Para além das obras literárias gerais acima mencionadas, destacam-se também as seguintes obras:
"Negrinha" (1920), "A Onda Verde" (1921) e "O Macaco Que Se Fez Homem" (1923).

A literatura infantil de Monteiro Lobato, além de apresentar o lado moral e educacional, não abre
mão da luta pelos interesses nacionais, mas retrata nossos tipos tradicionais e temas mitológicos.
Em 1960, a obra de Monteiro Lobato foi veiculada na série de TV "O Sítio do Pica-Pau Amarelo", em
que bonecos conversavam e crianças viviam em mitos e fábulas.

No Sítio do Pica-Pau Amarelo, sobressaem os personagens criados por Lobato: as bonecas Emília,
Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Anastácia, Visconde de Sabugosa, Tio Barnabé, Saci e Cuca.

Lima Barreto

Alfonso Enriquez de Lima Barreto, também conhecido como Lima Barreto, é um escritor e jornalista
brasileiro.

Como autor de obras críticas sobre questões sociais, o autor se livrou do nacionalismo presunçoso e
criticou o positivismo.

Sua obra digna de menção é o final trágico de Policapo Quaresma, escrito em linguagem coloquial.
O autor criticou a sociedade urbana da época.

Em 1909, Lima Barreto publicou o romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, que estreou no
mundo literário. O texto conta a trajetória de um jovem mestiço do Continente, sofrendo de severo
preconceito racial.

Este trabalho expressa a resistência ao preconceito racial e a ironia implacável do jornalismo carioca
em tom autobiográfico. A crítica social perdura no plano psicológico: é o autor que fala, não o
narrador de seu personagem Isaías Caminha (Isaías Caminha)

Em 1915, após a publicação no panfleto, Lima Barreto publica "Triste Fim" de Policarpo Quaresma.
Nesse romance, o autor descreve a vida política no Brasil após a Proclamação da República.

A obra narra os ideais e as frustrações do funcionário público, Policarpo Quaresma, homem


metódico e nacionalista fanático. Sonhador e ingênuo, Policarpo dedica a vida a estudar as riquezas
do país. Além da descrição política do final do século XIX, a obra traça um rico painel social e
humano dos subúrbios cariocas na virada do século.

Conclusão

Por fim, concluímos que cada um dos autores apresenta características bem destintas, mas que
exploram temas parecidos, sempre se voltando ao regional e nacional, criticando figuras ufanistas
em Lima Barreto e a figura da caipira em Monteiro Lobato. Mesmo assim, é de se notar que o
movimento ainda é pouco claro, isso pois é um movimento de transição.

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