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Liderança Espírita-cristã 2/03:

O Trabalho do Bem na Promoção do Espírito Imortal

Há uma quantidade expressiva de pessoas que se aproximam da doutrina espírita frequentando


um centro espírita, mas permanecem em uma inércia do ponto de vista espiritual sem realizar
esforços de auto transformação e também sem se colocar de forma útil no trabalho do bem no
projeto iluminativo de Jesus. continuam vivendo as suas vidas de forma sensual, tornando-se
espiritualistas materialistas, agem como filho mais novo nessa primeira fase.

Então, é uma realidade que nós temos nos centros espíritas, os trabalhadores são poucos,
frequentadores aumenta cada vez mais. Os centros espíritas tem as suas reuniões públicas com
raras exceções lotadas, mas quando se convida o frequentador até o frequentador mais assíduo a
colaborar com o trabalho, são poucos aqueles que aceitam, porque a grande maioria ainda está
nesse movimento de receber, como se fossem pessoas que não teriam capacidade de doar, e sim
apenas receber. É uma realidade que nós temos no movimento Espírita, porque tem a ver com essa
primeira fase do filho mais novo, a pessoas se coloca como incapaz, ainda de colaborar no bem, ela
já simpatiza, frequenta o centro, toma o seu passe, mas continuo com as suas vidas da mesma
forma que estavam antes de dar frequência ao centro espírita. Agora existe uma parcela um pouco
menor de trabalhadores que já atuam na atividade, mas fazem daquela forma que nos falamos
inicialmente por obrigação, como uma barganha, e aí, o que acontece, continua tendo muitas vezes
as mesmas atividades e realizando o trabalho como uma barganha, uma tentativa de barganhar com
Deus a benesses que a pessoa deseja.

Ederson do Rio Grande do Sul faz a pergunta:

Numa casa onde existe um dono e que não se realiza um trabalho efetivo no bem; se existe
os benfeitores ou não?

É muito delicada essa questão, é importante refletir que o que vai caracterizar um centro como
Espírita não é o rótulo nem a construção onde ele se encontra, é efetivamente o trabalho do bem
na Seara espírita no cristianismo redivivo. Então quando uma organização, como uma instituição
como foi colocado que tem um dono e essas atividades no bem não são realizados, pode ser tudo
menos um centro espírita, então não necessariamente que espíritos superiores eles não comungam
desse tipo de atividade.

André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade cita um grupo, que atuava de forma muito
egóica. Era um grupo que vivia em torno do mediunismo, havia um médium que recebiam espírito
mais levianos, e que apenas utilizar o usavam o espírito como se fossem consulentes para as suas
atividades cotidianas. Haviam um bem feitor, não era o espírito superior que tentava de alguma
maneira auxiliar esse grupo e ficava exclusivamente afeto aquele benfeitor, tentando encontrar uma
brecha para auxiliar aquelas pessoas a modificarem a forma como encaravam a mediunidade. Mas,
esse benfeitor não encontrava, isso não torna aquele grupo um grupo espírita, mesmo praticando a
mediunidade. Então, importante refletir que é um Centro Espírita digno desse nome vai ser sempre
aquele que leva avante os postulados da doutrina e sempre lembrando que a doutrina espírita tem
como objetivo reviver o evangelho de Jesus em espírito e verdade, reviver a proposta Cristã lá nos
primórdios que havia nas primeiras igrejas cristãs especialmente na igreja de Antioquia.

Agora nós vamos entrar na segunda fase do filho mais novo, uma fase muito significativa,
importante, que Jesus vai colocar todos os elementos necessários ao trabalho do bem, esse bem
com b maiúsculo, que nós estamos falando desde amanhã o bem da nossa transformação interior
pelo cumprimento das Leis desenvolvendo as virtudes.

E caindo em si disse:

Quantos trabalhadores de meu pai tem abundância de pão e eu aqui pereço de


fome;

Aqui nós temos dois símbolos importantes: o Cair em Si e a lembrança de que na casa do pai
havia abundância de pão, para quem, para os trabalhadores e ele estava na terra longínqua
perecendo de fome. Nós já vimos que a fome e a fome de sentido existencial que o Espírito só vai
resolver quando ele busca o sentido profundo da sua vida e isso só pode acontecer na casa do pai.
Então, quando o filho lembra que na casa do pai havia abundância, havia abundância de que? Esse
pão é pão feito de trigo e água, que põe no forno? Não, havia abundância de que então, se a fome
não é de pão e abundância também não é de pão é o que? Abundância de sentido, é na casa do pai
que o sentido existencial é possível. Agora qual é a forma de encontrar esse sentido, está no texto
literalmente; trabalhando, só é uma forma de o sentido existencial fazer parte da nossa vida,
trabalhando, e qual é o trabalho mais significativo? Trabalho para desenvolver as virtudes cumprindo
as Leis, então é esse o grande objetivo da vida só vai acontecer de nós seguirmos nessa direção
quando ocorrer o quê, que fenômeno é esse que Jesus coloca aqui, o cair em Si, é dar uma
cambalhota e cair em cima da gente mesmo? A decisão vem depois, despertar do quê? Despertar
da consciência, tem a ver com uma virtude, que virtude é essa? A virtude da auto consciência, a
partir daquele momento ele toma contato com essa virtude que ele não se dispôs a exercitar, que
está muito relacionado ao discernimento ligada a Lei de liberdade, ele usa mal a Lei de liberdade
porque não exercita o discernimento, porque não estava consciente, o espírito que murmura ele não
está consciente de si mesmo, então aqui ele cai em si. Aqui, ele estava num conflito existencial
muito grande e que esse conflito poderia ser solucionado lá na casa do pai, lá era o único lugar que
ele poderia solucionar o conflito, era na casa do pai, onde os trabalhadores têm abundância de pão,
onde há abundância de sentido, porque todos estão conectados com as Leis Divinas, todos estão
conectados com esforço para desenvolver as virtudes. Para estar na casa do pai só assim, dentro da
casa, pode estar perto da casa de uma outra forma que nós vamos ver o filho mais velho, mas
dentro da casa só é possível assim fazendo esforços para esse trabalho efetivo do bem mais
profundo, que é esse nosso conosco para resultar no bem para nós com as demais pessoas.

E aí o que ele faz:

Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei:

Pai pequei contra o céu e perante ti, já não sou digno de ser chamado teu filho,
faze-me como um dos teus trabalhadores;

Então, nós temos aqui símbolos significativos;

Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e aí dizer ao pai que pecou contra o céu, um símbolo,
perante outro símbolo, depois, não sou digno de ser chamado teu filho outro símbolo, e faze-me
como um dos teus trabalhadores.

Vejamos, quem é que precisa levantar? Aquele que está caído. Todas as vezes que nós vamos
para as terras longínquas, do ponto de vista espiritual significa: está caído, cair em quê? Em
tentação. Qual é a nossa maior tentação, ela está fora ou dentro de nós? Está dentro. Então, a
tentação do prazer egóico de usufruir direitos sem ter praticado os deveres, essas são as tentações
que o nosso ego cria para nós. Então, nós desejamos essas questões que são prazerosas, mas é o
prazer do ego em detrimento do essencial. Todas, as vezes que nós focamos no prazer do ego em
detrimento do essencial que vai acontecer? Nós vamos entrar no conflito existencial que vai produzir
todo um processo ligado ao vazio, ao abandono e ao isolamento, então é algo que é prazeroso, mas
sempre vai gerar sofrimento, então vale a pena esse tipo de prazer, o prazer que gera dor, logo em
seguida? Com certeza não né, então ele está caído e por isso que Jesus várias vezes no evangelho
falava do cair em tentação, inclusive ele colocou na própria oração do Pai Nosso – Não nos deixeis
cair em tentação. Vigia e ora para não cair em tentação, porque sabendo como a criatura humana
deseja o prazer e fugindo da dor, Jesus conhecedor do movimento psicológico, colocou isso muito
claramente para que nós trabalhamos para não cair, e se cairmos, como o filho mais novo fez, ele
caiu na tentação não caiu, uma pessoa caída deve fazer o que? Levantar, simples assim.

Vejamos as possibilidades que o filho mais novo teria. Jesus não coloca as outras duas
possibilidades na parábola, mas sabendo que é uma questão muito recorrente dentro do psiquismo
humano, quando alguém cai em tentação, praticou ações equivocadas que geraram conflitos muito
intensos para essa criatura, como nós vimos lá, gerou um processo de vazio, depois ele aprofundou
no autoabandono, depois ele a profunda no auto isolamento, gerou uma série de problemas para
ele. Ele poderia ter três atitudes, Jesus só coloca uma única atitude, uma atitude que é essencial:
caiu, levanta e segue, caminha.

As outras duas são: a culpa por ter caído e a desculpa, projetando a culpa no outro. Então,
vejamos, nós temos três opções: a exigência para não cair, nós chamamos de exigência de
perfeição está ligado o perfeccionismo, isso é bem próprio do irmão mais velho, daqui a pouco nós
vamos falar sobre isso. Um processo de exigência para não cair, a tentação, permanece, mas a
pessoa faz todo um processo de repressão da tentação e não de trabalho para se libertar da
Tentação. O filho mais velho é um grande exemplo daquele que se exige, se afastar da Tentação
não por um processo consciencial, mas por um processo puramente egóico só que egóico
mascarado.

Temos a desculpa, o filho mais novo poderia se desculpar?

Ah, por que que meu pai não pediu para eu ficar, ele que é culpado, ele sabia mais do que eu,
porque que ele não pediu para eu ficar, devia ter feito isso, ou... poderia ficar – ah já tô caído
mesmo, deixa eu ficar aqui. Poderia negligenciar a oportunidade de elevação? Poderia. Em que o
processo do desculpismo, em que a pessoa negligência aquilo que a vida convida. Então ele
continuaria negligenciando até que cansasse desse processo, porque tanto o movimento da
exigência de perfeição que produz a culpa, quanto a negligência do aperfeiçoamento que gera
desculpa, são muito cansativos. Chega um momento que o espírito cansa. Uma gasta energia
enorme, que é o movimento da máscara do Ego, repressão de sentimentos, o outro cansa porque
produz sofrimento imediato, gera muita dor imediata. um outro camuflador, mas os dois movimentos
são dolorosos em si mesmo que a culpa também produz muita dor só que ela é reprimida e a
pessoa fica elaborando mentalmente uma série de recursos para fugir. Um único movimento que
realmente vai gerar frutos e benefícios é esse que Jesus coloca, por isso, que a parábola é muito
significativa nesse aspecto, ela nos convida a um processo muito importante da nossa vida, qual é?
Está ligado ao cair em tentação.

É possível cair? Se não fosse, Jesus não teria colocado - Não nos deixeis cair em tentação. Vigia
e ora para não cairdes em tentação; a questão 115 não falaria do murmúrio então é possível cair,
mas ao cair Jesus mostra na parábola que existe um movimento muito nefasto ao cair, que o
movimento do, relacionado tanto a culpa quanto a desculpa, o movimento do julgamento. O auto
julgamento o auto julgamento aprofundaria o fenômeno do vazio, do auto abandono, e do auto
isolamento. No processo da culpa, a pessoa se julga, se condena, e se pune por ter errado; no
processo da desculpa ela se julga, ela percebe o erro, mas ela se justifica e ela projeta culpa em
terceiros - problema não sou eu, meu pai que não devia ter deixado eu sair. Problema sempre está
no outro, então, a pessoa se desculpa projetando a culpa no outro, também não funciona, então que
funciona? Vejamos Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, que movimento é esse? Ele está caído,
ele não se julga nem se condena e nem se justifica por ter caído, que que ele faz? Ele age de forma
responsável, ele se responsabiliza por levantar, porque quem é que vai tirá-lo da queda, quem é que
nos tira de uma queda? Nós mesmos. Não é queda do corpo físico, alguém pode até nos dar a mão
para nos levantar quando a gente cai, o termo descarregar, mas a queda moral ou nós levantamos
por nós mesmos ou nós levantamos. Se podemos ter ajuda tudo bem, mas o ato de levantar é de
responsabilidade de quem caiu, então eu que Jesus está mostrando aqui. Ele se responsabiliza por
ter caído e se responsabiliza por levantar, só que aqui ele já está levantando? Ele está fazendo o
que? Ele está pensando em se levantar, ainda não levantou, no próximo versículo que Jesus coloca:
E ele levantando e se foi. Aqui ele está mentalizando, está idealizando o que ele ia fazer isso é
importante na liderança no trabalho em equipe, você idealizar o melhor a ser feito antes de decidir e
agir importante ou não? É muito importante; o líder que não idealiza o melhor para o trabalho em
equipe vai estar sempre no movimento de fazer as coisas e muitas vezes só vai perceber depois que
já cometeram cometeu muitos erros, então idealizar o que é para ser feito antes de fazer é muito
importante isso é o processo da idealização ação para criar um ideal, toda idealização requer uma
decisão de mudança e a partir da decisão a realização, que é a ação para tornar real aquele dela
então que o filho mais novo faz aqui idealiza. Depois ele fala que vai ter com o pai, vai se levantar e
vai voltar pra casa do pai, e vai dizer para o pai que ele pecou contra o céu e perante ti. Tem dois
pecados aqui: contra o céu, e perante o pai. Que que significa céu e perante o próprio pai?

Primeira questão: Pecado o que significa? Errar o alvo, originalmente a palavra pecado vem de
Hamartia, que em hebraico significa errar o alvo. Tem nada dessa visão medieval, pecados mortais
aquela coisa bem horripilante que foi desenvolvida na Idade Média, pela própria igreja para
manipular consciências. O pecado é simplesmente errar e cair numa queda, levanta e continua
caminhando. Então ele pecou contra o céu. Céu é símbolo do que? Vejamos que Jesus coloca dois
erros em dois níveis: céu e ti; um é da Lei, da Lei é o que, céu ou ti? A gente erra perante Deus,
propriamente? Deus nos trata como pessoas erradas? Não. Nós erramos perante as Lei na nossa
consciência, quando nós não cumprimos as Leis, nós afrontamos a nossa relação com as Leis.
Porque nem afrontar a própria Lei diretamente não é possível, porque as Leis elas são imutáveis,
elas são aquilo que elas são. Agora nossa relação com a Lei, nós aprontamos. Então, esse perante
ti é perante as Leis e o céu onde ficam as Leis? Céu é símbolo da consciência e perante ti as
próprias Leis; então ele errou perante a própria consciência dele, porque a consciência nos convida
a que, a consciência nos convida a ir para terra longínqua? Não. Quem convida para ir para terra
longínqua é o ego, para usufruir dos prazeres egóicos, a consciência convida estar na casa do pai, a
cumprir as Leis, a desenvolver gradualmente as virtudes. Então, ele erra perante a própria
consciência e perante as Leis na consciência. Quando ele erra, ele cria para ele um processo; que
processo é esse, também está no texto, diretamente. Reparação vem depois, que processo é esse,
veja, ele errou perante a sua própria consciência que o convidava a praticar as Leis, desenvolvendo
as virtudes, ele errou não afrontando a sua própria relação com as Leis, e aí ele cria para ele o que?
O sentimento de indignidade, já não sou digno. O sentimento de indignidade é o que ele cria para
ele mesmo, por ter praticado essas ações equivocadas tá, e aí com esse sentimento de indignidade,
o que ele fica maculado dentro dele? Se é o sentimento de filho? O sentimento de indignidade ele
cria máculas que ele pratica perante a própria consciência e as Leis, que todos nós temos com as
Leis na consciência. Então, o que acontece, ele se sente indigno de ser chamado filho, não de ser
filho, por que quando Jesus fala o servo não fica para sempre na casa, o filho fica para sempre, o
que significa isso, que no movimento da servidão existe uma troca um desejo de recompensa, no
sentimento de filiação não, então ele sabe que ele é filho, mas ele quer o que? Quer significar para
fazer valer o título de filho, então não tem a ver com sentimento de filiação tem a ver com sentimento
de dignidade para se sentir filho. Então ele sabe que é filho, mas não sente plenamente isso, só vai
sentir de que forma com a sua dignificação. O trabalho de recuperação e como que se dá a
reparação trabalhando, trabalhando para fazer aquilo que era para ser feito, desde o início se ele
não tivesse murmurado se ele tivesse aceitado submisso, não precisava nada disso nada disso teria
acontecido, mas como ele murmurou agora cabe a ele trabalhar para se conectar com as Leis da
consciência e praticar as virtudes que não se dispôs a realizar. O trabalho do bem na coletividade é
consequência desse trabalho interior.
Para se levantar, a pessoa é convidada a fazer um bom uso da lei de liberdade,
por meio do exercício da virtude do discernimento, para não se acomodar nem
se revoltar por ter caído. Por isso é fundamental a conexão com a Lei de amor,
justiça e Caridade que nos convida um ato amoroso, justo e caridoso conosco.
O ato de se levantar é, portanto, um ato de amor justiça e caridade consigo
mesmo.

Aquilo que nós falamos, a pessoa não entra nem na culpa, nem na desculpa, ela age
responsavelmente assume a Lei de liberdade com discernimento e vai em busca da superação dos
erros que praticou.

É o que somos convidados a fazer hoje na Seara de Jesus, rediviva pela


Doutrina espírita: não nos culpamos por ter errado no passado, reagindo por ter
caído em tentação dos desmandos, nem nos desculparmos em um processo de
passividade, acomodando-nos à queda.

Por que, os dois movimentos como nós falamos são muito comuns. Quando a pessoa se acomoda
na queda – Ah, já tô lascado mesmo, então qual que é o problema, já vou para o umbral mesmo.
Então deixa eu pintar e bordar, pelo menos o prazer vem, não tem gente que pensa assim, já deixa
para próxima encarnação – na próxima reencarnação eu faço. A consciência grita, primeiro ela fala a
pessoa não ouve, deixa quieto, aí depois ela grita, mas a pessoa continua no descaso, no processo
da desculpa – ah, já fiz muita coisa errada mesmo, então fazer mais um pouquinho não vai fazer
diferença. Vai fazer muita diferença, sempre é tempo para despertar, ficar se culpando - eu tô
sofrendo assim porque no passado eu fiz muita coisa errada; também é muito comum do , as
pessoas ficaram escarafunchando o que fez, às vezes até em grupinho de amigo a gente vê as
pessoas - e aí que que você tem na internação passado era muita coisa de errado, não é aquelas
coisas que não faz sentido fica escarafunchando essa coisa que você tá a fim de nós sempre ter
feito muita coisa errada no passado. Isso parece ser muito inocente, mas não é, porque gera um
processo de fixação nos desmandos do passado mesmo que seja disfarçada de ironia, de gozação,
de riso. Saber que nós fizemos muita coisa errada no passado é muito claro, quem está no
movimento Espírita hoje é por que praticou muitos desmandos, especialmente na igreja católica, isso
Joana de Angelis fala numa mensagem que está no livro Após a Tempestade, nós vamos ver trecho
dessa mensagem daqui a pouco. isso é uma realidade, mas não é para que nós ficamos cultuando
essa realidade para que nós tomamos consciência. Cai, se cai e agora responsavelmente eu estou
no caminho de reparação. É assim que o líder, o trabalhador Espírita deve agir, focar na sua
dignificação, o foco em trabalhar no bem no processo transformador, por mais trabalho que isso seja
é assim que nós vamos evoluir, nem acomodados na queda nem culpados pela queda.

Após se levantar, o filho pródigo pensa em ter com Pai, significando a


reconexão com as Leis Divinas, especialmente a Lei de responsabilidade, pois
quem cai tem a responsabilidade de se levantar e caminhar de volta à Casa do
pai.

Em conexão com a Lei de amor, justiça e caridade, ele fez uma escolha
amorosa, justa e caridosa de se responsabilizar pela reparação dos seus atos.
Ele também mobilizou a Lei de Liberdade, fazendo exercício da virtude do
discernimento. O discernimento é a virtude que ilumina o livre arbítrio.

Então, ele faz todo esforço para se responsabilizar, levantar e se dignificar novamente.

E levantando-se foi para seu Pai;


Então jesus coloca ele se realizando, e aqui ele se realizando em ação, ação responsável, nem
reclamou por ter caído, nem tampouco ficou se culpando por ter caído e nem se desculpando,
projetando nos outros, ele caiu em si e reconheceu o erro, levantou e foi para seu Pai.

E quando ainda estava longe, viu o seu Pai e se moveu de íntima compaixão e
correndo lançou-se lhe ao pescoço e o beijou.

Aqui nós temos símbolos muito significativos que diz respeito à Lei Divina;

Ainda estava longe, que significa ainda estava longe, aqui tem a ver com o pai, ele já tinha caído
em si ele já estava voltando, ainda não tinha chegado na casa do pai, aqui é um símbolo de uma Lei,
aliás o versículo inteiro simboliza uma Lei, que Lei é essa? Lei de Misericórdia, porque Amanda, mas
a Lei de Misericórdia existe só para quem se ajuda? Para acessar a Lei de Misericórdia é preciso do
processo da pessoa, mas o que acontece é que a Lei de Misericórdia existe para justos e injustos,
para bons e maus, Jesus é que diz isso: que Deus manda, o Pai, Ele falou envia o sol para bons e
maus, a chuva para justos e injustos, significa que o Pai vela por nós onde nós estivermos dá para
entender isso gente, de que forma que o pai vela, pela sua Providência mas existe uma Lei, que é a
Lei de Misericórdia. Então a Lei de Misericórdia mesmo longe ela vela por todos os seus filhos, e
quando ele chega o pai veja que o pai sai de casa e vai até ele - viu seu pai se moveu de íntima
compaixão e correndo lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; então é Lei de Misericórdia em ação é
uma Lei que abraça que beija todos os filhos de Deus todos os dias, para que? Para que nós nos
conectamos com essa Lei, e qual é a virtude que nos conecta com essa Lei? Compaixão, é a própria
virtude que Jesus coloca bem explícita aqui; o pai sentindo compaixão do filho para que o filho
sentisse O que? Compaixão por si mesmo, porque a compaixão apesar de que é uma virtude e às
vezes a pessoa distorce confundi pensa como compaixão, com pena, com dó.

Compaixão, é o sentimento em que a pessoa percebe o seu próprio erro, mas não se vê como uma
coitada por ter errado se se vê como o filho pródigo tá se vendo de uma forma responsável e busca
a partir desse ato responsável, trabalhar em função da superação, da ressignificação de todo
movimento que gerou o seu mal, então, é o sentimento por excelência é o amor e a compaixão as
duas virtudes que vão soerguer o filho, ele volta para casa do pai porque ele está fazendo exercício
de profundo amor e agora ele é convidado aprofundar nesse amor pela compaixão. Então
compaixão é esse sentimento que vai acolhe-lo para que ele possa fazer todos os esforços
necessários para se reerguer. Vejamos, qual que é mais trabalhoso, o trabalho do bem depois de ir
para terra longínqua ou trabalho do bem desde o início na casa do pai? Aquele que foi para terra
longínqua tem um trabalho muito maior, por quê?

Sim porque tem a ver com a volta, mas por que que é maior, o que ele vai necessariamente
precisar lidar que no outro caso não? Os conflitos, ele adentrou nos conflitos. Então como ele
adentrou profundamente nos conflitos, qual é a virtude que vai fazer com que ele se liberte dos
conflitos? A compaixão, é a compaixão que vai fazer conjuntamente com o autoamor ou auto
cuidado que nós já falamos, esse trio de virtudes: autocuidado, auto amor e compaixão, faz com que
o espírito se liberte dos conflitos que criou. Se ele não tivesse criado conflitos, o trabalho seria bem
mais tranquilo, mas sempre a trabalho, por isso que ele murmurou né, ele foi para terra longínquas
porque ele não queria trabalhar, sofreu as consequências. Agora ele volta para trabalhar fazendo
esforço dobrado, por isso que os benfeitores espirituais em todas as obras mediúnicas sérias
recomendam o esforço para não cair em tentação, reforçando as orientações do Cristo para todos
nós, porque é muito fácil a pessoa mergulhar nos processos prazerosos do ego, muito fácil, como o
próprio processo já ele já indica né prazer imediato, mas é o prazer que vai produzir muita dor e para
se reerguer depois disso tudo é muito trabalhoso, se trabalhar sem esses conflitos já é trabalhoso,
fazer esse esforço de cumprir as Leis desenvolvendo as virtudes já é muito trabalhoso, imaginemos
o trabalho de diluir os conflitos, diluir toda dor que nós criamos para poder desenvolver valores que
nós negligenciamos, por isso, a necessidade dessa profunda compaixão. Então, Deus nos oferece a
compaixão, cabe a nós fazer o que? Cabe a nós fazer o mesmo, porque é muito comum no
movimento da exigência, da cobrança de ter errado somos convidados a nos acolher com
compaixão, porque assim que Deus nos vê, Jesus coloca muito claro isso na palavra, não apenas
saber disso é importante, aquilo que nós falamos de manhã, é sobretudo sentir no coração, sentir
essa necessidade no coração, trabalhar, nos envolver com íntima compaixão, acolhendo o suporte
que a Lei de Misericórdia nos oferece.

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de
ser chamado teu filho.

Vejamos, o pai o recebe com íntima compaixão, beija e o abraça, e o filho que que ele está
dizendo aqui para o pai? Que ele não é digno de ser chamado teu filho, porque que Jesus o coloca
dizendo isso ao pai? Que ele queria ser acolhido sem trabalho e que isso seria privilegio? Sim,
porque é só trabalhando, mas não é o trabalho é o digno que nós estamos perguntando. Porque ele
pede o posto de trabalhador do Pai, mas aqui ele diz: não sou digno, pequei contra o céu e perante
ti, nós já sabemos o que significa, mas não sou digno de ser chamado teu filho, nós já vimos
também o que significa, mas por que que ele disse apesar de ser acolhido pelo pai, com ínfima
compaixão. A dignificação, depende do pai ou dele? Dele, existe filho indigno para Deus? Se
existisse um filho indigno para Deus, Deus não seria soberanamente justo e bom, como está no
Livro dos Espíritos em a Gênese também. A própria consciência cobra, a consciência que pede dele
a dignificação; então para Deus não existe filho indigno. Agora, o filho que não reparou ainda
perante a própria consciência vai se sentir indigno, isso é tão importante que nós vamos nos ater a
esse versículo e comentá-lo mais profundamente porque ele está intimamente ligado ao trabalho do
bem, a liderança e trabalho em equipe, o sentimento de indignidade, que muitas vezes nós
transformamos em sentimento de inferioridade que é muito diferente. Indignidade, é um sentimento
que nos impulsiona, o sentimento de indignidade nos impulsiona nos dignificar, o sentimento de
inferioridade nos mantém na própria indignidade. Vamos adentrar nisso, fazendo parentes antes
disso, vamos trazer mais um outro Versículo que está muito ligado ao do anterior que fala da Lei de
Misericórdia;

Mas o Pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho,
e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e
matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e
reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.

Vejamos aqui, nós temos vários símbolos, o Pai disse aos seus servos. Quem são os servos do
Pai? É um símbolo muito significativo, os servos do Pai, quem são? As Leis divinas são os servos
do pai e quais servos especificamente o Pai pede para trazer tudo isso, qual dos servos? A Lei de
misericórdia, é a Lei de misericórdia que vai oferecer para nós, novamente, todos os recursos que
nós desperdiçamos, faz sentido. Nós vamos ter um novo corpo vamos ter uma nova família vamos
ter novamente bens, porque as Leis nos convidam sempre a reparar os nossos erros, não existe
filho de Deus que vai ficar eternamente equivocado, todos vamos encarnar tantas vezes quando for
necessária, até nos transformar. A Lei que rege tudo isso é a Lei de Misericórdia, faz sentido gente,
porque o filho tinha mérito para receber roupa, anel, sandália, bezerro cevado? Ele tinha ido para
longe da casa do pai nem se portou com pai foi embora, gastou tudo volta todo esfarrapado, mérito
algum. Então, nós não temos mérito no processo de resgate, por isso falamos muitas vezes
queremos usufruir direitos sem ter praticados os deveres, as pessoas complicam seu plano
existencial, porque desejam obter direitos sem praticar deveres, e aí a pessoa se acha tendo mérito
que ela não conquistou - ah, eu vou ficar sozinho nessa encarnação? Não, eu vou roubar o
namorado da outra, o marido dessa outra, mas você tem uma programação nesse sentido, mas não
quero nem saber. Então, são movimentos que estamos vendo na terça feira que é uma das coisas
que mais as pessoas tropeçam é nessa questão da relação afetiva. A pessoa não quer ficar sozinha,
mesmo sabendo consciencialmente que tem uma programação pra isso, mas ela faz porque ela
quer usufruir direitos sem praticado os deveres.
Saulo pergunta:

Isso é uma oportunidade que ele conquistou?

Sim, a Lei de Misericórdia trazendo para o filho todos os recursos necessários para a reparação,
sem ele ter mérito algum, não é um direito conquistado porque ele não tem direito algum, porque
direito se conquista praticando deveres, até agora ele praticou dever? É assim que a Lei de
Misericórdia nos sustenta.

Mensagem para reparação sem ele ter mérito algum não é um direito conquistado Por que não tem
direito algum por que o direito se conquista para ficar no dever já bateu agora ele ficou de ver é
assim que a Lei de Misericórdia nos sustenta por isso que Jesus fala: Deus manda chuva para justos
e injustos, imagina se Deus permitisse respirar quem fosse justo, nós estaríamos sufocando, não,
para quem é injusto o ar vai ficar irrespirável, pronto, acabou, 99% da humanidade, então ele manda
o Sol, a chuva, aí é o símbolo de todos os recursos que Deus oferece.

Amanda lembra que Jesus está ressignificando a pena de talião, muito comum no passado, do olho
por olho dente por dente, de um Deus sanguinário que pune, que que nega os seus filhos as
oportunidades de renovação, isso não existe.

Agora vamos para os símbolos que Jesus usa aqui:

Primeiro, melhor a roupa:

Ele estava voltando naquelas condições, devia estar em farrapos, mas é roupa mesmo ou é um
símbolo de algo mais significativo? Quando nós falamos de auto iluminação que significa auto
iluminação? Não é um processo de colocar em nós a melhor roupa, não é, vamos imaginar que o
perispírito seja nossa roupa do espírito que nós somos, quem é que brilha a roupa ou o espírito? O
espírito e o perispírito não transcende a luz que o espírito desenvolve? Então, trazer a melhor roupa
significa exatamente as oportunidades a Lei de Misericórdia nos traz o que? As oportunidades e auto
iluminação se nós soubermos usar nós vamos utilizar dos recursos para nos iluminar. Então, que
significa depressa? Depressa aqui, agora, é o símbolo do aqui agora. Quando é que nós nos
iluminamos, aqui agora, fazendo exercícios aqui agora, são múltiplos aqui agora bem exercitados
que nós vamos nos iluminar, nós nos iluminamos nem no passado nem no futuro é aqui agora,
depressa é o símbolo do aqui agora. Concilia-te depressa com teu adversário, você concilia aqui
agora.

Vesti-lho ponde-lhe um anel na mão;

Que é o anel, é símbolo do que? De união, de aliança, então que aliança que o filho estava tendo
aqui? Ele estava na terra longínqua, agora ele volta para casa do pai, que tipo de união é essa?
União com a essência Divina que ele é, com as Leis na consciência e consequentemente com Deus.
Ele não chegou no nível do isolamento lá na terra longínqua, ele entrou no processo do vazio, do
abandono, no isolamento. Agora ele ganhou um anel, quem é que vai fazer o esforço para valorizar
o anel? O filho, por que? Porque ele decidiu voltar para casa do Pai, aqui ele está dentro da casa do
Pai, então ele decidiu por unir-se a essência Divina que ele é, ele que estava distanciado, chegou
num nível de conflito tamanho que produziu o isolamento e agora ele está novamente unido com a
própria essência, com as Leis na consciência e com Deus, para que? Para que se auto ilumine, para
ressignificar tudo aquilo que equivocado que ele fez, pelo esforço no bem. Nós vamos ver uma fala
de Joanna de Angelis, um convite para nós espíritas fazermos isso. Nós temos um passado
tenebroso, mas temos um compromisso consciencial de ressignificar, não os atos passados porque
eles já passaram, mas a forma como nós lidarmos. Antes, numa terra longínqua, usufruindo do
prazer que o ego proporcionava. Agora fazendo esforços, praticando dever. Antes de achar que nós
temos direitos, pratiquemos os deveres. Grandes devedores da humanidade, não tem direitos ao
usufruir, tem o direito de trabalhar efetivamente. Esse é o direito que nós temos, o direito de praticar
o dever, por isso a misericórdia oferece todos os recursos. Os recursos da roupa, do anel e
sandálias, para que serve a sandália? É importante que nós voltemos lá no tempo e façamos a
reflexão simbólica daquilo que Jesus usa.

Sandália é para caminhar, como era os caminhos daquela época? Cheio de pedras, de espinhos,
não tinha estrada pavimentada, se hoje nós formos andar descalço no asfalto de Cuiabá, o que vai
acontecer? É asfalto, não tem nem pedra, nem espinhos, mas se nós formos tentar fazer isso aqui
em cinco minutos nós voltamos com o pé esfolados de queimados, agora imagina naquela época
andar sem sandália, ele estava sem sandália, ele perdeu tudo, até sandália ele precisou vender para
comprar uma comidinha, ele está sem sandália, qual é o símbolo que está por trás da sandália, uma
pessoa com os pés todo ferido, caminhando naquelas pedras todas o que representa uma sandália
para uma pessoa assim? Um alívio, o alívio é uma a consequência do que? É um processo muito
profundo que vem da Lei de Misericórdia que nós somos convidados a fazer conosco, é o auto
acolhimento amoroso, que o autocuidado e autoamor gera, em vez de nos machucar mais. Se a
pessoa estava caída levantou e voltou para casa é para que ela se acolha, Deus nos acolhe
assim, nos dando sandálias nos pés, colocando sandálias nos pés para que a nossa vida seja
suave, para que o processo de reparação seja suave e leve e não que ele seja tenebroso –
não, você fez a coisa errada, agora sofre; então, esse movimento masoquista do errou agora
sofre, é muito humano egóico. O convite, veja, ele estava sem nada, esfarrapado, o Pai pede
para o servo, trazer a melhor roupa, não era qualquer roupa, a melhor roupa que simboliza o
movimento do Espírito se iluminar, focado nas questões essenciais, aí o anel, essa união com
as Leis da consciência, a união consigo mesmo em essência com Deus e sandálias, todas as
condições para trabalhar com suavidade e leveza, o trabalho na Seara Espírita deve ser
assim com suavidade e leveza, o trabalho de renovação, por isso que não vale a pena ficar -
você está sofrendo isso agora, porque no passado você fez isso, isso é simplista, isso é
desconhecer como funcionam as Leis, a Lei de causa e efeito não é Implacável, porque a Lei
de causa e efeito é suavizada pela Lei de Misericórdia, então vejamos, como ele está
disposto a trabalhar para quê que ele vai sofrer? Um trabalhador do bem sofrendo ele vai
trabalhar mais ou menos? Muito menos, agora quem é que criou o sofrimento, são as Leis
divinas ou a nossa rebeldia? É a nossa rebeldia. Nós arranjamos sofrimentos
desnecessários, seja pela negligência, seja pela exigência.

Vamos para o outro símbolo;

Trazei o bezerro cevado;

Bezerro cevado, aqui o bezerro é aquele boi ainda novinho, que era cuidado no estábulo para
carne ficar bem macia, para ter uma churrascada daquelas, bem deliciosa, é chamado vitela, os
vegetarianos ficam horrorizados com raiva de Jesus, mas que que pode fazer né, mas aqui na
verdade pode ser até o certo vegetariano na verdade é um símbolo de um banquete, então o pai
estava oferecendo para o filho um banquete, tem muita relação com a Parábola da Grande Ceia,
para parábola do festim de núpcias, que é a festa o banquete que símbolo é esse, usufruir de um
banquete, veja, até pouco tempo atrás nem as bolotas do porco ele tinha para comer, é um símbolo,
símbolo desse movimento do auto isolamento, do conflito, do abandono, do vazio que ficou chegou
no auge. Agora ele tem um banquete à sua disposição, que significa isso? Ele se dispôs a usufruir
da grande ceia, do banquete da casa do Pai.

É trabalhoso cumprir as Leis é ou, não? É. É trabalhoso exercitar as virtudes? É, mas é um Grande
Banquete, gera alegria e felicidade bem-estar profundo – olha, trazei o bezerro cevado e matai-o e
comamos e alegremo-nos, porque, não é um processo triste - ah que droga, tem Centro Espírita
hoje, que droga aprender tudo isso nesse seminário, agora minha responsabilidade aumentou para
burro, que que eu faço. Veja, não é assim, imaginemos, você entrar num pesar por estar sendo
convidado a cumprir as Leis divinas é algo para gerar alegria. Então esse é o banquete que Jesus
está falando aqui, para produzir alegria existencial, a alegria existencial é o que vai gerar A
Felicidade Plena no futuro é uma série de exercícios para produzir alegria assistencial, só é possível
produzir alegria existencial quando nós efetivamente cumprimos as Leis desenvolvendo as virtudes,
isso significa isso que significa o bezerro cevado, matara o bezerro cevado e fazer todo esforço para
cumprir as Leis desenvolvendo as virtudes, vai gerar muita alegria existencial.

Pergunta Ana.

A Lei de misericórdia nos oferece tudo isso o tempo todo, mas nós só vamos usufruir quando nós
vamos para casa? Sim, não existe outra forma de usufruir tudo isso na terra longínqua, é só na casa
e dentro da casa, nem perto da casa, nem na terra longínqua, daqui a pouco a gente vai falar do
filho mais velho que estava sempre perto da casa, é dentro da casa que nós usufruímos todas essas
bênçãos, porque, é dentro da casa que acontece o banquete, que acontece a grande estreia que o
processo de cumprir as Leis desenvolvendo as virtudes.

E aí Jesus fala: esse meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado.

Quando nós estamos numa terra longínqua nós morremos psicologicamente, porque a vida em
abundância está onde? Na casa do pai, se nós estamos longe da vida nós morremos, é uma morte
do ponto de vista dos ideais, não é uma morte biológica, é a morte dos ideais em nós, até que nós
voltamos para casa para cumprir o ideal que era para ser sempre desde o início cumprido, então ele
estava perdido nesse processo de se afastar das Leis na consciência, do trabalho para exercitar as
virtudes agora ele voltou e aí se encontrou, estava perdido e se achou, e todos se alegraram menos
um, o filho mais velho, nós vamos ver depois. Nós vamos fazer um parente agora sobre a questão
do sentimento de indignidade.

Agora refletiremos uma questão importante no trabalho da liderança Espírita Cristã que é o
sentimento de indignidade retratado por Jesus nessa parte da parábola.

Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus
trabalhadores.

Então, o sentimento de dignidade vem de termos praticados atos indignos, a partir de uma
orientação do Espírito Honório vamos fazer algumas reflexões importantes.

Ao ir para a terra longínqua, afastando-nos das Leis divinas, descumprindo-as,


cometemos atos indignos. Como dissemos, aqueles que estão à frente do movimento
espírita praticaram muita indignidade em nome da religião, conforme ensina a
veneranda mentora Joanna De Ângelis em seu livro Após a Tempestade, na
mensagem os novos obreiros do Senhor – “Labor em Equipe” - ao dizer que,
exatamente por colocar o nosso tesouro nas questões puramente materiais, devido à
nossa ambição, falhamos no trabalho de Jesus, a que fomos chamados em outras
oportunidades. Joanna De Ângelis resumidamente aborda nessa mensagem a nossa
trajetória no seio do catolicismo e das igrejas protestantes, várias vezes nós fomos
chamados ao trabalho com Jesus e preferimos as coisas do mundo. Servimo-nos do
Evangelho de Jesus para adquirir bens, na maioria das vezes usurpadas de outras
criaturas de forma violenta. Utilizamos os recursos da própria religião, não para servir
a Jesus, mas para nos servir na Seara de Jesus.

Na mensagem Labor em Equipe, Joanna De Ângelis coloca de uma forma muito intensa, é uma
mensagem muito longa de 11 páginas, 11 laudas nós vamos estudar uma parte dela agora refletir
naquilo que a mentora nos oferece para reflexão.
A mentora nos diz textualmente:

“[...]” ambiciosos, dissertamos das diretrizes seguras e da renúncia e da


humildade para mergulharmos em fundos fossos, onde nos detivemos tempo
sem conto até que soassem os impositivos restauradores, concedendo-nos
oportunidade de reaprender e reencetar serviços interrompidos. Não é a
primeira vez que nos chega à voz do cordeiro de Deus concitando-nos a
redenção, ao avanço a sublimação.

De instintos aguçados, preferimos espontaneamente, as faixas animalizantes


em que nos comprazíamos, no primitivismo, aos painéis coloridos e leves das
Esferas Mais Altas.

Isso tem a ver com o filho mais novo na primeira fase ou não? Muito né, então nós estávamos na
Seara cristã, mas invés de seguir as orientações do Cristo, nós preferimos entrar nessa faixa
animalizante do prazer sensual.

Por esses e outros vigorosos motivos, temos avançado lentamente, enquanto


outros companheiros intimoratos se ergueram do caos e conseguiram
ultrapassar os limites e que por enquanto ainda nos detemos. Soa-nos, porém a
hora Libertadora e o instante é azado.

Aqui agora, por isso o depressa, não é apressado, é depressa, aqui agora, as orientações são
todas nesse sentido.

Luz ou trevas!

Escolha é nossa.

Decisão definitiva de libertação, ou fixação nos exercícios repetitivos da


própria inferioridade.

Ascensão ou queda nos resvaladouros das falsas necessidades que se


convertem em legítimas necessidades a instâncias nossas. Cristo nos convoca
outra vez ao despertamento e ao trabalho do segmento pessoal, que em última
análise é o desordenamento da Terra mesma.

Somos as células do organismo universal, por enquanto enfermo, em


processo deliberativo sobre a terapêutica preciosa do Evangelho restaurado.

Não é a primeira vez que nos chega à voz do cordeiro de Deus concitando-nos
a redenção, ao avanço, a sublimação...

Como diz a mentora, desde antes de Francisco de Assis está na Terra nós fomos chamados ao
trabalho cristão e falimos, muitas e muitas vezes.

Alguns o conhecemos, nos idos tempos das horas primeiras da nossa era,
preferindo desde então o malogro das aspirações que eram falsas.
Aqui a mentora vai além, ela diz que muitos de nós, ela está falando aqui para todo movimento
Espírita, mas muitos de nós podemos ter estado naquele momento histórico que Jesus esteve na
Terra e o conhecemos pessoalmente. Independente disso ou não, de ter conhecido seus
ensinamentos nós já o conhecemos e sabemos da sua proposta.

Tivemos a oportunidade de tosa e, todavia, não soubemos ou não a quisemos aproveitar...

[...] Vimos o resplandecer das luzes espirituais em nossas reuniões de estudos


em Claustros e seminários, Monastérios silenciosos e grutas ascetas. Mesmo
assim, convertemos os recursos da oração e da vigilância em astúcia, com que,
no confessionário extorquimos as informações que usávamos para ferir e
destroçar em nome da Verdade, que manipulava vamos a bel prazer.

Parecia inúteis os celestes apelos na acústica do nosso espírito atribulado.

Os chamamentos nunca cessam, os benfeitores espirituais estão sempre a postos nos chamando,
nos convidando a termos tento, seja no passado seja agora dentro do movimento espírita.

Reencarnamos e desencarnamos sobre angústias e ansiedades, formulando planos e os


destruindo, rogando retornos apressadas com que nos pudéssemos reabilitar em definitivo, sem que
lobrigássemos o êxito que desejávamos realmente perseguir...

Ao plano espiritual sendo elaborado e não cumprido, será que mais uma vez nós vamos deixar o
plano existencial de lado? É uma pergunta que nós somos convidados a refletir.

...Ocorre que a névoa carnal tolda a visão espiritual e de certo modo bloqueia,
nos espíritos tardos, as percepções melhores e mais sutis, anestesiando neles
os centros da inspiração e da comunhão superiores.

Então, o espirito tarda, aquele que permanece na retaguarda, que permanece murmurando. O
convite é sempre de ressignificação e transformação. Nós podemos continuar murmurando.

Transcorreram séculos em vais e vens infelizes...

Nossos Mentores Espirituais, apiedados da nossa incúria e sandice,


intercederam sempre por nó, fazendo que nos fossem facultadas novas
investiduras no domicilio corporal.

[...] Quando o abençoado “sol de Assis” resplandeceu na Terra, reorganizando


o Exército de Amor do Rei Galileu, fruímos a sublime ocasião de retomar às
lides da Fé, palmilhando as estradas impérvias que a humildade nos oferecia,
enquanto a sua voz entoava a canção da fraternidade universal, com as notas
melódicas da compaixão e da caridade.

Aqui a fala nítida de que fomos muito de nós discípulos de Francisco.

Não foram poucos os esforços dos “adversários da luz” tentando apagar as


pegadas do Discípulo amado pelos espíritos da Úmbria, que se estendiam por
além fronteiras, na Terra sofredora. Inovações sutis e perigosas, excessos onde
antes havia escassez, atavios em lugar de desapegos, aparências substituindo a
aspereza da simplicidade, lentamente foram introduzidos, no ministério cristão
e, por pouco, não fosse a Divina Vigilância do “trovador de Deus” quase nada
ficaria para a posteridade, além das anotações vivas da sua caminhada
incomparável....

[...] Quando se preparavam os dias da Codificação espírita, quando se


convocavam trabalhadores dispostos à luta, quando se anunciavam as horas
preditas, quando se arregimentavam seareiros para a Terra, escutamos o
convite celeste e nos apressamos a oferecer nossas parcas forças, quanto nós
mesmos, a fim de servir, na ínfima condição de sulcadores do solo onde
deveriam cair as sementes de luz do Evangelho do Reino.

[...] Quantos, no entanto, malograram!...

Aqui ela põe a possibilidade de quantos de nós sermos espíritas lá da primeira hora, junto com os
primeiros trabalhadores da codificação, junto de Kardec.

Não pequena foi à quota dos desertores, dos caídos naqueles dias, e ainda
hoje!...

Então essa advertência da mentora é muito significativa, não faltaram aqueles que desertaram,
que detrataram, que caíram. Naqueles dias e ainda hoje, como diz Eurípedes Barsanulfo no Livro
Tormentos da Obsessão, não era para estar acontecendo de os espíritas desencarnarem muito mal,
era para estarem desencarnando felizes, porque estão infelizes para muitos desertores, muitos
detratores, muitos caídos ainda hoje em dia no século 21, essa mensagem é do ano 70 do século
passado.

“Adestrados, agora, para os inadiáveis serviços de reconstrução do mundo em que nos


encontramos, mediante o uso dos instrumentos d mansidão, da justiça e do conhecimento, mister se
faz que nos detenhamos a reflexionar em regime de urgência e em clima de tranquilidade.

“Não há sido pequeno o trabalho enviado pelos Administradores Espirituais das nossas vidas, a fim
de nos reunir, de nos acercarmos um dos outros, após incessantes períodos de disputas infelizes,
de justas inexplicáveis, de idiossincrasias domésticas...

É aquilo que estávamos falando agora a pouco, o plano existencial é muito elaborado. Imagina
unir muitas pessoas em várias famílias e trazê-las para o mesmo ambiente, o mesmo ambiente
espiritual para que nós possamos evoluir em conjunto, é muito trabalhoso é o que a mentora diz
aqui: Não há sido pequeno o trabalho enviado pelos administradores espirituais nas nossas vidas a
fim de nos reunir” e quando nós estamos reunidos e que nós desejamos? Ficar lutando um contra o
outro, denegrindo o trabalho do outro, detratando, fazendo coisas que não deveríamos mais estar
fazendo, negligenciando - eu tô com preguiça não vou fazer, não quero, podemos, mas não convém.

Já não se dispõe de tempo para futilidade nem tampouco para ilusão.

Fala mais direta que essa não é possível né. Não se dispõe de tempo para futilidade, nem
tampouco para ilusão ou nós seguimos em direção ao trabalho do bem ou vamos derramar muitas
lágrimas.

Necessário lidar com Espíritos resolutos para tarefa que não espera e o dever
que não aguarda.
Essa virtude que ela coloca aqui é muito significativa. A resolução ou decisão que a mesma coisa
nos conecta com que Lei divina? Lei do Progresso, então a Lei do Progresso nós só progredimos se
formos resolutos, não é possível neste momento ficarmos em dúvida - será que eu vou, será que eu
não vou, será que eu cumpro meu dever ou será que eu não cumpro, mas o prazer é tão grande
nesta área, naquela área, então - a mais uma Encarnação vai fazer diferença, e ficamos assim não
desenvolvemos a resolução - eu quero, como eu quero, eu posso, eu consigo, eu sou capaz, eu
mereço está no trabalho assim para cumprir o dever, não é merecer direitos que nós ainda não
conquistamos, mas merecer o dever de estar num trabalho assim.

Então, Saulo está perguntando;

Qual o sentido mais profundo da tarefa que não espera e o dever, que não aguarda?

A tarefa que não espera, é a tarefa da Regeneração do planeta, se nós deixarmos para a próxima
encarnação que pode acontecer conosco? Só perder a oportunidade? Ela vai ser efetivada por outra
pessoa, mas só perder a oportunidade ou podemos até perder o planeta e ganhar o outro bem mais
primitivo? A tarefa não espera, porque a Terra vai se tornar mundo de Regeneração, quer nós
trabalhemos por isso ou não. O dever não aguarda, não vai ficar – nós vamos ter outras
reencarnações mesmo, então vou deixar pra próxima. Sim, você vai deixar pra próxima, mas muito
provavelmente não será por aqui, será num planeta primitivo, em que nós levaremos séculos num
ambiente muito hostil para fazer o que nós poderíamos fazer agora, por isso a tarefa não espera e o
dever não nos aguarda ou, cumprimos nosso dever ou cumprimos nosso dever.

“Estes são os momentos em que deveremos colimar realizações perenes.”

Tudo que é perene do espírito imortal é para sempre.

Para tanto, resolvamo-nos em definitivo produzir em profundidade, acercando-


nos de Jesus e por Ele facultando-nos conduzir até o termo da jornada.

O convite é muito claro, seguir no projeto iluminativo de Jesus como um trabalhador do bem.

Não será certamente uma incursão ao reino da fantasia ou um passeio gentil


pelos arredores da Catedral da fé. Antes, é uma realização em que nos
liberaremos das injunções cármicas infelizes, adquirindo asas para maiores
voos na direção dos inefáveis cimos da vida.

Há muito por fazer que deve ser feito, sem a presunção jactanciosa que
impeça as melhores expressões do serviço, nem os injustificáveis receios que
turbam a claridade dos horizontes de trabalho.

Conscientes das próprias responsabilidades não esperemos em demasia pela


transformação de fora, mas envidemos esforços para o aprimoramento interior.

Muito de nós ficamos esperando a transformação das instituições - o dia que eu tiver um Centro
Espírita bem legal daqueles que todo mundo é maravilhoso, eu começo a trabalhar, vai esperar
desencarnar e vê se tem um Centro Espírita assim no mundo espiritual, porque aqui a pessoa não
vai trabalhar, só que nas regiões umbralinas e trevosas, não tem Centro Espírita, então a pessoa
certamente vai ou para o umbral ou para as trevas, depois que desencarnar nessas condições de
preguiça moral, então não esperemos as transformações de fora, seja do planeta, seja das
instituições, transformamos nós mesmos, porque transformando nós mesmos é que nós vamos
transformar o planeta e transformar essas instituições, é o recado da benfeitora. Tenhamos tempo
tento e assumamos as nossas responsabilidades.
Sem veleidades, iniciamos o trabalho de construção do novo mundo retirando,
dos escombros do “eu” enfermiço os materiais aproveitáveis para as novas
edificações a que nos devemos dar com euforia e santificação.

Aqui é euforia no sentido de alegria, não é o movimento mascarado do ego. Então, alegria e
santificação do esforço no bem. Vejamos que a mentora fala: retirando dos escombros do eu
enfermiço, então nós somos filhos pródigos voltando para casa, voltando esfarrapados, sem
sandálias nos pés, tudo isso para nos significar. Então existe toda uma série de indignidades a
serem ressignificados, que ela chama aqui de escombros do eu enfermiço, mas dentro disso tem
muita coisa aproveitável, muitos movimentos nossos que já são na direção do bem. Então,
liquescemos naquilo que existe de melhor em nós e trabalhamos em função disso.

Estamos no lugar certo, ao lado das pessoas corretas, vivendo com aqueles
que nos são os melhores elementos para execução do programa.

Essa aqui é a fala direta para aqueles que acham que estão no lugar errado, com as pessoas
erradas, numa cidade errada - queria uma cidade bem mais fresquinha do que essa Cuiabá de
quase 40 graus, não você tá no lugar certo, é aqui que é para você florir - a esse Centro Espírita só
tem gente chata, só tem gente nossa não aguento mais. Você está com as pessoas certas para que
você possa evoluir e crescer, desenvolver paciência, tolerância, mansidão, humildade, são as
virtudes, porque nós ficamos esperando virtude dos outros e não nos dispomos a exercitar as
virtudes nossas, e aí nós projetamo-nos os outros problemas que nós não estamos dispostos a
esforçar para desenvolver soluções.

A pretexto de novas utopias a pretexto de novas resoluções, não perturbemos


o culto dos deveres a que nos jugulamos com fidelidade. Nenhuma justificação
para os equívocos, nenhum desvio de responsabilidade.

Em outras palavras não há espaço para desculpa, ou você resolve trabalhar de forma resoluta por
fazer esforços ou vai perder a oportunidade mais uma vez.

[...] Estribados no amor fraterno e alicerçados no estudo consciente dos


postulados espíritas promovamos o idealismo ardente produtivo, abrasador
com que se forma um líder Servidor das causas superiores, convocando as
multidões hora desassisados que caíram nos despenhadeiros da alucinação por
não encontrarem mãos firmes na caridade da iluminação, de consciências e no
arado da fraternidade concitando-as ao surgimento e à renovação.

A muita dor lá fora esperando pessoas resolutas para aliviar essas dores isso só vai acontecer se
nós nos propusermos a trabalhar para diluir a nossa dor para auxiliar os demais a diluir dores deles
também.

Com todo respeito a todos, não temamos, porém, ninguém vinculados e


adesos ao trabalho, nos grupos de ação, casas e entidades veneráveis,
auxiliemos, verdadeiramente ligados a causa, ao Cristo e a Kardec.

Nossa Guia Seguro continua sendo Jesus.

A qualquer ataque o silêncio, que é a lição de coragem pouco conhecida. O


defensor da nossa honra e do nosso trabalho é o senhor, a nós nos cabe a
glória de servir, sem pretensão comerciária dele a ele compete decidir e dirigir.
Então, esse convite da mentora que conhece muito bem todos nós, que conhece todos aqueles
que estamos no movimento Espírita, vem, para nos convidar a essa postura, essa postura resoluta
daquele que tomou consciência que está aqui para dignignificar depois de um passado tenebroso.
Não tenhamos dúvida, espíritos bons e superiores encarnados existe, mas é uma minoria, são tão
especiais que se destacam, não é o nosso caso, nós somos espíritos sendo convidados a
dignificação.

A benfeitora salienta que houve muitos caídos nos primeiros dias da


Codificação e continua vendo até hoje. Muito importante essa afirmação,
advertência que Joanna De Ângelis nos apresenta. Portanto, trazemos um
passado de quedas, de práticas indignas. Hoje estamos sendo convidados mais
uma vez a dignificação.

Por que Jesus afirma que o filho pródigo diz: não sou digno de ser chamado
teu filho e não de ser seu filho?

Não tem como deixar de ser filho, agora o título de filho é necessário o quê? Conquistar,
merecimento, então é exatamente por isso.

- Por que jamais deixamos de ser filhos mesmo praticando indignidades. A


condição de filho é impossível de ser retirada de nós, sendo um atributo do
espírito Imortal.

Nenhum filho de Deus, deixa de ser filho de Deus.

Por isso, Jesus diz que o Pai o recebe com íntima compaixão, demonstrando
que para Deus todos somos dignos. O sentimento de indignidade é algo que
tem a ver conosco, com as máscaras que trazemos por termos praticados atos
indignos. O filho pródigo não sente que é digno desse título. Contudo, somos
convidados a nos sentir filhos e isso somente poderá acontecer quando
começamos o trabalho de dignificação.

Então, vejamos como funciona o trabalho de dignificação;

Para entender o sentido profundo desse trabalho de dignificação, é


fundamental que compreendamos que o trabalho do Bem, cumprindo as Leis
Divinas pelo desenvolvimento das virtudes é eminentemente um recurso de
aproximação do Espírito imortal com Deus, porque é acionada no Espírito o
núcleo da sua vontade, força do livre arbítrio, que faz com que nós nos
aproximemos de Deus por livre espontânea vontade, em sintonia com a questão
115 de O Livro dos Espíritos.

Então como funciona a dignificação? Vejamos que quando Jesus fala que o filho pródigo cai em si,
ele toma consciência, lembra que na casa do Pai havia abundância de pão e, ele estava perecendo
de fome. Então, significa o que? Que ele toma consciência, exercício da virtude da auto-consciência
e depois que se percebe caído levanta e vai para casa do pai. Para que ele possa se levantar e ir
para casa do pai ele vai mobilizar dentro dele algo muito importante, como que se chama isso? Está
ligado a virtude da decisão, mas é um atributo do espírito - a vontade, então ele vai mobilizar-se à
vontade, à vontade de transformação, de mudar aquela vida, ele que estava numa situação de
indignidade estava querendo se dignificar. Então, sem o atributo da vontade, sem refletir sobre isso
e se dispor, ou dispor a desenvolver as virtudes não vai haver a ressignificação necessária para o
processo de dignificação.

O trabalho do bem vinculado a doutrina espírita tem como foco as Leis Divinas
e não as ideologias transitórias da Terra. Qual a diferença entre vincular-se ao
trabalho do bem por uma ideologia e a vinculação com foco nas Leis Divinas?

O que são ideologias primeiramente? Ideologia toda e qualquer prática, seja política, religiosa em
que nós temos sistemas de ações já pré-definidos, então por exemplo: a ideologia comunista, a ideia
de que nós vamos ter um estado provedor de todas as necessidades dos cidadãos e os cidadãos
vão viver maravilhosamente, funciona na prática? Todos os países que tentaram fazer isso se deram
muito mal, os que ainda tentam estão muito mal, a gente vê aí a Venezuela, Coreia do Norte,
seguindo essa ideologia por um caminho péssimo. Nosso país por pouco que não caiu no mesmo
buraco que a Venezuela está, por processos puramente ideológicos. Leis divinas são Leis que
regem todo universo, as ideologias normalmente fazem um processo de afronta as Leis Divinas
porque querem estabelecer de uma forma forçosa aquilo que é conquista do Espírito. Vai chegar um
dia em que nós vamos ter um mundo em que socialmente seja justo para todo mundo? Sim, faz
parte da programação, mas é necessário que as pessoas se modifiquem, porque, na base ideológica
o que que acontece, a riqueza fica na mão de uma minoria e a maioria fica na pobreza, os dirigentes
entrem desmandos dos mais diversos possíveis e a grande maioria permanece na pobreza, por
quê? Por que o processo que está ligado à Lei de amor, justiça e caridade não está sendo resolvido.
É um processo artificial, de criar uma igualdade, usufruir direitos sem praticar deveres, como se
fosse possível. Então isso é o processo ideológico. As Leis Divinas nos convidam as determinadas
praticas que são virtuosas, normalmente na ideologia comunista que se cria ditadores, que vão
obrigar as pessoas a agirem dessa ou daquela maneira. Todo processo de liberdade é licenciado,
pretensamente para ajudar as pessoas, só que não ajuda, prejudica as pessoas, porque não há um
movimento moral associado ao processo.

No passado, fomos convidados ao trabalho do Bem no clero, nas ideias do


protestantismo, na política, vinculados a diferentes ideologias, nas quais a
motivação estava em algum tipo de sistema ideológico, que leva o indivíduo a
encontrar o sentido da vida por meio desta ideologia fora daquela ideologia.

Fora daquelas ideologias não há salvação. toda as ideologias. são assim são sectaristas, dos
outros não serve, só o nosso que serve, seja religiosa, seja política a ideologia funciona assim.

Falimos várias vezes nessas situações como ensinamento ou a Joanna De


Ângelis da mensagem já estudada. Contudo o espiritismo não é uma ideologia.

Por que que o espiritismo não é uma ideologia, como muitas outras religiões são há uma
característica básica do Espiritismo que faz com que ele não seja uma ideologia, porque ele assenta
nas Leis Divinas naturais. Não é ideia de uma pessoa porque o espiritismo é uma ideia dos
Espíritos superiores da Terra orientados pelo espírito de verdade que o próprio Cristo, que o espírito
puro que conhece todo o funcionamento do universo, as Leis, movimenta as Leis e a doutrina
espírita é uma doutrina baseada nessas Leis por isso ele não é uma ideologia, diferente de religiões
criadas por pessoas que agem de forma ideológica.

É o estudo mais profundo que existe sobre a relação que existe entre o
espírito Imortal as Leis divinas e Deus por isso está no trabalho do bem na
Seara Espírita não é uma manifestação de simplesmente trabalharmos
voluntariamente, por que atitude certa a tomar, isso é ideológico.
Aquilo que nós falamos de manhã, muitas vezes nós estamos trabalhando no Bem por motivos
ideológicos, porque senão vai ser pior se não trabalhar, porque senão não vamos para uma colônia
espiritual boa depois que desencarnar, senão o obsessor nos pega, isso tudo é ideológico, não está
dentro das Leis Divinas. Então é muito importante refletir isso.

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