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Argumentos religiosos:

O Vaticano reiterou a sua condenação da eutanásia, lembrando que “qualquer


cooperação formal ou material imediata” daquele acto é “um pecado grave” que
nenhuma autoridade pode impor ou permitir. Mas a carta da Congregação para a
Doutrina da Fé, aprovada pelo Papa Francisco, vai mais longe ao excluir de
sacramentos como a santa unção e a confissão quem tenha manifestado intenção de
pôr fim à vida.
Do ponto de vista religioso a eutanásia é vista como uma usurpação do direito à vida
humana, devendo ser um exclusivo reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele pode tirar a
vida de alguém.

Argumentos de autoridade:
Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, à Agência Ecclesia: “[A
despenalização da eutanásia] pode ser episodicamente aprovada, mas nós cá
estamos, como seres humanos, nesta frente comum por uma humanidade melhor. [O
tema] não se pode tratar de ânimo leve.”
António Moiteiro, bispo de Viseu, numa nota pastoral dirigida aos católicos da
diocese: “A nossa sociedade, mais do que preocupar-se com legislação deste teor
[despenalização da eutanásia], devia antes preocupar-se com o alargamento da rede
de cuidados continuados e paliativos a nível nacional, como meios que têm a
‘finalidade de tornar mais suportáveis o sofrimento na fase final da doença e assegurar
ao paciente um acompanhamento adequado’ (Evangelium Vitae).”
Comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa: “A opção mais digna contra a
eutanásia está nos cuidados paliativos, como compromisso de proximidade, respeito e
cuidado da vida humana até ao seu fim natural.”
Misericórdias à Lusa: “Perante a eventualidade de o parlamento português vir a
aprovar a eutanásia, as Misericórdias Portuguesas decidem tornar público que, nas
suas instituições, não praticarão a eutanásia a nenhum título".
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos: “Algumas pessoas ainda
não perceberam que eutanásia é matar, o que é diferente de deixar morrer e não se
prolongar a vida de forma artificial e desproporcional, que é algo que o código
deontológico médico proíbe.”

Argumentos Politicos:
Em Portugal, a morte assistida não está tipificada como crime com esse nome, mas a
sua prática pode ser punida por três artigos do Código Penal: homicídio privilegiado
(artigo 133.º), homicídio a pedido da vítima (artigo 134.º) e crime de incitamento ou
auxílio ao suicídio (artigo 135.º).
As penas variam entre um a cinco anos de prisão para o homicídio privilegiado, até
três anos para homicídio a pedido da vítima e de dois a oito anos para o crime de
incitamento ou auxílio ao suicídio.

Argumentos médicos:
Segundo o código de ética do concelho de medicina diz-nos “o medico deve usar
todos os seus conhecimentos técnicos e todos os tratamentos este não pode desistir
do paciente”
Na perspetiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, este
considera que a vida é um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da
vida ou da morte de alguém, assim a eutanásia é considerada um homicídio. Cabe
assim ao médico, cumprir o juramento Hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe
todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto, pode-se verificar
a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina
tradicional e depois vão à procura de outras alternativas conseguem curarem-se.

Argumentos:
Descriminalizar a eutanásia iria impor ao paciente e sua família a obrigação de
considerar a ideia. Será que realmente queremos, no futuro, considerar a oportunidade
de acabar com o sofrimento pessoal ou com a vida dos nossos entes queridos? Será
que realmente queremos nos perguntar, depois de um diagnóstico sério, sobre a
injeção letal? Ou então imaginar nossos entes queridos nos perguntando sobre isso
quando estivermos sofrendo em uma cama de hospital?

Os cuidados paliativos devem estar acessíveis em todos os lugares e para


todos. Eles são um direito do paciente e, atualmente, muitos deles não
recebem os cuidados paliativos quando precisam e por isso muitas pessoas
optam pela eutanásia
A legalização da eutanásia e do suicídio assistido deriva da demanda por
autonomia. O cuidado paliativo combina a ética da autonomia com a ética da
solidariedade coletiva. Ele previne e alivia o sofrimento, enquanto a eutanásia
visa acelerar a morte intencionalmente. Cuidados paliativos são tratamentos, a
eutanásia é um ato mortal..

Contra-Argumentos:
Direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte- Com este argumento
estamos a concordar e a apoiar o suicídio, afinal se uma pessoa tem direito de
escolher qual o momento da sua morte o suicídio é um direito.

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