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Estudo Dirigido sobre Anomalias Dentárias causadas por fatores ambientais.

Respostas

1-que têm aspectos clínicos semelhantes. O esmalte final representa um registro de


todas as agressões recebidas durante o desenvolvimento dos dentes. O esmalte dos
dentes decíduos contém o anel neonatal, e a velocidade de aposição é estimada em
0,023 mm/dia. Usando este conhecimento, o clínico pode calcular a época do dano
aos dentes decíduos com precisão de até uma semana. Na dentição permanente, a
posição dos defeitos do esmalte nos dá uma estimativa grosseira da época do dano;
mas dados disponíveis sobre a cronologia do desenvolvimento dos dentes são
oriundos de uma amostra relativamente pequena e há grande variação nas tabelas de
valores considerados normais. Além disso, as variações raciais e de gênero não estão
completamente estabelecidas. Defeitos sutis do esmalte podem ser mascarados por saliva, placa,
ou iluminação deficiente. No exame para detecção de alterações do esmalte, os dentes deverão
ser
completamente limpos; em seguida, secos com gaze. A fonte ideal de iluminação é a
do equipamento (luz solar direta deve ser evitada). Uma solução evidenciadora deverá
ser usada para melhor identificação de pequenos defeitos. A alteração do esmalte
pode estar localizada ou presente em vários dentes, e a superfície dentária pode ter
sido atingida parcial ou totalmente. A hipoplasia de esmalte ocorre em forma de
fossetas, ranhuras, ou em grandes áreas com ausências de esmalte. As opacificações
difusas do esmalte aparecem como variações da translucidez do esmalte. A espessura
do esmalte afetado é normal; entretanto, ela apresenta um aumento da opacificação
branca, sem que haja uma delimitação clara com o esmalte normal subjacente. As
opacificações demarcadas do esmalte mostram áreas de menor translucidez, aumento
da opacidade e um limite demarcado com o espaço adjacente. O esmalte tem
espessura normal, e as opacidades podem ser brancas, castanhas, amarelas ou marrons.
2- Hipoplasia de Turner: hipoplasia causada por dente decíduo em seu sucessor permanente
devido à infecção ou trauma. 

Hipoplasia por terapia antineoplásica: a terapia por radioterapia localizada na cabeça e/ou
pescoço pode levar a agressões aos ameloblastos durante a formação do elemento dentário e
resultar em hipoplasias. 

Hipoplasia sifilítica: a sífilis produz alterações específicas no esmalte dos incisivos e molares
permanentes (Dentes de Hutchinson, molares de Moon ou de Fournier), devido à infecção do
germe dentário por espiroquetas.

3- A fluorose é uma alteração que ocorre devido ao excesso de ingestão de flúor, durante a
formação dos dentes. Ela se manifesta principalmente pela alteração de cor do esmalte, que
pode assumir uma tonalidade esbranquiçada ou exibir pequenas manchas ou linhas brancas.
Nos casos mais graves, adquire uma coloração acastanhada ou marrom, podendo haver perda
de estrutura dental; Muitos trabalhos apontam como causa da fluorose a utilização de gotas e
comprimidos contendo flúor, inclusive muitos complexos vitamínicos recomendados pelos
pediatras. Atualmente, a maior causa de fluorose é a ingestão de produtos fluoretados em
locais onde já existe água fluoretada, sendo que o mais comum é o dentifrício fluoretado, que
muitas crianças engolem durante a escovação. O enxaguatório contendo flúor também poderá
contribuir se for indicado para crianças que ainda não tenham controle adequado da
deglutição.

4- Atrição- É a perda da estrutura dentaria causada pelo contato entre os dentes antagonistas
durante a oclusão e a mastigação. É a ação de atrito entre a superfície de um dente contra o
outro. Certo grau de atrição é fisiológico, e o processo tornasse mais perceptível com o
aumento da idade.

Abrasão- É a perda patológica da estrutura dentária ou restauração pela ação mecânica de um


agente externo. A causa mais comum é a escovação dentaria com pasta abrasiva e escovação
horizontal intensa.

Erosão ou corroção- È a perda da estrutura dentaria causada por processo químico somado á
interação bacteriana com o dente. Caracteristicamente á erosão é causada por exposição aos
ácidos, mas agentes quelantes são geralmente a sua causa primaria.

Abfração- Perda da estrutura dentária devido ao um estresse oclusal, que por flexão repetida
provoca falha no esmalte e na dentina distante do ponto de pressão. A dentina é capaz de
suportar um estresse maior que o esmalte.

5- Reabsorção Interna- A reabsorção radicular interna, também denominada de reabsorção


intracanal, odontoblastoma, endodontoma ou granuloma interno, representa um processo
patológico de ocorrência relativamente rara na qual ocorre reabsorção da face interna da
cavidade pulpar , Sua etiologia não está totalmente estabelecida, sendo a maioria dos autores
concordante de que o trauma é o principal agente etiológico , Entretanto, pode estar
relacionada a outros fatores, como pulpites cárie e restaurações profundas . Na maioria dos
casos, a reabsorção radicular interna possui um curso clínico assintomático, podendo ocorrer
em qualquer área do canal radicular . Quando localizada mais coronariamente, pode ser
observada uma coloração rósea na coroa dentária devida à reabsorção dentinária somada à
intensa proliferação capilar do tecido de granulação. Devido à ausência de sintomas, a
reabsorção radicular interna pode ser diagnosticada a partir da ocorrência de uma fratura ou
ainda durante exames radiográficos de rotina. Na imagem radiográfica verifica-se que o
contorno dos limites pulpares sofre uma expansão relativamente simétrica de aspecto
balonizante e contornos regulares e arredondados, principalmente quando presente na raiz ,
Na coroa, a área radiolúcida gerada também tem contorno regular, mas o aspecto balonizante
raramente pode ser observado . Estabelecido o diagnóstico, o tratamento da reabsorção
interna consiste na realização da pulpectomia. A obturação do canal deve ser precedida pela
aplicação, em uma ou várias sessões, de material à base de hidróxido de cálcio para promover
a necrose de todas as unidades osteorremodeladoras em função de seu alto pH.
A reabsorção externa- é classificada de acordo com as características clínicas e
histopatológicas em reabsorção superficial externa, reabsorção radicular externa inflamatória
e reabsorção por substituição. A reabsorção radicular externa inflamatória é subdividida em
reabsorção cervical e apical. Pode ocorrer como reação tardia pós-traumatismo dentário,
como conseqüência do movimento ortodôntico, cirurgia ortognática, tratamento periodontal,
clareamento de dentes sem vitalidade pulpar, porém sua patogênese exata ainda é pouco
conhecida . Ainda existem relatos de que a reabsorção radicular externa pode ter origem
sistêmica, associada à infecções debilitantes, deficiências vitamínicas, distúrbios endócrinos,
doença de Paget e radioterapia. Quando nenhum fator etiológico pode ser identificado, a
reabsorção é denominada idiopática , Estudos revelam ser uma condição de ocorrência
bastante comum, e se observa uma alta porcentagem de dentes examinados que
demonstraram alguma evidência de reabsorção . Clinicamente, na grande maioria das vezes, o
dente envolvido apresenta-se assintomático, podendo ocasionalmente apresentar ligeira
mobilidade, assim como sensibilidade à percussão. Assim, o diagnóstico de reabsorção
dentária geralmente é detectado por achado radiográfico ocasional, verificando-se uma área
radiolúcida de bordas irregulares, e em diferentes alturas da raiz . Dentes com reabsorção
avançada podem apresentar mobilidade, fratura ou uma lesão de coloração rósea na coroa
Geralmente o tratamento é endodôntico e apresenta um prognóstico ruim, e alguns autores
acreditam que, quanto mais precoce for a detecção da reabsorção, melhor será o prognóstico.

6- Fumar ou mascar tabaco, Ingestão de bebidas como café e vinho tinto, Ingestão de
alimentos pigmentados, como as frutas vermelhas, Acúmulo de placa ou depósito de
tártaro, Higiene bucal inadequada.

7- Ingestão excessiva de flúor durante a formação dos dentes (até os 16


anos);Tratamento com o antibiótico tetraciclina durante a formação dos dentes;
Traumas nos dentes; Processo natural de envelhecimento.

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