Você está na página 1de 46

LEPTOSPIROSE

DISCIPLINA ZOONOSES E SAÚDE PÚBLICA


PROFA. ISABEL RODRIGUES ROSADO
INTRODUÇÃO

 Zoonose de ocorrência mundial


 Reemergente
 Alta prevalência em países tropicais e subtropicais
 Importância:
- Saúde publica
- Problema econômico → produção
AGENTE ETIOLÓGICO

 Leptospira interrogans
- Bactéria espiroqueta
- Espiralada
- Móvel
- Endoflagelos
- Envelope de lipopolissacarideos (LPS)
- Mucopeptideos
AGENTE ETIOLÓGICO
Condições ambientais Condições ambientais
favoráveis desfavoráveis
 Dessecação
 Umidade
 pH ácido
 pH 7
 Meio salino
 Calor* < 60oC
 Radiação solar
 Frio e congelamento
 Fervura

 Desinfetantes e hipoclorito 3 a 5 %
DIFERENTES SOROVARES PATOGÊNICOS

 L. Icterohaemorrhagiae (ratos, ratazanas, camundongos)


 L. Canicola (caninos)
 L. Grippotyphosa (roedores)
 L. Hardjo (bovinos e ovinos)
 L. Pomona (porcos, javalis bovinos)
 L. Bratislava (equinos e suínos)
HOSPEDEIROS

 Hospedeiros
- Animais domésticos
- Animais silvestres
- Ser humano
- Roedores sinantrópicos
HOSPEDEIROS

 Doentes

 Portadores

- Convalescentes

- Assintomáticos

➢ Sorovares hospedeiro adaptado

➢ Sorovares hospedeiros não adaptados → Infecção acidental


LEPTOSPIROSE EM HUMANOS
RESERVATÓRIO

 Rattus norvergicus  Mus Musculus  Rattus sattus


FORMA DE INFECÇÃO: HUMANOS

 Exposição direta/indireta
FORMA DE INFECÇÃO: ANIMAIS
 Ingestão de água ou alimentos contaminados por urina de animais
doentes ou portadores.
FORMA DE INFECÇÃO: ANIMAIS

 Penetram:
- Pele lesada ou íntegra
- Mucosa do trato digestivo
- Mucosa do trato reprodutivo
- Mucosa do trato respiratório
EPIDEMIOLOGIA (HUMANOS)

 Distribuição mundial
- Regionalização de sorovares
EPIDEMIOLOGIA (HUMANOS)

 Endêmica no Brasil
- 10.000 casos/ano (humanos)
- Aumento de casos com aumento
dos índices pluviométricos
- Sorogrupo icterohaemorrhagiae
EPIDEMIOLOGIA (HUMANOS)

 Zona urbana
- Periferia
- Fatores socioeconômicos
- Moradia, saneamento, educação
- Cães
FISIOPATOGENIA

Disseminação
Penetração Leptospiremia
Rins Resposta
Leptospi
Fígado imune
Mucosas Vasos rúria
Baço
Pele Sanguíneos
Pulmões Humoral
SNC e celular
Olhos
Trato genital
FISIOPATOGENIA

 Período de incubação 5 a 10 dias


 Leptospiremia
 Resposta imune humoral 7 a 14 dias após infecção
 Leptospirúria
- Semana a meses – animais domésticos
- Toda vida dos roedores
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: HUMANOS
 Febre
 Cefaleia
 Dores musculares
 Náusea, êmese e enterite
 Icterícia → Hepatite
 Anuria/ Oliguria → Nefrite / IRA
 Petéquias, epistaxe, gengivorragia, hemoptíase → Vasculite
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ANIMAIS

▪ Infecção subclínica

▪ Febre

 Êmese /diarreia → Enterite

 Icterícia → Hepatite
 Anuria/ Oliguria → Nefrite / IRA
 Petéquias, epistaxe, gengivorragia, hemoptíase
LESÕES E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
ANIMAIS

• Miocardite - acompanhada ou não de choque e arritmias


por distúrbios eletrolíticos
• Pancreatite
• Anemia
• Distúrbios neurológicos (delírio e meningoencefalite)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ANIMAIS

 Aborto
 Retenção de placenta
 Fetos prematuros
 Infertilidade
 Mastite
DIAGNÓSTICO

 Histórico
 Clínico: Exame físico
 Laboratorial: Exames complementares
- Sorologia (MAT)
- PCR
- Bacteriológicos: isolamento
➢ Notificação mensal de casos confirmados (veterinário)
MICROAGLUTINAÇÃO (MAT)

IgG
 1:600
 Aumento de 4x em
amostra pareada
 Infecções agudas
REAÇÃO EM CADEIA DE POLIMERASE
PCR

Lane 1: PCR fragment of the Dirofilaria immitis. Lane 2 ; PCR fragment of


the Toxoplasma gondii. Lane 3 genomic DNA of Leptospria interrogans. Lane 4 : PCR
fragment of the Bordetella. Lane 5 : PCR fragment of the Borrelia garinil. Lane NTC
corresponds to negative DNA Marker (M).
TRATAMENTO

 Penicilinas ou aminopenicilinas
 Tetraciclinas
 Ceftriaxona
 Estreptomicina
 Tratamento suporte
PREVENÇÃO E CONTROLE

 Saneamento básico
PREVENÇÃO E CONTROLE

 Saneamento básico
- Rede de esgoto
- Drenagem de águas pluviais
- Coleta de lixo
PREVENÇÃO E CONTROLE
 Controle de roedores
CONTROLE DE ROEDORES

 Antirratização: Não deixar entulhos e lixo peridomicíliar


CONTROLE DE ROEDORES
Antirratização: Armazenamento de alimento no domicilio
CONTROLE DE ROEDORES

 Antirratização: armazenamento do alimento no comércio


CONTROLE DE ROEDORES
 Antirratização: Evitar acesso ao alimento dos animais
de companhia
CONTROLE DE ROEDORES

• Antirratização: Restringir acesso, abrigo


CONTROLE DE ROEDORES

 Antirratização: armazenamento e destino do lixo


CONTROLE DE ROEDORES

Desratização – No domicílio e peridomicílio

➢ Armadilhas ?

➢ Ultrassom ?

➢ Aparelhos eletromagnéticos ?

➢ Controle biológico ?
CONTROLE DE ROEDORES

Desratização

➢ Controle químico

 Raticidas agudo:

- Proibidos desde 1982

Ex: estricnina, mofluoroacetato de sódio


CONTROLE DE ROEDORES

➢ Controle químico

 Raticidas crônicos → anticoagulantes

 Hidroxicumarinicos de dose múltipla (1ª geração)

Ex: Cumafeno

 Hidroxicumarinicos de dose única (2ª geração)

Ex: flocoumafen e o difetialone


RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES

 Aantagonismo competitivo com a vitamina K


CONTROLE DE ROEDORES
CONTROLE DE ROEDORES
PREVENÇÃO E CONTROLE
Vacinação dos cães
PREVENÇÃO E CONTROLE
PREVENÇÃO E CONTROLE

• Educação

Você também pode gostar