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DOMUS MISERICORDIAE

UM CONCEITO DE HABITAÇÃO VITALÍCIA PARA SENIORES

Contrato de Cessão Onerosa de Utilização de Alojamento


e de
Prestação de Serviços

Primeiro Outorgante:
Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, Contribuinte n.º 501109528, com sede em Rua Serpa
Pinto n.º 1 – 2560-363 Torres Vedras, freguesia de S. Pedro e Santiago, concelho de Torres Vedras,
adiante também designada por Instituição e que intervém no presente contrato na qualidade de
proprietário do imóvel sito em (descrição) e inscrito a seu favor pela inscrição n.º … e de prestador
de serviços e alojamento.

Segundo(s) Outorgante(s):
F... (identificação), adiante designado por Segundo(s) Outorgante(s) e que intervém neste contrato
na qualidade de Utente(s).

Terceiro Outorgante (se aplicável):


F... (identificação), adiante designado por Segundo(s) Outorgante(s) e que intervém neste contrato
na qualidade de Utente(s), que intervém neste contrato na qualidade de legal responsável pelo(s)
Segundo(s) Outorgante(s) e pelo seus encargos emergentes.

é de boa fé e livre vontade reduzido a escrito e firmado, o presente contrato de Cessão Onerosa de
Utilização de Alojamento e de Prestação de Serviços destinado a titulares utentes seniores que se
rege pelas cláusulas seguintes:

Cláusula 1.ª
(Cedência e Aquisição)

1 – O primeiro outorgante, cede vitaliciamente ao(s) segundo(s) outorgante(s) acima identificado(s),


o direito de utilização do apartamento n.º …, do piso n.º … do empreendimento de residências da
Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras do condomínio “Domus Misericordiae” no lugar do
Sarge.

2 – Para efeitos do número anterior, o(s) segundo(s) outorgante(s) – ou quem o(s) representar –
entrega(m) nesta data ao primeiro outorgante o valor de € ……………….. e que corresponde à
tabela de preços em vigor aprovada em reunião da Mesa Administrativa da Santa Casa da
Misericórdia de Torres Vedras, como garante da titularidade do direito de utilização desse
apartamento por período vitalício.

3 – Quando o direito de utilização do apartamento for adquirido por duas pessoas, aplicar-se-á a
tabela de preços relativa à idade do mais novo dos outorgantes, vigorando o contrato até ao
falecimento do último outorgante sobrevivo.

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4 – O presente contrato cessa os seus efeitos quando ocorrer uma das seguintes situações:
a)No momento do falecimento do(s) segundo(s) outorgante(s);
b)Por desistência do(s) segundo(s) outorgante(s);
c)Quando o(s) segundo outorgante(s) não cumpra(m) o plano de pagamento acordado com a
Instituição.

5 – Em qualquer uma das situações caracterizadas no número anterior cessa o direito de utilização
do apartamento referido no n.º 1desta cláusula;

Cláusula 2.ª
(Serviços Prestados)

Nas condições indicadas no regulamento, a Instituição compromete-se a prestar ou disponibilizar os


seguintes serviços:
a) Alojamento;
b) Alimentação;
c) Limpeza diária da habitação;
d) Cuidados de saúde, (a prestar pela equipa da Instituição, excluem-se os meios de diagnóstico,
consultas da especialidade e medicamentos);
e) higiene e conforto (a prestar pela equipa da Instituição, excluem-se fraldas e outro material do
mesmo cariz);
f) Piscina (uso de acordo com horário a estabelecer);
g) Ginásio/Fisioterapia (uso de acordo com horário a estabelecer) ;
h) Transporte diário para a cidade de Torres Vedras e regresso;
i) Visitas lúdicas e culturais.

Cláusula 3.ª
(Direitos da Instituição)

1 – Ver as suas normas e as suas equipas de trabalho respeitadas;

2 – Não prestar serviços para além do plano estabelecido ou dos contratos de serviços celebrados;

3 – Receber atempadamente a mensalidade previamente estabelecida;

4 – Receber a totalidade do valor estipulado para a utilização vitalícia do apartamento;

5 – Uma vez cessado o contrato de utilização do apartamento (x) ser o mesmo devolvido nas
condições em que se encontrava no momento em que esse contrato foi celebrado.

Cláusula 4.ª
(Deveres da Instituição)

1 – Promover condições de bem-estar dos utentes e o respeito pela sua dignidade e privacidade,
através dos serviços acima mencionados;

2 – Assegurar a existência de recursos humanos adequados ao bom funcionamento das residências;


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Cláusula 5.ª
(Direitos dos titulares e da família/Responsável)

1 – Os Utentes sob cobertura institucional têm direito:


a) À sua individualidade, intimidade e privacidade, à confidencialidade, dignidade e liberdade;
b) Nas condições previstas neste contrato, no regulamento e nos acordos que celebrarem, à
prestação de serviços e cuidados de que necessitem, em reais condições de qualidade de vida;
c) A reclamar, junto das hierarquias institucionais competentes, sempre que os seus direitos sejam
lesados;
d) Em caso de incapacidade do cessionário para gerir a sua pessoa e os seus bens, o exercício destes
direitos compete ao seu representante legal ou pessoa responsável, ao abrigo da legislação em vigor;

2 – à família/responsável são reconhecidos direitos no âmbito:


a) das mútuas e recíprocas relações afectivas com o utente;
b) Da informação e participação, salvaguardando o respeito pela prevalência dos direitos e da
vontade deste;
c) Da reclamação, quando se verificar incumprimento do estipulado neste contrato, no regulamento
e nos contratos de prestação de serviços que tiverem sido celebrados.

Cláusula 6.ª
(Deveres dos titulares e família)

1 – respeitar e tratar com urbanidade e lealdade a Instituição, seus representantes, trabalhadores,


utentes e demais pessoas que mantenham relações com o Lar de Residências assistidas “Domus
Misericordiae”;

2 – Respeitar as normas estabelecidas pela Instituição;

3 – Cumprir o Regulamento Interno.

Cláusula 7.ª
(Período de vigência do Contrato)

A vigência deste contrato inicia-se em …., cessando nos casos referidos no n.º 4 da cláusula 1.ª.

Cláusula 8.ª
(Mensalidade e despesas complementares)

1 – O valor da mensalidade devida pelo(s) segundo(s) outorgante(s) é de 1.400,00 € ou de 2.400,00


€ respectivamente, consoante exista unicamente um Utente/Titular ou dois e o seu pagamento deve
ser efectuado até ao dia oito do mês a que respeita;

2 – Em situações de Utentes/Titulares não residentes, o valor da mensalidade é de 300,00 € para


fazer face a despesas constantes;
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3 - Anualmente, haverá uma actualização do valor da mensalidade referida em “1”, no valor
percentual do aumento registado para a inflação;

4 – O pagamento das despesas com bens e ou serviços referidos na cláusula 2.ª será feito nos termos
previstos no Regulamento das Residências.

Cláusula 9.ª
(Disposições Finais)

O Segundo e Terceiro Outorgante comprometem-se a aceitar e cumprir integralmente o


Regulamento Interno, do qual possuem cópia e conhecem já o seu conteúdo, assim como o
Utente/Titular a respeitar as indicações da Direcção, Técnicos e demais colaboradores, no âmbito
dos poderes que lhe foram delegados hierarquicamente.

Cláusula 10.ª
(Número de exemplares)

1 - O presente contrato é feito em duplicado, ficando o original na posse do primeiro outorgante e


sendo o duplicado entregue ao segundo ou ao terceiro outorgantes conforme a vontade manifestada
por estes;

2 – As situações omissas serão esclarecidas pela Mesa Administrativa da Santa Casa da


Misericórdia de Torres Vedras e, em caso de conflito, o foro competente é o da Comarca de Torres
Vedras, se outro não se sobrepuser face ao mapa judicial do País.

Este contrato vai assinado, após ter sido atentamente lido e compreendido, concordando os seus
subscritores, integralmente e sem qualquer reserva, com todo o seu conteúdo.

Torres Vedras,

O Primeiro Outorgante,
O Segundo Outorgante,
O Terceiro Outorgante

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