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Todas as rochas –mesmo aquelas que, por serem muito duras, parecerem indestrutíveis,
assim como automóveis antigos que enferrujam e jornais velhos que ficam amarelados,
também podem enfraquecer-se e esfacelar-se quando expostas a águas e aos gases da
atmosfera.
Como é erosão move material sólido alterado, novas porções de rocha fresca inalterada
vão sendo expostas ao intemperismo
Intemperismo e erosão
• Todas as rochas alteram-se, mas a maneira e a taxa em que isso acontece é variável.
• Estrutura da rocha afeta o intemperismo físico, ou seja, rochas maciças não tem
planos de fraqueza que contribui para o faturamento ou fragmentação. Ao contrário de
um folhelho – rocha sedimentar que se rompe facilmente ao longo dos planos de
acamamento – quebra se em pequenos pedaços facilmente.
Propriedades da rocha-matriz
As taxas de intemperismo, tanto químico como físico, variam não apenas devido às
propriedades da rocha, mas também por causa do clima – a quantidade de chuva e a
temperatura.
O solo, um dos nossos mais importantes recursos naturais, é composto por fragmentos de
rocha, argilominerais formados pela alteração química dos minerais da rocha matriz e pela
matéria orgânica produzida por organismos que nele vivem.
Exemplo: um prego antigo que foi enterrado no solo, torna-se tão enferrujado que você
pode quebrá-lo como se fosse um palito de fósforo. Já um prego arrancado da madeira de
uma casa centenária poderá estar ainda bem resistente, embora coberto por uma fina
película de ferrugem.
Presença ou ausência de solo
Da mesma forma, mineral de um solo espessos nas terras baixas de um vale pode estar
intensamente alterado e corroído, enquanto o mesmo mineral exposto na rocha de um
penhasco próximo estará muito menos alterado.
Embora o penhasco também esteja exposto as chuvas ocasionais arrocha de sua parede
geralmente seca e o intemperismo atua de forma muito lenta.
Quanto maior tempo de alteração de uma rocha, maior sua decomposição química,
mais forte sua dissolução e mais intensa sua desagregação física.
As rochas que tem sido exposta na superfície terrestre por alguns milhares de anos
formam um manto de intemperismo - uma capa externa de material alterado com a
espessura variando desde alguns milímetros até muitos centímetros.
Intemperismo químico e físico
Este mineral é apenas um dos muitos com reações químicas para formar outra espécie
que contém água conhecidas como argilominerais.
Intemperismo químico
A reação do feldspato com a água libera sílica e íons de potássio (K+) dissolvidos e deixa
como resíduo um novo mineral, a caulinita: Al2Si2O5(OH)4. Podemos descrever uma reação
química para o intemperismo do granito a partir do exemplo do feldspato que reage com a
água para formar caulinita.
Intemperismo químico
Além disso, o dióxido de carbono, um gás-estufa, torna o clima da Terra mais quente e,
assim, influencia o intemperismo. Este, por sua vez, converte dióxido de carbono em íons
carbonato e, desse modo, leva ao decréscimo da quantidade de dióxido de carbono
atmosfera. Esse decréscimo, por fim, pode resultar num clima mas frio.
Intemperismo químico
A reação do feldspato com água pura em laboratório é um processo extremamente lento.
Sob condições laboratoriais, seriam necessários milhares de anos para uma pequena
quantidade de feldspato fosse completamente alterado.
Desse modo, essa reação não pode ser a causa do aumento da rapidez do intemperismo
amplamente observada na natureza. Se quisermos acelerar podemos adicionar ácidos
Fortes a nossa solução e, assim, dissolver o feldspato em poucos dias.
Um ácido é uma substância que liberam íons de hidrogênio para uma solução. um ácido
forte produz muitos íons de hidrogênio; já um ácido fraco, relativamente poucos. A forte
tendência de íon hidrogênio em se combinar quimicamente com outras substâncias torna
se os ácidos excelente solventes.
Intemperismo químico
Na superfície terrestre o ácido natural mais comum – e responsável pelo aumento das
taxas de intemperismo – é o ácido carbônico (H2CO3). Esse ácido fraco forma-se quando o
gás dióxido de carbono contido na atmosfera dissolve se na água da chuva:
A maior parte da acidez da chuva ácida , entretanto, não provém do dióxido de carbono,
mas dos gases de dióxido de enxofre e de nitrogênio, os quais reage com a água para
formar ácidos Fortes como o sulfúrico e o nítrico, respectivamente. Esses ácidos são
capazes de impulsionar o intemperismo mais do que o ácido carbônico.
Intemperismo químico
A partir disso, podemos escrever a reação química da alteração do feldspato com água.
O ácido carbônico contribui para a alteração do calcário justamente como faz com o
silicatos . a reação geral pela qual calcita , o principal mineral do calcário , dissolve se com
a chuva ou outra água contendo dióxido de carbono é
Estabilidade química
Por que a taxa de intemperismo varia tão intensamente entre diferentes minerais? Os
minerais alteram-se em taxas distintas porque tem estabilidade química diferente, na
presença de água, numa dada temperatura da superfície.
A estabilidade química é uma medida da tendência que é uma substância tem de resistir
numa dada forma química, ao invés de reagir espontaneamente para tornar-se uma
substância química diferente.
Rochas evaporíticas, por exemplo, são estáveis ao intemperismo. Elas têm alta
solubilidade na água (cerca de 350 g/L) e são lixiviadas do solo mesmo por pequenas
quantidades deste líquido.
A taxa de dissolução de um mineral é medida pela quantidade deste que se dissolve numa
solução não saturada num dado intervalo de tempo. Quanto mais rápido o mineral se
dissolve, menor a sua estabilidade.
O feldspato dissolve-se tem taxas muito mais rápidas que as do quartzo e, principalmente
por causa disso, é menos estável que este no intemperismo
Conhecendo as instabilidades químicas
relativas de vários minerais, pode-se
descobrir a intensidade do intemperismo
numa determinada área.
O ferro é um dos oito elementos mais abundantes da crosta terrestre, mas o ferro metálico,
ou seja, o elemento químico na sua forma pura, é raramente encontrado na natureza. Ele
está presente somente em certos tipos de meteoritos que caem na Terra vindos de outros
lugares do sistema solar.
A maior parte do minério de ferro utilizada para produzir ferro e aço é formada pelo
intemperismo. Esses minérios são compostos de óxidos de feno originalmente produzidos
durante o intemperismo de silicatos ricos em feno, como o piroxênio e a olivina.
O ferro liberado pela dissolução desses minerais combina-se com o oxigênio da atmosfera
para formar óxidos de feno. Essa reação química é chamada de oxidação, porque é a
combinação de um elemento com o oxigênio.
Intemperismo químico
O ferro pode estar presente nos minerais em três formas: ferro metálico, ferro ferroso ou
ferro férrico.
No ferro metálico, somente encontrado em meteoritos, os átomos de ferro não têm carga:
eles não ganharam nem perderam elétrons pela reação com qualquer outro elemento.
No ferro ferroso (Fe2+), encontrado em silicatos como o piroxênio, o átomo de ferro perdeu
dois elétrons que possuía na forma metálica e, assim, tornou-se um íon.
Todos os óxidos de ferro formados na superfície da Terra têm valência 3+. Os elétrons
perdidos pelo ferro são ganhos pelos átomos de oxigênio, que se tomam íons de oxigênio
(O2-).
Assim, os átomos de oxigênio da atmosfera oxidam o íon ferroso, que então se converte
no íon férrico.
Intemperismo químico
Quando o piroxênio – e outros minerais ricos em ferros – é exposto à água, sua estrutura
de explicado dissolve-se, liberando Siri e o ferro ferroso para a solução, onde o íon Fe2+ é
oxidado para Fe3+.
É possível mostrar essa reação geral da alteração dos minerais ricos em ferro pela seguinte
equação:
Embora a equação não mostre de forma explícita, a água é necessária para que ela ocorra.
Os minerais de ferro, que são praticamente onipresentes, alteram-se para as cores
vermelha e marrom características do ferro oxidado.
Intemperismo químico
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