Segurança rodoviária: dispositivos de contenção e sinalização
(horizontal e vertical)
A segurança rodoviária é uma temática que se tornou muito importante
nas últimas décadas. No Brasil, onde grande parte do transporte é feito través de rodovias, a segurança das mesmas, é na maioria, supervisionada e atualizada pelas concessionárias e autoridades responsáveis, além de seguirem normas rígidas de controle de tráfego e elementos de segurança. Dentro os mecanismos utilizados para garantir a segurança nas rodovias, estão os dispositivos de contenção. São equipamentos instalados na rodovia para proteger o usuário de forma a conter, redirecionar os veículos e/ou absorver a energia dos impactos. Com isso, eles ajudam a reduzir a gravidade dos acidentes e impedir que veículos invadam outros locais. Podem ser divididos em dois grupos básicos, dispositivos de contenção pontual e de contenção longitudinal. São exemplos de dispositivos de contenção pontual, os amortecedores de impacto, que podem ser fixos ou móveis e o terminal absorvedor de energia. Já os dispositivos de contenção longitudinal, apresentam uma constituição linear sempre com disposição ao longo da via. Seu principal objetivo é redirecionar os veículos desgovernados e que saíram da pista ou faixa de rolagem. São exemplos de dispositivos longitudinais, as barreiras metálicas ou de cabos metálicos, defensas metálicas ou barreiras de concreto. Além disso, esses dispositivos recebem outras classificações quanto a sua rigidez, que ajudam a determinar os locais de melhor aplicação.
Figura 1 – Contenção pontual Figura 2 – Contenção longitudinal
Fonte: Souza (2018). Fonte: Souza (2018).
Atrelado a isso, outro mecanismo de segurança utilizado são as
sinalizações, que podem ser horizontais e verticais. A sinalização horizontal constitui-se na pintura de linhas, setas e dizeres sobre o pavimento na linha geral e nas interseções. Dessa forma, sua principal função é regular e informar os usuários. As marcas e linhas podem ser contínuas, tracejadas, duplas e incluir símbolos ou legendas, além de possuir diversas cores, variando com o tipo de informação que se quer transmitir. As sinalizações verticais são constituídas pelas placas fixas ao longo das vias, que trazem símbolos e legendas, que transmitem informações aos usuários, assim como as sinalizações horizontais. Podemos dividir a sinalização vertical em três grupos – advertência, regulamentação e indicação. As placas de advertência têm por objetivo avisar os motoristas sobre condições nas vias que podem ser potencialmente perigosas, situações que representem risco para pedestres, obstáculos ou restrições de circulação num trecho adiante da via ou em vias adjacentes que possa afetar a circulação na via principal. As placas são as que trazem todo tipo de informação e orientação aos motoristas que não sejam relacionadas às normas de trânsito ou para prevenir sobre potências perigos ou cuidados com situações. E por fim, as placas de regulamentação, são responsáveis por trazer informações que mostram regras, proibições, condições de tráfego, restrições e obrigações dos condutores.
Obras complementares: vedação da faixa de domínio, concessão
e praças de pedágio
As obras complementares, segundo a definição exata dada pelo DNIT
são “estruturas executadas ao longo das vias terrestres de forma a proteger a faixa de domínio e a circulação de veículos na pista de rolamento”. Nesse aspecto, tem-se pontos importantes nos projetos e estudos de estradas e rodovias. Na questão das faixas de domínio, a sua vedação é uma necessidade muito importante, que envolve a segurança não só dos usuários das estradas e rodovias, mas daqueles no entorno, incluindo animais selvagens, imóveis e o meio ambiente. A vedação das faixas de domínio, podem ser feitas através de cercas, telas metálicas, porteiras, cancelas e podem ser especificas em casos onde se há uma necessidade pontual como travessias de canais ou entroncamentos com outras estradas e etc. Outro tema de grande importância são as concessões, que tem por finalidade a transferência da rodovia (municipal, estadual ou federal) à iniciativa privada, conhecidas como concessionárias, por prazo determinado, mas a propriedade continua sendo do poder público municipal, estadual ou federal. Isso acontece porque em alguns casos o poder público não possui recursos para investimentos nas rodovias. Com as concessões, boa parte das estradas do país foram recuperadas e modernizadas, além da construção de novos trechos na malha rodoviária. Através dos investimentos privados, a segurança e conforto nas rodovias se torna algo mais garantido, além de contribuírem para o desenvolvimento regional e nacional, já que mais de 50% das cargas do Brasil são transportadas por estradas e rodovias e são responsáveis por mais de 90% de todo transporte de passageiros do país. Para garantir que as rodovias estejam em boas condições de uso, com segurança e conforto, são cobradas taxas pelo uso delas, ou seja, os pedágios. Os pedágios no Brasil possuem a finalidade de arrecadar fundos para o investimento e melhora das rodovias. As taxas são calculadas de acordo com alguns fatores como a quantidade e os tipos dos veículos que frequentam a rodovia e quais investimentos a concessionária faz ou que são necessárias. No Brasil, existem mais de 370 pedágios, mas menos da metade dos estados cobram pela tarifa, isso fica evidente quando é comparado as estradas da região sudeste com a região nordeste ou norte. Com o pagamento das taxas de pedágio, as concessionárias devem garantir aos usuários, segurança, telefones de emergência, serviços de guincho e atendimento médico, em algumas rodovias são ofertados também serviços de wi- fi. Referências
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<http://www.artesp.sp.gov.br/Style%20Library/extranet/rodovias/programa-de- concessoes.aspx>. Acesso em: 26 novembro 2021.
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