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A chegada dos primeiros portugueses a Moçambique data de finais do século XV: 1498
é o ano da chegada de Vasco da Gama a Moçambique, tendo atracado em Inharrime
(Inhambane), podendo dizer-se que, a partir desta data, estão lançadas as bases
histórico-sociais para o uso do Português nesta região do globo. Contudo, a forma como
foi conduzido o processo de colonização pela potência colonial teve como principal
consequência que só no início do século XX esta língua se torna um efectivo meio de
comunicação para algumas camadas da população moçambicana. Durante os séculos
XVI e XVII, a presença portuguesa se fez sentir no litoral de Moçambique, assim como
ao longo do vale do Zambeze, em Sofala e Tete, sobretudo através da actividade
comercial, o principal motor dos contactos estabelecidos entre os portugueses e a
população local.
Europa no século XV
O século XV, na Europa foi visto como a ponte entre o final da Idade Média e o início
do Renascimento e da Idade Moderna. Muitos desenvolvimentos tecnológicos, sociais e
culturais levaram a que várias nações do continente europeu dominassem o mundo nos
séculos vindouros. Constantinopla, actualmente conhecida como Istambul (capital da
Turquia), então a capital do Império Bizantino, é conquistada pelos muçulmanos
otomanos. Este evento forçou as potenciais comerciais europeias a procurar uma nova
rota comercial para o extremo oriente, que levaria ao descobrimento e mapeamento de
todo o globo pelas potências europeias. Explorações realizadas pelos portugueses e
pelos espanhóis levou à descoberta do continente americano, Africano e de uma rota,
através do Cabo da Boa Esperança, até à Índia, isto na última década do século.
Neste século na Europa vigorava o Feudalismo que foi um sistema económico e social
que predominou na Europa durante a idade média, era caracterizado por possuir uma
economia rural, baseada no trabalho dos produtores imediatos, ou seja, pequenos
produtores que trabalhavam para a sua subsistência. Estes produtores eram os servos ou
camponeses, que trabalhavam pequenas extensões de terra usando instrumentos de
trabalho primitivos. Estes camponeses constituíam a classe explorada do feudalismo.
Tanto os camponeses como os artesãos, não eram donos, nem da terra nem dos
instrumentos que usavam para a produção. Estes instrumentos eram alugados a uma
classe mais poderosa que era a dona de grandes propriedades senhorios e dominava o
sistema feudal, a nobreza e aos altos membros do clero que no seu conjunto constituía a
classe exploradora do feudalismo.