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DE ODINRIGHT
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A PESSOA DO
NAS FESTAS
B í B LICAS
AMES
siao@ensinandodesiao.org.br
www.ensinandodesiao.org.br
I. Título
167 p.
ISBN 85-87952-01-3
índice
Apresentação ...................................................................
Considerações importantes...........................................
Dedicatórias......................................................................
Agradecimentos ..............................................................
Introdução .......................................................................
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163
Epílogo .........................................................................
Apresentação
nosso calendário. Há uma celebração da vida presente nas festas bíblicas que não
há nada semelhante em nenhum outro sistema que o homem tenha criado.
Começamos com festa da Páscoa, que é a libertação da escravidão, e
terminamos com Sucôt, uma celebração da bênção final de D-us e celeiros
cheios de grãos após a colheita.
Penso no quanto nós e nossos pais temos perdido das bênçãos de D-us à medida
que abandonamos ensinos bíblicos e correremos atrás de tradições importadas de
outras culturas pagãs. E tempo de continuar o trabalho de Restauração e seguir a
Palavra de D-us mais de perto, pois ela nos dá vida.
Joseph Shulam
Fundador e Diretor do Netivyab Bible Ins/ruction Ministry — Jerusalém - Israel
Considerações Importantes
racCecimentos
Cajjítufo I
Cajtítuío II
Cajjítufo III
5. A celebração da Festa da Páscoa para os Messiânicos, Judeus e não
Judeus, crentes em Yeshua
Cajjítuío IV
Cajjítufo VI
Cajjítufo VI
Hag Zikaron Teruafi - A Festa cias Trombetas
Cajnt ufo VIII
Cajyítufo IX
Cajjítufo X
Cajjítuffo XI
Cajjítuío XII A História, a Igreja e as Festas Bíbíicas
CajJÍTuCo XIII
Capítufo XIV
Cajtítufo XV
Considerações Importantes
O mais importante de tudo é ler com o coração aberto, julgando toda a palavra
sem preconceito algum. Oremos ao Senhor para que Seu Espírito nos ilumine,
dando-nos a compreensão e o entendimento suficientes para tirarmos o máximo
de proveito e crescimento espiritual, tomando posse das ricas e prósperas
bênçãos do Senhor.
Dedicatórias
Este livro é dedicado a todo aquele que descobriu, e a outros muitos que um dia
também descobrirão, as raízes judaicas da fé cristã;
A todos aqueles que amam Israel e seu povo, testemunhando ao longo do tempo
e da história o Eterno D-us de Israel e entendendo seu contexto profético. Meu
encorajamento por esta causa nobre;
Aos meus amados pais, Mário e Maria, com quem aprendi a amar Israel e seu
povo, dando-me sempre apoio e incentivo no exercício de meu ministério;
V
Introdução
de nossa era. O cristianismo não só perdeu, há muito tempo, suas raízes judaicas,
como deixou de entendê-las, ou mesmo de compreendê-las no sentido espiritual.
X
No primeiro capítulo deste livro, trataremos deste tema com mais detalhes,
explicando como e por que a Igreja de Yeshua rompeu com suas tradições e
princípios judaicos, contaminando-se rapidamente com o paganismo do Império
Romano.
Gostaríamos que os leitores pudessem ler este livro com uma mente aberta,
desprovendo-se de todo e qualquer preconceito étnico e religioso.
Bem sabemos que, mesmo para aqueles que se consideram autênticos cristãos,
não é uma tarefa fácil abster-se de alguns conceitos até agora ensinados em
nossas igrejas e seminários teológicos. Afinal, são quase 2000 anos de história
onde alguns conceitos puramente humanos, e não divinos, incorporaram-se na
sociedade, criando profundas raízes e atípicas atitudes, que sob o prisma do
engano, foram até consideradas perfeitamente normais.
Sugerimos ao leitor que leia e analise o tema aqui abordado como se fosse um
“promotor” de justiça, ou seja, sua função será averiguar e analisar os fatos,
confrontando-os, imparcialmente, com a lei (neste caso, com a Palavra de D-us,
a Bíblia).
A Igreja cristã tem errado em relação ao povo judeu e à nação de Israel, quer
pelo legado da história, quer pela ignorância. O antídoto está no arrependimento
coletivo e na conseqüente mudança de atitudes em relação a este povo.
Como podemos entrar no novo milênio sem expressarmos e repararmos os erros
do passado que foram anti-bíblicos, anti-semitas, desumanos e que, além de
tudo, envergonharam o nome de Yeshua, afastando os judeus da pessoa do seu
próprio Messias?
Também não é propósito deste livro tentar estabelecer um padrão bíblico para as
igrejas cristãs celebrarem as Festas Bíblicas. A intenção deste trabalho é
apresentar a pessoa do Messias nessas Festas, mostrando, em algumas delas,
Yeshua como o Messias ressurreto e, em outras, Ele como o Messias vindouro.
Nosso propósito é levar aos cristãos um pouco da cultura bíblico-judaica,
ressaltando os temas e mensagens específicas que cada Festa traz em si mesma,
contribuindo para uma avaliação espiritual e pessoal.
tratar da própria Palavra inspirada por Ele, devemos ter, antes de tudo, uma
sincera atitude de abrir nosso espírito, evitando que bloqueios da mente possam
interferir antes que um conceito ou pensamento divino seja realmente analisado
e compreendido. O próprio texto registrado no livro de Provérbios merece um
especial destaque quando diz: “Instrui ao sábio, e ele se tornará mais
sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria; e o conhecimento do santo é o entendimento”.
(Pv. 9:9-10)
O Autor
Cajjítufo I
Com certeza, a história da igreja de Yeshua teria sido outra se esta não tivesse se
separado de Israel e de suas raízes judaicas. Muitos enganos e atrocidades com o
povo judeu não teriam acontecido. Mas, por outro lado, cremos piamente que,
por mais que o homem tenha se afastado de D -us, (bem como tentado mudar o
curso da história, sofrendo influências ou não de forças estranhas e alheias à sua
vontade), o propósito e o controle do Todo Poderoso sempre estiveram presentes,
por mais difícil que isto seja de se compreender.
Yeshua era judeu, nasceu em Belém e viveu no pleno estilo do povo judeu, bem
como Seus apóstolos e todos os posteriores discípulos. O apóstolo Paulo se
declara judeu da tribo de Benjamim (Fp. 3:5). Yeshua celebrou e participou com
seus discípulos das Festas Bíblicas judaicas; vestia-se como judeu, usando xale
de oração com suas
quatro franjas (o talit com os quatro t^it^iôt — Lc. 8:44) e comia como um
judeu, observando os princípios da lei. Se fizermos uma análise mais minuciosa
do livro de Atos, vamos ver que a Igreja primitiva, composta de judeus e gentios,
também vivia no contexto e no estilo de vida judaicos. Mesmo as igrejas
localizadas fora de Israel, como a igreja de Corinto (I Co. 5:7 e 16:8) e outras,
celebravam as Festas Bíblicas judaicas. O próprio Yeshua disse: “Não penseis
que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir.
Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem umyud ou til
jamais passará da lei, até que tudo se cumpra ” (Mt. 5:17-18). A partir do
capítulo 13 do livro de Atos, vemos claramente, por várias vezes, a Igreja
primitiva estudando as Escrituras no Shabat (Sábado). Vemos também a clara
ligação judaica com as igrejas fora de Israel através das cartas de Paulo aos
Romanos, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses. Mas o
que aconteceu para que um grande cisma ocorresse entre as comunidades
judaicas e gentílicas? Inicialmente, houve diferenças religiosas e sociais. Antes
da primeira Revolta Judaica, em 66 d.C., o cristianismo era uma ramificação do
judaísmo, como os saduceus, os fariseus e os essênios. Os cris1 tãos eram
conhecidos como “os do caminho” (Netiiyah) ou como nazarenos. A intrusão
romana na Judéia e a larga aceitação do cristianismo pelos gentios começaram a
comprometer o cristianismo judaico. Somente a partir do ano 70 d.C. é que a
maioria de crentes gentílicos passa a ser em maior número se comparada aos
judeus crentes. Assim, as comunidades cristãs eram mistas, constituídas de
judeus e gentios.
Mais tarde, por volta do ano 132 d.C., apareceu Bar Kochba, que liderou a
Segunda Revolta Judaica contra Roma. Os judeus messiânicos (cristãos) tinham,
então, fortes motívos para não participar desta revolução. Bar Kochba chegou a
ser proclamado Messias pelo rabino Akiva, de grande renome na época. Tal fato
gerou um direto conflito entre os judeus messiânicos e não messiânicos, pois
esses últimos tinham Yeshua como o verdadeiro Messias. Alguns anos depois,
especificamente no ano 135 d.C., o imperador Adriano expulsou todos os judeus
de Jerusalém, permitindo que estes retornassem somente um dia por ano, para
celebração do luto pela destruição do Templo. Este dia passou a se chamar Tisha
Beáv. Mais tarde, Adriano permitiu a reconstrução da cidade de Jerusalém;
porém, alterou seu nome para Melia Capitolina, e o nome da Judéia para Síria
Palestina. Isto, sem dúvida, teve a clara intenção de apagar qualquer ligação
judaica com a cidade de Jerusalém e com a terra de Israel. Assim, aos poucos, os
líderes judeus-messiânicos transferiram-se para outros grandes centros como
Alexandria, Roma e Antioquia. Umas das graves conseqüências
desta transferência da liderança judaico-cristã foi a influência do pensamento
greco-romano, opondo-se ao pensamento e ao contexto judaicos nos quais as
Sagradas Escrituras foram escritas.
O início da perseguição aos cristãos
Lembremo-nos de que, sob a lei romana, o judaísmo era legal, pois pré-datava
Roma. No propósito de unificar o Império Romano, todos deviam adorar e
venerar os deuses romanos, tendo a pessoa do próprio imperador como um D-us.
Como o judaísmo era anterior à Roma, tal lei não vigorava para os de religião
judaica. Mas, como o cristianismo era tido pelo imperador como uma nova
religião, seus seguidores deveriam acatar a nova lei de culto universal.
E evidente que os cristãos daquela época não poderiam, em hipótese alguma,
sujeitar-se a esta imposição pagã e idólatra. *
O Edito de Milão, em 313 d.C., colocava fora da lei as sinagogas. Logo após,
outro édito permitia que os judeus fossem queimados caso não cumprissem as
leis romanas. Com este édito, os privilégios dados anteriormente aos judeus
foram cancelados; o proselitismo ficava proibido, sendo sua punição a pena de
morte, e os judeus começaram a perder seus altos postos na sociedade e na elite
militar.
O terrível Marcião (um dos pais da Igreja Cristã), era um anti-semita declarado,
e pregava que qualquer cristão que utilizasse algum símbolo judaico (ou mesmo
nome), ou realizasse qualquer celebração judaica, seria considerado cúmplice da
morte do Messias, juntamente com os judeus. As oposições de Tertuliano (outro
pai da Igreja cristã) a fim de que a igreja não perdesse suas raízes, foram em vão.
No final do século IV, o Bispo da Antioquia, Crisóstomo (344407), escreveu
uma série de oito sermões contra o povo judeu. Ele tinha visto cristãos orando
como judeus e observando as Festas Bíblicas judaicas. Suas duras críticas foram
pesadas e diabólicas, pois tratavam as sinagogas como zonas de meretrício e
teatro, cheias de ladrões e bestas selvagens. Crisóstomo declarava os judeus
culpados de deicídio (o crime de ter matado a Deus), além de classificar os
judeus como “os mais miseráveis de todos os homens”, libidinosos, gananciosos,
pérfidos bandidos, assassinos possuídos de demônios, pestes do universo etc.
Agostinho (354430), contemporâneo de Crisóstomo, um pouco mais contido,
declarou que Judas era uma imagem do povo judeu. Lançou a “teoria do
testemunho”, ou seja, judeu era um povo destinado a viver como um
testemunho, tanto para o mal quanto para a verdade cristã. Afirmou: “...deixem
que vivam em nosso meioy mas os façam sofrer e serem humilhados
continuamente”. Esta teoria foi muito mal empregada, e acabou contribuindo
para alastrar ainda mais a perseguição e o anti-semitismo judeu.
Nesta tensa situação, não é difícil perceber que para um gentio ou judeu-
messiânico manter-se na liderança, defendendo sua herança judaica e suas raízes,
seria quase impossível sobreviver. O refrão de que os judeus eram "assassinos do
Messias’5, perdura, lamentavelmente, até hoje em nossas igrejas cristãs e
evangélicas. Como sempre, o inimigo vale-se de más interpretações das
Escrituras. Os anti-semitas citavam Mateus 27:25, que diz: “...e todo o povo
respondeu: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos 7
Primeiro, temos que considerar que estes poucos que falaram isto não podem ser
responsabilizados por uma nação inteira.
As Cruzadas
No ano de 1096, temos registrada a primeira Cruzada. Este ano coincidiu com
um período de lutas internas na própria Igreja. Haviam dois papas. Um deles era
anti-semita. Quando um deles faleceu, o outro, Urbano II, iniciou uma
O Concilio Lateranense
Ainda no período das Cruzadas, era divulgado no ano de 1215, o quarto Concilio
Lateranense (Concilio de Latrão), proclamado pelo Papa Inocêncio III. Este
papa declarou que os judeus deveriam, com base na passagem de Números
15:37-41, usar uma roupa diferente e discrimina-tiva, como as mais tarde usadas
para leprosos, prostitutas e hereges. Séculos mais tarde, apareceria a estrela
amarela nazista, o emblema da vergonha. Neste concilio, foi oficia-
Grande parte do anti-semitismo era assim consolidado por uma onda crescente
nesse período da Idade Média, antecedendo, assim, o período terrível da
Inquisição.
A Inquisição
Todo este ódio acumulado durante anos e anos veio, finalmente, a manchar a
história mundial. Era a infamada Inquisição. De acordo com as leis canônicas
dos Papas, a
Inquisição não estava, no início, autorizada a interferir nos assuntos internos dos
judeus, mas somente procurar cristãos heréticos que tinham violado os costumes
cristãos. Em meados do século XV, foi iniciada a Inquisição Espanhola. Judeus
eram forçados a se batizarem, daí o nome cristãos-novos ou novos conversos.
Porém, a grande maioria dos conversos continuava sentindo-se judeu e mantinha
suas tradições judaicas, observando os dias de Festas, etc. A perseguição
espalhou-se rapidamente, e milhares de judeus eram queimados vivos caso não
se arrependessem e mudassem de vida. Não é meu propósito, aqui, relatar a
história do período da Inquisição, pois ela é tratada em outro livro de minha
autoria: “Há restauração para os Marranos e Cris-tãos-Novos, os separados da
Casa de Israel?”. Mas gostaria de mencionar o fato de que Dom Ferdinando
Aragão e Isabel, reis católicos da Espanha, promulgaram um decreto expulsando
todo judeu da Espanha em 1492. Milhares de judeus tiveram seus bens
confiscados e foram obrigados a deixar o país. Muitos deles foram para
Marrocos; outros, para Holanda; outros, voltaram para Israel e muitos para
Portugal. Porém, o reino espanhol estendeu-se até Portugal por ocasião do
casamento de Dom Manoel, da coroa portuguesa, com a família real dos
católicos da Espanha. Então, o decreto da expulsão dos judeus da Espanha passa
a valer também para os judeus portugueses e para aqueles que haviam emigrado
da Espanha para Portugal. Este fato é muito importante para nós brasileiros, pois
a história registra que mais de 100.000 judeus que moravam na Espanha
cruzaram a fronteira para Portugal e, posteriormente, muitos outros vieram para
o Brasil, esperando fugir da perseguição. Porém, por volta do ano 1640, em
todas as igrejas de Portugal, editais da Inquisição conhecidos como “Regimento
do Santo Ofício da Inquisição dos Reinos de Portugal” eram lidos,
compungindo os fiéis a denunciarem pessoas que praticassem judaísmo ou
heresias semelhantes, sob pena de excomunhão. Estes editais da fé foram
também estendidos ao Brasil. Vários judeus conversos, também
denominados cristãos-novos, começaram a ser julgados e a responder processos
pela Inquisição da Santa Sé, sendo que muitos deles foram extraditados para
Portugal, onde eram julgados e condenados à morte ou prisão perpétua. Muitos
judeus cristãos-novos acabaram deixando-se passar por cristãos, a fim
de ganharem liberdade e direito de se estabelecer em território brasileiro. Por
isso, no sangue brasileiro há uma forte influência judaica, quer legada pela fé,
quer por costumes e tradições judaicas. A Inquisição durou de 1481 até 1820.
Mais de 350.000 judeus sofreram as mais pesadas penas e punições, inclusive a
morte.
A Reforma
Os Guetos
Era Moderna
No fim do século XVIII e no século XIX, o novo status dos judeus não foi bem
recebido na Europa. Na Alemanha, o anti-semitismo assumiu características
racistas, como reação ao movimento da assimilação judaica.
Holocausto
O holocausto foi a solução final encontrada por Hider para acabar de vez com o
povo judeu. A própria Alemanha, país considerado iluminado, aculturado, berço
dos grandes intelectuais, passou a ser o verdadeiro inferno para o povo judeu.
Se pensarmos um pouquinho, nós estamos apenas mais de meio século deste fato
que foi testemunhado por nossos pais e avós.
Por isso, tentou-se arrancar, violentar e estrangular para sempre a “menina dos
olhos de D-us”. A prova do Estado de Israel, o movimento sionista levando os
judeus do mundo todo de volta a Sião, a própria terra de Israel é a maior prova
da fidelidade da palavra de D-us. O deserto dando frutos, a língua hebraica
reconstituída, as cidades bíblicas sendo reconstruídas, são provas das profecias
do Eterno para com o seu povo que já começou a ser salvo e a reconhecer
profeticamente Yeshua Ha Mashiach, o nosso Messias, como o Rei dos Reis.
Profecias estão se cumprindo às nossas vistas, como Ezequiel 37; Daniel 9;
Isaías
32, 35, 42, 43, 44, 66; Jeremias 31; Oséias 6; Joel 2; Zacarias 10 e 12; Mateus
24; Tiago 5. Também as profecias de Apocalipse, já prestes a se realizarem, são
inegáveis e inquestionáveis.
Como os leitores podem ver, as Escrituras não falham. O D-us de Israel nunca
falhou e nem falhará. Mas não se iludam: o nazismo ainda não acabou. O livro
de Apocalipse revela que os judeus e os verdadeiros cristãos serão
ainda perseguidos pelo sistema mundial do Anti-Cristo.
Mas, o que queremos dizer com tudo isto que foi aqui relatado? Caro leitor, as
Escrituras dizem que, nos últimos dias, os judeus e a nação de Israel
conheceriam o Messias, como já dissemos anteriormente. D-us não rejeitou seu
povo. Veja atentamente Romanos 11. Por causa dos patriarcas, o povo judeu é
amado, e pela nossa misericórdia, eles receberão misericórdia. Quando a Igreja
gentílica de Yeshua caminhar para alcançar sua plenitude, então saberemos que
Israel será salvo. Está escrito! Leiam Zacarias 12:10: os judeus de Jerusalém
reconhecerão que Yeshua é o Messias esperado, o Rei dos Reis.
Como pode, então, a atual Igreja de Yeshua desmerecer Israel, não intercedendo
pelo povo judeu, se há uma promessa do Eterno? Como podemos ainda permitir
raízes anti-semitas em nossas igrejas? Como o verdadeiro crente pode ficar
alheio às profecias do Senhor? Por que os pastores têm tanta dificuldade de
entender que os judeus só se converterão quando a Igreja de Yeshua passar a
assumir esta responsabilidade? Como se converterão, se não há quem pregue?
Contra quem o inferno não pode prevalecer? Somente contra a Igreja é que o
inferno não pode prevale-
cer (Mt.l6:18). Portanto, amados, urge que todos nós levantemos nossas
bandeiras a favor da nação de Israel e da salvação do povo judeu, Não há
diferenças entre judeus e gregos (gentios) quanto à salvação. Mas há
diferenças, sim, de Israel como nação. Yeshua não voltará para Nova Iorque,
para Paris, ou para São Paulo. Yeshua voltará para Jerusalém, de onde
estabelecerá Seu reino durante o milênio.
A Igreja de Yeshua não pode continuar nesta ignorância a respeito das profecias
quanto a Israel. E você, que está lendo agora estes parágrafos, tem uma grande
responsabilidade neste processo de salvação da nação de Israel.
Não permita que haja em você nenhuma raiz anti-semita, e assuma a intercessão
em favor de Israel. As raízes de nossa fé são judaicas. O fundamento da nossa fé
está baseada nos profetas do Antigo Testamento, na doutrina dos apóstolos, e na
pedra angular que é o Messias, o nosso Yeshua.
Entenda tudo isto pelo Espírito do Senhor. Deixe de lado todo pré-conceito
contra Israel e seu povo. No livro de Efésios 2:19, o Espírito do Eterno revela-
nos que D-us só tem uma família, composta de judeus e gentios. Por que, então,
rejeitar Israel? A salvação veio deles. Graças à sua rejeição ao Messias no
primeiro século, é que as Boas Novas do Evangelho foram espalhadas até os
confins da terra. Você entende, agora, por que os judeus aceitarão a Yeshua no
final? Entende, agora, por que você tem que ser um intercessor por Israel e seu
povo?
Chegou a hora de restaurarmos nossas raízes, e não temos mais tempo a perder.
Precisamos entender a Bíblia no contexto do pensamento judaico, e não no
contexto ocidental, contaminado pelo mundo consumista e materialista. Vivemos
pela fé. E se assim D-us quer, temos que começar
Segundo, quando o crente em Yeshua celebra qualquer uma destas festas, ele
não está celebrando as festas de maneira idêntica àquelas celebradas atualmente
no judaísmo não messiânico. Não teria sentido para nós se as mesmas não
estivessem centradas na pessoa de Yeshua, o Messias. Lembrem-se do que
comentamos acima: nós não estamos na sombra. Na pessoa de Yeshua, tudo
tornou-se real, muito mais do que real para nós. Tão real, que Ele está vivo no
meio de nós, sendo nós o seu próprio tabernáculo.
Quarto, mesmo estando nós debaixo da graça, devemos nos lembrar de que, se
estamos no Messias, somos
Quinto, devemos ter em mente que nem tudo do judaísmo é ruim. Pelo
contrário, quase todo o judaísmo foi extraído da Tanach, ou seja, do Antigo
Testamento, que foi
para corrigir; para instruir em justiça” (II Tm. 3:16). Assim, se a religião
judaica baseia-se no mesmo livro usado pelos crentes em Yeshua, a Bíblia
Sagrada, é lógico que temos algo em comum, e até muita coisa em comum.
Assim, cremos que as Festas Bíblicas devem ser celebradas dentro do contexto
profético no qual elas foram inseridas. Portanto, não há nada de judaizante, nem
sequer de incentivo à israelatria ou judeumania, em celebrar as Festas Judaicas
no contexto do Novo Testamento, cen tralizadas na pessoa de Yeshua. Sim, elas
estão inseridas também no contexto judaico não-messiânico, mas elas
são bíblicas, e não pagãs.
posse daqueles que ainda não se manifestaram em nossas vidas. Já na Festa dos
Tabernáculos, vamos meditar se realmente temos permitido ao Messias
tabernacular em nós, sendo a presença dEle real e constante em nossas
vidas, tornando-nos fontes de “água viva” para este mundo caótico. A grande
verdade é que a celebração das Festas Bíblicas nos trazem qualidade de vida
espiritual.
Nono, elas nos trazem santidade, além de qualidade da fé. Suas mensagens são
todas centradas na pessoa de Yeshua, e o poder que há na Palavra gera em nós
santidade, separação exclusiva para uma vida com D-us.
)
Cajjítufo III
A Festa da Páscoa é a primeira festa fixa do ano no calendário judaico. Por isso,
ela é muito importante não só por ser a primeira festa, mas porque, sem ela, as
outras festas não existiriam. Para nós, crentes em Yeshua, ela fala profundamente
ao coração, pois sua mensagen principal fala, pelo menos, de três pontos super
importantes para todo aquele que acredita no Messias:
deiro assado será comido (Exodo 12:7). Para nós crentes, isso significa “nascer
de novo”, recebendo o perdão pelo sangue do Cordeiro, vertido na cruz do
calvário para remissão dos nossos pecados (Romanos 5:8-9). O comer o cordeiro
significa tê-lo dentro de nós, habitando em nós (I Co. 2:6);
“Pois também o Messias, nosso cordeiro pascal\ foi imolado. Por isso,
celebremos a festa (páscoa) não com o velho fermento,
1. Histórica
É de conhecimento geral que, por 4000 anos, o povo judeu tem continuado a
celebrar a Páscoa, tendo-a como um memorial e estatuto perpétuo (Ex. 12:14).
Vários estudiosos situam o êxodo dos israelitas do Egito entre os séculos XVII e
XIII a.C. (Ex.: Abba Eban, em seu trabalho de história “Meu Povo”). A história
dos Judeus favorece essa data por volta de 1250 a.C., quando
A
Devemos voltar a José. No século XVIII a.C., o Egito tinha sido invadido por
tribos semitas chamadas de Hycsos. José, em Canaã, tinha sido traído por seus
próprios irmãos e, com a idade de dezessete anos, foi vendido para os
mercadores midianitas, que o venderam a Potifar, capitão da guarda de Faraó.
No Egito, José escapou da sedução e sofreu a prisão inocentemente, antes que
ele viesse a ter a atenção de Faraó, que lhe pediu para interpretar os seus sonhos.
A interpretação de José resultou em sua promoção,
dada por Faraó, a “governador sobre toda a terra do Egito”. Durante sete anos de
colheita abundante, José preparou um sistema de armazenamento da colheita da
terra, o bastante para alimentar todos que viessem ao Egito à procura de grãos
durante os sete anos seguintes de fome. Entre muitos que vieram, estavam seus
próprios irmãos. Nesse tempo, Faraó também os encontrou. Em apreciação pela
sabedoria de José e o seu habilidoso trabalho à nação, Faraó requisitou que José
trouxesse toda a sua família para morar no Egito. Foi assim que os Judeus foram
para o Egito, tornando-se, mais tarde, escravos desta nação.
em Exodo 12. Era o mês da primavera de Aviv. Esse sena o mês para a sua física
redenção da escravidão, para nunca ser esquecida. Eles deveriam criar um novo
e sagrado calendário e celebrar Aviv como o primeiro mês entre todas as suas
gerações. Então, uma precisa “ordenança” foi prescrita para ser observada na
noite do Exodo: um cordeiro macho de um ano, sem mancha, deveria ser
observado do décimo ao décimo quarto dia de Aviv. Então, o cordeiro deveria
ser sacrificado ao crepúsculo do dia. Eles deveriam aplicar um pouco do seu
sangue nos umbrais das portas de suas casas.
Comer as ervas amargas era um dos três elementos da ordenança, para lembrar
sempre ao povo hebreu da amarga prisão que durou quatrocentos anos através
dos seus ancestrais no Egito (Êxodo 1:14; 12:8).
Em cada geração, os pais deveriam contar aos seus filhos que essa ordenança da
Páscoa memoriza a escravidão e a redenção de seus ancestrais (12:26-27). Esse
“contar55 da história é o título de um livro oficial intitulado “Hagadá”.
Muitos não israelitas juntaram-se aos filhos de Israel naquela noite de seu
apressado êxodo. Uma lei foi
• Sêder — a ceia com a leitura da Hagadá, foi sempre celebrada com grande
alegria em Israel. Pelo amor que os judeus devotam a seus filhos, eles mantêm a
tradição desta sugestiva festa de família, onde celebram
Pêssach,
Recomenda-se que a casa esteja limpa, para que não fique nenhum “hamêts^’-
alimento fermentado, proibido no Pêssach. O conceito de hamêtt? é
simbólico. Representa os defeitos das pessoas, que devem fazer
um exame de consciência de seus atos e de seu comportamento, para se libertar
de suas más qualidades.
Água e sal: São colocadas numa vasilha, onde são mergulhados o Karpás
(salsão ou aipo) e o ovo. Representam as lágrimas do povo judeu pelo sacrifício
diário de crianças feito pelo Faraó, na ilusão de curar as lepras.
quanto mais perseguido, mais forte se torna. Fala também de uma nova vida.
Durante a cerimônia, o pai parte o pão do meio (Mat%a) e esconde uma metade,
pois ele deve ser procurado pelas crianças. A criança que o encontrar, pode pedir
ao pai o que quiser. Este pão escondido chama-se Afikomân. Para nós,
messiânicos, este pão simboliza o Messias, que ainda se encontra escondido para
o povo judeu.
Você acha que é de conhecimento geral que Yeshua celebrou a Páscoa? Yeshua
anulou a celebração da Festa da Páscoa instituindo o memorial da Ceia durante
aquela celebração? Veremos que não. São duas situações distintas, porém
análogas. Em momento algum durante a celebração desta Festa, Yeshua anulou a
páscoa. Pelo contrário, Ele deu um significado e uma simbologia real a
ela. Lembremo-nos de que todas as coisas do Antigo Testamen-
to são sombra (imagem) daquilo que se ainda está por vir (CL 2:16).
Por quatro dias, desde o décimo até o décimo quarto dia do mês hebraico de
“Nisany\ os discípulos observaram o seu cordeiro selecionado para ter certeza de
que era sem mancha e sem defeito. Falando nisso, o nome original do mês da
Páscoa, sendo o primeiro mês do seu calendário sagrado, ‘!Aviv’\ foi mais tarde
mudado para u.Nisan”, durante ou após o retorno da nação judaica do
cativeiro babilônico, no século VI a.C. (606-536 a.C.).
Naquele ano da última Páscoa de Yeshua, o décimo quarto dia era contado do
entardecer da quarta-feira ao entardecer da quinta-feira. No meio da manhã de
quinta-feira, todos os lêvedos, ou hamêt^ eram removidos de todas as casas dos
hebreus, fossem eles sólidos ou líquidos. Os cordeiros pascais deviam ser mortos
no pátio do templo por volta de uma e meia da tarde da quinta-feira, e o
sacrifício oferecido no grande altar cerca de duas e meia da tarde. Aos homens
leigos também era permitido matar seus próprios cordeiros. Esse era o único
serviço de sangue que não precisava ser realizado por um “Côhen”, ou sa-
que nos é familiar: (CBendito és Tu, O Senhor, nosso D-us e Rei do Universo,
Criador do fruto da vinhayy.
vas amargas, molhadas em um vinagre de frutas ou em água com sal. Esse ritual
recordava a amarga prisão no Egito, e os sábios Judeus diziam que isso era “um
sinal de liberdade e bem estar”, aparentemente quando o povo Judeu não
era mais escravo. O mestre da cerimônia preparava uma porção de ervas amargas
molhadas e dava a cada convidado para comer. Havia, então, como existe ainda,
dois tipos de molhos durante o ritual. No quarto evangelho, João o descreveu
como “pão molhado” (João 13:26). O segundo molho é composto de uma
mistura de figos, nozes, frutas e canela, representando a argamassa com a qual os
Hebreus eram forçados a fazer tijolos. A erva amarga e a porção dessa mistura
eram comidas entre os pedaços de mat^á.
Também no início da refeição, um prato com três pães sem fermento (mat^oi) era
exibido. Eles eram chamados de “pães da aflição”, citando Deuteronômio 16:3.
Esse
mento”, que foi comido às pressas na noite do Exodo dos Hebreus do Egito. Foi
esse “mat^á” que Yeshua tomou antes que a refeição fosse servida e,
pronunciando a tradicional ação de graças, quebrou o pão e deu a seus
discípulos, com uma nova palavra: “Este é o meu corpo que é dado por vós;
fa^ei isto em memória de Mim” (I Co. 11:24).
Será que a quebra do pão pode simbolizar Is 53, que expressa o Servo do Senhor
“oprimido e aflito”?
Exatamente! Em Isaías 53:7, lemos: (Ele foi oprimido e aflito”. Aqui, temos
novamente uma tipologia. O “PÃO
Anteriormente, falamos das quatro promessas que D -us fez ao seu povo
enquanto escravo no Egito, como
A
Yeshua propôs trazer a memória dos discípulos uma promessa profética, dada à
nação de Israel cerca de seis-centos anos antes, através do profeta Jeremias (Jr.
31:31): “Eis ai vêm dias, dit£ o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de
Israel e com a casa de Judá ”.
“O cálice após a ceia”, que continha o “fruto da vinha” ou vinho, foi santificado
pelo Senhor Yeshua como símbolo do Seu puro e inalterado sangue remidor,
segundo Ele mesmo havia dito: “Este é o Meu sangue, o sangue da Nova
Mliança“O sangue de Yeshua, o Messias, o qual nos lava de todo pecado”,
como escreveu o apóstolo João (I João 1:7).
a) O “pão feito sem levedo” tipifica a nova natureza dos crentes em Yeshua —
“sem malícia e perversidade”. Ele também simboliza o Salvador, que é “santo,
sem mancha, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos
céus.” (I Co. 5:7-8; Hebreus 7:26). O “pão sem leve-do”, ou “mat^á”, sobre a
mesa da última ceia da Páscoa do Messias, foi declarado pelo Senhor Yeshua
para representar “Meu corpo dado por vós. Fa%ei isto em memória de Mim.”
(Lucas 22:19).
“Pão sem levedo” e o “cálice” de vinho têm sido estabelecidos pelo Criador, na
ordenança da Páscoa e na Ceia do Senhor, como símbolos apropriados do
Seu corpo sem pecado e da pura redenção, através do sangue, pelos seus e meus
pecados, “até que Fie venha”.
bramos da nossa vida passada, dando graças a D-us por termos agora seu Filho
Yeshua habitando em nós. Em outras palavras, valorizamos e avaliamos o estado
e qualidade da nossa vida atual no Messias. Será mesmo que não temos sofrido
nenhum tipo de amargura vivendo com o Messias, ou será que existe em
nós algo que nos prende ao passado e à escravidão do pecado?
5. A celebração da Festa da Páscoa para os Messiânicos, Judeus e não Judeus,
crentes em Yeshua
Entendemos, também, que quando Paulo diz: “celebremos a festa não com o
velho fermento, nem com fermento da malícia e da corrupção"\ ele está falando
da natureza do velho homem existente antes do encontro com o Messias.
Portanto, entendemos que durante os sete dias do período de Pêssach, podemos
deixar de comer alimentos fermentados, conforme o mandamento bíblico, a fim
de nos lembrarmos de que agora somos novas criaturas no Messias, nascidos da
morte para a vida, pois procuramos viver com os ázimos da sinceridade e da
verdade. Devemos terminar esta cerimônia com o memorial da ceia, como
ensinado por Yeshua, como já mencionado anteriormente.
E uma festa da família e dos crentes em Yeshua, pois afinal, todos ali presentes à
mesa estarão dando graças a D-us pelo novo nascimento, pela libertação e,
sobretudo, pela salvação e vida eterna que há no Messias Yeshua.
E bem certo que Yeshua, como judeu, tenha celebrado toda a cerimônia de
Pêssach conforme a tradição judaica. As respectivas bênçãos recitadas para os
principais elementos são:
• Bênção das ervas amargas: “Baruch Atá Adonai Eloheinu mélech haolam,
Ashêr kideshânu bemitzotáv vetzivânu al-nehilat marêr”. “Bendito seja nosso D-
us, rei do Universo, que nos santificou por seus preceitos e nos ordenou comer
ervas amargas”.
Fazemos todas as cerimônias com muito temor e amor, pois, afinal, prestamos
um culto de ação de graças a D-us por ter Ele nos libertado da escravidão do
pecado no qual vivíamos anteriormente.
Como vemos, celebrar esta festa é uma visão profética. Em hipótese alguma
deve haver interesse financeiro e lucrativo, como cobrar ingressos ou promover
“shows” evangélicos. Se assim fizermos, estaremos estabelecendo nosso próprio
juízo, pois, como já dito, as celebrações das Festas Bíblicas trazem, também,
juízos divinos sobre todos. Lembrem-se de que se trata de um estatuto
perpétuo, de uma ordenança do Senhor.
gozo;
— Libertamo-nos das doenças e enfermidades para tomarmos posse da cura;
mentamos a Ressurreição;
— Deixamos a nossa “casa” (nosso corpo, nossa mente e coração), que era
suja e contaminada pelo fermento deste mundo, para assumirmos os asmos da
pu-
— Trocamos o antigo trabalho penoso e pesado pela graça de D-us, que nos
abençoa e nos dá enquanto dormimos;
— Trocamos um cordeiro morto por um Cordeiro vivo, que nos alimenta diária
e eternamente;
— Trocamos a maldição que havia sobre nossos filhos por bênçãos que duram
até mil gerações;
Muitos pensam que a Festa chamada dos Pães Asmos, ou Azimos, é sinônimo da
Festa da Páscoa. Na verdade, uma festa é continuação da outra. Levítico
23:6, mostra-nos que um dia após a Páscoa, temos a Festa dos Pães Asmos, ou
seja, aos quinze dias do mês de uAviv. “E aos quinze dias do mês é a festa dos
pães átimos do Senhor; sete dias comereis pães átimos, No primeiro dia, tereis
santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; mas por sete dias
oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia, haverá santa
convocação; nenhum trabalho servil fareis” (Lv. 23: 6-8).
A
No livro de Exodo 12:15, está escrito: uPor sete dias comereis pães átimos. Eogo
no primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, porque qualquer que
comer pão levedado, entre o primeiro e sétimo dia, esse será cortado de Israel. ”
Se D-us assim falou, com certeza tem-se uma boa razão para não comer. Os
judeus aproveitam este período de sete dias para fazer uma grande limpeza em
suas casas; é a chamada “limpeza da primavera”, onde se limpa tudo, removendo
as coisas velhas, sujas, estragadas, mofadas, etc. A importância deste
mandamento é tornar-se consciente da pro-
E importante frisar que o ato de não comer fermento está relacionado com a
lembrança do dia da saída da terra do Egito, que representava uma vida de
escravidão e prisão, sem liberdade e expressão.
No Novo Testamento, esta palavra foi empregada várias vezes para expressar um
estado de corrupção ou de alguém que se corrompe. Yeshua fez várias
advertências contra o fermento dos fariseus, dos herodianos e dos saduceus
(Mt. 16:6; Mc. 8:15). Em outras passagens, referia-se à hipocrisia, ao
exibicionismo, ao ceticismo e à ignorância culpável dos saduceus (Mt.
22:23,29). A malícia e astúcia eram simbolizadas também pelo fermento (Mt.
22:16-21; Mc. 3:6).
Sabemos que um pouco de fermento leveda toda a massa. Façamos uma alusão
àquela parábola de Yeshua em que uma mulher escondeu três medidas de farinha
até tudo ficar levedado, fermentado (Mt. 13:33). Nesta passagem,
vemos claramente o sentido do “fermento” como uma analogia àquilo que está
oculto, silencioso, misterioso; mas que cresce, contamina e transforma toda a
massa.
Durante estes sete dias, não só nos lembramos de que não mais existe em nossa
natureza o “ fermento” , a natureza do pecado, como também entendemos que é
um período propício para tomarmos consciência da nova natureza de Yeshua que
agora passou a habitar em nós. Tomamos consciência também que a raiz do
pecado não habita mais em nós. Se após a saída do “Egito” (sistema do inundo),
ocorrer algum pecado em nossas vidas, este pecado não veio mais de dentro, da
nossa natureza. Pois o “velho homem” morreu, e não habita mais em nós. Se
nós, como crentes, pecamos, o pecado vem de fora, vem do mundo, de tal
maneira que temos domínio sobre ele. Isto não ocorria quando não conhecíamos
o poder do sangue do Cordeiro, que tira o pecado do mundo (Jo. 1:29).
Eu penso que esta segunda Festa do ano é muito importante. D-us a estabelece
um dia após a saída do Egito, ou seja, após a passagem, a Páscoa. Por que
somente um dia após a Páscoa? Creio que esta pressa de D-us é para
nos preservar do pecado e fazer com que nosso novo nascimento seja real e
definitivo. Pois, imaginem se todo crente re-
Durante o período desta Festa, tomamos posse de que não nos vem tentação
acima daquela que podemos suportar (I Co. 10:13). Estamos livres do pecado,
fortalecidos pela graça e cobertos pelas eternas misericórdias do TELhad (o
Unico) D-us de Israel.
A Bíblia não nos dá uma norma, ou uma regra, de como celebrar esta Festa. Mas
como qualquer outra festa bíblica, D-us manda que a celebremos. No nosso
caso, sendo uma congregação messiânica, celebramos esta Festa exatamente um
dia após a Festa de 1Pêssach. Reunimo-nos com grande alegria para
declararmos juntos o início dos sete dias em que estaremos lendo, ministrando,
meditando nas Escrituras, ressaltando os textos que falam desta festa. Festa é
celebração de alguma data ou de alguma lembrança. É um dia festivo, de júbilo.
Creio que todos nós, crentes em Yeshua, temos motivos de sobra para nos
alegrarmos nas Suas eternas promessas. Sendo que, ao mesmo tempo,
posicionamo-nos contra qualquer tipo de "'fermento5’ que esteja nos perturbando
ou aprisionando. Como vocês podem ver, é tempo também para arrependimento.
Não queremos impor nenhum jugo pesado a qualquer um dos crentes que estão
debaixo da graça do Senhor. Eu, particularmente, penso que é uma questão de
revelação. Assim, estando eu no Messias, meu julgo é leve e suave (Mt. 11:29).
Logo, posso valer-me, com alegria no coração, de um período de sete dias sem
comer algo fermentado, o que me fará lembrar e tomar posse da libertação e da
nova natureza que encontrei no Messias Yeshua. Se este período de mudança nos
meus hábitos físicos podem levar-me à meditação, à libertação, à mudança de
conceitos, pré-conceitos e pensamentos, implicando mudança de atitudes que
resultem em melhor comportamento, crescimento espiritual e
melhor relacionamento com os irmãos, não vejo nenhum motivo pelo qual um
cristão não possa celebrar esta Festa. Não é a Ceia do Senhor, também, um
memorial da morte e da vinda do Senhor Yeshua?
Paulo, em sua carta aos Romanos (judeus e gentios de Roma), diz: “Aquele que
fa% caso de dia, para o Senhor o fa%. E quem come, para o Senhor come,
porque dá graças a D-us; e quem não come, para o Senhor não come, e dá
graças a D-us... Quem és tu, que julgas o servo alheio?” (Rm. 14:4,6).
Além destes versículos, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, ainda adverte
aqueles que gostam de julgar os outros: <rNin-
guém vos julgue, pois, pelo que comer, pelo beber, ou por causa de dias de
FESTsl(..), que são sombras das coisas vindouras; mas o Corpo é de Cristo”
(Col. 2:16-17)
Todas as Festas falam da pessoa de Yeshua, o Messias. Portanto, celebremos
com alegria as Festas Bíblicas, não pagãs, tomando posse de suas edificantes e
divinas mensagens.
coa), tem-se a Festa dos Pães Azimos por sete dias. No final destes sete dias,
tem-se, mais uma vez, uma “santa convocação” para toda congregação, quando o
Senhor D-us diz: “Disse mais o Senhor a Moisés: fala aos filhos de Israel e
di^e-lhes: Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou, e segardes a
sua sega, então trareis ao sacerdote um molho das primícias da vossa sega; e
ele moverá o molho perante o Senhor; para que sejais aceitos. No dia seguinte
ao Sábado, o sacerdote o moverá. E no dia em que moverdes o molho,
oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao Senhor. Sua
oferta de cereais será de dois décimos de efa de flor de farinha, amassada com
aceite, para oferta queimada em cheiro suave ao Senhor; e sua oferta de libação
será de vinho, um quarto de him. E não comereis pão, nem trigo torrado, nem
espigas verdes, até que aquele mesmo dia, em que trouxerdes a oferta do vosso
D-us; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas habitaçõesf)
(Lv. 23: 9-14).
V
A primeira vista, parece um texto difícil de entender. Mas muitos não entendem
esta celebração no sentido prático. Outros confundem a palavra “primícias”
com dízimos ou ofertas. Mas na realidade, neste contexto, D-us exige uma santa
convocação que caracteriza, então, algo importante e necessário, ou seja, uma
outra Festa solene.
Conclui-se que, quase de imediato, este novo filho de D-us dará os primeiros
frutos de arrependimento. Isto mesmo: os primeiros resultados advindos de um
arrependimento sincero e honesto diante da graça de D-us. E aquela fase
maravilhosa em que todos ao redor do novo crente percebem que sua vida
mudou e continua mudando a cada dia. Ainda não podemos ofertar ao Senhor
além de um molho, ou seja, além de uma amostra daquela sega que um dia virá
com abundância. Juntamente com este molho, o Senhor D-us, o Eterno de Israel,
faz-nos lembrar de que a mudança miraculosa que ocorre em nossa mente e,
_r_
o zelo de D-us para com seus filhinhos ainda de colo. E interessante notar que
neste texto da Festa das Primícias, não há oferta do bode, que representa oferta
pelo pecado. Isto tem sentido, pois o recém-nascido está numa fase de
então, aquele que se torna servo dos outros. E justamente o contrário do que o
mundo greco-romano nos ensina. Portanto, não basta conhecer sobre Yeshua e
seu plano de salvação. E necessário mudar nossa maneira de pensar, ou
seja, arrepender-nos com mudança de atitudes de vida e nos voltarmos para um
padrão divino.
Lembremo-nos de que estamos falando de uma festa fixa, ordenada pelo Senhor
para ser celebrada uma vez por ano, num tempo específico e determinado. Não
precisamos ir muito longe para descobrir que o aspecto prático
Será que sair do Egito (mundo), nascer de novo, tomar posse de que no Messias,
vivemos sem a natureza do pecado e trazer ao altar do Senhor nossa primícia
dos primeiros frutos de arrependimento é tudo que temos que fazer para alcançar
a plenitude e a salvação de nossa alma?
Vamos, então, conhecer nossa quarta Festa do ano: A Festa de Shavuôt, também
conhecida como a Festa das Semanas ou, simplesmente, Pentecostes. Vejamos o
que diz a palavra: “Contarei para vós, desde o dia depois do Sábado, isto é,
desde o dia em que houverdes trazido o molho da oferta de movimento, sete
semanas inteiras; até o dia seguinte ao sétimo Sábado, contareis cinqüenta dias;
então, oferecereis nova oferta ao Senhor. Das vossas habitações trareis, para
oferta de movimento, dois pães de dois décimos de efa; serão de flor de farinha,
e levedados se comerão; são as primícias do Senhor. Com os pães oferecereis
sete cordeiros sem defeito, de um ano, um novilho e dois carneiros; serão
holocausto ao Senhor, com as respectivas ofertas de cereais e de tibação, por
oferta de cheiro suave ao Senhor. Também oferecereis um bode para oferta do
pecado, e dois cordeiros de um ano para sacrifício de ofertas pacíficas. FLntão
o sacerdote os moverá, juntamente com os pães das primícias, por oferta de
movimento perante
funda, cheia de detalhes. Na Festa dos Pães Azimos, D-us mandava contar sete
dias até a Festa de Bikurim. Agora, D-us manda contar sete semanas inteiras até
que se complete o qüinquagésimo dia, o Dia de Pentecostes. A palavra pente-
costes, na língua grega, quer dizer cinqüenta. Pode o leitor estar certo de que, se
D-us nos revelou em dias e semanas, Ele irá, daqui para frente, revelar-nos em
meses, depois em anos e, finalmente, em milênios. A referência é o dia
de Sábado, o início da contagem. D-us quer nos ensinar algo profundo e
sublime; por isso entramos nesta contagem regressiva para a celebração da
próxima Festa. Se prestarmos bem atenção, estamos caminhando para uma
experiência maior com D-us. Sabemos que todas as Festas falam da pessoa do
Messias. Vimos que nas três primeiras Festas, era-nos apresentada a pessoa do
Messias ressurreto, ou seja, aquele que ressuscitou dos mortos e agora está vivo.
Sua obra redentora está presente em nós. Ele nos resgatou da vida de pecado,
tem nos libertado ao longo desta caminhada pelo deserto (mundo), mas apesar
das circunstâncias e dificuldades do dia-a-dia, sabemos que não estamos
sozinhos. De dia, o Senhor Poderoso protege-nos do sol com uma nuvem sobre
nós e, de noite, Ele nos aquece com uma coluna de fogo (Nm. 9: 16-17).
O Eterno deseja, agora, outra oferta de movimento — não estática, não morta.
Ele pede, agora, que as duas medidas de dois décimos de um efa de farinha se
transformem em dois pães, já levedados, prontos para se comer algo
O crente, na vida real, recebe o Messias como seu salvador pessoal e parte para
viver sua vida normal no deserto (mundo). Ou seja, Yeshua orou ao Pai para que
não nos tirasse deste mundo, mas para que fôssemos sempre livres da tentação.
Há algo muito grande além da fé em Yeshua e de ter a vida eterna. D-us quer que
desenvolvamos a salvação de nossa alma (mente, personalidade,
caráter, emoções etc.) — Fp. 2:12. Ele, Yeshua, virá buscar uma noiva madura
para desposar com ela e, com certeza, Ele não se porá em jugo desigual com esta
noiva. A noiva tem que ter o caráter dEle, o jeito dEle, e, sobretudo, a santidade
dEle. Por isso, Ele quer uma noiva que seja nova (SEM RUGAS) e sem defeito.
Em outras palavras, crentes e filhos maduros que, sendo santos e totalmente
separados para Ele, vivam, ainda neste mundo maligno, para testemunhar e
glorificar o nome do nosso amado Messias. Mas, quem irá nos capacitar para
que vivamos nesta boa performance de vida? Ah! Só pode ser o próprio Espírito
Santo de D-us, Aquele que nos ensina, nos exorta, nos consola e nos mostra os
detalhes da pessoa do noivo. Agora, entendemos o porquê dos dons do Espírito
Santo. Ele nos outorga capacidade e poder para sermos vitoriosos nesta vida,
vencendo o pecado, derrotando o mal, testemunhando da glória e profetizando o
amanhã, já escrito e determinado no coração do Eterno.
Em Levítico 23:18, vemos que D-us, agora, deseja •tete cordeiros como oferta.
Isto mesmo, sete! Sabemos que
o número sete fala da plenitude de D-us, daquilo que é perfeito, completo. D-us
está, nesta festa de Shavuôt, revelando-nos um Messias perfeito, completo,
inteiro para nós, para que ao mesmo tempo sejamos semelhantes a Ele.
✓
o Senhor Ehad (o Unico) de Israel está querendo nos dizer? Em Shavuôt,
liberta-se para servir
“Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os
habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza” (Zc. 13:1).
O profeta Joel profetizou que D-us prometia “derramar o Seu Espírito sobre
toda a carne” — uma esperança para os crentes de todas as nações! (Joel 3:1).
Estas promessas, quando cumpridas, introduzirão uma nova qualidade de vida e
um novo estilo de vida na sociedade judaica e cristã.
Durante o ministério terreno de Yeshua, “o Filho de Davi”, (Mt 1:1; Rm. 1:3; II
Tm. 2:8; Ap. 5:5), Ele confirmou a promessa do Pai a seus discípulos: “O
Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas
as coisas(...), ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 14:26; 16:13).
E antes do Messias subir aos céus, voltando ao Pai Celeste, Ele afirmou uma
última vez:
Os peregrinos dormiam nos terraços das casas, acampavam fora dos muros de
Jerusalém, recebiam hospitalidade dos parentes e amigos, e se distanciavam da
Casa de D-us até “uma jornada de um dia de Sábado”.
A presença dos peregrinos na Cidade Santa, durante as três maiores Festas, era
em obediência à Tora, como D-us ordenara a Moisés: ÍCTrês ve^es ao ano, todo
varão entre ti aparecerá perante o Senhor teu D-us, no lugar que escolher... ”
(Dt. 16:16).
Era o zelo santo de judeus e prosélitos estar na Cidade Santa, entrar na “Casa
Santa” de D-us e celebrar, religiosamente, os rituais destas Festas.
* m
Havia 120 judeus transformados e cheios do Espírito. Esses não mais tinham
medo das autoridades religiosas, não mais se encontravam secretamente no
cenáculo; mas, audaciosamente, proclamavam publicamente, sem medo e em
novas línguas, “as grandezas de D-us” a eles próprios.
dia em diante, para suas vidas. “Entretantoy (Pedro concluiu e afirmou), esteja
absolutamente certa toda a casa de Israel de que a este Yeshua, a quem vós
crucificastes, D-us o fe% Senhor e Messias” (At. 2:36).
✓ _
gogas que visitou na Asia Menor, Europa e Grécia, como o livro de Atos
registra. Ele também proclamava as mesmas Boas Novas.
O Espírito Santo continuou a dar “dons” distintos aos crentes que eles não
poderiam aprender ou adquirir em qualquer escola. Estes “dons” estão
registrados em I Coríntios, capítulos 12 à 14.
Resumindo
Shavuôt é uma ordenança do nosso D-us. E é uma grande bênção poder celebrar
esta Festa, principalmente, quando se tem em mente que:
• E reconhecer que todo bom fruto vem de D-us e, por isso, somos dependentes
dEle;
Celebrar Shavuôt é reivindicar que nossa vida seja cheia do Espírito Santo, o
qual nos revela, cada vez mais, a pessoa do Messias sendo formada em nós;
Na Festa de Pêssach (Páscoa), nós nos libertamos DE algo que nos prendia. Em
Shavuôt, nós nos libertamos PARA servir a D-us.
CajJÍtuCo VII
Hag Zikaron Teruafi - A Festa cias Trombetas
Agora nós estamos entrando, sete meses após a celebração da Páscoa, numa série
de mais três importantes Festas. O leitor percebeu a incidência do número sete,
pois D-us está nos revelando algo profundo. Falamos já em sete dias e sete
semanas. Agora, no sétimo mês, numa tripla seqüência de sete dias, perfazendo
vinte e um dias (7+7+7), encontraremos as Festas denominadas messiânicas. Se
Pêssach, Mat^ot, Bikurím e Shavuôt falam do Messias ressurreto, as três últimas
Festas (Zikaron Teruah, Kipurim e Sucôf) falam do Messias que há de voltar,
pois todas elas apontam para a preparação final, a volta do Messias e o reino
milenar.
Em Levítico 23:23, diz o Senhor: “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de
Israel: No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá santo descanso solene, em
memorial, com sonido de trombetas, uma santa convocação. Nenhum trabalho
servil fareis, e oferecereis oferta queimada ao Senhor.”
É maravilhoso como o Senhor é zeloso por Sua palavra. Agora, o Eterno deseja
uma pausa: mais uma vez, uma santa convocação da congregação para que
todos ouçam o toque da trombeta, o toque do Shofar (chifre de carneiro ou
antólope).
Se entendemos bem o sentido das Festas, D-us nos leva à uma chamada final de
atenção para algo brilhante e eterno:
O texto acima é tão claro, que dispensa comentários. Em outro texto do apóstolo
Shaul (Paulo), ele diz: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da
última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Co. 15:52). João teve uma visão
do que vai acontecer quando relata: ‘Depois destas coisas, olhei, e eis que estava
uma porta aberta no céu, e a primeira vo% que ouvira, vo% como de trombeta,
falando comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas
devem acontecer. Imediatamente, fui arrebatado em espírito” (Ap. 4:1-2). Este
texto refere-se à visão que João teve do trono da majestade divina. A palavra
trombeta, em hebraico, quer dizer Yobel, e significa jubileu. O toque da trombeta
aparece como o toque
O leitor, por favor, confira atentamente, entenda as celebrações das Festas e tire
suas próprias conclusões a respeito das coisas do Senhor! Julgar aqueles que têm
celebrado estas Festas, entendendo estas preciosas revelações, trará tremendo
juízo para si mesmo. Se, por um lado, a restauração das Festas traz vida, por
outro lado, traz também juízo sobre aqueles que não se preocupam em entender
o tempo do Senhor.
Esta Festa irá se estender por dez dias. O primeiro dia é conhecido como Rosh
Hashanãy que quer dizer em hebraico, cabeça do ano. Ou seja, o primeiro dia do
ano novo judaico, o qual tem como referência o ciclo lunar, e não o ciclo solar
criado por São Jerônimo.
Creio, pessoalmente, que é uma festa de alerta a todos nós que Yeshua está
voltando para buscar Sua noiva (arrebatá-la) em breve. Como “noiva” que
celebrará as Bodas, ela, a Igreja, deve arrumar seu “enxoval” espiritual ou sua
“mala” nupcial. O que devemos colocar nesta “mala” para partir ao encontro do
noivo? Com certeza, virtudes e qualidades do próprio “noivo” para
identificarmos e sermos um com Ele!
“Ora, o décimo dia desse sétimo mês será o dia da expia-ção; tereis santa
convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao
Senhor. Nesse dia, não fareis trabalho algum; porque é o dia de expiação, para
nele fa^er-se expi-ação por vós perante o senhor vosso D-us. Pois toda alma que
não se afligir nesse dia será extirpada do seu povo... Não fareis trabalho algum;
isso será estatuto perpétuo pelas vossas gerações em todas as vossas
congregações (Lv. 23: 27-31).
Você deve estar pensando: Tudo isto é coisa dc judeu e eu, como crente em
Yeshua, não tenho nada a haver com isto. Realmente, agora estamos numa
questão teológica. Se podemos celebrar a Festa da Páscoa, como Paulo ordenou
aos gentios de Corinto (I Co. 5:7), por que então, excluir esta ou aquela Festa?
Será que agiremos na insensatez de escolhermos no Antigo Testamento só aquilo
que nos agrada? Se você, leitor, ainda tem alguma dúvida do que até aqui
temos compartilhado com você, por favor, leia novamente o capítulo II, “Pode
um crente celebrar as festas bíblicas?”
Claro que temos o total conhecimento de que estas Festas são específicas para o
povo de Israel. Mas isto não implica que a Igreja do Messias não possa celebrá-
las! Fomos enxertados na oliveira que é Israel. Não existe cristia-
Há uma lista de pecados que, quando você a lê, torna-se impossível não vir a ter
sentimentos de culpa. De fato, tenho certeza de que, quando você lê tal lista, é
como se estivesse lendo um livro de doenças contagiosas e você começa, então,
a imaginar que tem os sintomas. Deixe-me dar uma pequena amostra de itens da
lista que o povo Judeu lê nos dez dias de expiação e arrependimento.
“Nós estamos cheios de culpa: Nós temos sido infiéis, nós temos roubado e
falado de modo vil. Nós temos praticado iniqüidade e injustiça, temos sido
presunçosos e agido com violência, inventando mentiras, dando maus conselhos,
não cum-
“Pelos pecados que temos cometido diante de ti, sob coação ou por vontade
própria; pela dureza de coração; pela ignorância; pela não castidade; pelos
pecados que cometemos diante de ti, abertamente e secretamente; pelo falar; por
lesar nossos vizinhos; pela nossa associação com as impurezas; e pela confissão
somente pela boca”.
A lista que o povo lê durante essas madrugadas é muito mais longa, e engloba
muitos diferentes tipos de pecados que nós cometemos pela nossa mente, pernas,
mãos, ouvidos etc. A boca tem a maior lista de pecados atribuídos a ela. Imagine,
agora, o impacto que tal confissão deve ter quando um número grande de
pessoas na nação gasta, por dez dias, na contemplação de seus pecados pessoais
e coletivos. O conceito pleno de pecado coletivo não é tratado em muitos
círculos cristãos.
ses dez dias de arrependimento em seu calendário. Deveria ser algo maravilhoso
poder dizer que os judeus têm sido menos culpados de calúnias, ou tagarelice, ou
ódio fútil, etc. Esses dez dias de arrependimento, provavelmente, têm algum
efeito no povo Judeu, mas não o efeito desejado por D-us ao instituir os dez dias
de arrependimento. O efeito que esses dez dias têm tido é mais como um
placebo, que dá ao povo a falsa impressão de que eles estão “ok“ com D -us por
gastarem dez dias em oração e súplicas pelo perdão de seus pecados.
Assim, deve ser visto por Judeus e Cristãos que, embora D-us seja
misericordioso e bondoso, Ele tem estabelecido um sistema que exige sangue
para a expiação. Mas hoje, temos o sangue do Messias. O caminho para
apropriar-se desse poder de expiação envolve sacrifício. Para os Cristãos, é ainda
exigido outro sacrifício que não é o de Yeshua na cruz, mas o sacrifício de
nossas próprias vidas como culto.
A política da igreja católica em relação ao povo judeu apenas reforçou essa idéia
errônea. Yeshua veio, em primeiro lugar, para o povo de Israel. Os cristãos têm a
responsabilidade de orar pe-
las Boas Novas para o povo judeu. Se não por outra razão, ao menos pelo fato de
que eles receberam as Boas Novas dos judeus.
com D-us, sua necessidade de arrependimento, e deixar que este tempo seja
longo para fazer um esforço concentrado;
2. Durante esse tempo separado para arrependimento, você
deve levantar-se bem cedo e começar seus dias com uma confissão de pecados;
Para o povo Judeu que não acredita ainda em Yeshua como o Messias, o
processo de arrependimento é complicado, pelo fato de que há muitos textos
bíblicos que eles lêem durante os cultos do dia da expiação que mencionam a
necessidade de sangue e sacrifício para se ter o perdão. Aqueles que acreditam
em Yeshua, o Messias, sabem que o sangue de bodes e touros não mais corre no
altar para expiar os pecados de Israel, mas o sangue de Yeshua derramado por
nossas transgressões está ainda disponível para expiar, perdoar e redimir os
judeus de seus pecados. Minha oração, é que durante estes dez dias de
arrependimento, o Senhor revele a eles que o Cordeiro para expiação dos
pecados já foi provido. Por outro lado, minha oração é, também, para que a
Igreja gaste tempo em avaliar seus erros e pecados, coletivos e individuais os
quais têm cometido, e gaste mais tempo reaplicando o sangue de Yeshua, que
está ainda fresco, não seco, e capaz de perdoar os pecados.
2. Levítico 16:9-11 — “Então yíarão fará chegar o bode, sobre o qual cair a
sorte pelo Senhor, e o oferecerá para expiação do pecado...
Parte deste texto foi tradução livre do ardgo “Dez Dias de Arrependimento”
escrito por Joseph Shulam
Cajyítufo IX
Dentre as três grandes Festas comandadas por D-us, a Festa dos Tabernáculos é a
de maior significado profético para nós, judeus messiânicos e cristãos.
1. Significada Histórico
“Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel\ dizendo: Aos quinze
dias deste mês sétimo será a Festa dos Tabernaculos ao Senhor\ por sete dias.
Ao primeiro dia haverá santa convocação: nenhuma obra servil fareis. Sete dias
oferece reis oferta queimada ao Senhor; no dia oitavo tereis santa convocação,
e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; é reunião solene, nenhuma obra
servil fareis.
São estas as festas fixas do Senhor, que proclamareis para santas convocações,
para oferecer ao Senhor oferta queima-dOy holocausto e oferta de manjares,
sacrifícios e libações, cada qual em seu dia próprio; além dos Sábados do
Senhor, e das vossas dádivas, e de todos os vossos votos, e de todas as vossas
ofertas voluntárias que dareis ao Senhor.
Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido os produtos
da terra, celebrareis a festa do Senhor por sete dias; ao primeiro dia, e também
ao oitavo, haverá descanso solene. No primeiro dia tomareis para
vós outrosfruto de árvores formosas, ramos de palmeira, ramos de
árvoresfrondosas, e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, vos alegrareis
perante o Senhor, vosso D-us. Celebrareis esta como festa ao Senhor por sete
dias cada ano; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações; no mês sétimo a
celebrareis. Sete dias
A Festa dos Tabernáculos durava uma semana. Durante este período, os hebreus
habitavam em tendas
Os rabinos dizem que estes quatro tipos de árvore representam tipos de pessoas.
Assim, a cidra (etrog) é um fruto doce e que tem bom cheiro. Este é o tipo de
pessoa desejável, pois aquele que dá bons frutos (testemunho) exala bom
perfume. O lulav, ou a tamareira, dá fruto, mas não tem cheiro. Há aqueles que
são como o mirto, que dão bom cheiro, mas não dão frutos. E finalmente, o mato
da ribeira (avarot), que nem dá cheiro bom e nem produz frutos.
Fazendo uma analogia com a Parábola do Semeador relatada por Yeshua no livro
de Mateus (Mt 13), podemos entender mais profundamente o sentido espiritual
de cada elemento.
Vejamos:
O 4o e último tipo de pessoa é aquela que recebe bem a Palavra de D-us, produz
bom testemunho (exala o perfume de D-us) e produz abundantes frutos, a 30, a
60 e a 100. Eu, pessoalmente, creio que este último tipo é o crente vitorioso e
vencedor.
A Festa dos Tabernáculos tinha dois aspectos distintos na época do Templo. Uma
parte da Festa era consagrada ao louvor e ação de graças. O toque das trombetas
convocava o povo, que se postava nas ruas para assistir à marcha dos sacerdotes.
Estes iam ao tanque de Siloé, enchiam
Foi a essa Festa que os irmãos de Yeshua se referiram quando insistiram com Ele
para que seguisse para Jerusalém (Jo. 7:1-9). De início Yeshua não os
acompanhou, mas depois, ocultamente, foi para Judéia. Durante a Festa, Ele deu
ensinamentos e sofreu dura oposição por parte dos fariseus. Foi nessa ocasião
que chamou os que tivessem sede para irem a Ele e beber (Jo. 7:37). Isso pode
ter sido uma referência à água derramada no altar durante a Festa.
2 Significada Rrofético
O profeta Miquéias profetizou: "... uma nação não levantará contra outra
nação, nem aprenderão mais a guerra” (Miquéias 4:3).
Ali estava, em pessoa, Aquele de quem os profetas haviam falado. Ele era o
cumprimento de todas as promessas. O Messias veio e tabernaculou entre nós
(Jo. 1:14).
que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem
dinheiro e sem preço, vinho e azeite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não
é pão: e o vosso suor naquilo que não satisfazf Ouvi-me atentamente, comei o
que é bom, e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os vossos ouvidos, e
vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança
perpétua, que consiste nas fiéis promessas a Davi”. (Is. 55:1-3).
Através de Seu Espírito, que seria derramado em vasos humanos, D-us promete
tirar de nós o coração de pedra e nos dar uma nova natureza.
“E acontecerá depois que derramarei o meu Espirito sobre toda a carne; vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão
visões. A.té sobre vossos servos e sobre as servas derramarei o meu Espirito
naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de
fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o
grande e temível dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar
o nome do Senhor será salvo; porque no Monte Sião e em Jerusalém estarão os
que forem salvos, assim como o Senhor prometeu, e entre os sobreviventes
aqueles que o Senhor chamar” (Joel 1:28-32).
“O verbo se fez carne e habitou entre nós ” (Jo. 1:14). A palavra “habitou”, no
grego, é “Skenesei”, e significa tabernaculou entre nós. Isto é, Yeshua veio, em
sua primei-
ra vinda, para fazer morada no coração daquele que o confessa e o recebe como
Senhor, e Rei e Salvador.
Todas as nações, todos os anos, subirão a Jerusalém para celebrarem a Festa dos
Tabernáculos com o dono da Festa, o Rei Yeshua.
E interessante notar, no texto de João 7:37-38, que Yeshua deixou para falar no
último dia da Festa, o sétimo dia, que era o ápice da comemoração, sobre a
tremenda e gloriosa mensagem que Ele era a Fonte Eterna de água viva, na qual
ninguém teria mais sede. O sétimo dia é também um sinal do milênio. Podemos
imaginar, com base na tradição judaica, em se jogar água sobre o altar de
sacrifício do Templo simbolizando não só a purificação, mas também as preces
para que houvesse abundância de chuvas no ano novo.
A Bíblia diz que Yeshua clamou, isto é, gritou em alta voz: “Se alguém tem sede
venha a mim e beba”. Isto é, Ele é o verbo, a Palavra viva. Paulo, em Efésios
5.25, diz que a Igreja, que somos nós, precisa ser sem rugas e sem defeito, por
meio da lavagem de água que é a Palavra de D-us, Yeshua.
Em suma, eu pessoalmente creio que celebrar Tabernáculos por sete dias nos faz
lembrar da futura festa das “Bodas do Cordeiro” de Apocalipse, a Igreja
desposan-do com o “noivo”, Yeshua. Agora, já casados, podem voltar à terra
para implantar o Reino de D-us fisicamente, reinando com Yeshua por mil anos,
no grande milênio de Paz
(Ap 19).
Nosso propósito, aqui, é relatar alguns textos das Sagradas Escrituras que fazem
alusão ao tema do Sábado na Bíblia, ou da guarda do Sábado. Deixaremos que o
leitor tire suas próprias conclusões. Como dissemos no início deste livro,
faremos o papel de um suposto promotor de justiça, com a função,
simplesmente, de relatar os fatos, sem a preocupação de emitir uma sentença
parcial ou total, ou até mesmo uma condenação.
Exodo 23:12 diz que “seis dias farás os teus trabalhosy mas ao sétimo dia
descansaráSeria possível associar isso com o fato registrado em I Corintios 16:2,
quando os apóstolos, no primeiro dia da semana (domingo), faziam uma coleta
para os pobres de Jerusalém evitando, com isto, qualquer tipo de trabalho no
Sábado?
Finalmente, o Sábado é um sinal da aliança eterna de D-us com Israel (Ex. 31:17
e Ez 20:12). Por inúmeras vezes, o próprio D-us tornou este sinal visível, como o
arco-íris com Noé, e a circuncisão com Abraão, culminando no sangue de
Yeshua — uma aliança eterna de salvação para quem nEle crer.
o perdão dos pecados por meio de obras (o que é contradito nas Escrituras). Não
estamos sob as normas do mundo, porque pertencemos ao Reino de D-us, e
estamos sob a graça de Yeshua, que é exceção, e não a regra (norma).
Paulo não está pregando que a Lei não se aplica. Pois a Lei é santa, justa e boa
(Rm. 7:12; II Tm. 3:16), e o conhecimento do pecado veio através da Lei. Por
isso, o pecado é a transgressão da Lei.
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas
cumprir. Porque em verdade vos digo quey até que o céu e a terra passem, de
modo nenhum passará da lei um só i ou um só tily até que tudo seja cumprido.
Qualquer um que vio-lary pois, um destes mandamentos, por menor que seja, e
assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele,
porém, que os cumprir e ensinar, será chamado grande no reino dos céus”
(Mateus 5: 17-19).
Os textos acima são muito claros. Por outro lado, gostaria de ressaltar dizendo
que todo aquele que está debaixo da graça de Yeshua, o Messias, não está
debaixo da lei (Romanos 6:14).
Também deve ser claro para nós que Yeshua não revogou a lei como algo mal,
nocivo à humanidade. Sabemos que a Lei em si é boa; ela é um princípio dado
por D-us. Toda lei tem um princípio, e nós devemos conhecer e entender este
princípio. Por exemplo: “D-us disse: Produza
a terra relva e ervas que dêem semente...” (Gn. 1:11). Ou seja, o princípio é: “a
semente veio da terra, então, tudo o que a semente tem, a terra também tem. Em
outras palavras, não vamos achar nenhum elemento químico numa árvore, por
exemplo, que não possa ser encontrado na terra, pois a semente (árvore) veio da
terra”.
Primeiro, aquele que estiver debaixo da graça de Yeshua não está debaixo (do
jugo) da lei (Rm. 6:14). O guardar a Lei de Moisés do Antigo Testamento está
relacionado com a qualidade de vida, e não com a vida eterna. Ninguém terá
“novo nascimento” pelo cumprir a lei. Yeshua disse: “Quem não nascer de novo,
não pode ver o reino de D-us... Em verdade, em verdade, te digo que quem não
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de D-us. (João 3:3 e 5)
Quem crê no Filho (Yeshua) tem a vida eterna...” (João 3:36) “Forque D-us
amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). A fé em
Yeshua gera a vida eterna, não a guarda da lei. Mas, a lei é importante e benéfica
para a qualidade de vida física, emocional e espiritual. Ela revela o caráter do
Messias, a personalidade de D-us.
O Sábado é um sinal para que fosse lembrada a aliança que D-us havia celebrado
com o homem, aqui representado pelos filhos de Israel, os judeus. Porém, em
Yeshua, o muro de separação entre judeus e gentios foi quebrado, para que todos
que nEle crêem possam gozar de todas as bênçãos e promessas (Ef. 2:14; Gl.
3:29). O Sábado também nos lembra o milênio que há de vir (Hb 4:10),
quando Yeshua reinará com sua Igreja. Sábado é dia de alegria, é dia de
rejubilar-se, reconhecendo a soberania do D-us criador dos céus e da terra.
Yeshua é o Senhor do Sábado, e Ele é o Rei dos Reis. Por isso, não se jejua no
dia de Sábado, pois
Um argumento muito usado é dizer que lei é para judeu, e que crente ou
evangélico não tem nada a haver com ela. Tal argumento demonstra uma grande
ignorância, comodismo espiritual, ou até mesmo um casuísmo, ao separar aquilo
que é de interesse pessoal daquilo que não é. Por exemplo, a lei de observar o
dízimo é do Antigo Testamento, e nem por isso ela deixou de ser guardada pelos
crentes. Isso porque ela é uma bênção para quem a obedece e observa. Por que
ela então, sendo lei, não vale só para os judeus? A lei da prosperidade, tão
pregada nas igrejas, não seria outro bom exemplo de bênçãos existentes no
Antigo Testamento? Por que então ignorar as outras leis do Antigo Testamento?
Por que há tanto desconhecimento das 613 leis de Moisés? Não foram elas,
também, criadas por D-us? Será que todos entendem bem o que diz o Novo
Testamento sobre a Lei? O verdadeiro cristão deve ser coerente com aquilo que
prega. Não se deve desmerecer os princípios do Senhor na forma dos
mandamentos ou ordenailças, só porque estão contidos no Antigo Testamento,
ressaltando só aquilo que interessa ou que não nos incomoda.
Por que, então, os cristãos têm que guardar o domingo, que é uma instituição
papal? E será que, realmente os cristãos têm guardado o domingo, reservando
este dia exclusivamente para D-us, não trabalhando e cumprindo aquilo que
manda as Escrituras?
Sendo o Sábado a Io festa fixa de Levítico 23, ela interliga, semanalmente, todas
as outras festas. Ou seja, semanalmente, a festa do Shabat nos reconecta com o
Criador e Sua criação, falando do passado, do presente e do futuro,
principalmente da Era Messiânica, pois Yeshua é o Senhor do Shabat (Mt 12:18).
Shabat Shalom!
Corre fação cfas Festas Bíb ficas com o Crescimento Esyirituaf (Resumo das
Oito Festas)
Agora, ficou bem mais fácil entender as mensagens contidas nas celebrações das
Festas Bíblicas, bem como tentar estabelecer uma correlação delas com o
crescimento espiritual e individual de cada cristão.
Imaginem vocês que um indivíduo sem D-us, que ainda não conheça Yeshua e
que não entregou sua vida a Ele, tendo-o como Senhor e Salvador. Com certeza,
esta pessoa vive ainda no “Egito”, ou seja, no sistema da escravidão do pecado,
em trevas. Resumindo, ele ainda não tem a salvação de sua alma garantida, e
nem tão pouco a vida eterna.
Mas, imagine também que este indivíduo, um dia, tome a decisão inteligente de
confessar Yeshua como seu Senhor e Salvador, recebendo-o como o Messias de
Israel e, pela fé, seja salvo. Aí, acontecerá em sua vida o que a Bíblia chama de
“Pêssach”, ou seja, a Páscoa, que quer dizer passagem. Há então uma passagem,
uma mudança das trevas para luz. Esta pessoa passou, através do
Messias Yeshua, de um sistema de escravidão e jugo trazido pelo pecado, para
um jugo leve e suave, encontrado somente no Messias, o qual lhe dá a condição
de ser considerado filho de D-us (Ef. 2:2-6). Celebrar a Festa da Páscoa nos
lembra, então, não só do memorial do povo hebreu saindo do Egito em direção à
terra de Canaã, mas também nos lembra do “novo nascimento” que há no
Messias Yeshua. Nesta festa, nós tomamos posse de que saímos do
“Egito” (mundo), deixando as coisas dele, lutando contra os espíritos das trevas
e contra o inimigo de nossas almas, o diabo, sobre quem agora temos a vitória.
Resumindo, é importante sair do “Egito” (sistema do mundo) e ser liberto
da escravidão do pecado. Um crente pode ser liberto rapidamente, mas pode
sofrer quedas constantes se não sair do sistema do mundo, não amando o mesmo
(I Jo. 2:15).
do pecado original), dando lugar ao novo homem que agora vive em nós. Agora,
no Messias, podemos viver sem a natureza do pecado (fermento) (Rm. 6:6; I Co.
5:8; II Co. 5:17; Lv. 23:9). Por isso, com grande alegria celebramos esta Festa,
que acontece no l°Domingo logo após a Festa da Páscoa, por termos conhecido o
Filho e, por meio dEle, Seu Pai, o D-us de Israel. Em resumo, esta Festa nos
lembra de que podemos e devemos viver, ainda neste mundo, sem a natureza do
pecado até que o reino do Messias venha. Muitos podem até ter saído do
“Egito”, mas não tomaram posse de que a velha natureza do pecado agora
morreu, e que o Messias vive em nós.
Veja que o crente, aquele que foi salvo pelo Messias Yeshua, continua crescendo.
Todos nós que tivemos uma experiência real e verdadeira com Yeshua Ha
Mashiach, entregamos a Ele os primeiros frutos de arrependimento. Trazer os
primeiros frutos significa, espiritualmente, trazer como oferta a D-us, os
primeiros resultados de nossa conversão a Yeshua. E aquela mudança que
começa a ocorrer em nossos pensamentos, atitudes e costumes da vida passada,
que não combinam mais com a vida de um crente em Yeshua, o Salvador. Por
exemplo, mudamos nosso palavreado torpe para dar lugar a palavras que
abençoam e edificam. Deixamos e somos libertos dos vícios; libertamo-nos
de várias prisões da alma, como ressentimentos, mágoas, rejeições, solidão, etc.
Essas são então, as nossas primícias ao Senhor! Mas é claro que o processo de
arrependimento e mudanças continuará sempre em nossas vidas. Sempre
encontraremos algo do nosso caráter, de nossa personalidade, hábitos e costumes
os quais precisarão de restauração, liber-
tação e conserto. Yeshua é a nossa primícia (I Co. 15:20), nós somos suas
primícias (Rm. 8:23), e nEle temos os frutos, pois Ele é a videira (Jo. 15: 5). Não
precisamos de uma data para nos lembrarmos desta obrigação e da
necessidade de arrependimento. Mas, nessa ocasião, valemo-nos para
uma avaliação do nosso crescimento espiritual. Tudo para nós, nestas Festas, é
motivo para darmos graças ao Eterno e à sua mão forte que nos drou do “Egito”.
Em Shavuôt, vamos aprender que a vida com Yeshua, pela fé, é dinâmica, e não
paramos de receber bênçãos. E cada vez que nos ajustarmos à Palavra Viva de
D-us, mais aptos estaremos para sermos abençoados, testemunhando da Sua
verdade. O crente para entender, crescer rapidamente e aprender a dominar
situações difíceis, precisa ter uma experiência com o Espírito Santo de D-us.
Assim, na Festa de Pentecostes, convocamos todos os crentes a receberem os
dons e as manifestações do Espírito de D-us, pois não adianta em nada
recebermos a Tora ou a Tanách, ou toda a Bíblia como sendo a Palavra inspirada
por D-us, se Ele mesmo não nos der Seu Espírito, para que entendamos as
Escrituras. Por isso, o apóstolo Shaul (Paulo) nos ensina que *!A uns pôs D-us
na igreja, primeiramente, como apóstolos, em
No primeiro dia do sétimo mês, temos uma Festa que nos convida a entrar no
estado de alerta. O Shofar (chifre de Carneiro) é tocado retinindo, e é uma santa
convocação ordenada por D-us (Lv. 23:24-25).
E chegado o ano novo judaico. Agora, todos são convidados para um tempo de
preparação, iniciando um novo período de vida, com muitos propósitos e
esperanças. Interpretando espiritualmente esta Festa, particularmente digo
que quando “nascemos de novo”, recebemos a “saída” e a libertação da
escravidão do Egito (sistema do mundo) em Yeshua; depois, recebemos em
Shavuôt os dons do Espírito de D-us. Mas, vivendo dia a dia neste mundo,
acabamos, de certa forma, contaminando-nos com ele e esfriando aquele
primeiro amor por Yeshua, mesmo que de maneira inconsciente. E como se a
vida do crente começasse a entrar numa rotina espiritual, ou até mesmo num
esgotamento espiritual, estado este em que não reverenciamos ou
testemunhamos autenticamente das coisas que o Senhor fez e tem feito em nós.
Para quebrar este estado de “dormência espiritual”, ou mesmo esta letargia
do dia a dia, entramos nas chamadas “Festas Messiânicas” que anunciam a vinda
e a volta de Yeshua, o Messias. E se Yeshua está vindo, precisamos arrumar
nossa “casa”, nosso corpo, nossa alma, para estarmos cheios do Espírito dEle.
Por isso tocamos o “Shofar” neste dia de Festa. O som daquele chifre de
carneiro é usado como sinal de co-
Conforme registrado no livro de Levítico 23:27, o décimo dia deste ciclo de dez
dias é conhecido entre os judeus como o Dia do Perdão, ou Dia de Yom Kipur.
Isto é muito profundo. Imagine você se toda a Igreja de Cristo, todos os crentes
no mundo inteiro, viessem a seguir esta ordenança de oração e jejum coletivo
pelo seu povo, pela sua nação e pelo mundo. As Escrituras dizem que o inferno
não pode prevalecer contra a Igreja. Pense, agora, se toda a Igreja de Yeshua
tomasse posse desta verdade; o que poderia acontecer? Quão proeminente seria a
vinda de Yeshua?
Será que este mundo não produziria mais filhos de D-us justos e santos? Será
que as doenças e enfermidades do corpo e da alma não estariam dando lugar a
uma terra curada e a um povo menos sofrido? Cada um julgue a Palavra antes de
falar mal daqueles que tentam estabelecer e celebrar, com esses propósitos, as
Festas Bíblicas! Com certeza, as igrejas locais estariam competindo menos entre
si e condenando menos umas às outras. A propósito, II Crônicas 7:14 diz; “...e se
o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar; e orar e buscar a minha
face e, se desviar dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei do céu, e perdoarei
os seus pecados, e sararei a sua terra”.
Assim, no sétimo mês, chegamos a sétima e última Festa fixa do ano; e ela não é
a sétima por acaso. Ela indica
A Festa de Sucôt fala-nos deste fruto do Espírito de D-us. Primeiro, temos que
produzir o Fruto do Espírito, os atributos do caráter de Cristo, os quais nos
colocam em posição de semelhança com Yeshua. Yeshua não se colocará em
jugo desigual com sua noiva (II Co. 6:14). Sua noiva será semelhante a Ele. E,
por isso, todo crente deve morrer para as obras da carne e dar o fruto do Espírito,
conforme citamos acima.
A Festa dos Tabernáculos é muito mais do que uma Festa. Ela é uma profecia do
milênio, onde cada nação subirá a Jerusalém para celebrar esta Festa. No livro
do profeta Zacarias, encontramos o seguinte texto: “E o Senhor será rei sobre
toda a terra; naquele dia um será o Senhor; e um será o seu nome (...). E
habitarão nela, e não haverá mais maldição; mas Jerusalém habitará em
segurança... Então todos os que restarem de todas as nações que vieram contra
Jerusalém, subirão, de ano em ano para adorarem o rei, o Senhor dos Exércitos,
e para celebrarem a festa dos tabernáculos” (Zc. 14:9-16).
Sabemos que a bíblia é a Palavra de D-us revelada, e tudo o que ela diz tem um
princípio e um propósito. Cremos que tudo o que D-us quis revelar ao homem,
Ele registrou neste livro sagrado.
Sabemos que o homem foi criado com o propósito de refletir a imagem e a glória
de D-us. Em Gênesis encontramos a criação dos céus e da terra, dos seres viven-
tes e, finalmente, do homem, o único ser criado à imagem e semelhança do
Criador. Não havia pecado, sofrimento, nem morte. O homem vivia em
comunhão, expressando o domínio, o reino e a glória do Eterno, enquanto a
natureza do pecado não fazia parte da vida do homem. Após a queda do homem
houve a separação dessa comunhão com o Criador, e o homem passou, pelo seu
livre arbítrio, a viver escravizado pelo pecado e separado de D-us.
vivido maus momentos. Como exemplo, podemos citar a época de Noé. Mas,
após o dilúvio, o Eterno prepara a humanidade para uma "passagem”, uma
páscoa que viria a concretizar-se com a eterna aliança abraâmica. Abraão, nosso
pai da fé, foi o homem escolhido entre os povos para ser o precursor de um
povo, de uma nação santa, da qual viria Yeshua, o Messias.
Mas, cinqüenta dias depois da ressureição do próprio Messias, Ele disse: “A vós
não compete saber os tempos ou as épocaSy que o Pai a reservou à sua própria
autoridade. Mas, recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-
me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e
até os confins da terra(...). Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos
reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde
estavam sentados. E lhes apareceram línguas como que de fogo. E todos ficaram
cheios do Espírito Santo de D-us” (Atos l:8-2:3).
Isto é o que foi dito pelo profeta Joel: “E acontecerá nos líltimos dias, dif o
Senhor} que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e
as vossas filhas profetizarão, e os vossos jovens terão visões, os vossos anciãos
terão sonhos ( Atos 2:17; Isaías 44:3; Ezequiel 11:19; 36:27; Joel 2:28-29;
Zacarias 12:10; João 7:38-39). Assim, tem início a Igreja de Yeshua com os
apóstolos e discípulos em Jerusalém, e dali para o resto do mundo. Todos agora,
quer judeus ou gentios, podem ser salvos pela fé e pela obediência a Yeshua. O
muro de separação entre judeus e gentios foi quebrado para que todos, pela fé
em Yeshua, recebessem a salvação e a vida eterna manifestada pela graça e
amor do D-us de Israel. (Efésios 2:14-22).
Podemos dizer que a Igreja de Yeshua tem cumprido, pelo menos em termos
históricos e proféticos, as quatro grandes festas: Páscoa, Pães Asmos, Primícias
e Pentecostes. Como podemos constatar, as quatro primeiras festas falam do
Messias ressureto, que veio, viveu e morreu por nós, ressuscitando no terceiro
dia. Entre a Páscoa e a Festa das Trombetas decorre um período de sete meses, e
após este período, inicia-se um novo ciclo de festas. Mas agora estamos vivendo
um período de crescimento e maturidade espiritual através da Igreja de Yeshua e
da salvação do povo judeu, tornando-se judeus messiânicos, que completam, ou
melhor dizendo, cumprem os pré-requisitos para a volta do Messias Yeshua;
(Romanos 11:26).
Agora, a Igreja e a humanidade vão conhecer o Messias que virá, que volta para
seu Reino Milenar, juntamente com os judeus e gentios, a família de D-us
(Efésios 2:19). Assim, temos agora mais três festas: Trombetas, Yom Kipur (o
dia do perdão), e finalmente, Tabernáculos. Eu,
Ele prepara sua própria noiva. O avivamento pentecostal, que teve seu início nas
primeiras décadas do século passado, se estende até aos dias de hoje. Neste
período, alguns fatos importantes ocorreram:
— Avivamento da Igreja;
Todos estes itens e outros levam-nos a crer que estamos nos aproximando da
vinda do Messias.
Quanto vai durar este período de “dez dias”? Eu não sei. Se dez anos, se mais ou
menos, não sabemos. Ninguém sabe! Mas, de uma coisa eu sei, o noivo vem
e não demora, e Ele mesmo prepara sua noiva; Ele não vai deixá-la no altar. Ele
é pontual; Ele está revelando à noiva o tempo, os antecedentes e os pré-
requisitos deste grande encontro.
Finalmente, o noivo virá para a grande colheita. A Festa das Colheitas ou dos
Tabernáculos acontecem, então, profeticamente. Colheita fala do ajuntamento de
gentios e judeus, salvos em Yeshua; e Tabernáculos fala que ele virá para
tabernacular (morar, habitar), reinando finalmente conosco, Sua Igreja, Sua
noiva, Sua esposa. Neste dia os judeus não mais precisarão fazer suas “sucá”>
pois, os salvos em Yeshua, tabernacularão com seu próprio Messias. Baruch há
Shem\ Glórias ao Eterno! Ele vem, Mará n 'átá! “A.rrependei-vos, porque é
chegado o reino de D-us. 1Yo^ que clama no deserto (mundo): Preparai o
caminho do Senhor; endireitai suas veredas” (Mateus 3:2-3; Isaías 40:3).
CajJÍTuCo XIII
dança bíblica não foi criada para o ser humano, e tão pouco para os jovens que
constantemente necessitam de muita atividade. Ela é para louvar ao Senhor!
A comunidade jovem de nossas igrejas devem procurar expressar seu amor e sua
alegria por serem crentes em Yeshua, mantendo-se puro e fiel aos princípios de
D-us.
A dança sempre fez parte da cultura e da tradição de um povo. Ela é, sem
dúvida, uma arte, um talento dado por D-us, como também a voz e a melodia.
Aquele que tem talento poderá empregá-lo para o bem ou para o mal. Mas
devemos nos lembrar que o próprio D-us, a quem um dia teremos que prestar
contas de nossos atos e de nossas palavras, sem dúvida, também lem-brar-se-á
das danças. Portanto, não façamos nunca das festas bíblicas um comércio, um
“show” de danças ou de promoção de astros e de estrelas. O apóstolo Paulo nos
exorta dizendo: “seja vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto
está o Senhor.9' (Fp 4:5). “Porque o filho do homem há de vir na glória de seu
Pai com seus anjos; e então, retribuirá a cada conforme às suas obras.99 (Mt
16:27). Nada passará oculto aos olhos do Senhor. Aqueles que exploram e
comercializam a fé, abusando da simplicidade, pureza ou mesmo da ignorância
do povo, prestará severas contas ao Senhor. Disso, eu estou certo!
“Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada
um segundo a sua obra." (Ap 22:12).
Capítufo XIV
Todo o mundo judaico celebra todos os anos a Festa de Purim no décimo dia do
mês Adar, quando se lê o rolo de pergaminho, a Meguilat Ester, após o serviço
do anoitecer e novamente no serviço da manhã. As crianças recebem uma
matraca de girar, chamada de groger, e todas as vezes que o nome de Hamã é
mencionado, as matracas são rodopiadas, e as crianças vaiam batendo os pés no
chão.
A Festa de Purim não pertence ao grupo de festas fixas e solenes ordenadas por
D-us em Levítico 23. A Festa de Purim, cujo nome quer dizer “sortes”, foi
ordenada por Mordecai para que fosse celebrada nos dias 14 e 15 do mês de
Adar, todos os anos (Et 9:19-21).
Mas o que podemos extrair desta festa? Pessoalmente, classifico esta festa no
contexto que Paulo escreveu em sua segunda carta aos Tessalonissences, em 2Ts
2:15: “Assim pois, irmãos, estais firmes e conserveis as tradições que vos
foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”. A Festa de Purim é
recomendada segundo a Bíblia. Agora, a boa tradição cabe a nós avaliá-la,
segundo os princípios da Palavra Viva.
E tempo de grandes jejuns e orações ao Eterno de Israel, nosso Pai e Rei (Avinu
Malkeinu) que livrará milagrosamente nosso povo, salvando aqueles judeus que
tiverem ainda um coração de pedra, colocando neles o Seu Espírito, quando
reconhecerão e receberão Yeshua, o Há Mashiach (o Messias) de Israel. (Ez
36:26-27, Zc 12:10,11)
1. Embora, o nome de D-us não seja mencionado neste livro, vemos claramente
Sua mão protetora e os fatos se sucedendo segundo o propósito divino;
2. Ester, embora órfã, foi preparada para ser rainha, por seu primo Mordecai,
dentro dos princípios da Torá. As qualidades do caráter de Ester podem ser
notadas, como:
A igreja de Yeshua, quando se desposar com seu Rei, estará também na posição
de Rainha.
O Povó Judeu de hoje não está livre de ser exterminado a qualquer momento por
seus ferrenhos e antigos
vizinhos. Sabemos também pelas Escrituras (Daniel e Apocalipse) que dez (10)
nações marcharão violentamente contra Israel no vale de Megido ou
Armagedon, nos dias finais quando o Messias virá;
Contexto histórico
Certo dia, um oficial sírio ordena que Matitiahu Ha Macabí (Mateus, o Martelo),
cabeça de uma importante família de sacerdotes do Templo, oferecesse um porco
no altar. Matitiahu, juntamente com seus cinco filhos, dão início a uma revolta
judaica, matando o oficial sírio e todos os seus soldados. Sob a liderança de
Matitiahu, outros judeus aderem à revolta. Por oito anos o exército dos
O Milagre
Os judeus celebram, nesta festa, a alegria de serem judeus, o povo escolhido por
D-us.
Cremos que os crentes em Yeshua têm bons motivos para celebrar esta festa
bíblica, se assim o desejarem. O tema principal de Hanucá é a reconsagração do
Templo,
e I Co. 6:19-20, relata que nós, crentes nascidos de novo, somos o Templo do
Espírito Santo. Somos co-herdeiros em Yeshua das promessas de Abraão (Gl.
3:29).
Isto também se aplica a nós. Primeiro, passamos pelo “altar” do Senhor nos
arrependendo. Depois sim, reconsagramos nossas vidas, santificando-nos e nos
purificando. No livro de Neemias, vemos a edificação dos mu-
Ejjííogo
Assim, creio eu, a Igreja buscará a face de D-us. Os crentes em Yeshua correrão
atrás do caráter dEle. Todos começarão a se preocupar com o SER, e não com o
TER.
Sintetizando, a celebração destas Festas podem nos ajudar nesta visão profética e
restauradora. Diria, finalmente, que celebrando as Festas Bíblicas nós estaremos,
profeticamente, alcançando:
— Melhor conhecimento da pessoa e da beleza de Yeshua;
Paulo diz: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa
de dias de festas, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas
vindouras; mas o corpo é de Cristo” (Col. 2:12).
Se podemos crer que estas festas falam da pessoa do Messias Yeshua, então,
neste aspecto, podemos afirmar que aquele que crê e está em Yeshua, não está na
sombra. Yeshua é real, e não sombra. Então, nós crentes, quando celebramos as
festas, estamos celebrando uma realidade da pessoa de Cristo. Nossa celebração
é real! Se outras pessoas celebram estas festas não crendo que Yeshua é o
verdadeiro Messias, então, elas estão celebrando algo que ainda é “sombra”,
não realidade, sendo sombras de coisas vindouras.
Minha oração ao Eterno é que a Igreja entenda esta mensagem das Festas
Bíblicas no sentido de sua beleza, santidade e pureza. Oro, em nome de Yeshua,
para que nenhuma Igreja venha a celebrar estas Festas com outros interesses ou
em benefício próprio; nem ressaltando e glorificando
Que o único a ser exaltado e glorificado, para sempre, seja o Senhor Yeshua Ha
Mashiach, Aquele que vem e não demora.
“Quem tem ouvido> ouça o que o Espírito di% às igrejas” (Ap. 2:29; 3:22).
AMES
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Este livro versa sobre a “Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas”, e é destinado a
todos, cristãos e judeus, que estão interessados na restauração das Festas
Bíblicas e nas mensagens poderosas que elas trazem ao crescimento da fé e à
qualidade de vida espiritual.
Deus sempre falou ao Seu povo através das Festas Bíblicas. Elas espelham a
história da humanidade, dos judeus e da Igreja de Jesus (Yeshua), abrangendo o
passado, o presente e o futuro.
Explorando com clareza as Festas Bíblicas, o leitor será surpreendido com o lado
prático e profético das Festas, destacando suas correlações com as fases de
crescimento espiritual daqueles que caminham pela fé em Jesus (Yeshua). Mas,
será mesmo possível nos avaliarmos espiritualmente através das Festas Bíblicas?
O autor mostrará, de uma maneira clara e simples, como as Festas Bíblicas
podem servir de parâmetro para avaliarmos nossa caminhada com Deus.
Este livro aborda também o lado celebrativo e alegre das Festas, como danças e
louvores, promovendo a unidade e o envolvimento de todas as Igrejas Cristãs e
Comunidades Judaico-Messiânicas, sejam elas ou não de
(Mateus 25:6)