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Química Inorgânica

Química Inorgânica

Revisão
Prof. Dr. Guilherme Ferreira de Lima

Guilherme Ferreira de Lima


Química Inorgânica

Uma pausa para uma revisão:

A Evolução dos modelos atômicos

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Química Inorgânica
Modelo Atômico Moderno:
uma nova forma de ver o átomo…
Comportamento ondulatório da matéria

² Todo corpo em movimento possui uma onda associada a ele.


h h
λ= =
mv p

² Objetos macroscópicos possuem comprimento de onda muito


diminuto, cuja observação é impossível.

² O elétron possui comportamento ondulatório semelhante aos raios X,


por exemplo, e pode difratar.

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Imagem de microscopia eletrônica do


virus HIV.

Imagem de microscopia eletrônica de


esferas de carvão.

² O comportamento ondulatório do elétron deve ser considerado em


um modelo atômico.
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Comprimentos de Ondas de Partículas


Massa Velocidade Comprimento
Partícula
(kg) (m s-1) de onda (pm)
Elétron gasoso (300K) 9x10-31 1x105 7000
9x10-31 2,2x106
Elétron do átomo de H (n=1) 33,0

9x10-31 1x108
Elétron no átomo de Xe (n=1) 7

Átomos de He gasoso (300K) 7x10-25 1000 90


Átomos de Xe gasoso (300K) 2x10-25 250 10
Bola de Beisebol rápida 0,1 20 3x10-22
Bola de Beisebol lenta 0,1 0,1 3x10-20

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Princípio da incerteza:

² Para um objeto macroscópico, sujeito à física newtoniana, sua


posição pode ser definida com exatidão a qualquer tempo.

² Heisenberg mostrou que tal exatidão não é possível para objetos com
caráter ondulatório pronunciado como, por exemplo, os elétrons.

² Não é possível determinar com exatidão a posição e o momento de


um elétron.

h
Δx.Δp ≥

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² Qual o impacto disso?

massa do elétron: 9,11x10-31kg.


velocidade em um átomo de H: 5x106 m s-1.
Vamos supor que consigamos medir a velocidade do elétron com uma
incerteza de 1%

Qual a incerteza da posição?

h 6, 63x10 −34 −9
Δx ≥ ≥ −31 4
≥ 1x10 m
4π .mΔv 4π .9,11x10 .5x10

² Considerando que o átomo de hidrogênio possui uma dimensão de


2x10-10 m, concluí-se que não se tem a menor ideia de onde está o elétron.

² Não se deve usar uma abordagem determinística para estudar o elétron.

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Como abordar o problema?

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Erwin Schrödinger (1887 – 1961)


Prêmio Nobel de Física em 1933

² Em 1926, propôs a equação básica da


mecânica quântica, a eq. de Schrödinger.

Ĥ Ψ = εΨ

h2 d 2 x Energia
Ĥ = − 2 2
+ V̂ Potencial
8π m dx

Energia Ze 2
V̂ =
Cinética 4πε 0 r
Átomo de H 9
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² ψ é a função de onda que trás toda a informação sobre um


determinado sistema. As funções de onda que são soluções do
átomo de hidrogênio são conhecidas como orbitais.

² Cada função de onda ψ está associada a um valor permitido de En


para o elétron.

² ψ não possui significado físico.

² ψ2 corresponde a uma densidade de probabilidade.


² A eq. de Schrödinger define exatamente a energia. Contudo, o
princípio da incerteza diz que há uma imprecisão na posição. Assim,
somente a probabilidade de o elétron ser encontrado pode ser
definido. Essa região de maior probabilidade para uma determinada
energia é o orbital.
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² Coordenadas Esféricas:

² Para a resolução da eq. de


Schrödinger escreve-se a função de
onda em coordenadas esféricas.

² As partes radiais e angulares são


resolvidas de forma independentes.

y(r,θ,φ) = R(r) Y(θ,φ)

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² A solução da equação de Schrödinger para um átomo produz três


números quânticos: n, l e ml.

² Número quântico principal (n). São números inteiros, positivos…


Indica a energia do orbital. Ele surge da resolução da parte radial.

No modelo de Schrödinger, os cálculos indicam


que as energias são quantizadas…

Exemplo: Energia de um átomo monoeletrônico

p 2 e 4 Z 2 n= 1, 2, 3, 4 …
En = -
8e 0 n 2 h 2

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² Número Quântico azimutal ou momento angular orbital (l): Surge


da resolução da parte angular da eq. de Schrödinger e está
relacionado com o formato do orbital.

Pode assumir valores de 0 até n-1.


valor de l 0 1 2 3
letra s p d f
sharp Principal diffuse fundamental
² Número Quântico magnético (ml): Surge da resolução da parte
angular da eq. de Schrödinger e está relacionado com a orientação
do orbital.

ml= -l, -l+1, …, 0, …, l-1, l


Quando o átomo está sujeito a um campo magnético, orbitais com
diferentes ml apresentaram diferentes energias.
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Resumo dos números quânticos

Nome Símbolo Valores Determina Indica

Principal n 1,2,3…. Camada tamanho


Momento angular
l 0,1,…n −1 Subcamada forma
orbital
Magnético ml -l,...,0,...,l Orbitais da subcamada Orientação

spin s 1/2 Estado de spin -

Direção do
momento de spin ms +1/2 ou -1/2 Projeção do spin spin

² Cada orbital com números quânticos n, l, ml podem comportar até


dois elétrons, sendo que eles possuem momento de spin diferentes.

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Possíveis orbitais atômicos:
Número Número Quântico Número Quântico Número e tipo de
Quântico de Momento Magnético orbitais
Principal Angular (Ml)
(n) (l)
1 0 0 Um orbital 1s
0 0 Um orbital 2s
2
1 +1, 0, -1 Três orbitais 2p
0 0 Um orbital 3s
3 1 +1, 0, -1 três orbitais 3p
2 +2, +1, 0, -1, -2 cinco orbitais 3d
0 0 Um orbital 4s
1 +1, 0, -1 três orbitais 4p
4
2 +2, +1, 0, -1, -2 cinco orbitais 4d
3 +3, +2, +1, 0, -1, -2, -3 sete orbitais 4f
0 0 Um orbital 5s
1 +1, 0, -1 três orbitais 5p
5 2 +2, +1, 0, -1, -2 cinco orbitais 5d
3 +3, +2, +1, 0, -1, -2, -3 sete orbitais 5f
4 +4, +3, +2, +1, 0, -1, -2, -3, -4 nove orbitais 5g

Cada orbital pode acomodar 2 elétrons, um com momento de spin +1/2 e outro -1/2.
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Atividade: Responda:

a) Quanto n=2, quais os possíveis valores de l?


b) Quando l=1, quais os possíveis valores de ml? Qual a letra que
representa essa subcamada?
c) Quando l=2, a subcamada é representada por qual letra?
d) Quando uma subcamada é denominada s, qual o valor de l? E o
valor de ml?
e) Quando uma subcamada é denominada p, quantas subcamadas
existem dentro dela?
f) Quando uma subcamada é denominada f, quantos valores de ml são
possíveis?

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Função de onda radial y(r,θ,φ) = R(r) Y(θ,φ)

3/2
! Z $ − Zr
R = 2 # & e a0 Orbital 1s
" a0 %

3/2Zr
! 1 $! Z $ ! Zr $ − 2a0
R =# &# & # 2 − & e Orbital 2s
" 2 2 %" a0 % " a0 %

3/2 Zr
! 1 $! Z $ Zr − 2a0 Orbital 2p
R =# &# & e
" 2 6 %" a0 % a0

Generalização
Zr

na0
R∝e
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with l > 0) van- 1.8

Radial wavefunction, R/(Z/a0)3/2


s orbital, the
istance from 1.2
at sufficiently
ome orbitals
nodes before Zr 0.6 Número de nós radiais
f an electron

na0
1s função positiva
R∝e n-l-1
odes. This os- nó radial
3s
which passes 0
gh zero twice 2s
função negativa
2 and l ! 1)
10 20 30
ro anywhere. Radius, Zr/a0
leus. For any
e second has Figure 1.9 The radial wavefunctions of
Guilherme Ferreira de the
Lima1s, 2s, and 3s hydrogenic orbitals. Note 19
part of the wavefunction, Að!; "Þ is independent of the angles ! and " and i
Química
value. Thus, an s orbital Inorgânica
is spherically symm
Função
ider de parts
the angular distribuição radial: Essa nucleus.
of the wavefunctions, função We corresponde
noted aboveo that
quadrado
a set of da
p o
erent types of atomic orbitals. These are degenerate; by convention they are given t
função radial considerando uma distribuição esférica que é dado pelo
he principal quantum number2 as Table 1.2 and pz . From Table 1.2, we see that the ang
¼elemento de volume
1 and 2. Moreover, for 4πr .
s orbitals, Að!; "Þ pz wavefunction is independent of "; the

distribution functions, 4$r2 RðrÞ2 , for the 1s, 2s and 3s atomic orbitals of the hydrogen atom.
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Chapter 1 Química Inorgânica
. Atomic orbitals 11

Parte Angular:
Table 1.2 Funções
Solutions of the Schrödingerde onda
equation for ângular
the hydrogenpara o átomo
atom which define thede H.and 2p atomic orbitals. For these
1s, 2s
forms of the solutions, the distance r from the nucleus is measured in atomic units.

Atomic orbital n l ml Radial part of the wavefunction, RðrÞ‡ Angular part of wavefunction, Að!; "Þ

1
1s 1 0 0 2e$r pffiffiffi
2 !
1 1
2s 2 0 0 pffiffiffi ð2 $ rÞ e$r=2 pffiffiffi
2 2 2 !
pffiffiffi
1 3ðsin " cos #Þ
2px 2 1 þ1 pffiffiffi r e$r=2 pffiffiffi
2 6 2 !
pffiffiffi
1 3ðcos "Þ
2pz 2 1 0 pffiffiffi r e$r=2 pffiffiffi
2 6 2 !
pffiffiffi
1 3ðsin " sin #Þ
2py 2 1 $1 pffiffiffi r e$r=2 pffiffiffi
2 6 2 !
" #3
‡ Z 2 $Zr=a0
For the 1s atomic orbital, the formula for R(r) is actually: 2 e
a0
but for the hydrogen atom, Z ¼ 1 and a0 ¼ 1 atomic unit. Other functions are similarly simplified.

The radial distribution function, 4!r 2 RðrÞ2 function (equation 1.15) and this allows us to envisage the
region in space in which the electron is found.
Let us now consider how we might represent atomic orbitals
in three-dimensional space. We said earlier that a useful Radial distribution function ¼ 4!r2 RðrÞ2 ð1:15Þ
description of an electron in an atom is the probability of find- The radial distribution functions for the 1s, 2s and 3s atomic
ing the electron in a given volume of space. The function 2 orbitals of hydrogen are shown in Figure 1.7, and Figure 1.8
(see Box 1.4) is proportional to the probability density of the shows those of the 3s, 3p and 3d orbitals. Each function is
electron at a point in space. By considering values of 2 at zero at the nucleus, following from the r2 term and the fact
points around the nucleus, we can define a surface boundary that at the nucleus r ¼ 0. Since the function depends on
which encloses the volume of space in which the electron will RðrÞ2 , it is always positive in contrast to RðrÞ, plots for
spend, say, 95% of its time. This effectively gives us a physi-
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which are shown in Figures 1.5 and 1.6. Each plot of 21
2 2
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Fig. 1.9 Boundary surfaces for the angular parts of the 1s and 2p atomic orbitals of the hydrogen atom. The nodal plane shown
in grey for the 2pz atomic orbital lies in the xy plane.
Quadrado da função de onda
Fig. 1.9 Boundary angular.
surfaces for the angular parts of the 1s and 2p atomic orbitals of the hydrogen atom. The nodal plane shown
in grey for the 2p atomic orbital lies in the xy plane.
z

Orbital s

Orbitais p

Observação: As diferentes
Fig. 1.10
cores
Representations
Fig. 1.10 Representations of of
anan s anda aset
s and setof
of three
three degenerate
degeneratep patomic orbitals.
atomic The The
orbitals. lobeslobes
of theof orbital
p the are elongated
px orbital like
are elongated like
indicam que essathose
parte do
x
those
of the p and
ofptheand p p but
but are
y are directedalong
directed
z alongthe
the axis
axis that
thatpasses
passesthrough thethe
through plane of the
plane ofpaper.
the paper.
y z

quadrado da função vem da


parte negativa da função de
onda original. Apesar de que ao
se elevar ao quadro perde-se o
sinal negativo, mantêm-se a
representação por ser muito útil
no entendimento de ligações.
Orbitais d

Fig. 1.11 Representations of a set of five degenerate d atomic orbitals.

Guilherme Ferreira de Lima 22


Fig. 1.11 Representations of a set of five degenerate d atomic orbitals.
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Orbitais f Orbitais g

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