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Cálculos biliares
msdmanuals.com/pt-br/casa/doenças-hepáticas-e-da-vesícula-biliar/distúrbios-da-vesícula-biliar-e-dutos-
biliares/cálculos-biliares
(Colelitíase)
Por
Christina C. Lindenmeyer
, MD, Cleveland Clinic
Última revisão/alteração completa abr 2020| Última modificação do conteúdo abr 2020
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O fígado pode secretar muito colesterol, que é transportado com a bile para a
vesícula biliar, onde o colesterol em excesso forma partículas sólidas e se acumula.
Os cálculos biliares às vezes provocam dor abdominal superior, que pode durar
horas.
A vesícula biliar é um órgão pequeno em forma de pera, localizado por baixo do fígado.
Ela armazena a bile, um líquido que é produzido pelo fígado e ajuda na digestão. Quando
o organismo precisa de bile, como quando as pessoas comem, a vesícula biliar se contrai,
expulsando a bile pelos dutos biliares até o interior do intestino delgado. (Consulte
também Considerações gerais sobre distúrbios da vesícula biliar e dutos biliares.)
A maioria dos distúrbios da vesícula biliar e dos dutos biliares é provocada por cálculos
biliares. Os fatores de risco para cálculos biliares incluem o seguinte:
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Sexo feminino
Idade avançada
Nativo-americano
Obesidade
Rápida perda de peso (como resultado de uma dieta muito baixa em calorias ou
uma cirurgia para perda de peso)
Nos Estados Unidos, cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos e cerca de 10% de
todos os adultos apresentam cálculos biliares.
A maioria dos cálculos biliares não causa sintomas. Porém, se sintomas ou outros
problemas ocorrerem, é necessário tratar. A cada ano, mais de meio milhão de pessoas
nos Estados Unidos removem cirurgicamente a vesícula biliar.
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Outros tipos de cálculos biliares se formam da mesma maneira, mas as partículas sólidas
são compostas de cálcio ou bilirrubina (o principal pigmento na bile). Os cálculos
compostos por bilirrubina, denominados cálculos pigmentados, são pretos (formados na
vesícula biliar) ou marrons (formados nos dutos biliares). É mais provável que cálculos
pigmentares pretos se desenvolvam em pessoas com doença hepática alcoólica, mais
velhas ou que tenham anemia hemolítica (que ocorre quando o corpo destrói glóbulos
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Qualquer estreitamento (estenose) dos dutos biliares pode levar a uma obstrução ou a um
abrandamento do fluxo de bile. As infecções bacterianas podem ocorrer quando o fluxo de
bile fica mais lento ou está obstruído.
Os cálculos biliares podem provocar dor. A dor manifesta-se quando os cálculos passam
da vesícula biliar para o duto cístico, duto biliar comum ou ampola de Vater e bloqueiam
o duto. Em seguida, a vesícula biliar incha, provocando uma dor denominada cólica biliar.
A dor é sentida na parte superior do abdômen, geralmente no flanco direito, embaixo das
costelas. Às vezes, a localização é difícil de identificar, especialmente em pessoas com
diabetes e idosos. A dor normalmente aumenta de intensidade de 15 minutos a uma hora
e permanece estável por até 12 horas. A dor é normalmente intensa o suficiente para que
as pessoas procurem o pronto-socorro para se tratar. Uma vez que a dor começa a se
resolver, isso acontece em 30 a 90 minutos, deixando uma dor surda. As pessoas
frequentemente sentem náuseas e vômitos.
Comer uma refeição pesada pode desencadear uma cólica biliar, quer a pessoa esteja
comendo alimentos gordurosos ou não. Os cálculos biliares não causam eructação ou
distensão. As náuseas ocorrem somente quando há cólica biliar.
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O bloqueio do duto biliar comum ou da ampola de Vater é mais grave do que o bloqueio
do duto cístico. O bloqueio de um duto biliar pode provocar o alargamento (dilatação) dos
dutos. Ele também pode provocar febre, calafrios e icterícia (uma descoloração amarela
da pele e da parte branca dos olhos). Essa combinação de sintomas indica que há uma
infecção grave, denominada colangite aguda. As bactérias podem se disseminar pela
corrente sanguínea e provocar infecções graves em outro local do organismo (sepse).
Além disso, bolsas de pus (abscessos) podem se desenvolver no fígado.
Icterícia
A inflamação provocada pelos cálculos biliares pode erodir a parede da vesícula biliar, às
vezes, resultando em um orifício (perfuração). A perfuração resulta em vazamento do
conteúdo da vesícula biliar na cavidade abdominal, provocando inflamação grave
(peritonite). Um cálculo biliar grande que entra no intestino delgado pode provocar
obstrução intestinal, denominada íleo biliar. Embora rara, essa complicação é mais
provável de ocorrer em pessoas idosas.
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Os cálculos biliares que não provocam sintomas (cálculos biliares assintomáticos) não
requerem tratamento. Se os cálculos biliares provocarem dor, alterar a dieta (por
exemplo, para uma dieta hipolipídica) não ajuda.
O restante das colecistectomias é feito por cirurgia abdominal aberta, que necessita de
maiores incisões no abdômen.
Como alternativa, os cálculos biliares podem ser dissolvidos com medicamentos, como
ácidos biliares (ácido ursodesoxicólico), tomados por via oral. Tal medicamento, tomado
duas ou três vezes ao dia, pode dissolver pequenos cálculos em seis meses. Cálculos
maiores podem demorar de um a dois anos. Muitos não se dissolvem. É mais provável
que os medicamentos para dissolução de cálculos biliares funcionem quando estes forem
compostos de colesterol e a abertura da vesícula biliar não esteja bloqueada. Mesmo
quando os cálculos se dissolvem com sucesso, cerca de metade das pessoas tratadas volta
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a desenvolver cálculos biliares no espaço de cinco anos. Esse tratamento tem uso limitado
e os médicos somente o utilizam quando a cirurgia é muito arriscada (por exemplo, em
pessoas com problemas clínicos graves – ).
A maioria dos cálculos nos dutos biliares podem ser removidos durante a CPRE. Durante
este procedimento, os médicos introduzem um instrumento pelo endoscópio e o usam
para cortar o esfíncter de Oddi (que é onde o canal biliar comum se conecta ao intestino
delgado), um procedimento denominado esfincterotomia endoscópica. Algumas vezes, o
fim do duto biliar também é cortado e alargado. Se os cálculos não forem eliminados para
o intestino delgado após o corte ser realizado, um cateter com uma pequena cesta na
ponta é introduzido através do endoscópio. Ele pode ser usado para capturar e remover o
cálculo do duto. Cortar a extremidade do duto biliar deixa a abertura grande o suficiente
para que qualquer cálculo futuro passe mais facilmente para o intestino delgado. Os
cálculos localizados na vesícula biliar não podem ser extraídos utilizando essa técnica.
A CPRE com a esfincterectomia endoscópica revela-se eficaz em 90% das pessoas. Ela é
bem mais segura do que uma cirurgia abdominal aberta. Menos de 1% das pessoas morre
por causa desse procedimento, mas até 7% apresentam complicações logo após a CPRE
com esfincterotomia endoscópica. Tais complicações incluem hemorragia, inflamação do
pâncreas (pancreatite) e perfuração ou infecção dos dutos biliares. Posteriormente, em
algumas pessoas, os dutos biliares inflamados se estreitam (chamado estenose). Quando
os dutos se estreitam, a probabilidade da formação de cálculos nos dutos aumenta,
provocando mais bloqueios nos dutos.
Na maioria dos casos em que as pessoas foram submetidas a uma CPRE e a uma
esfincterectomia endoscópica, procede-se, posteriormente, à extração da vesícula biliar
usando um laparoscópio. Se a vesícula biliar permanecer, os cálculos na vesícula biliar
podem passar para os dutos, provocando bloqueios repetidos.
OBS.:
Esta é a versão para o consumidor.
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