O documento discute métodos qualitativos de pesquisa como observação, análise de objetos, entrevistas e questionários. Explica que a triangulação é usada para validar os dados combinando diferentes métodos. A pesquisa qualitativa estuda fenômenos sociais priorizando a qualidade sobre a quantidade.
O documento discute métodos qualitativos de pesquisa como observação, análise de objetos, entrevistas e questionários. Explica que a triangulação é usada para validar os dados combinando diferentes métodos. A pesquisa qualitativa estuda fenômenos sociais priorizando a qualidade sobre a quantidade.
O documento discute métodos qualitativos de pesquisa como observação, análise de objetos, entrevistas e questionários. Explica que a triangulação é usada para validar os dados combinando diferentes métodos. A pesquisa qualitativa estuda fenômenos sociais priorizando a qualidade sobre a quantidade.
A pesquisa qualitativa, diferente da quantitativa, é uma abordagem de
pesquisa que prioriza qualidade acima de quantidade, geralmente estudando em fenômenos sociais e acontecimentos em base de pessoas e realizando trabalhos em campo. Esse tipo de metodologia utiliza de diversos instrumentos, todos com suas vantagens e desvantagens mais a frente de uma pesquisa mas trabalhando a favor de categorias, que são de importância crucial na organização de uma pesquisa social. Essas categorias são empregadas para se estabelecer classificações, ou seja, trabalhar com elas significa agrupar elementos, ideias ou expressão em torno de um conceito capaz de abranger todas as informações recolhidas na pesquisa, organizando os dados para então serem aplicados em um contexto maior. Existem três princípios para estabelecermos conjuntos de categoria, entre eles: deve ser estabelecido a partir de um único princípio de classificação, manter em consideração a ideia de que um conjunto de categorias deve permitir a incluso de qualquer resposta numa das categorias do conjunto e que elas devem ser mutuamente exclusivas, impedindo que uma resposta possa ser incluída em duas ou mais categorias. O primeiro que iremos analisar é a observação, praticada por primeira pessoa e que nos ajuda a visualizar e concentrar na realidade e então utilizando destes dados para examinar tal cenário ou situação focada. A observação pode ser participativa, onde um faz suas considerações em relação ao assunto abordado na coleta, ou não-participativa, onde o pesquisador não interfere no recolhimento dos dados e atua somente como um analisador. Por mais que esse método tenha suas desvantagens como a imprevisibilidade de acontecimentos, por exemplo, a observação nos dá uma chance de conhecer diretamente os fatos e fenômenos sendo analisados, reduzindo a subjetividade de um estudo. A importância desse contato real nos ajuda a entender a pesquisa etnográfica, que tem como seu principal foco o estudo da cultura e comportamento de determinados grupos sociais. Essa técnica é utilizada desde o final do século XIX e surge com a necessidade de pesquisadores entenderem, de forma mais aprofundada, comunidades e grupos sociais, se estendendo então para poder descrever adequadamente a cultura de um povo.
Além disso, podemos também citar o método de análise de objetos
físicos, que pode ser um pouco mais difícil de conseguir ser realizado, mas de fato nos traz um tato ampliado dentro de uma pesquisa. Esses objetos podem incluir documentos antigos, diários, roupas, cartas e esses são apenas alguns exemplos que podem ser incrementados em um trabalho desse tipo.
O próximo é o método de entrevista e questionários, que são
procedimentos baseados no diálogo entre o pesquisador e um entrevistado, geralmente testemunhas ou testemunhas “por tabela” de algum acontecimento. Para esse método, a formulação de perguntas ou de questionamentos é muito importante. Esse caminho de pesquisa envolve diversas vertentes como a presença da história oral, por exemplo, que trabalha como um berço de novas perspectivas diante de algum período ou acontecimento histórico. Essa história é uma preservação da memória, da memória privada e pública, da memória do homem vivido, contribuindo até para uma memória coletiva, que representa um grupo de pessoas com suas próprias lembranças guardadas. Esse método pode trazer um grau de inconsistência para uma pesquisa, já que sua fonte se baseia em emoções e até mesmo memória seletiva, que pode fazer com que o entrevistado abandone detalhes que possam ser envolvidos com traumas, por exemplo, mas é certamente uma técnica interessante pois nos dá uma visão humana, uma construção intelectual e psíquica de um evento ou fato, um lado nunca explorado antes. Podemos incluir, dentro dessa abordagem, o método hermenêutico-dialético, apresentado no texto “Pesquisa Social”, organizado por Maria Cecília de Souza Minayo e que compila diversos autores em seus argumentos. O método citado anteriormente dialoga enormemente com a metodologia de pesquisa oral, adequando o interior da fala de um entrevistado que então será aplicada ao campo da especificidade histórica no contexto que produz essa fala.
Porém, diante dessas maneiras de coleta de dados, como exatamente
podemos validá-las e garantir confiabilidade na pesquisa? Para isso, utilizamos da triangulação. Essa abordagem se dá pela combinação de diferentes métodos e seus dados recolhidos, que envolvem a transcrição, avaliação e elaboração de categorias para análise, e opiniões externas, como de autores que tratam de certa temática e que podem trazer uma perspectiva ou informação nova para o estudo e um contexto macro da sociedade, no final concluindo em uma análise da conjuntura da temática, que se é baseado no modo que todas essas vertentes discutidas anteriormente foram interpretadas e serão adicionadas ao estudo. A triangulação cria este critério extremamente necessário de legitimidade e utilidade dos dados, questionando o pesquisador e seu trabalho.
Fontes bibliográficas:
Minayo, Maria Cecilia de Souza, “Pesquisa Social”, 2002.
Entrevista para a Revista de Ciências Sociais com José Guilherme Cantor
Magnani, “A etnografia é um método, não uma mera ferramenta de pesquisa... Que se pode usar de qualquer maneira.”, 2012.