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Joel Almeida- Biologia

CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

DNA E SÍNTESE DE PROTEÍNAS ESTRUTURA DA MOLÉCULA DE DNA

 A existência de semelhanças e diferenças entre  Através da análise de DNA, foi possível chegar à
membros da mesma família deve-se ao facto de cada conclusão de que a percentagem de Adenina é igual
organismo ter um programa genético que é herdado à de Timina e que a de Guanina é igual à de
dos seus antepassados, mas não é repetido. Citosina. A partir destas investigações apresentou-se
o modelo da dupla hélice do DNA.
UNIVERSALIDADE E VARIABILIDADE DA MOLÉCULA  MODELO DA DUPLA HÉLICE: Os nucleótidos
DE DNA que formam uma cadeia polinucleotídica ligam-se
entre si através de ligação covalente que se estabelece
 A nível químico, o DNA é universal, tanto na sua entre o grupo fosfato e os carbonos 3’ e 5’ das
estrutura como nos seus constituintes. No entanto pentoses. As cadeias são antiparalelas uma vez que a
varia de um tipo de célula para o outro, o número e o extremidade 5’ de uma cadeia corresponde à
tamanho, a combinação das bases azotadas e na extremidade 3’ da outra cadeia. As ligações das bases
informação genética que contém. azotadas verificam-se através de pontes de hidrogénio
 Nos procariontes, o DNA encontra-se no citoplasma entre a Adenina com a Timina e a Guanina com a
como uma molécula circular, constituindo o Citosina.
nucleoide.
 Nas células eucarióticas o DNA encontra-se no GENES
núcleo. Este é constituído por um invólucro nuclear,
poros nucleares,  Genes são segmentos de DNA com uma sequência
nucleoplasma e nucleotídica própria que contém determinada
um ou mais informação.
nucléolos que são  O número e a sequência de nucleótidos num gene
constituídos por possuem um significado específico que difere de gene
ácidos nucleicos e para gene.
proteínas.  A totalidade de DNA contido numa célula constitui o
genoma de um organismo e os benefícios do seu
DNA, UM conhecimento são inquestionáveis.
POLÍMERO DE
REPLICAÇÃ O DO DNA
NUCLEÓTIDOS
 Antes de se dividirem, as células duplicam o seu
 Cada nucleótido é DNA, assegurando a conservação do património
constituído por uma base genético ao longo das gerações.
azotada (Adenina, Timina,
 Por ação de enzimas especificas, as duas cadeias
Citosina, Guanina,
separam-se em locais específicos, havendo rotura de
Uracilo), uma pentose
pontes de hidrogênio. Estas enzimas são chamadas
(Desoxirribose ou Ribose) e
da DNA polimerase.
um grupo fosfato.
 Acho que ideias originais vão servir de molde para as
 As bases podem ser divididas em:
novas cadeias complementares. Para isso são usados
oBases púricas ou de anel duplo: Adenina e
nucleótidos que existem no meio. – Replicação
Guanina (RNA e DNA) semiconservativa.
oBases pirimídicas ou de anel simples: Uracilo
 A hipótese da replicação semiconservativa foi
(RNA), Timina (DNA) Citosina (RNA e apoiada pelas experiências de Meselson e Stahl. O
DNA) modelo de replicação semiconservativa permite
 A ligação de dois nucleótidos é feita entre o grupo explicar a transmissão do programa genético e a
fosfato de um e o carbono 3’ da pentose do outro. relativa constância da composição do DNA no
 Como uma reação de condensação, há libertação de decurso das divisões celulares.
H2O.
 No lado onde a cadeia cresce, o carbono livre é o 3’.
No lado onde começa, o carbono livre é o 5’. A adição
de nucleótidos faz-se no sentido 5’->3’. Ao conjunto
de nucleótidos ligados damos o nome de cadeia
polinucleotídica.

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RNA – COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA  Nos eucariontes, cada gene tem sequências que não
codificam informação genética (intrões) intercalados
 Cada nucleótido de RNA contém um grupo fosfato, com sequências que codificam (exões). Na
uma base azotada transcrição, após a formação de pré-mRNA são
(uracilo, adenina, removidos os intrões, e dá-se a união dos exões. Estas
guanina, citosina) e uma transformações conduzem à formação de RNA
pentose, (ribose). mensageiro maturo.
 Embora tenha uma cadeia  As bactérias, seres procariontes, são desprovidos de
única, o RNA pode intrões. Nelas, o mRNA é sintetizado na forma
encontrar-se dobrado, e funcional.
pode haver ligações por
pontes de hidrogénio TRADUÇÃO
(adenina com uracilo e
citosina com guanina).  É nos ribossomas que se efetua a tradução da
Mensagem contida no RNA mensageiro. O tRNA
FLUXO DE INFORMAÇÃO GENÉTICA – SÍNTESE funciona como um intérprete dessa mensagem.
PROTEICA  O tRNA seleciona e transfere os aminoácidos para os
locais de síntese, os ribossomas.
 A molécula de DNA garante a preservação da ETAPAS DA TRADUÇÃO
informação genética, transmitindo a sempre a cada
nova célula. A célula utiliza parte dessa informação  Iniciação: ligação do mRNA à subunidade menor do
para gerar proteínas. Para que a síntese proteica ribossoma uma vírgula no codão de iniciação. O
ocorra, são necessários 2 processos: a transcrição e a tRNA liga se ao codão de iniciação.
tradução.  Alongamento: um segundo tRNA transporta outro
 A transcrição é o processo que permite que a aminoácido que se liga o codão. O ribossoma avança 3
informação genética do DNA seja copiada para uma bases sentido 5’ para 3’, enquanto o processo se repete
molécula de mRNA. ao longo da molécula de mRNA. Os tRNA vão-se
 A tradução é o processo de utilização da informação desprendendo.
contida, agora, na molécula de RNA para sintetizar  Finalização: o ribossoma encontra um codão de
proteínas. finalização, o último tRNA abandona o ribossoma e as
subunidades voltam a separar-se. Finalmente, a
proteína é libertada. Este processo anabólico exige
CÓDIGO GENÉTICO consumo de energia, no entanto a cada molécula de
mRNA podem ligar-se vários ribossomas, formando
 A cada 3 nucleótidos vai corresponder a um
um polirribossoma. Neste caso, uma cadeia de mRNA
determinado aminoácido.
pode dar origem a várias proteínas.
 mRNA -> cada sequência de 3 nucleotídeos chama-se
codão
 DNA -> cada sequência de 3 nucleotídeos chama-se
codogene ou tripleto de bases.
 Universalidade do código genético – desde os
organismos mais simples aos mais complexos, a uma
linguagem comum a quase todas as células.
 O código genético é redundante – significa que
vários codões são sinónimos, o que significa que
podem codificar o mesmo aminoácido.
 O código genético não é ambíguo – a cada codão ALTERAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO
corresponde apenas um aminoácido.
 As mutações genéticas resultam da substituição, do
MECANISMOS DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS desaparecimento ou da adição de um nucleótido a
sequência que constitui o gene. Assim, constituem-se
TRANSCRIÇÃO proteínas diferentes. Quando estas proteínas têm um
papel importante no organismo podem originar
 Chama-se transcrição do DNA porque a informação
doenças (Anemia falciforme, albinismo). são
do DNA é transcrita para mRNA, por
exemplos de agentes mutagénicos, os raios x, Gana,
complementaridade de bases.
cósmicos, UV e as partículas emitidas por substâncias
 Nas células eucarióticas, a transcrição realiza-se no radioativas ou químicas como gás mostarda e as
núcleo e os produtos primários desta transcrição, pré nitrosaminas.
mRNA, experimentam posteriormente um
 Mutação silenciosa: embora o tripleto seja diferente,
processamento, que conduza à formação de um RNA
a proteína formada é a mesma.
funcional.

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CICLO CELULAR  Controlo em G1: neste ponto de controlo a célula
pode entrar em G0 ou então desencadear-se-á
INTERFASE apoptose, ou seja, morte celular.
 Controlo em G2: O ciclo continua se o DNA se
 Fase G1: início da síntese do DNA. Biossíntese de
replicou corretamente.
proteínas estruturais, enzimas e RNA. Notório
 Controlo em M: a mitose é interrompida se os
crescimento celular.
cromossomas não se alinham de forma adequada ou
 Fase S: autorreplicação do DNA. Cada cromossoma
não se dividirem de forma equitativa.
passa a ser constituído por 2 cromatídeos. Duplicação
dos centríolos.
 Fase G2: síntese de biomoléculas necessárias à
divisão celular. Crescimento celular.

FASE MITÓTICA
 Prófase: Os filamentos de cromatina condensam-se.
Os 2 pares de centríolos começam a afastar-se,
formando-se entre eles o fuso acromático ou
mitótico. Os nucléolos desaparecem.
 Metáfase: Os pares de centríolos estão nos polos da
célula. O fuso acromático está completo e alguns
microtúbulos ligam-se aos cromossomas. Os
cromossomas dispõem-se no plano equatorial da
célula.
 Anáfase: Os centrômeros quebram-se, separando os
cromatídeos. Os microtúbulos encurtam se e começam
a afastar-se. Dá-se a ascensão polar dos cromossomas
filhos.
 Telófase: A membrana nuclear reorganiza-se. Os
nucléolos reaparecem. Dá-se a dissolução do fuso
acromático. Os cromossomas descondensam-se e
alongam-se. A célula fica constituída por 2 núcleos.

 Citocinese: Divisão do citoplasma. Individualização


das 2 células filhas.
 Nas células animais ocorre devido ao
estrangulamento do citoplasma, devido a contração
de um conjunto de filamentos proteicos. Nas células
vegetais a existência da parede não permite o
estrangulamento. Assim, vesículas resultantes do
complexo de Golgi depositam-se na região equatorial,
formando uma membrana celular que divide a célula
em duas, ambas com parede celular completa.

REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR

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