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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Coração

Eucarístico
Faculdade de Psicologia

ATIVIDADE AVALIATIVA II

Professora: Ana Paula

Alunas: Brenda e Ianni Macedo

Belo Horizonte, 2021


RESPOSTAS:

1) Sobre as estruturas dissipativas, a fala de Prigogine explicita a sua opinião


sobre como deve se desenrolar a questão da terapia no mundo. Segundo ele, o
mundo precisa de terapia familiar, onde não somente as singularidades de
pessoas estejam em jogo, mas que as questões complexas do comportamento
humano, juntamente com a imprevisibilidade e a instabilidade, que precisam
ser desenvolvidas pelos os psicólogos. Dessa forma, esse processo vai dizer
sobre a estrutura de auto organização, que diz sobre comunicações e
cooperações mútuas e que não tem equílibrio por ser complexa e instável.
Sobre as bifurcações, na citação da fala de Prigogine, ele diz sobre a tendência
que o ser humano tem em permanecer em equilíbrio frente ao caos, ou seja,
em todas as bifurcações ou questões caóticas que acontecem, as pessoas
ficam estáticas frente a cada possibilidade de mudança. Dessa forma,
Prigogine critica esse comportamento que é apontado por muitos como um
valor.

2) De maneira breve, vê-se implicitamente na fala de Prigogine a sua visão de


mundo. Esta demonstra-se reconhecer ser muito mais ligada à um ‘’pluriverso’’
do que à um universo, já que concorda com a ideia de que os indivíduos são
carregados por singularidades, e portanto, diferenças. Desta forma, considera
que a ciência pode ser uma ferramenta precisa no quesito de transformar o
homem e portanto, o mundo, para que haja tolerância em relação a aceitação
da não linearidade inerente ao humano. Correlacionado com o assunto, pode-
se observar princípios abordados por Maturana e Varela em seus estudos. De
maneira geral, vê-se que o ser humano está inevitavelmente inserido num
mundo e portanto, em contato com outros indivíduo. Desta forma, esses dois
sistemas vão se construindo de forma mútua, já que apesar do mundo fazer
parte da construção da história de um individuo, é esse que constrói o mundo
em que se vive também. Assim, como o mundo, de certa forma, não é anterior
a construção vivenciada por um individuo, este é capaz de vivenciar de formas
múltiplas, ou seja, tem a capacidade de demonstrar as suas singularidades e
pluralidades, principalmente tendo em vista a construção de um mundo que
criou para si mesmo. Assim, vê-se na fala de Priogogine a sua visão sobre a
realidade, conceito abordado por Maturana e Varela. Vê-se a semelhança
destes em relação à conceituação deste termo, já que estes dentro de seus
estudos, veem a questão da realidade não ser uma única, já que cada individuo
está inserido na sua própria. Assim, consideram que não existem opiniões
diferentes acerca de uma mesma realidade, mas sim indivíduos inseridos em
domínios diferentes de realidade. Assim, tendo em vista estes domínios que
podem não ser iguais, surgem ideias, valores e concepções diferentes,
demonstrando a multiplicidade do mundo, sendo que apesar de divergirem-se,
são legitimas da mesma forma – o que Priogogine demonstra concordar com a
sua fala. Com isso, observa-se a correlação também entre o conceito de
Autopoiesis, já que de modo geral, o termo significa que os sistemas
reproduzem a sua própria organização por meio dos seus próprios membros.
Priogine destaca a questão da necessidade das pessoas pensarem ‘’fora da
caixa’’, ou seja, de forma diferente da qual nunca tenha imaginado antes sobre
o mundo. Ele diz que o mundo é mais cheio de possibilidades do que
imaginamos e do que já vivemos e, por isso, precisamos experienciar isso.
Dessa forma, essa questão relaciona-se diretamente com a Autopoieses , pois,
se ainda não vivemos todas essas possibilidades que o mundo tem, é porque
os nossos sistemas não reproduziram essa organização.

3) A fala de Prigogine - principalmente relacionada à pluralidade contida no


mundo -, demonstra questões da complexidade humana. Complexidade esta,
abordada por vários autores, sendo um destes, Morin. De maneira geral, vê-se
que este autor defende a ideia de que é necessário que o mundo seja um lugar
que possua harmonia entre os indivíduos através, sobretudo, da aceitação da
pluralidade existente no mesmo. Ou seja, através da compreensão e tolerância
da existência de ideias e valores que possam variar e ser antagônicas. Desta
forma, considera o mundo de maneira ‘’multi-versa’’, já que concorda que
existem múltiplas formas de se pensar e ser. Assim, pensando nesta
complexidade, trabalho em cima do conceito de principio dialógico,
representando a ideia de que podem existir estas lógicas antagônicas, porém,
que podem se complementar. Exemplificando, podemos ver a ordem e a
desordem, que apesar de poderem se suprimir, estão interligadas e colaboram
para a complexidade e o entendimento da mesma. Desta forma, vê-se a
relação com a fala de Prigogine, já que os possuem uma mesma visão acerca
da importância da exploração das várias possibilidades de um ser, ser, e a
capacidade de criação de um novo, através de aspectos antagônicos que
podem se complementar. Com isso, vê-se que o entendimento da
complexidade humana só torna-se possível através da compreensão das várias
dimensões sociais, e assim, através deste entendimento da
multidimensionalidade das relações que constituem a realidade, é possível
desenvolver uma nova ótica em frente aos fenômenos humanos, colaborando
para o desenvolvimento pessoal dos indivíduos, social, e cientifico.

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