PREGAR O EVANGELHO DO REINO D. Na transfiguração do Senhor, Pedro colocou Moisés e Elias no mesmo nível do Senhor.
Mesmo assim, o
Extrato da Mensagem 10 – A EXPERIÊNCIA DE NEGAR A VIDA DA ALMA DE PEDRO
Leitura Bíblica: Mt 17:24-27
I. ATINGIR O PADRÃO DO SENHOR:
A. O Senhor escolheu doze discípulos para levar Seu propósito a muitas pessoas. Seu desejo é reunir todos
aqueles que forem ganhos na igreja, a fim de sejam aperfeiçoados e supridos, e assim, cresçam em Sua
vida. Esse é o caminho para o reino. A chave do reino foi entregue à igreja (Mt 16:19). Para entrar no reino,
é necessário passar pela etapa da igreja. Para entrarmos no reino é necessário que a vida de Deus tenha
crescido em nós e que Sua natureza se manifeste plenamente em nós.
B. Não apenas somos o povo do reino, também recebemos uma incumbência. Se crescermos em vida,
poderemos nos juntar ao Senhor para reinar com Ele em Seu reino (Ap 20:6). Não teremos vários tronos,
mas seremos participantes de Seu trono. Cada um receberá uma porção de autoridade no reino, de acordo
com seu crescimento em vida. Isso é o que nos mostra a parábola das 10 minas (Lc 19:11-27). A parábola
dos talentos, em Mt 25:15-30, mostra apenas o requisito para entrar no reino. Esta parábola mostra mais
detalhes quanto à porção recebida por cada um. O Senhor quer dar-nos autoridade, portanto, Sua cobrança
será muito clara. Precisamos crescer em vida a fim de podermos expressá-Lo completamente.
C. O povo que estará no reino serão as nações, os povos que permanecerão na terra durante o reino milenar
(Mt 25:32). Entre os judeus, os vencedores serão parte do sacerdócio terreno (Zc 8:23). Nós, os que
vencermos, estaremos na parte celestial do reino, para governar no reino (Ap 19:15). Por isso, o Senhor tem
uma alta exigência para conosco. Para nos treinar, nos fazer crescer em vida e desenvolver a natureza de
Deus, Ele nos deu a igreja. Agora, precisamos remover a nossa vida da alma. No julgamento vindouro, o
Senhor nos galardoará, caso tenhamos crescido em vida, negando a vida da alma. Mas, se não tivermos
crescido, Ele precisará enviar-nos para as trevas exteriores, para que nossa alma seja eliminada,
gradativamente, durante mil anos.
D. O Senhor foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João. Ele lhes estava mostrando que tinham parte
naquela manifestação. No entanto, ainda precisavam negar sua vida da alma para seguir o Senhor e atingir
Seu padrão (Mt 16:24). Pedro representa a cada um de nós. Todos nós éramos apenas barro (Sl 103:14).
Quando recebemos o Senhor, nos tornamos pedras que têm vida (1 Pe 2:4).
II. OS SOFRIMENTOS DE PEDRO:
A. Paulo listou uma série de sofrimentos exteriores, que sofreu por causa de Cristo (1 Co 11:23-27). Pedro
também nos mostrou que há sofrimentos que são apenas conseqüência de nossos atos (1 Pe 4:15). Há, no
entanto, um tipo de sofrimento específico, o fogo que surge para refinar-nos, pelo qual, todos temos de
passar (1 Pe 1:12). O fogo que deve arder em nós deve ser o fogo do Espírito Santo. Quando sofremos
assim, não estamos sozinhos, mas com Ele. É por meio desse fogo que podemos eliminar a nossa vida da
alma. Essa é a maneira de tomar a cruz (Mt 16:24). Esse é o batismo com fogo, profetizado por João Batista
(Mt 3:11). O batismo com água era o trabalho preparatório, que visava uma mudança de parecer. Seu
objetivo era conduzir as pessoas a Cristo, para receber o batismo com Espírito Santo e com fogo. A Bíblia é
bem clara ao apresentar uma conjunção aditiva ‘e’: “com Espírito Santo e com fogo”.
B. Pedro aprendeu a voltar-se ao Espírito, a fim de ser queimado, ser purificado. Ele usou a figura da
purificação do ouro para expor sua experiência (1 Pe 1:6-7). O Senhor usou várias situações para expor a
vida natural, a vida da alma de Pedro. Algumas vezes, Pedro falava por Deus, de maneira positiva.
Entretanto, a mesma alma poderia ser usada por Satanás (Mt 16:17, 23). Durante toda sua carreira, Pedro
teve muitas situações em que foi exposto. Cada vez que sua alma se manifestava, Pedro sofria com isso.
Por isso se arrependia, se voltando para o seu espírito. Assim, o fogo do Espírito podia consumir aquele
aspecto de sua alma.
C. Pedro sabia a glória que havia de vir. Ele sabia o destino glorioso que poderia alcançar. Por isso não
desanimava. Pelo contrário, ele podia alegrar-se a cada provação (Rm 8:18). Por outro lado, o Senhor
nunca tratou Pedro de maneira áspera. Ele apenas levantava as situações para que Pedro percebesse o que
havia em seu interior. Nós também precisamos perceber o que há em nós. Devemos usar as situações que
expõem nossa vida da alma para voltar-nos ao espírito.
Senhor não o repreendeu de maneira dura. Pedro apenas ouviu uma voz do céu (Mt 17:4-5). O conceito
natural de Pedro era expressão de sua vida natural. O Senhor precisou apenas falar para expor a situação de
Pedro. De igual forma, o Senhor quer expor nossa vida da alma. Ele não tem interessem em dar-nos uma
disciplina severa, a fim de que sejamos tratados de maneira muito intensa. Antes, Ele quer que
aproveitemos cada situação para nos voltarmos a Ele e sermos queimados.
E. Na ocasião do pagamento de impostos, Pedro foi novamente exposto. Pouco depois de ouvir do próprio Pai
que era necessário ouvir o Filho, Pedro usou sua alma para responder de acordo com seu conceito natural.
Pedro deveria ter perguntado ao Senhor, mas usou seu conceito doutrinário, antigo para responder por si
mesmo (Mt 17:24-25). O Senhor mandou que Pedro fosse pescar, para, assim conseguir pagar o imposto
(Mt 16:27). Pedro deve ter tido bastante tempo para meditar, enquanto o fogo queimava em seu interior.
F. Pedro ainda confiava em si. Seu padrão, de certa forma era elevado. Ele era capaz de perdoar até sete vezes.
Mas para o padrão do Senhor, isso é insuficiente. Pedro precisava perdoar até setenta vezes sete (Mt 18:21-
22). Mais uma vez, a vida da alma de Pedro foi exposta. Pedro aprendeu a lição, mais uma vez.
G. Provavelmente, a situação em que Pedro foi mais exposto foi quando negou o Senhor três vezes (Mt 26:70-
75). Ele havia dito ao Senhor, pouco antes, que nunca negaria o Senhor, ainda que precisasse morrer (Mt
26:33-34). Naquele momento, depois de ter negado o Senhor por três vezes, o Senhor olhou para Pedro e
sua alma foi mais uma vez exposta (Lc 22:61).
H. Temos muitas situações diárias que nos expõem. Quando os cônjuges começam a ficar bravos para discutir
podem se lembrar: “lá vem a natureza de Pedro”. Então, podem se arrepender, voltarem-se ao Senhor e
terem sua vida da alma consumida. Então, restará a natureza de Deus, que é amor. Toda vez que nos
voltarmos ao Espírito, perceberemos o quanto nossa vida da alma ainda aparece. Então poderemos orar ao
Senhor, e lançar nossa vida da alma no fogo do Espírito.
I. Quanto foi batizado por João Batista, o Senhor insistiu com ele, por que queria cumprir toda a justiça. Essa
justiça diz respeito à determinação de Deus, a vontade de Deus. Era como se o Senhor dissesse que Seu
corpo físico precisava ser sepultado, para resolver o problema da natureza humana. Depois de batizado
como filho do homem, Ele foi ungido pelo Espírito Santo (Mt 3:14-17). O Senhor tornou-se o Cristo, o
Ungido, com a comissão de batizar as pessoas com Espírito e com fogo. Ao ver que o Senhor havia sido
batizado pelo Espírito Santo, João Batista deveria ter pedido ao Senhor que o batizasse. Ele mesmo
profetizou acerca do Senhor. Mas ainda continuou a fazer as coisas de maneira anímica. Quando o Senhor
ressuscitou, Ele se tornou o Espírito para que os discípulos pudessem ser batizados com Espírito e com
fogo. O fogo veio com o Espírito e estava agora dentro deles (Jo 20:22).
J. No início da igreja em Jerusalém, Pedro pregava o evangelho de maneira muito poderosa. Havia muitos
judeus, mesmo entre os sacerdotes e farizeus (At 6:7). Pouco a pouco, a igreja foi entregue aos presbíteros,
pessoas que eram reconhecidas entre os judeus. Passou a haver um conflito entre o Novo e o Antigo
Testamento. Por fim, Tiago foi levantado como líder, para representá-los. Tiago não cria no Senhor
inicialmente, mas por ser irmão do Senhor Jesus, acabou sendo escolhido para fazer a ligação entre os
líderes do Antigo Testamento e os apóstolos (Jo 7:5). Então, Pedro já não era tão ousado e por isso foi
exposto (Gl 2:11-13).
III. CRESCER PARA REINAR:
A. Quando somos ainda crianças, embora tenhamos a natureza do Pai, ela não se manifesta claramente em nós.
Entretanto, quando a vida se desenvolve, a vida pode manifestar-se. Assim como o filho que, adulto, têm a
estatura do pai. Pedro nos revelou um segredo: para que a vida de Deus possa crescer em nós, precisamos
abrir-lhe espaço. Quando negamos a vida da alma, a vida divina cresce em nós e faz-nos semelhantes a Ele,
de modo que Sua natureza seja manifestada em nós. Assim o amor de Deus será visto em nós (2 Pe 1:3-7).
B. Por isso a vida da igreja é o lugar para negarmos a nossa vida da alma, para que a vida de Deus cresça em
nós. Por fim, nossa alma será plenamente saturada da vida de Deus, estaremos “formados”, e poderemos
participar do reino milenar. O Senhor quer saturar-nos até que possamos estar com Ele no monte da
transfiguração, brilhando como Ele, para entrar de fato no reino milenar para reinar com Ele. Vamos
prosseguir, para alcançar essa visão!
(extrato não revisado pelo autor)