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“Admite-se geralmente que toda arte e toda investigação, assim como toda ação e toda

escolha, têm em mira um bem qualquer; e por isso foi dito, com muito acerto, que o bem é

aquilo a que todas as coisas tendem.” (p. 49).

Neste contexto, o trecho questiona um pouco sobre o que é o bem, sobre o que faz o

bem, pois tudo que existe ou é realizado, existe o bem, como por exemplo, o bem que

desejamos para si e para o outro, e somente o bem, como o bem querer, é uma ação que trás

certa satisfação, uma satisfação subjetiva, pois cada ser é única, então cada ser sente o bem a

sua maneira subjetiva o sentir bem e repassar o bem, querer o bem.

Entretanto, o ambiente é algo que molda a subjetividade humana, transforma um todo

em tudo, ou até mesmo confunde, pois tudo é distinto, e tudo tem um início e um fim, e o fim

de algo foi o início de um longo caminho percorrido, e tudo muda de contexto, ou pelo menos

é o que se espera, mudanças, as mudanças são sempre internas e externas, e nem sempre

agradam, pois mudanças trás a tona, verdades que nem sempre é possível aceitar, pois todos

nós, seres subjetivos temos algo a se pensar de forma distinta um do outro, como uma ciência

política.

“A política mostra ser dessa natureza, pois é ela quem determina quais ciências que

devem ser estudadas num estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que

ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e

a retórica, estão sujeitas a ela.” (p. 49).

Quando mesclamos ciências e políticas, temos um assunto que aborda ciências sociais

estruturadas que moldam como as coisas dentro de uma sociedade devem funcionar em

grupos, tudo leva a alguma caminho, do contrário, se tudo fosse premeditado, não

precisaríamos de regras, mas como vivemos em sociedade e estamos sempre cercado por

grupos, é necessário que haja papéis distintos para como as pessoas devem seguir, o que
aprender e para onde isto pode esta destinado, pois é importante que cada pessoa saiba o seu

lugar dentro de seu convívio, ou menos deveria saber, já que viver em sociedade é compactuar

de certas regras, como o respeito ao próximo.

“Evidentemente, não seria menos insensato aceitar um raciocínio provável da parte de

um matemático do que existir provas cientificas de um retórico [...] cada qual julga as coisas

que conhece, e dessas coisas é ele bom juiz. Assim o homem que foi instruído a respeito de

um assunto é bom juiz nesse assunto, e o homem que recebeu instruções sobre todas as coisas

é bom juiz em geral.” (p. 50).

Acredito que por muitas vezes, uma pessoa em si está sempre em busca de

aprendizado, em busca do conhecimento amplo, entretanto, há aquele que se especializa em

determinado assunto, se tornando especialista naquilo que lhe compete, e sabendo que existe

vários tipos de inteligência, é importante ressaltar que nenhuma inteligência anula a outra.

Você ser especialista em determinado assunto não é menor quando o outro possa ter

conhecimento mais amplo sobre um pouco de tudo, cada um é juiz dentro de seu grupo,

dentro do que é seu, cada um sabe onde seu braço alcança, e se trago meu pensamento mais

profundo, acredito também que nem todos são detentores da sabedoria suprema, e tão pouco

que todos expressem ao próximo seus pensamentos, ou se quer passem a diante sua

habilidades, a realidade é que somos educados a se dispor, mas nunca se doar por completo, o

que vale para nosso conhecimento.

“O homem que foi bem-educado a possui esses pontos de partida ou poder adquiri-los

com mais facilidade. Quanto àquele que nem os possui, nem é capaz de adquiri-los.” (p. 51).

“A grande maioria dos homens se mostram em tudo iguais a escravos, preferindo uma

vida bestial, mas encontram certa justificação para pensar assim no fato de muitas pessoas

altamente colocadas partilharem os gostos de Sardanapalo.” (p. 52).


Entendo que quando se trata de educação, a educação trás a tona um debate sobre o

que é justo, na minha concepção, ser justo e educado é primordial para uma pessoa de

princípios, entretanto, quando se leva a vida por um caminho que seja mais largo a vista das

pessoas, talvez seja escolher uma vida mais “fácil”, e não é carecer de educação e boas

experiências acadêmicas, é apenas levar uma forma mais leve de encarar algo que para muitos

pode ser considerado insano para muitos, pois as vezes, independente de toda educação

privilegiada que se possa ter, as vezes a pessoa só sabe lidar de apenas uma forma na vida,

lutando, trabalhando pesado, sendo considerado para muitos, uma forma bestial, mas para este

que considera ser assim, uma forma que aprendeu de como lidar com a vida.

“Se a função do homem é uma atividade da alma que segue ou que implica em

princípio racional, [...] se realmente assim é, e afirmamos ser a função do homem uma certa

espécie de vida, e esta vida uma atividade ou ações da alma que implicam um princípio

racional e acrescentamos que a função de um homem, é uma boa e nobre realização das

mesmas.” (p. 56).

Neste contexto, penso na questão do que é a função do homem como ser humano em

si, que provém seus pensamentos e atitudes de tudo que aprendeu durante a vida,

independente das escolhas que fez para seguir seu caminho, como achar melhor para si, a sua

função é o que ele precisa que seja, suas escolhas subjetivas, pois tudo o que é para si, é

função do próprio realizar, como um autocuidado para si e ao mesmo tempo para o outro, o

que posso dizer que também é uma virtude.

“Como dissemos, pois, o homem feliz parece necessitar também dessa espécie de

prosperidade; e por essa razão alguns identificam a felicidade com a boa fortuna, em hora

outros a identifiquem com a virtude.” (p. 58).


Sentimentos positivos para si trás pontos positivos para a vida, tanto a própria, como

quem esta ao redor, por que tudo que é bom, é dividido e multiplicado, feliz é o homem que

sabe seu lugar e não vê como algo ruim os carmas da vida, ser dono da própria vida é ser

cientista, político, professor de si, e ter uma vida ao qual sejamos virtuosos em nossas

escolhas é deixar uma marca positiva para as outras pessoas que claro, tomarão como

exemplo para a vida, você é aquilo que transmite.

“O homem verdadeiramente político também goza a reputação de haver estudado a

virtude acima de todas as coisas, pois que ele deseja fazer com que os seus concidadãos sejam

bons e obedientes às leis.” (p. 63).

“A virtude também se divide em espécie de acordo com esta diferença, por quantos

dizemos que algumas virtudes são intelectuais e outras morais.” (p. 64).

Falar sobre o que somos, é entender que sempre deixaremos algo por onde passarmos,

um homem que sabe o seu lugar, e entende as virtudes reais e todo seu pensamento se destaca

entre os demais que lhe rodeia, nem todos conseguem falar de suas virtudes, pois as vezes,

não conseguimos enxergar que temos tais virtudes que trás conforto as pessoas, a sua maneira,

pois é essencial ter o mínimo de virtudes, como citado no texto, “intelectuais e morais” tais

quais são a sabedoria e compreensão, onde um complementa o outro.

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