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https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rle/index
Pelotas, v. 22, n. 3, jul.-set. (2019)
Resumo: O objetivo deste estudo é, por meio da análise de pressupostos teóricos e empíricos
referentes ao desenvolvimento de capacidades de leitura e de escrita, investigar os
processos de letramentos acadêmico-científicos vinculados à formação inicial do
professor de língua materna. Para isso, focaliza-se a pesquisa da temática nas
experiências de discentes das fases finais do Curso em Letras, Português e Espanhol,
Licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza. Justifica-se o
exame pela importância da reflexão acerca de como os professores em formação
incorporam-se ao ambiente de práticas sociais situadas em sua área do saber. Os
resultados da análise demonstram que: os sujeitos partícipes da investigação apresentam
participação periférica legítima como aprendizes, pelas práticas letradas na tríade ensino-
pesquisa-extensão; a práxis acadêmica possibilita-lhes a inserção proficiente em
comunidades educacionais; os letramentos colaboram tanto à apropriação dos
conhecimentos linguístico-pedagógicos quanto à construção de saberes teórico-práticos
nos componentes curriculares do Curso.
Palavras-chave: Linguística Aplicada; Formação Inicial; Letramentos Acadêmico-científicos.
Title: Academic Literacy and the Formation of the Mother Tongue Teacher: a case study in a Spanish-
Portuguese Undergraduation Course
Abstract: The aim of this study is to investigate, through the analysis of theoretical and empirical
presuppositions related to the development of reading and writing abilities, the processes
of academic and scientific literacy related to the initial formation of the mother tongue
teacher. To this end, we focused on the experiences of students of the final years of the
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Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina – UEL. Estágio Pós-
doutoral em andamento no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus Cascavel – PR, Bolsa Capes. Professora do Curso de Letras
Português e Espanhol – Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Realeza
- PR. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8780-7813
E-mail: marcia.kraemer@uffs.edu.br
2
Mestranda em Letras pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus Pato
Branco. Graduada em Letras Português e Espanhol pela Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS,
Campus Realeza. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0861-7307
E-mail: ramunielly_b@hotmail.com
Letramento acadêmico e formação do professor de língua materna Márcia Adriana Dias Kraemer
Ramunielly Bonatti Longaretti
Considerações Iniciais
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O termo letramentos surge nas reflexões dos Novos Estudos do Letramento (NEL), para abarcar o
conjunto de múltiplas práticas sociais que envolvem a produção de leitura e de escrita, em
contraposição ao termo letramento, no singular, que pode ser considerado restrito, pois ignora as
inúmeras possibilidades de variação em diferentes domínios, linguagens, situações, tempo e
contextos. É próximo ao conceito de multiletramentos, de autores filiados ao The New London Group
(1996), em que se considera a leitura e a escrita como construídas tanto por recursos verbais como
semióticos (visuais, auditivos e espaciais) (STREET, 2014; KLEIMAN, 2008; SOARES, 2003).
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Esta investigação, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira
Sul – UFFS, sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética – CAAE de n.
82379918.3.0000.5564, é resultado parcial do Projeto de Pesquisa Estudos Dialógicos e Práticas de
Linguagem em Educação: ensino, aprendizagem e formação reflexiva do sujeito social, da
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Realeza, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Márcia
Adriana Dias Kraemer. Também faz parte dos estudos relacionados ao Projeto de Pesquisa
Interinstitucional Estudos Dialógicos da Linguagem: contribuições para pesquisas em linguística
aplicada nos contextos escolares e não-escolares, vinculado ao Programa de Pós-graduação em
Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus Cascavel –PR, coordenado
pela Prof.ª Dr.ª Terezinha da Conceição Costa-Hubes.
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A Teoria Histórico-cultural da Atividade – mais conhecida como Teoria da Atividade (TA), respaldada
nos estudos de Vigotski (2001[1934]) e de expoentes teóricos da Psicologia na Educação da Escola
Russa, como Leontiev (1977), Luria (1977), Rubinstein (1977), Davidov (1988) entre outros -,
corresponde a uma filosofia do âmbito psicolinguístico e pedagógico. Analisa as práticas sociais, por
meio da interação entre o indivíduo e o ambiente, mediadas por ferramentas que influenciam tanto
a natureza do comportamento externo quanto o funcionamento mental interno dos sujeitos.
Considera que, conforme a mediação da práxis, ampliam-se ou limitam-se as capacidades do sujeito
social de resolver situações nos diferentes âmbitos do conhecimento. A partir dessa perspectiva,
constrói-se o conceito, contemporaneamente, de comunidades de prática, também tratado neste
artigo, referenciando um conjunto de pessoas que interagem em prol de um mesmo objetivo, para
resolver situações de interesse comum (LAVE; WENGER, 1991).
6
Denominação cunhada por Brait para o conjunto das obras do Círculo de Bakhtin, o qual motiva o
surgimento “[...] de uma análise/teoria dialógica do discurso, perspectiva cujas influências e
consequências são visíveis nos estudos linguísticos e literários e, também, nas Ciências Humanas de
maneira geral.” (BRAIT, 2006, p. 09-10).
A triangulação de teorias torna-se pertinente, uma vez que condiz com a perspectiva
pós-moderna de pesquisas em educação, ao buscar entender questões relativas à natureza
social e educacional dos processos de ensino e de aprendizagem de línguas. Atua na
interação dialógica própria da Linguística Aplicada (LA) contemporânea, um campo
transdisciplinar de estudo da linguagem em uso que dialoga com diferentes áreas do saber.
O construto teórico mostra-se fundamental para os pesquisadores interessados em
compreender fenômenos linguísticos na atualidade (MOITA LOPES, 1994).
Logo, a escolha da linha teórica que serve de escopo para este estudo justifica-se,
porque procura explicar, de forma geral, como a atividade humana constitui-se e como as
práticas sociais influenciam as ações do homem. Por conseguinte, os diferentes processos de
letramento demonstram a pluralidade semiótica que permeia o seio social ideologicamente9
(BAKHTIN, 2003 [1979]; VOLOCHÍNOV, 2013).
De forma interdisciplinar, essas linhas defendem que os processos de leitura e de
escrita são construídos em uma perspectiva sociocultural de práticas sociais. A partir de
investigações etnográficas, buscam entender como as ações de letramento acontecem em
diversos contextos - escolares e não escolares. Também, demonstram que as relações
humanas organizam-se em campos específicos e sistematizados da atividade humana,
considerando-se que as práticas sociais são condicion sine quibus non ao entendimento
dessas ações e das maneiras de mediá-las.
Diante disso, o problema de pesquisa propõe a seguinte questão: em que medida os
acadêmicos das fases finais do Curso em Letras da UFFS apresentam participação periférica
legítima10 como aprendizes, por meio dos letramentos, em particular o acadêmico/científico,
para sua inserção profícua em uma comunidade de prática docente?
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Os Novos Estudos do Letramento (NEL), em inglês The New Literacy Studies (NLS), “[...] represents a
new tradition in considering the nature of literacy, focusing not so much on acquisition of skills, as in
dominant approaches, but rather on what it means to think of literacy as a social practice [...] This
entails the recognition of multiple literacies, varying according to time and space, but also contested
in relations of power. NLS, then, takes nothing for granted with respect to literacy and the social
practices with which it becomes associated, problematizing what counts as literacy at any time and
place and asking ‘whose literacies’ are dominant and whose are marginalized or resistant.” (STREET,
2003a).
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Adota-se “[...] a tendência de pesquisa em Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 1992), cujo cerne do
processo dialético de ensinar e de aprender concentra-se em dois modos de investigação: a pesquisa
de diagnóstico, em que [se focalizam] os acontecimentos da sala de aula, e a pesquisa de
intervenção, em que [se vislumbra] uma possibilidade de modificar a situação existente em sala de
aula.” (KRAEMER, 2014b, p. 31-32). “[...] a Linguística Aplicada [é] propiciadora de análises de caráter
interdisciplinar, com investigação, problematização e busca de soluções para questões de linguagem
inseridas nas práticas sociais.” (KRAEMER, 2014b, p.48).
9
“Por ideologia entendemos todo o conjunto de reflexos e interpretações da realidade social e
natural que se sucedem no cérebro do homem, fixados por meio de palavras, desenhos, esquemas ou
outras formas sígnicas.” (VOLOCHÍNOV, 2013, p. 138)[grifo do autor].
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Participação periférica legítima refere-se a atividades situadas com características de um processo
de aprendizagem que descreve de forma analítica o engajamento e a participação dos aprendizes nas
práticas de trabalho e nas comunidades de prática. Logo, adere-se à aprendizagem para se tornar
participante pleno e ativo na comunidade de prática a que pertence ou pretende se inserir (LAVE;
WENGER, 1991).
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A partir deste momento, utilizar-se-ão as seguintes abreviaturas: TA para Teoria da Atividade; ADD
para Análise Dialógica do Discurso; LA para Linguística Aplicada; NEL para Novos Estudos sobre o
Letramento.
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Hominização significa tornar o homem um ser que se humaniza em contato com a sociedade. Para
se inserir na vida em sociedade, deve apreender a articulação estável dos fenômenos por meio da
linguagem, na consciência social materializada (MÁRKUS, 1974).
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Deve-se entender reflexão como um ato de conscientização no homem, que percebe e analisa a
sociedade em que vive, por meio das relações sociais (FREIRE, 2003).
Cada vez que se senta para escrever para nós, o aluno tem que inventar a
universidade para aquela circunstância – inventar a universidade, ou seja,
uma ramificação dela, como História, Economia, Antropologia ou Inglês. Ele
tem que aprender a falar nossa linguagem, falar como falamos,
experimentar formas específicas de saber, selecionar, avaliar, relatar,
concluir e argumentar que definem o discurso de nossa comunidade
(BARTHOLOMAE, 1985, p. 273).
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Street, ao invés de utilizar somente o termo letramento no singular, utiliza letramentos, eventos de
letramento e práticas de letramento, terminologias-chave dos Novos Estudos do Letramento (NEL). O
evento de letramento “[...] ajuda a focalizar uma situação particular onde as coisas estão
acontecendo [...]”, como, por exemplo, a leitura de um livro por uma criança ou a sugestão de um
professor para a leitura de uma obra, explorando a curiosidade do aluno (STREET, 2012, p. 75).
Quanto às práticas de letramento, elas se evidenciam de forma mais global e abrangente, são mais
amplas e englobam os eventos de letramento. Street evidencia que: “[...] o conceito de práticas de
letramento é realmente uma tentativa de lidar com os eventos e com os padrões de atividades de
letramento, mas para ligá-los a alguma coisa mais ampla da natureza cultural e social.” (STREET,
2012, p. 76).
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Para Street, letramento autônomo pressupõe a prática restrita aos círculos escolar-acadêmicos,
“[...] centrada no sujeito e nas capacidades de usar apenas o texto escrito.” (STREET, 2014, p. 09).
Revela-se reducionista, uma vez que, geralmente, percebe a escrita como um produto completo em
si mesmo e descontextualizado. O autor diferencia essa prática do modelo de letramento ideológico
que preconiza a interação social entre os sujeitos do discurso e a sua participação ativa, eivada por
mundividências e cosmovisões próprias da diversidade cultural e histórica inerentes à
contemporaneidade.
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Certificado de Apresentação para Apreciação Ética, CAAE n. 82379918.3.0000.5564 (BRASIL, 2018).
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Alguns alunos cursam diferentes fases, em período concomitante. Nestes casos, considera-se, para
fins de recorte, quem têm cumprido a maior parte dos créditos.
reconhece como práticas positivas. Isso é significativo, uma vez que a conscientização acerca
da importância de programas e de projetos extracurriculares, por potencializarem a inserção
do acadêmico, tanto na comunidade interna como externa à Universidade, é um aspecto
preponderante e salutar da vida discente.
Ao extrapolarem as atividades convencionais do Curso, participam de experiências
diferenciadoras e que devem ser valorizadas. Nesse sentido, em um contexto otimista de
políticas públicas, se houver mais incentivos universitários, do ponto de vista financeiro, é
possível que um maior número de acadêmicos, futuramente, sinta-se favorável a participar
efetivamente de programas e de projetos oferecidos pelas IES, direcionados à formação
inicial docente.
Quando questionados sobre as dificuldades de aprendizagem em relação aos
métodos de ensino nos diferentes componentes curriculares do Curso em Letras da UFFS, no
que tange aos processos de leitura e de escrita, os estudantes expressam que os principais
desafios encontrados estão no início da graduação. Alegam que o Ensino Médio não os
prepara substancialmente para as questões teóricas propostas na universidade, como em
relação às concepções de língua e de linguagem, além do estudo de gêneros discursivos.
Ressaltam, no entanto, que, nas fases finais, a maioria já está adaptada ao Curso,
desenvolvendo métodos de estudo sobre atividade de leitura e de escrita adequados, bem
como de técnicas de aprendizagem pertinentes a essas capacidades.
Essa constatação também é explicitada por Motta-Roth, uma que vez que, na
universidade, a grade de ensino é estruturada em componentes curriculares, os quais são
sequenciados para a evolução das habilidades necessárias ao domínio da leitura e da escrita,
como também para a inserção dos acadêmicos na comunidade de prática docente. Assim,
“[...] podemos pensar que cada disciplina ou área do saber que compõe o universo
acadêmico de pesquisa e ensino nas universidades corresponde a uma grande comunidade
de prática, compreendida de unidades menores, organizadas em rede.” (MOTTA-ROTH,
2013, p.137).
Contudo, uma parte dos discentes das últimas fases do Curso ainda sente
dificuldades na proficiência da leitura e na compreensão de textos teóricos, justamente os
que estão mais afastados dos programas e dos projetos dirigidos à prática inicial docente.
Em consonância, os docentes percebem essas disparidades, ressaltando a importância de se
identificar essas lacunas de conhecimento e estabelecer estratégias de ensino - como
orientações extraclasses e estudos em projetos de monitoria18, que têm se efetivado na
Instituição -, a fim de, por meio de ações de ensino, sanar dúvidas e dificuldades.
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Em virtude da identificação dessas dificuldades, em 2018, é efetivado, na Instituição, entre outros,
o projeto no âmbito do ensino, Leitura e Produção Textual: práticas de letramento acadêmico-
científico na monitoria da UFFS – Campus Realeza, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Márcia Adriana Dias
Kraemer, com o intuito de mediar o conhecimento acerca da leitura e da produção textual de
gêneros acadêmico-científicos aos discentes interessados no aprimoramento dessas práticas
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL, 2018).
Considerações Finais
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