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Conceito de Paternidade se alterar com o passar dos anos

Historicamente a figura paterna sofreu diversas mudanças nas últimas décadas,


pois havia uma crença que o pai não deveria ser carinhoso, haja vista que perderia
a autoridade adquirida através da personalidade fria e ausente.

Atualmente o conceito de paternidade é pautado no estabelecimento dos laços


afetivos, sem a obrigação da ligação genética. Assim, eclodem as famílias
eudemonistas, em que o núcleo familiar tem o papel de buscar a felicidade de todos.

Manual da Psicologia Moderna

Formas de Manifestação da Paternidade Socioafetiva.

A Filiação Socioafetiva é expressa na Doutrina Brasileira pelas seguintes


classificações :

a) O Filho de Criação;

● É marcada por ausência de regulamentação formal do vínculo não biológico.


● Originado da convivência baseada no amor mútuo com pai/mãe de criação.
● Aparenta a Posse do Estado de Filho perante a sociedade, ou seja,
aproveitam de uma situação jurídica, Entretanto não reflete a realidade.

b) Adoção Judicial

● A Certificação Jurídica das ligações terna


● No Decorrer do Processo é observado pelo Magistrado se o caso
enquadra-se em uma relação pública, contínua, definitiva e consolidada.
● Com a aprovação é permitido o nome do pai/mãe na certidão de nascimento
do filho socioafetivo, assim como avô/avó

c) O Reconhecimento Voluntário ou Judicial.

É Proposto para reduzir a judicialização em processos de recognição da afetividade


tem os seguintes requisitos.

● Apresenta-se a partir de um requerimento concedido por um progenitor.


● Autorizado apenas para maiores de 12 anos, pois visa o consentimento da
relação.
● Requerer provas que atestem a exteriorização do afeto mútuo
● Declaração do registrador sobre a existência da afetividade
● Parecer favorável do Ministério Público

d) “Adoção à Brasileira”

É marcada por driblar a legislação e morosidade do Judiciário no processo adotivo


feita de forma ilegal, haja vista que nega os critérios básicos para a realização de tal
ato, é impede que prepondere o melhor interesse para a criança.

Consiste em registrar um filho não biológico como seu um recém-nascido de


outrem, sendo prevista no Artigo 242 do Código Penal como uma conduta ilícita
com pena de 2 a 6 anos de cárcere, mas é importante citar que não haverá punição.
Caso se verifique boas intenções por parte daqueles que a praticaram, é essencial
prezar pelo ambiente mais adequado ao menor.

Legenda para a música DNA de Gusttavo Lima

É possível perceber na canção uma crítica ao preconceito ou resistência de um


grupo social em aceitar a pluralidade da filiação familiar, pois em uma visão
conservadora ainda preconiza os valores patriarcais e machistas.

Contudo, é errônea a concepção estática de família, pois a sociedade está em


constante transformação necessitando de respeito e proteção as novas formas de
ordenação ligadas pela estima.

Referências

CABETTE, Eduardo Luiz Santos; RODRIGUES, Raphaela Lopes Rodrigues.


Adoção à Brasileira: crime ou causa nobre?. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI293739,51045-Adocao+a+brasileira+crim
e+ou+causa+nobre. Acesso em: 14 de Out 2021.

GILDO. Nathália. Evolução histórica do conceito de filiação. fevereiro de 2016.


Diponível:<https://jus.com.br/artigos/46589/evolucao-historica-do-conceito-de-filiaca
o>. Acesso em: 13. Out. 2021

Direito de Família — Filiação socioafetiva. Ministério Público do Paraná. [s.d.].


Disponível em: <https://mppr.mp.br/pagina-6666.ht>. Acesso em: 13 de Out. 2021

AQUINO. Leonardo Cavalcanti De. A relação dos pais socioafetivos com os filhos do
companheiro sob a ótica dos tribunais superiores. Instituto Brasileiro de Direito de
Família. 6 de outubro de 2016. Disponível
em:<https://ibdfam.org.br/artigos/1160/A+rela%C3%A7%C3%A3o+dos+pais+socioaf
etivos+com+os+filhos+do+companheiro+sob+a+%C3%B3tica+dos+tribunais+superi
ores/>. Acesso em:13 de Out. 2021

TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia Jurídica para operadores do Direito. 6. ed.


rev. atual, e ampi. - Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012.

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