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Diferentes Usos Social das Funcionalidades dos Telemóveis

Antes de 1991 todos vivíamos sem um dispositivo que em Portugal se veio a chamar
telemóvel. Decorridos apenas 18 anos, o uso de tal dispositivo tornou-se banal e, nos dias que
correm, é difícil encontrar alguém que não possua pelo menos um deles. Em termos
sociológicos a “revolução” do telemóvel é comparável ao surgimento de grandes “inventos”

num passado mais ou menos longínquo. Casos como a energia elétrica para uso industrial e
doméstico, o automóvel e a telefonia fixa (telefone fixo) ficaram na história como grandes
impulsionadores do desenvolvimento e responsáveis por alterações de comportamentos
sociais a nível mundial. As alterações sociais provocadas pela introdução do telemóvel foram,
no entanto, muito mais rápidas que quaisquer uma das outras (mesmo da Internet). Tão
rápidas que já todos nós esquecemos dos tempos em que apenas existiam telefones fixos. Em
Portugal, a taxa de penetração das comunicações móveis e pessoais é das mais altas da Europa
situando-se ao nível das taxas de penetração dos países nórdicos. Porquê? Quais foram, ou
são, as causas de tais taxas num país como o nosso, com um poder de compra dos mais baixos
da União Europeia?

Crianças e Jovens

As crianças desde as bem pequenas e jovens de todas as idades têm encontrado no uso dos
telemóveis um espaço de independência do mundo adulto, historicamente construído como
aquele capaz de balizar e moldar o padrão de vida infantil, bem como seus caminhos em
direção à maioridade. Grande parte das crianças portuguesas de todas as classes sociais têm
telemóveis, dos mais simples aos mais avançados tecnologicamente. Embora a justificação
mais difundida para possuir ou dar telemóveis seja a do contacto entre pais e filhos, esta é a
finalidade mais banal da sua utilização. A maior parte das crianças declara que não pode
dispensá-los, e conta muito para a sua imagem entre colegas porque são a melhor forma de
ter, e manter amigos, com os quais trocam ideias, e discutem marcas, cores,

modelos e até funções, no sentido de “O meu tira fotografias, o teu não” aconselham-se,
desabafam e vivem seu quotidiano. Uma grande parte delas também usa os telemóveis para
informar-se, jogar, assistir vídeos e ouvir suas bandas favoritas, completamente resguardados
de qualquer interferência (ou influência!) dos adultos. A partir dos seis anos, os meninos já
usam os telemóveis para abordar temas picantes, aumentando suas informações
relativamente àquele espaço privativo dos adultos e interdito à infância moderna o da
sexualidade. Como se vê, por mais controvertidas que sejam, parece que as hipóteses de
Postman se confirmam, e a tecnologia tem sido central na reconfiguração da vida e dos
sentimentos nesta nova era. A infância como a fase da inocência, da dependência, da
insegurança e da ignorância dos segredos do mundo e da vida parece que está a desaparecer.
Tudo isso merece ser refletido não só pelos Pais, mas por todas as pessoas que veem, cada vez
mais, as tecnologias embutidas nas suas vidas.

http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=148&doc=11010&mid=2

Jovens

A dependência dos telemóveis é uma das características que marca a sociedade atual. Em
Portugal, a taxa de penetração dos telemóveis já ultrapassou os 100%, o que significa que
existem mais aparelhos do que habitantes portugueses. A existência de valores que os
adolescentes procuram sempre neste mercado, como inovação, agressividade comercial,
imagem, simplicidade, com destaque para o acesso móvel à Internet através de tecnologias de
terceira geração. Estas novas funcionalidades levam a que a posse de um telemóvel seja cada
vez mais aliciante e atraia mais jovens para a sua aquisição. Mas um aparelho (pequeno que
cabe em qualquer lado, ou seja, é fácil de transportar), e útil como este, não se pode tornar
num vício diário, em que se envia especialmente MMS ou SMS de texto todos os minutos,
arquivo de ficheiros, Bluetooth, que serve de rádio para ouvir música, de agenda, de
despertador, consola de jogos, de câmara fotográfica e de filmar, relógio, calculadora, enfim
uma serie de funções que leva os jovens a usar e abusar deste pequeno aparelho. A verdade é
que muitas pessoas utilizam estes meios eletrónicos como modo de marcar território, marcar
o seu próprio estilo e de se sobressaírem no seu meio envolvente. Quem não tem um
telemóvel? Quem não tem um Mp3? Qual é o jovem que não se identifica com as marcas que
usa? Para eles tem de ser cool & fashion, mas ao mesmo tempo é extremamente racional na
escolha do operador pela razão óbvia de ter um orçamento limitado. Não são capazes de
saírem de casa sem o telemóvel, sentem-se inseguras, como aquele aparelho pudesse salvar a
vida numa situação de risco. A forma como o telemóvel se introduz na vida dos adolescentes é
bem patente, estes fazem em média 3,56 chamadas por dia e enviam cerca de
25,72mensagens atrevés do telemóvel. Quando não têm consigo sentem-se desconfortáveis, a
sensação de estar contactável ou poder contactar alguém em qualquer lugar é reconfortante.
Uma parte bastante significativa dos jovens, correspondente a 85,2%, concorda totalmente
que se sentem muito mais tranquilos quando têm o telemóvel consigo. Além disso, 74,3%
concordam que o seu telemóvel só lhes é útil se estiver constantemente ligado. No entanto,
enquanto as marcas e os operadores de telemóveis não perceberem que também têm um
papel ativo a desempenhar neste especto, e continuar a haver operadores que promovem
anúncios irresponsáveis, famílias e escolas continuarão a ter dificuldade em promover a
utilização ética, responsável e segura destes dispositivos. Outro problema que ocorre com
tudo isto é o tipo de linguagem utilizada no envio de mensagens, como as abreviações e a
utilização de “x” em vez dos “s”, e o “k” no lugar de “que”, etc. Mas o facto é que não
podemos ser alarmistas em relação a este objeto, a verdade é que há 40anos atrás se olhava
para a geração da altura com preocupação pelos possíveis danos que a TV pudesse causar nos
jovens. Mudam-se os tempos mudam-se as brincadeiras, muda a realidade em geral.

http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/jovens_portugueses_estao_viciados_no_telemo
ve_884079.html

Adultos

Apesar dos telemóveis serem considerados meros instrumentos ao serviço dos donos, eles são
também artefactos sociais. Mas para além disso a prática comunicativa através deles é
influenciada pelo contexto social em que ele é utilizado, passou a assumir também um papel
social ativo. Mas quem comunica com quem? Qual a estrutura das redes sociais criadas pela
comunicação através do telemóvel? A esta análise as alterações sociais provocadas pela
possibilidade de comunicação a toda a hora e em qualquer local. O telemóvel deixou de ser
apenas um dispositivo que permite comunicar, para se tornar uma ferramenta da interação
social. Em poucos anos, passou de mero instrumento de trabalho a um equipamento de
massas, utilizado não só para comunicar, como também para estruturar as diversas situações
no quotidiano. O grupo de indivíduos que utiliza de forma ativa o telemóvel como ferramenta
de trabalho é uma parcela importante dos utilizadores, tendo os operadores criado um
conjunto de serviços com potencial interesse para estes, tais como pagamentos bancários,
consultas de saldo, criar documentos internet, GPS, alertas e consultas da Bolsa de Valores, ou
a possibilidades de aceder aos emails. O uso do telemóvel em contexto profissional não deixa
de ser relevante devido às implicações que tem em termos sociais, como económicos, é de
realçar que a maioria das conversas são profissionais, e pertence a um grupo etário 25-44 anos
(55,5%), e 44-64 anos (29,8%), sendo indivíduos em idade ativa. Existe também um maior uso
na parte profissional pelos Homens cerca de 76,6% contra apenas 23,5% que são mulheres.
Verifica-se igualmente uma despesa efetuada mais de 50€ por mês para tratar de assuntos
profissionais. Por outro lado 33,9%, acreditam que o facto de ter telemóvel lhes permite ter
um aumento de remuneração e reconhecem as suas vantagens em termos de instrumento
para resolvermos negócios a qualquer altura e local, dentro desta filosofia aparece algumas
citações que nunca é demais relembrar: “a vida das pessoas sem telemóvel, em geral seria
muito mais feliz e tranquila” «a maioria das chamadas profissionais que recebo fora do
período de trabalho são incómodas e invadem aminha privacidade individual e familiar»

http://www.obercom.pt/client/?newsId=29&fileName=rr4.pdf

Idosos

Nos países desenvolvidos verifica-se cada vez mais um envelhecimento da população, onde a
proporção de pessoas com idade superior 65 anos está a aumentar significativamente. Assim,
em média as pessoas vivem mais tempo do que viviam há um século atrás. Compreende-se,
portanto, que esta questão da terceira idade, do ponto de vista social, é relativamente
recente, os idosos são pessoas limitadas, muitas vezes comparadas com as crianças, em
termos das suas limitações. No século XX designava-se a velhice como sendo somente e nada
mais do que um período de doenças, perdas e negação do desenvolvimento. Com o passar dos
anos, novos conceitos de velhice, novas formas de gestão da velhice foram aparecendo. A
velhice surge como construção histórica e sociocultural complementar à infância. A única
função que os idosos dão ao telemóvel é para fazer chamadas e mensagens, é assim
importante dizer que as chamadas são utilizadas por todos, as mensagens só por “alguns”.

Contudo os idosos utilizam muito poucas funções em relação àquelas que o telemóvel
disponibiliza, devido à dificuldade, em termos de habilitações literárias não sabem ler nem
escrever encontrando resistência em relação ao rápido desenvolvimento tecnológico
verificado nas últimas duas décadas. A esta utilização por parte dos idosos já representa um
esforço no sentido de se integrarem na sociedade moderna (afinal não são tão dependentes
como se pensa) sendo sempre ajudados por pessoas mais novas que eles, e que lhes são
próximas com maior domínio tecnológico por parte de gerações mais novas, e familiarizá-las
com as TIC, neste caso com o telemóvel
https://tm.ibxk.com.br/2021/03/03/03103513095076.jpg?ims=1120x420

Siglas

 Rede 2G: G (GPRS), E (EDGE)

 Rede 3G: 3G (W-CDMA), H (HSPA, o "3.5G"), H+ (HSPA+, o "3.75G")

 Rede 4G: 4G (LTE), 4G+ (LTE-A) e 4.5G (LTE-A Pro)

 Rede 5G: 5G, 5G+, 5G E e 5G UWB (variando conforme a operadora)

Vale ressaltar que a exibição do sinal utilizado pode variar entre a sigla e o nome próprio,
conforme o modelo de celular utilizado e a versão do sistema operacional.

https://www.tecmundo.com.br/mercado/208324-5-maneiras-tecnologia-5g-mudar-vida.htm
Nos últimos anos, muito tem se falado sobre os carros autônomos. Detectar objetos em tempo
real, interagir de forma inteligente com os diversos sinais das vias, seguir precisamente os
mapas e se comunicar constantemente com os outros carros só será possível com a nova
geração de telecomunicações.

Além de trabalhar com velocidade e redução de latência, o 5G vai expandir significativamente


a capacidade da rede, permitindo que mais dispositivos (incluindo carros) se conectem ao
mesmo tempo sem gerar instabilidade e perda na velocidade da conexão. Com isso, a quinta
geração tem mais capacidade de aguentar o uso simultâneo da web.
As cidades do futuro não serão feitas apenas de carros autônomos. As chamadas smart cities
vão ter uma grande quantidade de aparelhos conectados, como novos modais de transporte,
prédios e outras construções, além de sinalizações e até outdoors.

O 5G também vai permitir que gestores tenham acesso rápido a diversas informações que
ajudarão na administração das cidades. O controle de tráfego, a segurança pública e até a
disponibilidade de serviços podem ser fortemente impactados pela quinta geração da
telecomunicação.

A Internet das Coisas já é uma realidade, mas vai aprimorar bastante com o 5G.
A Internet das Coisas (IoT) é a tecnologia que vai conectar todos os equipamentos à internet e
chegar a um novo estágio, aumentando muito as possibilidades de ações. Se hoje você pode
ligar e desligar uma lâmpada, tocar uma música ou controlar alguns aparelhos de sua casa, a
quinta geração da telecomunicação vai expandir isso para controles precisos e complexos por
meio da web.

Outro ponto importante é a velocidade de comunicação entre as pessoas. A internet 5G


permite que haja a transferência de dados, arquivos e informações de maneira muito mais
rápida e estável, garantindo mais agilidade e segurança. No entanto, é importante ficar atento
à capacidade do aparelho: nem todos smartphones são habilitados para operar na rede 5G.

1G

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