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Reconhecendo que possa ser uma afirmação polémica, eu não sou dos que acredita no espírito

associativo tal como existe em Portugal. Por desilusão, pelas histórias de coisas que não
funcionam, ou pela escassez de quando funcionam. Por frustração por sentir que quando têm
bons ideais e pessoas que saibam fazer, logo faltam outros meios e quem apoie. Por outro
lado, ou existe um benefício económico relevante ou duvido que se encontre fator aglutinador
suficientemente grande para ultrapassar as agremiações desportivas, o único tipo de
associação que vejo ter na génese um mote emocional sem um motivo ou causa racional.

Associações mutualistas que se comportam como bancos, associações desportivas que


deturpam o sentido de comunidade para se transformar em negócio, associações de
empregados de um sector económico que só subsiste porque sustenta um negócio de saúde,
vários são os exemplos desta situação.

Sem pertencer a nenhuma associação, e para pensar em algo que pudesse e quisesse criar,
seria algo dedicado a ajudar quem sofre das chamadas “doenças invisíveis”. Uma instituição
que reúna profissionais de saúde física e mental que preste apoio a quem mais necessite e
sofra de doenças como a Fibromialgia. No entanto, numa associação assim, os associados
seriam beneméritos, ou contribuintes para as despesas inerentes aos profissionais de saúde, e
às condições necessárias para prestar o apoio em causa.

A Fibromialgia é uma doença reumática que foi reconhecida pela Organização Mundial de
Saúde em 2003, apesar de existir registo histórico que remonta ao Século XIX. 12 de Maio
assinala-se o Dia da Fibromialgia em memória da enfermeira inglesa Florence Nightingale que
durante a guerra da Crimeia (1853 a 1856) começou a ter sintomas de uma patologia de dor
crónica, mais tarde associada a esta doença.

Em virtude de se tratar de uma “doença que não se vê” falta também assunção pelo Estado
dos devidos apoios a quem dela sofre e com ela convive. Estima-se que 1,7% da população
sofra de fibromialgia.

Neste contexto, considero que ao invés de associações, a solução passará mais por
“fundações” como entidades aglutinadoras de fundos suficientes para um dado objetivo. Algo
que traduza em ação efetiva, com um propósito claro.

Assim sendo, a minha “associação” seria dedicada a quem sofre de fibromialgia, e a mover
influências junto do parlamento e governo portugueses no sentido de legislar em prol de quem
sofre desta patologia.

Webgrafia
https://www.atlasdasaude.pt/artigos/o-dia-da-fibromialgia-e-todos-os-dias-para-aqueles-que-se-esforcam-por-ter-
uma-vida-digna-e

para entender o que é a fibromialgia sugiro o seguinte link:

https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/fibromialgia-definicao-sintomas-e-porque-acontece/

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