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UNIC - Universidade de Rondonópolis

VICTOR FELIPE GIONGO BEZERRA

FUNÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES GABA E


GLUTAMATO NA NUTRIÇÃO E DOENÇAS
NEURODEGENERATIVAS

RONDONÓPOLIS-MT
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
O aminoácido glutamato é o mais abundante do sistema nervoso
central (SNC), em sua maioria apresentando funções metabólicas
idênticas às exercidas em outros tecidos, preponderantemente
biossíntese de proteínas. Além disso, atua como principal
neurotransmissor excitatório. Considera-se também sua participação no
desenvolvimento neural, na plasticidade sináptica, no aprendizado, na
memória, na epilepsia, na isquemia neural, na tolerância e na
dependência a drogas, na dor neuropática, na ansiedade e na depressão.
A rápida retirada de glutamato da sinapse por seus transportadores é
necessária para a neurotransmissão excitatória normal e prevenção
contra toxicidade glutamato induzida. O mecanismo da chamada
excitotoxicidade está relacionado com doenças isquêmicas, doenças
neurodegenerativas agudas como epilepsia, hipóxia, anóxia, e
traumatismo craniano, e doenças neurodegenerativas crônicas como
Alzheimer, Síndrome de Huntington, processos neurológicos
relacionados com infecção pelo vírus HIV, encefalopatia hepática,
além de doenças genéticas como hemocisteinúria, hiperprolinemia e
hiperamonemia.
O neurotransmissor excitatório pode funcionar como toxina poderosa
capaz de produzir doenças neurodegenarativas quando em elevadas
concentrações (esclerose lateral amiotrófica, Doença de Huntington,
entre outras) e quando em baixas concentrações pode levar a
esquizofrenia. Por isso é importante saber os mecanismos de receptação
do glutamato por neurônios e células gliais, determinando o tempo que
o neurotransmissor estará disponível na sinapse.
O ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor
inibitório do sistema nervoso central, está associado às emoções e
memória. Pesquisas por Graeff e colaboradores têm demonstrado que
o GABA desempenha um importante papel na elaboração e expressão
das emoções. Drogas que facilitam a transmissão do GABA (GABA
agonistas) produzem um efeito ansiolítico, tranquilizante, enquanto
drogas que bloqueiam a transmissão GABAérgica (GABA
antagonistas) induzem ansiedade, aumento da atividade locomotora e,
até mesmo, convulsões. Por outro lado, sabe-se que a memória pode
ser modulada por drogas que alteram a neurotransmissão do GABA.

2. DESENVOLVIMENTO
O glutamato também é um precursor metabólico de outro
neurotransmissor: o GABA (ácido gama-aminobutírico). O GABA é o
contraponto para o glutamato. É o principal neurotransmissor inibitório
no sistema nervoso central. Assim, neurotransmissores inibitórios são
essencialmente o outro lado da moeda, diminuem a probabilidade de
que o neurônio em que atuam seja acionado.
A função dos transportadores de glutamato é regular o tempo de sua
concentração na fenda sináptica, muitos deles sendo ativados por uma
concentração baixa desse aminoácido ou sendo levados à morte pelas
altas concentrações do mesmo (10-100µM). No entanto seus papéis
fisiológicos ainda são alvos de pesquisa. Até então não se sabe por que
um organismo precisa de tantas formas de transporte para somente um
substrato.
Outra função do glutamato é servir como um aminoácido constituinte
da estrutura de proteínas, este também utilizado como energia nas
células. Considera-se igualmente a sua participação no
desenvolvimento neural, na plasticidade sináptica, no aprendizado, na
memória, na epilepsia, na isquemia neural, na tolerância e na
dependência a drogas, na dor neuropática, nos transtornos de ansiedade
e na depressão.
GABA consiste em um neurotransmissor inibitório, porque bloqueia
(ou inibe) determinados sinais cerebrais e diminui a atividade do
sistema nervoso central. Assim como a melatonina, o GABA é
secretado durante o repouso e é capaz de acalmar o cérebro, regulando
a atividade dos neurônios.
As doenças e os transtornos relacionados à disfunção do GABA
incluem autismo, transtorno bipolar, depressão, esquizofrenia,
epilepsia, fibromialgia, meningite, alguns tipos de demência (doença
de Alzheimer, demência por corpos de Lewy, demência
frontotemporal) e alguns transtornos intestinais (doença de Crohn,
câncer colorretal, síndrome do intestino irritável – SCI, colite
ulcerativa).

3. CONCLUSÃO
Conclui-se que os neurotransmissores desempenham um papel
importante no dia a dia e no funcionamento. Os cientistas ainda não
sabem exatamente quantos neurotransmissores existem, mas mais de
100 mensageiros químicos foram identificados.
Quando os neurotransmissores são afetados por doenças ou drogas,
pode haver vários efeitos adversos diferentes no corpo. Doenças como
Alzheimer, epilepsia e Parkinson estão associadas a déficits em certos
neurotransmissores.

4. REFERÊNCIAS
• Grewer C, Rauen T. Electrogenic Glutamate Transporters in the
CNS: Molecular Mechanism, Pre-steady-state Kinetics, and their
Impact on Synaptic Signaling. J Membr Biol.
• Featherstone DE. Intercellular Glutamate Signaling in the
Nervous System and Beyond. ACS Chem Neurosci
• . Tavares RG. Modulação do sistema glutamatérgico:estudo dos
efeitos do ácido quinolínico e dos derivados de guanina (Tese).
Porto Alegre
• LI DP & PAN HL. Plasticity of GABAergic control of
hypothalamic presympathetic neurons in hypertension. Am J
Physiol
• Menzies. JRW. Ludwig M, Leng G. Direct and Indirect Effects
of Cannabinoids on in vitro GABA Release in the Rat Arcuate
Nucleus. J Neuroendocrinol.

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