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Acadêmica: Solibel Cristina Alves dos Santos RA: 132509 8ºTermo B

RAZÕES DE CORREIÇÃO PARCIAL


RECORRENTE: Gustavo
RECORRIDO:
PROCESSO Nº(...)

EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


COLENDA CÂMARA
DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA

Em que pese o indiscutível saber jurídico do Juizo a quo, faz-se necessária a reforma da
R. decisão determinou a oitiva das testemunhas arroladas pela defesa antes da oitiva das
arroladas na acusação, pelas razões de fato e de direito abaixo articuladas.

I-DOS FATOS

O Recorrente foi investigado por supostamente haver infringido o artigo 297, caput,
do Código Penal, permanecendo em liberdade. Concluído o inquérito policial, houve por bem o
Ministério Público oferecer denúncia, o que fez exatos 30 dias após o recebimento da peça
investigativa, arrolando 5 testemunhas. O magistrado da 1ªVara Criminal recebeu a denúncia e
ordenou a citação de Gustavo, para apresentar sua resposta à acusação, o que fez no prazo
legal, arrolando 3 testemunhas. Como não vislumbrou hipótese para absolver o réu
sumariamente, o juiz designou audiência de instrução e julgamento, pleiteou que o magistrado
não ouvisse as testemunhas do rol acusatório, pois arroladas intempestivamente, o que restou
indeferido.

II-DO DIREITO

Com devido respeito, a R.decisão pode ser mantida, haja vista que é oriunda de error
in procedendo, que provocou inversão tumultuária do processo. Vejamos.
O Artigo 400 do Código de Processo Penal dispõe que na audiência que audiência de
instrução e julgamento, proceder-se -a -á colheita das declarações do ofendido, à inquirição
das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ou seja, determina o
legislador que, ressalvada a hipótese de expedição de carta precatória as testemunhas de
Acadêmica: Solibel Cristina Alves dos Santos RA: 132509 8ºTermo B

acusação e pela defesa, nesta ordem, ou seja, determina o legislador que, ressalvada a
hipótese de expedição de carta precatória, as testemunhas de acusação deverão ser ouvidas
sempre antes que as testemunhas da defesa.
No caso em comento, como já mencionado, referido dispositivo não foi respeitado
pelo juízo a quo, o qual, como mencionado acima, inverteu a ordem da oitiva das
testemunhas, ferindo, assim, também, os princípios da contraditório e da ampla defesa.
Diante disso, com o devido respeito, a R. decisão singular deve ser reformada.

III- DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja conhecida e provida a presente correição parcial,


tornando-se sem efeito a decisão recorrida para que as testemunhas arroladas pela defesa
sejam ouvidas após as da acusação, como medida de inteira justiça.

Termos em que,
Respeitosamente,
Pede Deferimento.

Araçatuba-sp, 05 de Novembro de 2018

SOLIBEL CRISTINA ALVES DOS SANTOS


OAB/SP 132509

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